O Museu de Toronto quer reconhecer a chegada de portugueses à América antes de Colombo

O Real Canadian Portuguese Historical Museum em Toronto, no Canadá, reconhece a presença portuguesa na América do Norte dezanove anos antes da chegada de Cristovão Colombo ao continente, anunciou a instituição.

 

 

“Sempre houve vestígios de que o navegador português João Vaz Corte-Real esteve no Canadá em 1472, dezenove anos antes da chegada de Cristovão Colombo à América do Norte”, afirmou Suzy Soares, a presidente do Real Canadian Portuguese Historial Museum (RCPHM, sigla em inglês).

 

 

Alguns historiadores canadianos continuam, nos dias de hoje, a ter algumas dúvidas de que o antigo capitão-donatário de Angra (Açores) tenha estado onde hoje se localiza o Canadá, antes de 1492, mas em Portugal, para muitos estudiosos “é um dado adquirido”, juntando agora os vários pontos de vista e provar de que João Vaz Corte-Real “passou realmente pelo Canadá antes de Colombo”.

 

Museu de Toronto quer reconhecer chegada de portugueses à América antes de Colombo 2

“Todos sabem da existência da Pedra de Dighton, localizada em Berkley, Massachusetts (Estados Unidos), e que tem palavras escritas que só podem ser em português. No entanto a história é muito complexa, pois há sempre várias versões dos acontecimentos”, sublinhou.

 

 

Suzy Soares estabelece como objetivo do museu ir à procura de mais provas e “reconhecer a descoberta da América” pelo navegador português João Vaz Corte-Real.

 

 

O Real Canadian Portuguese Historical Museum comemorou o 30.º aniversário, e no dia 5 de março, homenagearam ‘João Vaz Corte-Real’ durante um jantar de gala.

 

 

No evento estará em exposição uma réplica de uma caravela com três metros de comprimento, utilizada pelo navegador na viagem até ao Canadá, e será apresentado ainda um busto de Corte-Real.

 

 

O primeiro-tenente Nuno Gonçalves da Marinha Portuguesa, chefe de investigação do departamento do Museologia, abordou a presença portuguesa no Canadá. Já o realizador Rui Bela apresentou o documentário ‘Memórias do Mar’.

 

 

O evento terá também o objetivo de “angariar apoio financeiro para dar continuidade ao trabalho do museu”, que tem dado destaque à presença portuguesa na história do país.

 

 

A denominação da região e mar do Labrador no Canadá, é em homenagem ao navegador português João Fernandes Lavrador que em 1498, juntamente com Pedro Barcelos, explorou aquela região.

 

 

Mathieu da Costa, provavelmente de pai português e mãe africana, foi o primeiro afrodescendente de que há registo no Canadá (1600) e o português Pedro da Silva, foi o primeiro carteiro no Canadá (1673).

 

 

Joe Silvey (1853) um pioneiro na colonização da costa oeste do Canadá, um exemplo de miscigenação, porque tomou duas índias como esposas, é outra das referências portuguesas em terras do Canadá.

 

 

Calcula-se que existam no Canadá cerca de 550 mil portugueses e lusodescendentes, estando a grande maioria localizada na província do Ontário.

 

 

TPT com: WARREN TODA/EPA/Reuters/OBS/14 de Abril de 2016

 

 

 

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