Jul 30, 2014
A revista semanal Sábado revela na edição de amanhã que o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, é um dos suspeitos no processo Monte Branco, atualmente em investigação. No entanto, a Procuradoria-Geral da República emitiu um comunicado em que esclare que o ex-primeiro-ministro não está a ser investigado.
«(…) Esclarece-se que José Sócrates não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no Processo Monte Branco», lê-se na nota que não adianta mais pormenores.
Segundo a publicação, o Ministério Público estaria mesmo a ponderar uma detenção do ex-primeiro-ministro para prestar depoimento.
A Sábado avança que Sócrates estaria sob vigilância há vários meses e as autoridades já teriam mesmo quebrado o sigilo bancário e fiscal do ex-primeiro-ministro.
Ainda segundo a revista semanal, existiriam outros suspeitos, nomeadamente, o primo que apareceu no caso Freeport, José Paulo Bernardo, e o amigo que comprou as casas da mãe de José Sócrates, Carlos Manuel dos Santos Silva.
Esta quarta-feira a TVI confirmou que elementos do DCIAP efetuaram buscas na sede da empresa Rioforte, em Lisboa, também no âmbito da operação Monte Branco, como confirmou a Procuradoria-geral da República, em comunicado.
A operação Monte Branco está relacionada com um alegado esquema de fuga ao fisco e branqueamento de capitais através de um sociedade suíça de gestão de fortunas detida por Michel Canals e Nicolas Figueiredo, antigos quadros do banco suíço UBS, além de Álvaro Sobrinho, presidente não executivo do BES Angola.
Na passada quinta-feira, Ricardo Salgado foi detido e constituído arguido no âmbito do mesmo processo.
A Rioforte apresentou na passada terça-feira um pedido de falência no Luxemburgo, por «não estar em condições de cumprir com as obrigações decorrentes de determinadas dívidas».
Na RTP, José Sócrates classificou a notícia que dá conta do facto de ser suspeito no caso Monte Branco como “difamação”.
“Se estamos a falar de um caso de ocultação de capitais era preciso capitais para ocultar. E eu nunca tive capitais para ocultar”. Foi desta forma que José Sócrates se defendeu, em entrevista na RTP1, depois de avançado que a capa da edição da revista Sábado indica que o antigo primeiro-ministro é suspeito no caso Monte Branco. A Procuradoria-Geral da República já veio negar que Sócrates esteja a ser investigado.
Por várias vezes, Sócrates afirmou que não tem “capitais para ser transferidos” nem nenhuma conta no estrangeiro, a não ser uma da Caixa Geral de Depósitos, em Paris, para os respectivos gastos quando esteve a estudar na capital francesa.
“Tudo isto tem um intuito: a de me envolver com uma investigação que está a ser feita no caso Monte Branco, pretendendo associar-se a Ricardo Salgado e a outros nomes que estão a ser investigados”, disse o antecessor de Pedro Passos Coelho à frente do Governo português. Na semana passada, o antigo presidente do BES foi constituído arguido, detido para interrogatório e libertado mediante caução de três milhões de euros, tendo ficado proíbido de se ausentar do território nacional e de contactar com determinadas pessoas.
A Revista Sábado avança na edição de quinta-feira, 31 de Julho, cuja capa foi já divulgada hoje, que José Sócrates estará entre os suspeitos do caso Monte Branco, tendo estado sob vigilância há vários meses. Depois das várias notícias sobre o tema, a PGR decidiu emitir um comunicado onde nega que o antigo primeiro-ministro esteja a ser investigado ou seja arguido.
No telejornal da RTP, Sócrates afirmou que há um “objectivo” de colocar “um socialista qualquer na história do Monte Branco”, uma investigação que envolve ocultação de capitais. O político defende que o seu património é declarado ao Tribunal Constitucional há já vários anos.
Sobre o facto de um seu amigo poder estar envolvido nessa rede de fraude fiscal e branqueamento de capitais, Sócrates disse que “nada tem a ver” coom a vida empresarial do seu amigo. “A mesma coisa com a minha família: a minha família não faz tráfico de capitais”.
A Procuradoria-Geral da República diz que José Sócrates “não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no Processo Monte Branco.”
A PGR emitiu um comunicado onde nega que o ex-primeiro-ministro esteja a ser investigado ou que seja arguido no caso Monte Branco. Em causa está uma notícia da Revista Sábado que revelava que José Sócrates era suspeito do caso Monte Branco.
“Na sequência de notícias vindas a público nas últimas horas (…) esclarece-se que José Sócrates não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no Processo Monte Branco”, revela a PGR em comunicado emitido para as redacções.
A revista avançou que José Sócrates estaria entre os suspeitos do caso Monte Branco, tendo estado sob vigilância há vários meses, numa notícia que está publicada na revista que estará quinta-feira nas bancas.
O caso Monte Branco é um processo que começou com as investigações no âmbito do BPN, mas foi apanhando vários processos pelo caminho.
Na semana passada Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, foi constituído arguido, detido para interrogatório e libertado mediante caução de três milhões de euros tendo ficado proibido de se ausentar do território nacional e de contactar com determinadas pessoas.
Jornal de Negócios