Presidente Obama entra na campanha de Hillary Clinton quando esta for visitar a Carolina do Norte

O Presidente norte-americano Barack Obama vai participar pela primeira vez na campanha da potencial candidata presidencial democrata Hillary Clinton a 5 de julho no estado da Carolina do Norte, anunciou hoje a equipa da ex-secretária de Estado.

 

 

“Em Charlotte, o Presidente Obama e Hillary Clinton vão falar sobre como construir [o futuro] com base nos progressos alcançados e da sua visão para uma América que é mais forte quando está unida”, disse a equipa da campanha da ex-senadora e ex-primeira-dama, num comunicado.

 

 

Será a primeira vez que Obama e Hillary Clinton estarão juntos numa ação de campanha para as eleições presidenciais deste ano. Inicialmente, os dois representantes tinham agendado uma ação conjunta para 15 de junho, mas foi adiada depois do tiroteio numa discoteca gay em Orlando (Florida), que fez dezenas de mortos e de feridos.

 

 

Obama anunciou o apoio oficial a Hillary Clinton, a sua rival nas primárias democratas de 2008, no passado dia 9 de junho. “Não creio que tenha havido alguém mais qualificado para ocupar este posto (de Presidente)” como Hillary Clinton, disse então Obama num vídeo divulgado pela Casa Branca, em que afirmou também estar “com ela”.

 

 

Após meses a evitar pronunciar-se sobre as primárias do Partido Democrata e depois de um encontro com o rival direto de Hillary Clinton, o candidato Bernie Sanders, o presidente norte-americano felicitou-a na mesma ocasião por “ter feito história”.

 

 

Aos 68 anos, a antiga chefe da diplomacia norte-americana no primeiro mandato presidencial de Obama (2009-2013) tem um lugar reservado na história dos Estados Unidos, ao ser a primeira mulher que consegue reunir os apoios suficientes para ser a candidata presidencial de um grande partido.

 

 

Hillary Clinton foi a candidata mais votada das primárias democratas, ao vencer 34 escrutínios que representam mais de 15,8 milhões de votos. A ex-primeira-dama entra na convenção nacional do Partido Democrata em Filadélfia (Pensilvânia), agendada para 25 a 28 de julho, com a indigitação garantida para as eleições presidenciais de 8 de novembro.

 

 

Bernie Sanders diz que vai votar em Hillary Clinton para impedir que Trump seja presidente

 

 

“Vou fazer tudo o que esteja ao meu alcance para que Donald Trump seja derrotado”, afirmou ontem de manhã Bernie Sanders, numa entrevista à estação televisiva MSNBC.

 

Presidente Obama entra na campanha de Hillary Clinton quando a candidata visitar a Carolina do Norte 2

Questionado sobre se iria votar em Hillary Clinton – a sua adversária nas primárias democratas – nas eleições presidenciais, Sanders respondeu taxativamente que sim. “Por várias razões seria um desastre para este país se Trump fosse eleito presidente. Não precisamos de um presidente cujo principal pilar do seu discurso é o preconceito, que insulta os mexicanos, os latinos, os muçulmanos e as mulheres e que não acredita na realidade das alterações climáticas”, sublinhou Sanders.

 

 

O voto de Bernie Sanders em Hillary será um voto convicto ou será pura e simplesmente um voto contra Trump? A questão foi colocada pelos jornalistas e o senador pelo estado de Vermont preferiu esquivar-se à pergunta. “O que estou a tentar fazer é lutar para que o Partido Democrata se transforme num partido que representa os trabalhadores e não os interesses de Wall Street e que tenha uma agenda que fale para a necessidade de criar milhões de empregos”, disse o ainda candidato à nomeação democrata.

 

 

Bernie Sanders, apesar de não atirar a toalha ao chão, praticamente admitiu que não será ele o nomeado pelo partido: “Sou bastante bom em aritmética e sei que Hillary tem muito mais delegados superdelegados. Mas também sei que nós vamos levar 1900 delegados para a convenção e que recebemos 13 milhões de votos”.

 

 

Ao não abdicar da candidatura antes da reunião magna do partido, agendada para o final de julho, o objetivo de Sanders é “apelar a que as pessoas se envolvam na política e trazer sangue novo para o Partido Democrata”.

 

 

Desistir antes da convenção e oficializar o apoio a Hillary – o chamado endorsement – não faz parte dos seus planos: “Porque faria eu isso quando o que quero é garantir que construímos a melhor plataforma para transformar esta nação? Trata-se de envolver os norte-americanos no processo político. Queremos um governo que represente toda a gente e é por isso que vou lutar.”

 

 

TPT com: AFP//JN//DN//Justine Lane//EPA//Jim Young//Reuters// 29 de Junho de 2016

 

 

 

 

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