All posts by Joao Machado

 

Rússia reúne responsáveis dos media dos EUA em Moscovo sob ameaça de “medidas rigorosas” como retaliação

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo convocou na passada sexta-feira os responsáveis dos órgãos de comunicação social americanos em Moscovo para uma reunião, que vai ter lugar hoje, segunda-feira, para os notificar do aperto de medidas em resposta às restrições dos Estados Unidos aos meios de comunicação social da Rússia.

 

 

“Se o trabalho dos meios de comunicação russos – operadores e jornalistas – não for normalizado nos Estados Unidos, irão inevitavelmente seguir-se medidas mais rigorosas”, apontou a porta-voz do ministério, Maria Zakharova.

 

 

“Para o efeito, os responsáveis dos escritórios de Moscovo de todos os meios de comunicação americanos serão convidados para o centro de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo para lhes explicar as consequências da linha hostil do seu Governo na esfera mediática”, acrescentou.

 

 

A rússia acusou os países ocidentais de imporem restrições injustas aos seus meios de comunicação estrangeiros, incluindo a proibição de alguns órgãos de comunicação social apoiados pelo Estado. Os deputados na Duma aprovaram uma lei no mês passado que dá poderes aos procuradores para encerrarem escritórios dos media estrangeiros em Moscovo se um país ocidental tiver sido “hostil” aos meios de comunicação russos.

 

 

 

 

Já morreram 32 jornalistas durante a guerra, diz Ucrânia

 

 

 

“Este ano, o Dia do Jornalista tem um sabor amargo”, escreveu o ministro da Cultura ucraniano, através do Telegram.

 

 

Já morreram 32 jornalistas desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, informou esta segunda-feira Oleksandr Tkachenko, ministro da Cultura ucraniano.

 

“Este ano, o Dia do Jornalista tem um sabor amargo”, escreveu o ministro, através do Telegram. “Estamos no quarto mês da guerra em grande escala e perdemos 32 jornalistas. Durante os oito anos de guerra anteriores, foram ainda mais os profissionais perdidos”, disse, fazendo referência ao conflito no leste do país desde 2014.

 

 

As declarações surgem no dia em que a Ucrânia celebra o trabalho dos jornalistas, desde 1994. Os profissionais da comunicação social são “heróis” e “lutadores na linha da frente da informação”, e trabalharam durante “24 horas do dia, sete dias por semana”, referiu ainda Tkachenko.

 

 

“Esta é uma guerra híbrida que estamos a travar, a primeira desta magnitude na História do planeta, e o vosso papel é inestimável”, classificou.

 

 

 

 

TPT com: AFP//Washinton Post//NBC//FOX//NYT//CBS//CNN/ Francisco Laranjeira/MultiNews// 6 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

Lavrov impedido de viajar para a Sérvia porque países vizinhos fecharam espaço aéreo

Os países em redor da Sérvia fecharam o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que deveria voar hoje para Belgrado, disse a sua porta-voz, Maria Zakharova.

 

 

“Hoje (…), os países em redor da Sérvia fecharam o canal de comunicação, recusando-se a autorizar o sobrevoo do avião de Serguei Lavrov, que ia para a Sérvia”, disse Zakharova ao canal de televisão italiano La7 no domingo à noite, segundo as agências noticiosas russas.

 

 

“A delegação russa deveria chegar a Belgrado para conversações. Mas a União Europeia (UE) e os países membros da NATO fecharam o seu espaço aéreo”, acrescentou Zakharova, citada hoje pela agência francesa AFP.

 

 

O jornal sérvio Vecernje Novosti noticiou que Bulgária, Macedónia do Norte e Montenegro recusaram-se a fornecer um corredor aéreo para o avião de Lavrov, segundo a agência russa TASS.

 

 

Uma fonte diplomática russa citada pela agência noticiosa Interfax disse que a visita de Lavrov à Sérvia foi cancelada, segundo a AFP.

 

 

Lavrov deverá dar uma conferência de imprensa sobre a questão ainda hoje.

 

 

O vice-presidente do Conselho da Federação, a câmara alta do parlamento russo, Konstantin Kossachev, denunciou o encerramento do espaço aéreo ao avião de Lavrov como um movimento dirigido “contra a Rússia como Estado e a Sérvia como Estado”.

 

 

“Espero que a reação seja conjunta e extremamente severa, não só sob a forma de protestos diplomáticos, mas também sob a forma de ações práticas e concretas”, escreveu Kossachev na rede social Telegram, citado pela AFP.

 

 

A primeira-ministra sérvia, Ana Brnabic, disse, no domingo, que a situação era “excecionalmente complicada” devido à impossibilidade de o avião de Lavrov sobrevoar certos países.

 

 

A chefe do Governo disse, na altura, que o próprio Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, estava a trabalhar na organização da visita.

 

 

Serguei Lavrov está sob sanções da UE desde 25 de fevereiro, no dia seguinte à invasão da Ucrânia, tal como o Presidente russo, Vladimir Putin.

 

 

Lavrov deveria encontrar-se em Belgrado com o Presidente sérvio, com o seu homólogo sérvio, Nikola Selakovic, e com o patriarca da Igreja Ortodoxa Sérvia, Porfírio.

 

 

 

 

Rússia qualifica como “acto hostil” decisão de impedir voo do ministro dos Negócios Estrangeiros

 

 

 

 

A Rússia qualificou hoje como um “acto hostil” a decisão de três países europeus de fecharem o seu espaço aéreo ao avião do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, impedindo-o de visitar a Sérvia.

 

 

“Tais atos hostis contra o nosso país são capazes de causar certos problemas (…), mas não podem impedir a nossa diplomacia de continuar o seu trabalho”, disse o porta-voz do Kremlin (Presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.

 

Peskov disse que as ações do Ocidente “não poderão interferir significativamente com a continuação dos contactos” entre a Rússia e “países amigos como a Sérvia”, segundo a agência russa TASS.

 

 

A imprensa sérvia e fontes diplomáticas russas disseram que a visita de Lavrov à Sérvia foi cancelada porque a Bulgária, a Macedónia do Norte e o Montenegro recusaram-se a permitir que o avião do ministro russo sobrevoasse o seu espaço aéreo a caminho de Belgrado.

 

 

Lavrov é um dos altos funcionários russos alvo das sanções ocidentais impostas à Rússia pela sua invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

 

 

Numa conferência de imprensa em Moscovo, Lavrov disse tratar-se de uma “decisão sem precedentes de alguns membros da NATO”.

 

 

Lavrov deveria visitar a Sérvia hoje e na terça-feira, para contactos com o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, com o seu homólogo Nikola Selakovic e com o patriarca da Igreja Ortodoxa Sérvia, Porfírio.

 

 

Vucic confirmou hoje que a visita foi cancelada, mas sem especificar os motivos.

 

 

 

 

 

TPT com: AFP// MadreMedia//Sapo24//MultiNews/Lusa// 6 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

 

MAI faz balanço positivo do plano de contingência nos aeroportos

O ministro da Administração Interna fez hoje “um balanço positivo” do plano de contingência em vigor desde a semana passada nos aeroportos portugueses, considerando que foi cumprido o objetivo de “reduzir os tempos de espera”.

 

 

“Aparentemente, à luz dos dados que conseguimos recolher neste fim de semana, os indicadores são positivos porque cumprimos um dos objetivos que era reduzir os tempos de espera no aeroporto”, disse aos jornalistas José Luís Carneiro à margem do congresso dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

 

 

O ministro salientou que os dados recolhidos mostram que “houve uma redução muito significativa nos tempos de espera no aeroporto para os fluxos de passageiros que vêm sobretudo fora da União Europeia e fora do Espaço Schengen”.

 

 

O governante ressalvou que o grande fluxo de passageiros, nomeadamente no aeroporto de Lisboa, ocorre entre as 05:00 e a hora do almoço.

 

 

José Luís Carneiro chamou também à atenção para o que se está a passar em outros aeroportos internacionais, onde muitos já tiveram que suspender “voos por falta de condições, de resposta para o crescimento exponencial”.

 

 

O ministro admitiu ainda a existência de filas nos aeroportos portugueses, tendo em conta que “quando afluem cinco ou seis mil pessoas para 16 boxes de atendimento é natural que haja algum tempo de espera”.

 

 

O plano de contingência para os postos de fronteira dos aeroportos portugueses para o período de junho a setembro de 2022 foi anunciado na semana passada e entrou em vigor na última quinta-feira em Faro e no dia seguinte em Lisboa, entrando em funcionamento nos restantes aeroportos de forma faseada até ao fim da primeira quinzena de junho.

 

 

Segundo o plano de contingência, os aeroportos nacionais vão ter um reforço de 238 elementos do SEF e da PSP durante os meses de verão, mais 82% do que o efetivo atual nos postos de fronteira, sendo o maior aumento em Lisboa e Faro.

 

 

No total, os aeroportos portugueses vão ter 529 elementos para fazer controlo de fronteiras aos passageiros provenientes de voos de países fora da União Europeia.

 

 

O plano conta ainda com um reforço de com 168 agentes da PSP e meios eletrónicos no aeroporto de Lisboa.

 

 

 

 

 

Governo cria “equipa especial” para travar aumento substancial de crimes causados por “gangues juvenis”

 

 

 

 

Os números da criminalidade juvenil preocuparam António Costa durante a última reunião do Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI), segundo revelou esta segunda-feira o ‘DN’. A subida registada em 2021, durante a reunião do passado dia 25, quando foi apresentado o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) – que juntou polícias, serviços de informação, serviços prisionais, Ministério Público e ministros das tutelas – motivou a intenção de criar uma “equipa especial multidisciplinar” por parte do Ministério da Administração Interna.

 

“Apesar de a taxa de criminalidade geral registada nos primeiros quatro meses de 2022 ser inferior à do período homólogo de 2019 (pré-pandemia), o que tem ocorrido nestes meses indicia ser praticada com maior severidade”, apontou o ministério de José Luís Carneiro.

 

 

“O Ministério da Administração Interna está consciente que estes fenómenos – que incluem os que se integram no âmbito da delinquência juvenil – constituem um desafio que ameaça a tranquilidade social e exigem um esforço acrescido na adoção de soluções adequadas, pelo que está a criar uma equipa de trabalho interdisciplinar para análise destes fenómenos e envolvendo diferentes áreas governativas”, revelou.

 

 

“A missão e o objeto de análise – nomeadamente as tipologias de crimes graves e violentos, o impacto da pandemia na saúde mental, os efeitos da pobreza e das desigualdades – desse grupo de trabalho estão definidos, pelo que entrará em funções logo que a sua composição esteja concluída”, avançou.

 

 

Segundo a PSP, consultada pelo jornal diário, “no presente ano, os crimes cometidos por menores de 16 anos apresentam uma tendência crescente, sendo que os crimes contra pessoas e contra o património continuam a ser mais comuns”. Em 2021, “registou 810 crimes cometidos por menores de 16 anos, maioritariamente crimes contra pessoas e contra o património”, tendo sido “detidos 29 suspeitos” nesta faixa etária.

 

 

Já a Procuradoria-Geral de República assegurou, contudo, que estes “aumentos poderão traduzir um sinal positivo da pretendida dinamização da intervenção nesta área, proporcionando aos jovens beneficiários oportunidades de educação para o Direito, prevenindo a criminalidade e impedindo, no limite, o seu ingresso em meio prisional, na sequência do cometimento de factos criminalmente relevantes, após atingirem os 16 anos, idade da imputabilidade criminal”.

 

 

Em 2021, só na área da Grande Lisboa, a PJ deteve 153 jovens e abriu 380 inquéritos relacionados com gangues juvenis.

 

 

 

TPT com: Revista de Imprensa//MultiNews//Sapo24// CMP//SB/Lusa//6 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

Empresas angolanas mais confiantes, apesar de setor da construção continuar desfavorável

Os indicadores de confiança das empresas angolanas mantiveram tendência ascendente no primeiro trimestre de 2022, com a conjuntura a apresentar-se favorável para todos os setores analisados exceto a construção.

 

 

Os dados constam da Folha de Informação Rápida (FIR) sobre a conjuntura económicas às empresas no primeiro trimestre de 2022 divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelando  a intensidade das principais variáveis do indicador de confiança (IC) dos setores da Indústria Extrativa, Indústria Transformadora, Construção, Comércio, Turismo e Transportes, tendo em conta as opiniões de 1638 empresas distribuídas nas 18 províncias angolanas.

 

 

O objetivo do inquérito é analisar o Clima Económico em Angola, tendo a maior parte dos setores em análise apresentado tendência e evolução homóloga positiva e conjuntura económica às empresas favorável.

 

 

Dos dados obtidos no primeiro trimestre de 2022, observou-se que o clima económico permaneceu favorável, com o IC a manter a tendência ascendente dos seis últimos trimestres consecutivos, evoluindo positivamente em relação ao período homólogo e permanecendo acima da média da série iniciada em 2008.

 

 

Os Indicadores de Confiança do setor da Indústria Transformadora e da Construção apresentaram tendência positiva, evoluíram favoravelmente em relação ao período homólogo e permaneceram acima da média da série, indica o INE.

 

 

A conjuntura das empresas passou a ser favorável para as indústrias transformadoras e permaneceu desfavorável para o setor da Construção, apesar de o IC manter tendência ascendente há sete trimestres consecutivos.

 

 

A falta de materiais, o nível elevado das taxas de juros e a insuficiência da procura, foram os principais constrangimentos, identificados pelos empresários do setor associados a excesso de burocracia e a deterioração das perspetivas de venda .

 

 

A conjuntura económica é também favorável às empresas do setor de Indústria Extrativa e do Turismo, pois os indicadores apresentaram tendência ascendente e evoluíram positivamente em relação ao períodos homólogo, permanecendo acima da média da série.

 

 

A conjuntura económica é favorável ainda às empresas do setor da Comunicação e dos Transportes, tal como no caso do comércio, não obstante a tendência negativa do indicador.

 

 

No parecer dos empresários ligados ao comércio, a insuficiência da procura, as dificuldades financeiras, o excesso de burocracia e regulamentações estatais, foram os principais constrangimentos no trimestre. A rutura de stocks e os preços de venda demasiado elevados, também constrangeram as atividades das empresas comerciais.

 

 

 

TPT com: MadreMedia// RCR // PJA//Lusa// 5 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

Isabel II encanta britânicos ao aparecer na varanda do Palácio de Buckingham no fim do Jubileu de Platina

As comemorações reuniram tanto ingleses como estrangeiros que, unidos, celebraram o reinado de 70 anos da monarca mais antiga do país.

 

 

Após dois dias de ausência, a rainha Isabel II encantou os britânicos, no decorrer do Jubileu de Platina, ao fazer uma tão esperada aparição na varanda do Palácio de Buckingham, que marcou quatro dias de celebrações. Com ela, estiveram o príncipe Carlos, Camilla, os duques de Cambridge e os três filhos deste casal.

 

 

Seguiu-se o Platinum Pageant que contou a história da sua vida e da nação, com uma “exibição carnavalesca excêntrica, divertida e imaginativa”, como narrou a BBC. Durante a aparição da rainha, um coro de celebridades, incluindo Sir David Jason, Harry Redknapp, Sir Cliff Richard, Sandie Shaw e Felicity Kendal, participaram numa interpretação de “God Save The Queen”. Para além deste momento musical, a tarde deste domingo foi marcada por outros, como aquele em que o cantor Ed Sheeran cantou o tema “Perfect” em homenagem à rainha e ao duque de Edimburgo, que morreu em abril de 2021.

 

 

As comemorações reuniram tanto ingleses como estrangeiros que, unidos, celebraram o reinado de 70 anos da monarca mais antiga do país.

 

 

Em fevereiro, o i narrou a forma como Isabel II transitou de terceira na linha de sucessão à representante do quarto reinado mais longo da História. Faltava um ano para Estaline morrer e deixar de governar a União Soviética. Mao Tsé-Tung somente viria a abandonar o cargo de Presidente da República Popular da China sete anos depois. Naquele mesmo ano de 1952, a 7 de outubro, nasceria Vladimir Putin; a 4 de novembro, Dwight Eisenhower era eleito Presidente dos EUAcom 55% dos votos. Mas a data que agora se assinala é outra: há exatamente sete décadas, a 6 de fevereiro, o Rei Jorge VI não resistiu ao cancro do pulmão e morreu na Sandringham House, em Norfolk, aos 56 anos.

 

 

Dias antes, a 31 de janeiro, o monarca havia sido aconselhado a não ir ao aeroporto de Heathrow despedir-se da sua filha Isabel antes desta viajar até ao Quénia, a paragem que faria com o marido, Filipe, duque de Edimburgo, antes de partir para a Austrália e a Nova Zelândia. Nas viagens anteriores, o secretário de Isabel, Martin Charteris, não esquecera por um segundo o rascunho de uma declaração de ascensão. Principalmente, em ocasiões como o encontro com Harry S. Truman, em Washington, D.C, na eventualidade de o monarca perder a vida.

 

 

O príncipe Filipe, após ter conversado com a mulher, questionou-a acerca do nome régio que adotaria e a mesma não hesitou em responder: “O meu próprio nome, Isabel, é claro. Que outro poderia ser?”. De regresso a Inglaterra, aos 25 anos, vestida de preto, acenou ao público enquanto regressava a Clarence House, em Londres. A 8 de fevereiro, foi proclamada Rainha.

 

 

O primeiro-ministro Winston Churchill apontou o facto de Isabel II, aos 25 anos, ser “apenas uma criança”. Todavia, quando esta regressou a Inglaterra, foi o primeiro a notar que os reinados das rainhas haviam sido “famosos” e que “alguns dos maiores períodos da nossa História se desenrolaram sob o seu cetro”. A seu lado, Margaret Thatcher, que mais tarde se tornaria a primeira mulher a ser primeira-ministra, escreveu numa coluna de jornal na época: “Se, como muitos juram fervorosamente, a ascensão de Isabel II pode ajudar a eliminar os últimos resquícios de preconceito contra as mulheres em lugares de topo, então uma nova era para as mulheres estará realmente próxima”.

 

 

Somente a 2 de junho de 1953, na Abadia de Westminster, Lilibet, como sempre foi carinhosamente tratada pela família, subiu oficialmente ao trono. Nesta cerimónia, fez o juramento de garantir cumprir a lei e governar a Igreja de Inglaterra, foi ungida com óleo sagrado, vestida com o manto e insígnias e coroada rainha do Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão (agora Sri Lanka).

 

 

Importa lembrar que a rainha deu ao príncipe Filipe a tarefa de liderar o comité de organização da sua coroação e este quis modernizar o evento, permitindo câmaras de filmar no local. Tanto Isabel II como Churchill inicialmente rejeitaram a ideia, mas o seu posicionamento modificou-se quando entenderam que o público pretendia a cobertura televisiva da cerimónia e, assim, este viria a ser o primeiro grande evento internacional a ser transmitido.

 

 

Três milhões de ingleses juntaram-se nas ruas para aplaudir enquanto a Rainha seguia para a abadia numa carruagem de ouro envergando um vestido adornado com os símbolos da Grã-Bretanha e da Commonwealth, incluindo uma rosa, um cardo, um trevo, uma folha e um feto. Ainda que os momentos mais íntimos tenham ficado longe dos olhares curiosos, sabe-se que a então jovem “foi ungida com óleo sagrado sob um dossel e, segurando um cetro e equilibrando uma coroa de ouro maciço na cabeça, assumiu o trono”, como a Time divulgou em junho de 2018, num artigo intitulado de “Isabel II não estava à espera de ser rainha. Aqui está como tudo aconteceu”.

 

 

 

 

Será Camilla a próxima rainha consorte? 

 

 

 

 

“God save our gracious Queen / Long live our noble Queen / God save The Queen / Send her victorious / Happy and glorious / Long to reign over us / God save The Queen” são os primeiros versos de ‘God Save the Queen’, o hino nacional britânico e dos territórios ultramarinos daquele país que terá sido escrito pelo compositor John Bull em 1619.

 

 

De facto, apesar de todas as adversidades, Isabel II tem conseguido levar a cabo um reinado que gera consensos e, acima de tudo, é o quarto mais longo da História. À frente de Elizabeth Alexandra Mary estão João II do Liechtenstein – 70 anos e 91 dias de reinado, que começou a 12 de novembro de 1858 e terminou a 11 de fevereiro de 1929 –, Bhumibol Adulyadej (Rama IX), antigo Rei da Tailândia – 70 anos e 126 dias, no período compreendido entre 9 de junho de 1946 e 13 de outubro de 2016 – e, em primeiro lugar, encontra-se Luís XIV de França, com o recorde de 72 anos e 110 dias – o “Rei Sol” desempenhou funções de 14 de maio de 1643 até à sua morte a 1 de setembro de 1715.

 

Volvidos 25567 dias da coroação, no passado sábado, “sua Majestade a Rainha organizou uma receção para membros da comunidade local e grupos de voluntários em Sandringham House na véspera de completar o 70.º aniversário do seu reinado”, disse o palácio, em comunicado, sendo que a monarca foi fotografada a cortar um bolo especialmente produzido para a ocasião.

 

 

“É com muito prazer que renovo o juramento que fiz em 1947 de que minha vida seria sempre dedicada a servi-los”, disse numa mensagem partilhada pelo palácio de Buckingham nas redes sociais. “Sou afortunada por ter tido o apoio firme e amoroso da minha família. Fui abençoada por ter tido no príncipe Filipe um parceiro disposto a carregar o papel de consorte de maneira altruísta, fazendo os sacrifícios necessários. É um papel que eu vi a minha mãe desempenhar a vida toda durante o reinado do meu pai”. Seguindo esta linha de pensamento, fez uma revelação que tem gerado controvérsia: “E quando, no devido tempo, o meu filho Carlos se tornar Rei, eu sei que vocês dar-lhes-ão, a ele e à sua esposa Camilla, o mesmo apoio que me deram; e tenho o desejo sincero de que, quando chegar o tempo, Camilla seja conhecida como Rainha Consorte ao continuar o seu leal serviço”, frisou, concluindo que espera que “este Jubileu reúna famílias e amigos, vizinhos e comunidades”.

 

 

“Estamos profundamente conscientes da honra representada pelo desejo da minha mãe. Como temos procurado juntos servir e apoiar Sua Majestade e o povo das nossas comunidades, a minha querida esposa tem sido o meu apoio constante ao longo de todo o processo”, avançou este domingo o príncipe Carlos, numa declaração comemorativa para assinalar o Jubileu de Platina da progenitora, enquanto um porta-voz da família real britânica garantiu que a duquesa da Cornualha ficou “sensibilizada e honrada”.

 

 

Habitualmente, as e os consortes das e dos monarcas não detêm qualquer poder, ou seja, não exercem nenhum papel constitucional. Mas, a título de exemplo, o príncipe Filipe acompanhava a esposa em diversas cerimónias dentro e fora do Reino Unido e servia a Coroa. Antes de se afastar dos seus cargos, em 2017, aquele que viria a ser o consorte que esteve mais tempo em funções participava em cerca de 300 eventos por ano, entre inaugurações, visitas, discursos ou refeições.

 

 

Recorde-se que, depois de Carlos, encontram-se William, Duque de Cambridge, e o seu filho, o príncipe George, em segundo e terceiro lugares, respetivamente, na linha de sucessão ao trono.

 

 

 

TPT com: Newsplex//Maria Moreira Rato/SOL//Sapo24// 5 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

Crise alimentar avizinha-se e os preços vão agravar ainda mais a situação

A agência alemã de ajuda humanitária Welthungerhilfe alerta para uma crise de fome que se avizinha em todo o mundo e diz que o aumento sem precedentes do preço dos alimentos vai agravar a situação.

 

 

Em entrevista à agência Lusa, a conselheira sénior de política da organização, Anne-Catrin Hemmel, explicou que, “mesmo antes da guerra na Ucrânia, o número de pessoas famintas em todo o mundo estava a crescer a um ritmo constante devido às alterações climáticas, a guerras e às consequências da pandemia de covid-19”.

 

 

No entanto, o bloqueio das exportações de cereais da Ucrânia e da Rússia e grande escassez de fertilizantes essenciais — provocados pela guerra – “já estão a ter um impacto adverso dramático e vão agravar ainda mais o estado global da nutrição”.

 

 

A responsável lembrou que o secretário-geral da Welthungerhilfe já admitiu que as perspetivas “são sombrias” e que a sobreposição de crises torna a situação muito perigosa.

 

 

“Só no corno de África [península da Somália] há cerca de 15 milhões de pessoas que correm o risco de fome aguda devido à seca severa e ao aumento dos preços da comida”, referiu Anne-catrin Hemmel

 

 

A Welthungerhilfe, agência que produz, todos os anos, um Índice Global da Fome avisou, na edição de 2021, que o combate à fome está perigosamente aquém dos seus objetivos.

 

 

“Já em 2021 havia 811 milhões de pessoas que não tinham o que comer”, adiantou à Lusa a conselheira da agência alemã, lembrando que esse número já é de outubro.

 

 

“De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o número de pessoas desnutridas em todo o mundo — se houver uma interrupção prolongada das exportações de trigo, fertilizantes e outros itens da Ucrânia e da Rússia — pode aumentar em entre oito e 13 milhões de pessoas em 2022/23”, sobretudo “na região da Ásia-Pacífico, seguida pela África subsaariana, Médio Oriente e Norte da África”.

 

 

Para esta analista, a resposta à situação atual tem de passar pela ajuda humanitária, nomeadamente aumentando o poder de compra das pessoas mais pobres, ampliando a distribuição de alimentos, incluindo das refeições escolares, e reduzindo, através de financiamento, a diferença dos preços que mais subiram.

 

 

Além disso, adiantou, “é preciso garantir a disponibilidade de alimentos em regiões de insegurança alimentar, mantendo as cadeias de abastecimento agrícolas e assegurando acesso aos alimentos”, e “prevenir, a todo o custo, os défices das colheitas, facilitando o acesso, em particular dos pequenos agricultores, a sementes, fertilizantes e combustível”.

 

 

Por outro lado, Anne-Catrin Hemmel sublinha ser imprescindível que se “evitem restrições à exportação de alimentos, combustível, sementes e fertilizantes”.

 

 

A situação de atual bloqueio dos portos da Ucrânia, que reduziu substancialmente as exportações de cereais daquele país, considerado um dos principais produtores mundiais, é condenada veementemente pela organização.

 

 

“Foi relatado que os bloqueios russos impedem que navios zarpem com trigo, milho e outras exportações. As forças russas também foram acusadas de roubar cereais e de destruir deliberadamente armazéns na Ucrânia. Portanto, testemunhamos a fome a ser usada como arma [de guerra] e condenamos, nos termos mais fortes, qualquer violação dos direitos humanos em geral e do direito humano à alimentação em particular”, afirmou.

 

 

Por outro lado, a responsável defendeu a necessidade de fortalecer os sistemas alimentares regionais e de apoiar a diversificação, sobretudo nos países do hemisfério sul, onde há mais insegurança alimentar.

 

 

Até porque, alertou a consultora de políticas, é sabido que a fome e a insegurança alimentar desencadeiam, muitas vezes, agitação social e violência.

 

 

“Vemos semelhanças entre a situação atual e os preços crescentes dos alimentos em 2007 e 2008 que levaram a ‘motins alimentares’ em todo o mundo”, afirmou, explicando que isso acontece também porque os desafios do acesso a alimentos foram agravados pela pandemia.

 

 

“No início de 2011, depois de os preços dos alimentos terem atingido um pico em 2007/2008, o mundo testemunhou uma onda sem precedentes de revoltas políticas no Médio Oriente, conhecida como ‘Primavera Árabe’, quando manifestantes marcharam, da Tunísia ao Egito e ao Iémen, exigindo a queda dos regimes”, recordou Anne-Catrin Hemmel.

 

 

Também hoje, “além das preocupações humanitárias, surgem receios de que o aumento do preço dos alimentos, na sequência da pandemia e das secas severas, possa desencadear distúrbios civis”, concluiu.

 

 

 

 

 

Itália diz que começou “guerra mundial do pão”

 

 

 

 

O ministro italiano dos negócios estrangeiros, Luigi di Maio, disse hoje que começou “a guerra mundial do pão”, com o bloqueio de cereais na Ucrânia e o consequente “risco de novos conflitos em África”.

 

“A guerra mundial do pão já está em marcha e temos de a parar. Arriscamo-nos a ter instabilidade política em África, a haver proliferação de organizações terroristas, a ter golpes de estado. É isto que pode produzir a crise dos cereais que estamos a viver”, afirmou.

 

 

A Ucrânia, país em guerra desde 24 de fevereiro, quando foi atacado militarmente pela Rússia, é um dos maiores produtores mundiais de cereais e fertilizantes agrícolas, que exportava para todo o planeta, sendo estas produções fundamentais para a segurança alimentar em regiões como o Médio Oriente e o Norte de África.

 

 

O bloqueio dos produtos ucranianos por causa da guerra está a dificultar ou mesmo a impedir o acesso aos cereais por parte de países vulneráveis.

 

 

O ministro italiano disse que tem de haver “um acordo de paz o mais depressa possível, que abranja os cereais”.

 

 

“Há 300 milhões de toneladas de cereais bloqueadas nos portos ucranianos pelos barcos de guerra russos”, disse Luigi di Maio.

 

 

“Estamos a trabalhar para que a Rússia desbloqueie a exportação de trigo desde os portos ucranianos porque corremos o risco, neste momento, de estalarem guerras novas em África”, acrescentou.

 

 

O chefe da diplomacia italiana lembrou que haverá uma “primeira sessão de diálogo” com os países do Mediterrâneo sobre a segurança alimentar”, no dia 08 deste mês, e que Itália vai trabalhar junto de países como a Alemanha, Turquia, França e “muitos outros” para alcançar o objetivo de desbloquear o trigo que está na Ucrânia.

 

 

Itália ofereceu-se há alguns dias para desminar os portos ucranianos e criar “corredores marítimos” para o transporte de trigo.

 

 

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falou por telefone com o Presidente russo, Vadimir Putin, para lhe pedir o desbloqueio da exportação de cereais a partir da Ucrânia, incluindo dos portos do Mar de Azov, como Mariupol, ocupados pela Rússia.

 

 

Putin respondeu que haverá exportação de cereais se o Ocidente levantar as sanções que impôs à Rússia pelo ataque à Ucrânia.

 

 

A agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) já alertou para as consequências desta guerra na segurança alimentar em todo o mundo, já que tanto a Rússia como a Ucrânia são dos maiores produtores de cereais do planeta.

 

 

Itália, com a colaboração da FAO, que tem sede em Roma, está a organizar um encontro ministerial dos países do Mediterrâneo, no próximo dia 08 de junho, para fazer um diagnóstico da situação e tentar definir medidas que responsam às consequências da guerra na Ucrânia a nível da alimentação, sobretudo, na região do Mediterrâneo e em África.

 

 

 

 

Papa pede que trigo não seja usado como “arma de guerra”

 

 

 

 

O Papa Francisco continua a pedir que “o trigo, um alimento básico, não seja usado como arma de guerra” e expressa a sua preocupação com o bloqueio das exportações deste cereal, importante na alimentação dos países mais pobres.

 

“Há uma grande preocupação com o bloqueio do trigo, do qual dependem milhões de pessoas, especialmente os países mais pobres”, disse Francisco no final da audiência geral realizada recentemente na praça de São Pedro.

 

 

O Papa fez um forte apelo para que fossem feitos todos os esforços necessários para resolver esta questão e “garantir o direito universal de as pessoas se poderem alimentar”.

 

 

“Por favor, que esse grão, um alimento básico, não seja usado como arma de guerra”, pediu Francisco.

 

 

Na terça-feira, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) exigiram que a Rússia levante o bloqueio dos portos ucranianos no Mar Negro e permita a exportação de alimentos deste país, devido à ameaça de uma crise alimentar global.

 

 

 

 

TPT com: MadreMedia//Lusa// 5 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

Blinken assinala 100 dias de guerra na Ucrânia pedindo a Putin que cesse o conflito

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, assinalou hoje os 100 dias de guerra da Rússia na Ucrânia pedindo ao Presidente russo, Vladimir Putin, que cesse “imediatamente o conflito, sofrimento e agitação global causados pela sua escolha”.

 

 

“O nosso objetivo é direto: os Estados Unidos querem ver uma Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com os meios para dissuadir e se defender contra novas agressões”, disse Blinken em comunicado.

 

Nesse sentido, o secretário de Estado reiterou os apelos a Putin para que encerre “imediatamente” este conflito, frisando que nem os Estados Unidos, nem os seus aliados e parceiros, procuram prolongar a guerra para infligir dor à Rússia.

 

 

“Respeitamos muito os cidadãos da Rússia, que não são nossos inimigos e que merecem um futuro melhor do que o que a guerra contínua e a repressão crescente trarão”, sublinhou.

 

 

No comunicado, Blinken indicou que nos 100 dias desde o início da invasão russa, o mundo viu a coragem e a determinação do povo ucraniano enquanto luta pelo seu país.

 

O secretário de Estado aproveitou então para direcionar algumas palavras de apoio às famílias ucranianas que perderam entes queridos, que foram separados pela violência, cujas aldeias, apartamentos, escolas e hospitais foram atingidos por bombas e mísseis, ou que foram enviados e sobreviveram aos chamados campos de “filtragem” da Rússia.

 

 

“Os Estados Unidos estão com vocês. Nós vamos ajudar-vos a defender a vossa soberania e integridade territorial, e vamos ajudar-vos a reconstruir quando esta guerra acabar. A Ucrânia prevalecerá”, concluiu.

 

 

Desde 24 de fevereiro, os Estados Unidos forneceram mais de 6,3 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros) em ajuda de segurança, assistência humanitária e económica destinada à Ucrânia, segundo dados do executivo norte-americano.

 

Depois de 100 dias desde o início da guerra na Ucrânia, regista-se em muitas cidades “um nível de destruição impossível de compreender”, afirmou hoje o diretor general do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR), Robert Mardini.

 

 

Há ainda muitos civis, como os familiares de prisioneiros de guerra, sem nenhuma informação sobre o paradeiro dos seus entes queridos, explicou o responsável do CICR, a organização que tem como missão proteger estes detidos em casos de conflito.

 

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,8 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

 

 

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

 

 

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

 

A ONU confirmou hoje que 4.169 civis morreram e 4.982 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 100.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

 

 

 

TPT com: WP//AFP//CBS//FOX//MadreMedia// 3 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

 

Município de Santa Maria da Feira vai receber mais de 8 milhões de euros para “projectos de apoio” aos mais desfavorecidos

O município de Santa Maria da Feira vai receber sexta-feira do conselho da Área Metropolitana do Porto (AMP) 8,2 milhões de euros para concretizar 43 projectos de apoio a grupos desfavorecidos desse território do distrito de Aveiro.

 

 

Disponibilizada através do Programa de Recuperação e Resiliência, essa verba representa a maior parcela dos 24,3 milhões de euros atribuídos aos cinco municípios do Entre Douro e Vouga – região que inclui também Arouca, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra – e integra assim o PAOITI – Plano de Acção da Operação Integrada do Território de Intervenção AMP Sul, a concretizar até final de 2025.

 

 

O presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, declara que entre os 43 projetos abrangidos por esse financiamento «há muitos que já existiam antes da candidatura», como os relativos a atividade física para idosos ou literacia digital para adultos, mas realça que «agora foram definidas mais acções para apoiar as comunidades mais necessitadas de ajuda».

 

O público-alvo dos 8,2 milhões de euros distribui-se por cinco grupos: população sénior em situação de isolamento social, dependente financeiramente e «com alimentação precária, por exemplo»; crianças e jovens de famílias desestruturadas e expostos ao risco de abandono escolar «ou consumo de drogas e outras dependências»; cidadãos sedentários e com problemas de saúde física e mental; pessoas com deficiência ou outras incapacidades; e famílias em situação de severa fragilidade socioeconómica e emocional, devido «a desemprego de longa duração, violência doméstica ou exaustão dos cuidadores informais».

 

Entre os projectos cuja continuidade vai ser viabilizada pelo financiamento do PAOITI inclui-se o chamado “Espaço Trevo”, estrutura de atendimento a vítimas de violência doméstica e de género que, segundo Emídio Sousa, «já conta com um trabalho de largos anos nessa área, mas precisa de novas condições».

 

 

Outra iniciativa a manter é o “Programa Sorrisos”, que, focado na saúde oral, até aqui estava limitado a um orçamento de 5000 euros por ano e se destinava exclusivamente a menores de 18 anos, mas, com o PAOITI, passará a dispor de 80.000 euros anuais e alargar-se-á a todas as faixas etárias.

 

Quanto a projectos novos, o presidente da Câmara da Feira realça quatro, a começar pelo “Envelhe(Ser)”, que vai envolver a execução de pequenas obras na residência de idosos para lhes garantir condições mínimas de conforto e acessibilidade.

 

 

Já o “Amplifica-te” destina-se a pessoas que estejam a recuperar de dependências e apostará em medidas terapêuticas e ocupacionais «que as ajudem a ingressar no mercado de trabalho».

 

 

Na área da saúde, por sua vez, as expectativas prendem-se com dois conceitos de abrangência geográfica distinta. Por um lado, a nível exclusivamente local, a câmara vai aproveitar o PAOITI para «trabalhar na prevenção de doenças relacionadas com a saúde mental», assegurando no concelho «uma resposta que ainda não existe» e potenciando a integração de pessoas com esses problemas no mercado laboral.

 

Por outro lado, em parceria com os outros quatro concelhos no extremo sul da AMP, será lançado o programa “CHEDV em Movimento”, que, envolvendo o Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga, irá recorrer a uma unidade móvel para «percorrer o território e facilitar a realização de exames de diagnóstico pela população, nomeadamente na área de oncologia».

 

 

Perante essas e outras ações, Emídio Sousa admite que o concelho da Feira «tem pela frente um trabalho ambicioso e muito exigente», mas afirma: «São coisas que não podem ser adiadas, até porque se adivinham tempos difíceis e, se não atuarmos rápido, a situação social destes grupos desfavorecidos pode agravar-se muito mais».

 

 

 

TPT com: Human Resources// Lusa//RegiõesSapo// 3 de Junho de 2022

 

 

 

 

 

 

 

A cidade do Porto está a destacar-se nos destinos turísticos mundiais que melhor enfrentaram a pandemia

O índice de desempenho de destino (Destination Performance Index, na terminologia inglesa), da responsabilidade da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA), coloca o Porto como um dos que tiveram um melhor comportamento durante o período agudo da pandemia e que melhor se prepararam para a retoma turística. Neste momento é o 14.º destino europeu mais bem colocado nesta lista e o 16.º nível mundial.

 

 

Para reconhecer e recompensar o esforço dos destinos em relação a políticas COVID, adaptabilidade e recursos tecnológicos para converter eventos presenciais em congéneres virtuais/ híbridos, a ICCA criou um índice em que foram avaliados variados itens adaptados à nova realidade e características dos eventos neste período. Da soma de todos os indicadores e da sua média ponderada resulta a posição no ranking de desempenho dos destinos.

 

 

Em 2019, antes da crise sanitária, o Porto ocupava o 39.º lugar do ranking de destinos com melhores condições para acolher eventos do segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions) e, neste momento, é o 14.º destino europeu mais bem colocado nessa lista e o 16.º ao nível mundial.

 

 

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), considera que “é uma excelente notícia, resultado de muito trabalho de estruturação deste produto e também de uma estratégia arrojada de promoção externa, com alguns dos nossos conteúdos a receber as maiores distinções a nível mundial.”

 

 

A indústria MICE é estratégica para o Porto e Norte, que cedo identificou o segmento como “importante na retoma, por força do efeito multiplicador deste produto, quer em termos de consumo turístico quer no combate à sazonalidade”, segundo Luís Pedro Martins.

 

 

Fruto desta aposta, para o corrente ano, o destino Porto e Norte já captou mais de uma centena de eventos que, no total, trarão à região mais de 32 mil pessoas. Entre eles encontram-se eventos de grande notoriedade internacional como o M&I Forum, a AITO Overseas Conference ou o Wordcamp Europe.

 

 

 

Filme do Turismo do Porto e Norte vence festival em Nova Iorque e concorre a melhor do mundo

 

 

 

“Ofélia de Souza”, o filme do Turismo do Porto e Norte venceu o Gold Trophy do New York Festival TV&Film Awards, um dos mais conceituados festivais mundiais de audiovisual.

 

Chama-se The Majestic Adventures of Ofelia de Souza e tem levado o nome do destino Porto e Norte aos quatro cantos do mundo. O filme promocional do turismo da região, apresentado oficialmente em outubro de 2021, acaba de vencer um ‘Gold Trophy’ no New York Festival TV & Film Awards, um dos mais importantes e prestigiados concursos internacionais de audiovisual mundial.

 

 

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte, enfatiza a importância desta distinção, “que nos coloca agora na corrida a melhor filme promocional de turismo do mundo, o que a acontecer, reforça o retorno muito positivo para o destino, que já estamos a obter com estas conquistas, nomeadamente em mercados estratégicos, como é exemplo os EUA”.

 

 

É, de facto, um momento fantástico para a região e respetivos players e acontece num momento decisivo de retoma da atividade”, acrescenta.

 

 

O filme tem assinatura da Kobu Agency e tem sido um importante veículo de promoção da região para esta vertente turística, que esteve praticamente parada durante o período agudo da pandemia.

 

 

“É uma peça promocional, que posiciona a região num setor tão importante e realizada por via de uma proposta ousada e disruptiva, que transformou e elevou a perceção na meeting industry”, sustenta Luís Pedro Martins. Fruto desta aposta, para o corrente ano, o destino Porto e Norte “já captou mais de uma centena de eventos – como o M&I Forum, a AITO Overseas Conference e o Wordcamp Europe -, sendo que, no total, são esperadas mais de 32 mil pessoas.”

 

 

The Majestic Adventures of Ofelia de Souza dá-nos a conhecer a extravagante Ofélia de Souza, uma experiente organizadora de eventos e epicurista de 72 anos, num distinto papel de embaixadora do Turismo do Porto e Norte. Ofélia de Souza é uma personificação do Porto, experiente e irreverente.

 

 

Ao longo de três minutos reúne doses de humor, extravagância e provocação à mistura. Acompanhada de Ofeliette e Ofelier, os seus assistentes pessoais, Ofélia traça o guião pelo melhor que o destino tem para oferecer, abarcando outros segmentos turísticos, da cultura ao património, passando pelas belezas naturais e paisagísticas.

 

 

Os New York Festival TV & Film Awards premeiam conteúdos audiovisuais produzidos em todo o mundo, cobrindo todas as áreas da indústria do cinema e da televisão. São membro oficial do Comité International dos Festivais de Cinema Turístico, e os finalistas ganham acesso à lista que definirá no final do ano os melhores filmes de Turismo do Mundo, em cinco diferentes categorias: ‘Cidades’, ‘Regiões’, ‘Países de destino turístico’, ‘Produtos Turísticos’ e ‘Serviços de Turismo’.

 

 

 

TPT com: SapoViagens//Susana Sousa Ribeiro//Sapo// 1 de Junho de 2022

 

 

 

 

Mensagem para Moscovo é que petróleo russo tem os dias contados na União Europeia

O primeiro-ministro, António Costa, falou hoje aos jornalistas em Bruxelas e saudou o acordo alcançado no Conselho Europeu, em Bruxelas, em torno do sexto pacote de sanções à Rússia, afirmando que a mensagem que é dada a Moscovo é que “o petróleo russo tem os dias contados na UE”.

 

 

No final de uma cimeira extraordinária de dois dias que foi marcada pelas difíceis negociações em torno do embargo às importações de petróleo russo, elemento central do sexto pacote de sanções à Rússia pela sua agressão militar à Ucrânia, apresentado há praticamente um mês pela Comissão Europeia, António Costa comentou que, “ao contrário do que muitos previam, foi possível encontrar um consenso” e congratulou-se por a União Europeia ter conseguido, “uma vez mais, demonstrar a sua unidade”.

 

 

“O essencial é que conseguimos aprovar por unanimidade um pacote de sanções que abrange o embargo da totalidade do petróleo exportado pela Rússia, sendo que há um diferimento do prazo relativamente àqueles aqueles países que são abastecidos por via dos oleodutos, de forma a dar-lhes mais tempo de encontrarem soluções alternativas para poderem continuar a satisfazer as suas necessidades energéticas sem recorrer ao petróleo russo. Mas de qualquer forma, a mensagem que é dada à Rússia é que o petróleo russo tem os dias contados na UE”, sublinhou.

 

 

A reunião de chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da UE, presidida por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, terminou hoje em Bruxelas.

 

 

No último dia da cimeira, os líderes dos 27 tinham prevista a discussão de questões relacionadas com a defesa, a energia e a segurança alimentar, depois de na segunda-feira o tema central ter sido o conflito na Ucrânia.

 

 

 

Conselho Europeu apoia esforços da ONU para escoar cereais da Ucrânia

 

 

 

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que o Conselho Europeu “manifestou todo o apoio” aos esforços das Nações Unidas e do secretário-geral António Guterres para o escoamento de cereais da Ucrânia, cujo bloqueio ameaça uma crise alimentar.

 

 

Em declarações à imprensa após uma cimeira extraordinária de dois dias em Bruxelas, uma vez mais dominada pela guerra na Ucrânia e as suas consequências em diferentes níveis, António Costa apontou que um dos debates foi em torno de “uma das consequências mais graves desta guerra, que é o facto de, em virtude da guerra e do bloqueio, por parte da Rússia, dos portos ucranianos, estar em risco a segurança alimentar a nível mundial”.

 

 

“Tivemos a oportunidade de ter a participar, por videoconferência, no Conselho, o presidente da União Africana, o Presidente do Senegal, Macky Sall, que expôs a situação muito difícil que enfrentam vários países africanos e a necessidade de responder com urgência a esta situação de carência, em particular de cereais, indispensáveis para evitar esta crise alimenta”, disse.

 

 

António Costa indicou que, “o Conselho manifestou todo o apoio para os esforços que as Nações Unidas e o seu secretário-geral [António Guterres] têm vindo a desenvolver tendo em vista poder assegurar-se a reabertura dos portos da Ucrânia e encontrar rotas de escoamento destas produções agrícolas, de forma a termos uma resposta global a esta situação”.

 

 

 

Costa admite preocupação com inflação e atribui máximos ao “preço elevado” da guerra

 

 

 

O primeiro-ministro, António Costa, admitiu também que os máximos da taxa de inflação homóloga, hoje divulgados, são “um fator de preocupação”, atribuindo-os ao “preço elevado que a Europa está a pagar” pela guerra na Ucrânia, causada pela invasão russa.

 

 

“Toda a Europa está a pagar um preço elevado. Nós temos a quinta inflação mais baixa da Europa, mas mesmo assim elevadíssima, […], sobretudo marcada pela energia, [sendo este] um efeito global que a guerra está a gerar nas nossas economias e claro que isso é um fator de preocupação”, declarou António Costa.

 

 

O chefe de Governo recordou que “ainda hoje saíram os números da inflação em Portugal e, como se pode verificar, a inflação tem uma subida significativa, essencialmente fruto da enorme subida que os preços dos produtos energéticos têm no conjunto da economia” comunitária.

 

 

“Por isso é que temos vindo a adotar medidas para apoiar as famílias mais vulneráveis e as empresas mais dependentes da energia e um conjunto medidas para procurar mitigar esta pressão sobre o aumento do preço da energia e é isso que nos tem permitido ter, ainda assim, uma das inflações mais baixas no quadro da UE”, elencou.

 

 

Recordando as medidas já adotadas em Portugal, como da redução do ISP e a diminuição do preço da eletricidade, António Costa adiantou esperar que, “brevemente, a Comissão Europeia aprove o mecanismo ibérico que permitirá controlar esta subida dos preços, evitando que a subida do preço do gás contamine” os valores da eletricidade.

 

 

Em Portugal, a inflação medida pela taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor terá aumentado para 8% em maio, face aos 7,2% de abril, o valor mais alto desde fevereiro de 1993, avançou hoje o Instituto Nacional de Estatística.

 

 

No conjunto da zona euro, a taxa de inflação homóloga atingiu um novo máximo de 8,1% em maio, segundo uma estimativa rápida hoje divulgada pelo gabinete estatístico comunitário, o Eurostat.

 

 

Nas previsões macroeconómicas de primavera, divulgadas em meados deste mês, a Comissão Europeia estimou uma “revisão considerável” em alta da taxa de inflação na zona euro este ano, para 6,1%, principalmente impulsionada pelos preços energéticos e alimentares, com pico no segundo trimestre e descida em 2023.

 

 

De acordo com Bruxelas, a energia “continua a ser o principal motor de a inflação na zona euro”, nomeadamente pelos “aumentos dos preços do petróleo e do gás”.

 

 

Entre os fatores que justificam esta revisão em alta estão, segundo o executivo comunitário, o aumento dos preços da energia e dos produtos alimentares, bem como “uma série de estrangulamentos de abastecimento e logística, ambos originados pelo ajustamento induzido pela pandemia, mas exacerbados pelo surto da guerra”.

 

 

A inflação é, por estes dias, mais acentuada no que toca aos preços energéticos, levando a que os preços dos combustíveis fósseis (como o gás) tenham disparado nas últimas semanas e alcançado os níveis mais altos da última década devido aos receios de redução na oferta provocada pela invasão russa da Ucrânia.

 

 

 

Líderes reconheceram potencial ibérico para segurança energética

 

 

 

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje o reconhecimento pelos líderes da União Europeia do “potencial da Península Ibérica para a segurança energética”, em altura de crise, defendendo avanços nas interconexões elétricas e de gás entre Portugal e Espanha.

 

 

“Quanto à energia, tem vindo a ser fortemente impactada [pela guerra], traduzindo-se num brutal aumento de preços em toda a UE e, mais uma vez, se reafirmou a necessidade de acelerar a diversificação das fontes e das rotas de abastecimento à União e a transição para as energias renováveis e, desta vez, há uma referência expressa quanto ao potencial que a Península Ibérica tem, no seu conjunto, para contribuir para a segurança energética europeia”, declarou o chefe de Governo.

 

 

António Costa salientou a necessidade de “concluir o programa de interconexões entre Portugal, Espanha e o conjunto da Europa”, tendo em vista contribuir para a segurança energética em toda a Europa.

 

 

Recordando que o pacote energético RepowerEU apresentado pela Comissão Europeia em meados de maio, prevê a aposta neste tipo de interligações, o primeiro-ministro português apontou estarem em causa “projetos de interconexão com Espanha”, quer de eletricidade, como de gás (natural e, futuramente, hidrogénio).

 

 

“Neste momento, o Conselho [Europeu] aprovou os objetivos do programa RepowerEU e aguarda que a Comissão apresente um programa de financiamento mais detalhado para a execução desse programa”, pelo que, além das interconexões e “dependendo do volume que estiver reservado a Portugal”, poderão vir a ser “acrescentados outros projetos”, adiantou António Costa.

 

 

Nas conclusões desta cimeira europeia, lê-se que, na sequência da apresentação do RepowerEU, “o Conselho Europeu apela a que se proceda a uma redução rápida da dependência dos combustíveis fósseis russos”, nomeadamente apostando em “completar e melhorar a interconexão das redes europeias de gás e eletricidade, investindo e completando infraestruturas para projetos existentes e novos, incluindo interconexões de gás natural liquefeito [GNL] e futuras interconexões de eletricidade e de gás pronto a hidrogénio em toda a União Europeia, incluindo os Estados-membros insulares”.

 

 

No documento, os líderes da UE vincam, ainda, a necessidade reforçar a “capacidade de produção renovável, incluindo, com base na próxima análise dos reguladores e do atual contexto geopolítico, tirando partido do potencial da Península Ibérica para contribuir para a segurança do aprovisionamento da União Europeia”.

 

 

Na comunicação relativa ao REPowerEU, divulgado há duas semanas, a Comissão Europeia defende que os atuais preços elevados da eletricidade na Península Ibérica “sublinham a necessidade” de construir interconexões, integradas num investimento adicional estimado de 29 mil milhões de euros na rede elétrica europeia até 2030.

 

 

A comunicação da Comissão Europeia surge numa altura de conflito na Ucrânia provocado pela invasão russa, tensões geopolíticas essas que têm vindo a pressionar o mercado energético da União Europeia, com os preços a baterem máximos.

 

 

 

Cimeira começou com impasse

 

 

 

O início da cimeira foi ensombrado pelo impasse na adoção do sexto pacote de sanções à Rússia, que contempla um embargo – ainda que progressivo, gradual e com exceções – às importações de petróleo russo, rejeitado pela Hungria, face à sua grande dependência.

 

 

Mas no final da noite de segunda-feira, os chefes de Governo e de Estado da UE chegaram a acordo para um embargo ao petróleo russo, anunciou o presidente do Conselho Europeu, explicando estarem em causa dois terços das importações europeias à Rússia.

 

 

Depois de difíceis discussões na UE para avançar com um embargo gradual e progressivo ao petróleo russo, como proposto pela Comissão Europeia há quase um mês, o assunto esteve na agenda dos líderes europeus, havendo agora alterações face à proposta inicial, como de a medida abranger dois terços das importações europeias de petróleo russo, ou seja, todo o petróleo marítimo proveniente da Rússia.

 

 

Isto significa que tanto a Hungria como outros países mais dependentes do petróleo russo, como Eslováquia e República Checa, consigam continuar a fazer importações por via terrestre.

 

 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também na segunda-feira, exortara os Estados-membros da UE a ultrapassarem “querelas internas” e a adotarem o sexto pacote de sanções contra a Rússia.

 

 

“As querelas internas devem parar […] A Europa deve mostrar a sua força, porque a força é o único argumento que a Rússia compreende”, defendeu.

 

 

TPT com: EPA/Oliver Hoslet//MadreMedia/Lusa//Sapo24// 31 de Maio de 2022