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Missão da SpaceX fica em terra devido à falta de condições atmosféricas para voar

 

Tudo estava a correr bem, mas as condições climatéricas não permitiram o lançamento da missão da empresa de Elon Musk que hoje podia fazer história, retomando as viagens espaciais a partir de solo americano. Próxima tentativa acontece no sábado.

 

 

Estava tudo pronto mas a confirmação acaba de ser dada: hoje não há condições para o lançamento do Falcon 9. Só faltavam 6 minutos para o lançamento, mas a janela estava a fechar e o ok acabou por não se confirmar.

 

 

“Não conseguimos controlar o tempo. Ainda tentámos passar por entre os sistemas de nuvens, mas não deu”, referiu o responsável pelo lançamento no comentário em direto. “É a Flórida na primavera e onde é sempre possível ter tempestades”, lembrou, dizendo que a próxima janela de lançamento é no dia 30, sábado, mas que nada garante que a equipa consiga partir. Há outra data possível no domingo, da 31, a partir das 15h00 locais.

 

É comum que missões espaciais sejam abortadas devido ao mau tempo, com tempestades e relâmpagos, em especial na zona do Kennedy Space Center, e os especialistas que acompanham o lançamento explicam que apesar de desde o início não estarem reunidas as condições, poderia haver melhorias, e que a contagem decrescente tinha de continuar até haver a confirmação de que não seria possível.

 

Agora é tempo de repor os níveis e retirar a equipa da Crew Dragon, o que ainda vai demorar algum tempo. Os dois astronautas ainda têm os visores colocados, e esperam pacientemente o fim do processo.

 

A SpaceX preparava-se para fazer história e estrear-se nos voos tripulados com o lançamento da Crew Dragon, à boleia do Falcon 9. A bordo estão Bob Behnken e Doug Hurley, dois astronautas da NASA com destino à Estação Internacional Espacial. Este é o último passo para a empresa de Elon Musk receber a certificação de transporte de pessoas para o espaço, com a SpaceX a planear fazer viagens espaciais turísticas de 10 dias em 2021.

 

Estava tudo preparado para Crew Dragon partir para o Espaço a partir do Kennedy Space Center, na Florida, às 16h33 (21h33, hora de Lisboa). A NASA começou a transmitir o evento em direto através do YouTube, cerca das 16 horas, e o The Portugal Times esteve a acompanhar a contagem decrescente para a missão histórica.

 

O voo de teste tripulado da Crew Dragon será o primeiro a partir do solo dos Estados Unidos desde 8 de julho de 2011, coincidindo com a última missão do Programa Space Shuttle. Desde então, a NASA tem colocado os seus astronautas na Estação Espacial Internacional à “boleia” da nave russa Soyuz.

 

O lançamento marca também a primeira vez que uma nave espacial privada irá levar astronautas para o espaço. A data inicial de lançamento estava prevista para 7 de maio, mas foi adiada para hoje  dia 27, esta quarta-feira, mas volta agora a ser adiada.

 

 

 

 

 

 

Uma missão com 6 anos de preparação

 

 

 

 

 

Foi em 2015 que a Space X mostrou pela primeira vez o interior da Crew Dragon, a cápsula que quer levar, pela primeira vez desde 2011 a partir de solo americano, astronautas da NASA para o espaço.

 

Um ano mais tarde, a empresa espacial de Elon Musk testava o sistema de paraquedas que vai trazer astronautas de volta à Terra. Já em 2019, a Crew Dragon SpaceX passou a encontrar-se no topo de um foguetão Falcon 9, nos últimos preparativos para o seu primeiro teste.

 

Ainda nesse ano, a SpaceX pôs os motores a funcionar para afinar as preparações finais para o derradeiro teste. O vaivém espacial da SpaceX descolou a 2 de março em direção à Estação Espacial Internacional. O aparelho, que seguiu sem tripulação a bordo, partiu do Kennedy Space Centre, na Florida, às 7h49, e foi impulsionado pelo foguetão Falcon 9.

 

No entanto, em maio de 2019, a SpaceX confirmou em conferência de imprensa, que uma das cápsulas da Crew Dragon, destinada a voos espaciais tripulados, foi destruída durante um teste na Florida. A perda do veículo representou um significativo revés para a SpaceX. A cápsula, sem tripulação a bordo, esteve cinco dias em missão na ISS antes de regressar e aterrar com sucesso no Oceano Atlântico.

 

Já em 2020, depois de ter realizado uma parceria com a Space Adventures para colocar turistas no espaço, a SpaceX continua a formar novas ligações com empresas do sector para alargar a sua oferta de viagens. Desta vez junta-se à Axiom, a empresa espacial localizada em Houston para enviar turistas ao espaço, mais concretamente a Estação Espacial Internacional.

 

 

 

 

TPT com: NYT//AI//WP//Fátima Caçador//TEK/Sapo//Youtube// 27 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

New York aprova apoios a conceder às famílias dos que morreram na linha da frente do combate à covid-19

 

“Sinto uma grande responsabilidade para com os nossos funcionários na linha de frente. Os nossos funcionários essenciais entenderam os perigos deste vírus, mas foram trabalhar de qualquer maneira, porque precisávamos deles”, afirmou nesta segunda-feira o governador Andrew Cuomo no porta-aviões Interpid, em Nova Iorque, que alberga o Museu do Mar, do Ar e do Espaço. “Precisávamos de enfermeiros e de médicos para prestar um serviço fenomenal nos hospitais. Precisávamos da polícia e do corpo de bombeiros. Precisávamos que os trabalhadores da linha de frente e dos supermercados aparecessem”.

 

 

Os benefícios a conceder às famílias dos que morreram ou na linha da frente do combate à covid-19 ou no cumprimento de serviços essenciais não são ainda conhecidos. Mas sabe-se já que serão garantidos pelos fundos de pensões do governo estadual e dos governos locais de Nova Iorque.

 

 

No segundo dia consecutivo em que o estado de Nova Iorque registou um número de mortes inferior a 100 desde o final de março, altura em que o surto se agudizou nos Estados Unidos, o governador do estado lembrou que, apesar de a descida do número de internamentos, o número de vítimas mortais ocorrido nas últimas 24 horas é ainda assim “doloroso”.

 

Com mais de 1,6 milhões de casos positivos, os Estados Unidos são o país com o mais elevado número de mortes por covid-19 em todo o mundo (97.722, até esta segunda-feira), numa altura em que o novo coronavírus já matou mais de 344 mil pessoas e infetou 5,4 milhões por todo o mundo.

 

 

 

 

Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças admite necessidade de novo confinamento

 

 

 

 

“O coronavírus vai continuar a circular e enquanto assim for existe risco de novas vagas de Covid-19”. A afirmação é de Josep Jansa, o principal perito do Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças (ECDC), sedeado em Estocolmo, em entrevista concedida à ‘TSF’, esta segunda-feira.

 

 

Questionado sobre se os vários, e distintos, processos de desconfinamento em curso na Europa suscitam “algum tipo de inquietação, no Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, o especialista considera que apesar de os vários países adotarem abordagens diferentes considera que “está a avançar-se devagar, lentamente, na direção certa”.

 

Realtivamente à eventualidade de uma segunda vaga, o especialista assumiu que tenta ser positivo “no sentido de que estivemos expostos – não em todos os países, mas na maioria dos países – a uma primeira onda desta pandemia bastante intensa, o que significa que houve tempo para todos se prepararem o suficiente para o que virá a seguir”.

 

 

Sobre como será o próximo inverno, o especialista assume que “infelizmente” não sabe como será mas adianta que “enquanto o vírus continuar a circular, podemos esperar um aumento em termos do número de casos, depois do outono e do inverno. Isso é altamente provável”, afirmou .

 

 

O ECDC continuará a trabalhar ao nível de previsões e modelos matemáticos de forma a entender melhor o que se pode  esperar nos próximos meses. “Mas não estou em posição de dizer que o inverno será severo e, portanto, que podemos esperar um aumento severo da pandemia”, conclui.

 

 

 

TPT com: NYT//Reuters//AFP//Spencer Platt/Getty//AFP//JORNAL I// Executive Digest//TSF// 25 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

Donald Trump vai proibir entrada de brasileiros nos EUA e de estrangeiros provenientes do Brasil

 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou hoje a proibição de entrada no país de todos os estrangeiros que tenham estado no Brasil nos 14 dias anteriores à tentativa de entrada, devido à pandemia de covid-19.

 

 

“Determinei que é do interesse do país tomar medidas para restringir e suspender a entrada nos EUA, como imigrantes ou não imigrantes, de todos os estrangeiros que estiveram fisicamente presentes no Brasil durante o período de 14 dias que precedeu a sua entrada ou tentativa de entrada nos Estados Unidos”, refere o Presidente norte-americano na ordem hoje decretada.

 

 

A medida visa limitar a propagação do novo coronavírus quando os números nos Estados Unidos começam a abrandar, uma vez que o Brasil é agora um dos maiores focos mundiais da pandemia, sendo já o segundo país com maior número de casos – mais de 347 mil – e pelo menos 22.013 óbitos oficialmente confirmados.

 

 

“A ação de hoje ajudará a garantir que os estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infeções no nosso país”, afirmou também a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, sublinhando, porém, que “estas novas restrições não se aplicam ao fluxo de comércio entre os EUA e o Brasil”.

 

 

O anúncio oficial veio confirmar a indicação já manifestada nas últimas horas pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O’Brien, que vincou que a administração Trump iria “tomar todas as medidas necessárias para proteger o povo norte-americano”, numa altura em que o país já regista perto de 100 mil mortes associadas à covid-19.

 

 

Os Estados Unidos, que são o país com mais mortos (97.087) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,6 milhões), suspenderam os voos provenientes da China, da maior parte dos países da União Europeia e do Reino Unido, à medida que a pandemia ia alastrando.

 

 

O Brasil, com mais de 22 mil mortos e 347 mil casos, é o segundo país do mundo em número de infeções, enquanto a Rússia, que contabiliza 3.388 mortos, é o terceiro, com mais de 335 mil.

 

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 343 mil mortos e infetou mais de 5,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

 

 

 

 

 

 

 

EUA vão proibir viagens com o Brasil, diz conselheiro da Casa Branca

 

 

 

 

 

 

Os Estados Unidos vão anunciar uma interdição de viagens provenientes do Brasil, atualmente um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, indicou hoje o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Robert O’Brien.

 

“Creio que vamos ter uma nova decisão hoje sobre viagens que envolvam o Brasil, como fizemos com o Reino Unido, a Europa e a China, e esperamos que seja temporário”, afirmou o responsável, em declarações à CBS.

 

 

“Mas, devido à situação no Brasil, vamos tomar todas as medidas necessárias para proteger o povo norte-americano”, disse O’Brien, numa altura em que os Estados Unidos já registam perto de 100 mil mortes associadas à covid-19.

 

 

Os Estados Unidos suspenderam os voos provenientes da China e da maior parte dos países da União Europeia e do Reino Unido, à medida que a pandemia ia alastrando.

 

 

 

TPT com: CBS//NYT//WP//MadreMedia / Lusa//Reuters// 24 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

Associação da Polícia Marítima pede demissão do Secretário de Estado da Defesa

 

A Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) criticou hoje e pediu a demissão do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa pela posição sobre a utilização de fuzileiros como agentes desta força de segurança nas praias.

 

 

Num comunicado enviado às redações, a ASPPM considera que são incompatíveis com a sua permanência no cargo as declarações de Jorge Seguro Sanches ao jornal Público, nas quais afirmou, a propósito da vigilância das praias no âmbito do controlo da pandemia de covid-19, que “se houver fuzileiros a concorrer a este projeto ‘Seawatch’, eles estarão nas praias como agentes da Polícia Marítima e não como militares”.

 

 

“Estas declarações demonstram, claramente, que não conhece nem a Constituição da República Portuguesa, nem a Lei de Segurança Interna, nem o Sistema de Autoridade Marítima, nem mesmo a Polícia Marítima, detentora das suas competências de segurança publica e segurança interna nos termos da Lei”, refere a nota.

 

 

“Perante tais afirmações públicas (…), não restará outra opção ao primeiro-ministro que não seja demiti-lo”, diz a associação.

 

 

Paralelamente, a ASPPM, que esteve hoje reunida em assembleia-geral extraordinária, insurgiu-se também contra a redução de salários neste mês de maio (estimada em 16%) e as condições de acesso à carreira, que se traduzem num “quadro de pessoal envelhecido e exíguo”, sustenta a comissão administrativa.

 

 

Entre as críticas dos responsáveis da associação está ainda a ocupação de cargos de chefia e comando por parte de oficiais da Marinha, em detrimento de elementos da Polícia Marítima (PM), algo que a ASPPM reivindica ser contrário ao estatuto de pessoal da organização.

 

 

 

 

 

Governo recusa mexer na Lei de Programação Militar

 

 

 

 

 

O ministro da Defesa Nacional recusou no dia 19 de Maio qualquer alteração à Lei de Programação Militar (LPM), transferindo verbas de 2020 para o combate à pandemia de covid-19, como propôs o BE, admitindo apenas ajustamentos menores.

A crítica ao projecto dos bloquistas, ao propor que 157 milhões de euros, metade das verbas a transferir em 2020 da Lei de Programação Militar (LPM), sejam usadas para financiar o SNS e responder aos problemas da pandemia, partiu do deputado do PS Diogo Leão durante uma audição a João Gomes Cravinho na comissão parlamentar de Defesa Nacional, em Lisboa.

 

 

É uma proposta inadequada, criticou, dado que iria “desestruturar o que estava previsto” na lei, aprovada no ano passado pelo parlamento, e que define o investimento e reequipamento, até 2030, nas Forças Armadas, no valor total de 4,7 mil milhões de euros.

 

 

O ministro manifestou a sua “estranheza” com o projeto bloquista “de reduzir o investimento” na LPM, sublinhando que o combate à pandemia, desde março, mostra como “as Forças Armadas têm uma parte da resposta”.

 

 

Gomes Cravinho admitiu mudanças de pormenor, “ajustamentos menores, aqui ou ali”, em resposta a uma pergunta da deputada do PSD Ana Miguel Santos.

No entanto, a LPM, acrescentou, “não deve ser desvirtuada” quanto ao reequipamento dos militares, com novos navios-patrulha, aviões, helicópteros e viaturas blindadas.

 

 

Quatro dias depois de ter formalizado a proposta na Assembleia da República, o deputado do BE João Vasconcelos não falou do assunto.

 

 

 

Na sexta-feira, o Bloco de Esquerda propôs que 157 milhões de euros, metade das verbas a transferir em 2020 da Lei de Programação Militar (LPM), sejam usadas para financiar o SNS e responder aos problemas da pandemia de covid-19.

 

 

À Lusa, o deputado bloquista João Vasconcelos afirmou que esta redução não afetaria nem direitos dos militares, rendimentos ou de saúde, nem funções essenciais das Forças Armadas, como busca e salvamento e ajuda na proteção civil, mas sim o ritmo de alguns investimentos, como a compra dos aviões KC-390.

 

 

O BE propõe, no projeto de lei, que as dotações para 2020 “não podem exceder 50% do que está previsto na lei do Orçamento de Estado” e que os valores acima dessa percentagem “devem ser canalizadas para o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e para responder à emergência social e económica”.

 

 

Há que atender às prioridades e as prioridades neste momento são, sem dúvida, a questão sanitária, social e económica, disse.

 

 

A LPM, que prevê investimentos de 4,74 mil milhões de euros no reequipamento das Forças Armadas até 2030, foi aprovado no parlamento em 03 de maio de 2019 com 170 votos a favor, de PS, PSD e CDS-PP. O PCP, o PEV e o PAN abstiveram-se e o BE votou contra o diploma.

 

 

Na reunião de 19 de Maio, a equipa do ministro da Defesa respondeu a perguntas sobre a participação de militares no reforço da vigilância das praias durante a época balnear, confirmando um aumento do número de efetivos, no caso fuzileiros, além da Polícia Marítima (PM).

 

 

E, perante as dúvidas de várias bancadas, Gomes Cravinho garantiu que nenhum deles terá funções de policiamento, competência da PM, e admitiu que o número de efetivos nesta polícia não é o ideal, embora tenha vindo a crescer nos últimos anos.

 

 

O secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, afirmou que os “portugueses podem estar descansados” e que podem ir com “tranquilidade frequentar as praias este verão”, apesar das alterações de regras e rotinas, causadas pela pandemia de covid-19.

 

 

 

 

 

TPT com: AFP// Hugo Delgado / Lusa//MadreMedia / Lusa//Público// 23 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

Exame de português NEWL ‘online’ para 161 estudantes que valorizam o conhecimento da língua portuguesa nos USA

 

Segundo o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, a acreditação da língua portuguesa através dos exames NEWL (National Examinations in World Languages, na designação em inglês) contribuirá para “valorizar os conhecimentos do idioma e garante a validação de créditos no ensino secundário e também no acesso ao ensino superior nos Estados Unidos”.

 

 

Este exame conta com o apoio institucional da embaixada de Portugal em Washington D.C., nos Estados Unidos da América (EUA), e o apoio financeiro do Camões e da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

 

 

A edição deste ano será realizada ‘online’, devido aos constrangimentos da pandemia de covid-19, e terá a supervisão de ‘proctors’/vigilantes da AC – American Councils for International Education e com garantia de qualidade por parte do College Board.

 

 

Pela primeira vez, a prova terá a participação de quatro estudantes da Escola Internacional das Nações Unidas (UNIS), uma maior participação de estudantes das escolas comunitárias portuguesas e uma grande percentagem de estudantes que aprendem o idioma nas escolas públicas (regime integrado do português) da Califórnia (41 estudantes no total) e de outros estados norte-americanos onde residem fortes comunidades de expressão portuguesa.

 

A acreditação da língua portuguesa através dos exames NEWL resulta de “mais de uma década de esforços”, especialmente de representantes da embaixada de Portugal em Washington D.C., da rede diplomática e consular nos EUA, em articulação com a Coordenação do Ensino de Português nos Estados Unidos (CEPE-EUA), com os serviços competentes do Camões, com o College Board e outras entidades e organizações profissionais ligadas ao ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras.

 

 

Os exames NEWL avaliam as competências linguísticas (compreensão de texto, compreensão oral, produção escrita e produção oral) de alunos a partir do 9.º ano, ou com 14 anos completos, em quatro idiomas, português (desde 2017), árabe, coreano e russo.

 

 

O exame de Português NEWL que vai ser realizado nos dias 29 de maio e 01 de junho, via ‘online’, conta com a inscrição de 161 estudantes, incluindo quatro alunos da Escola Internacional das Nações Unidas. Segundo anunciou  o instituto Camões, 102 destes estudantes são luso descendentes e beneficiaram do apoio financeiro estipulado no âmbito do recente Memorando de Entendimento tripartido, assinado a  30 de Abril, deste ano, entre o Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e a American Councils for International Education (AC), entidade que coordena a realização destes exames a nível nacional nos EUA.

 

 

Participaram neste esforço outros países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que mantêm representação diplomática nos EUA.

 

 

 

 

 

Um projecto com mais de uma década de esforços

 

 

 

 

 

 

Segundo uma fonte do Instituto Camões, esta edição de 2020, será realizada online (a distância), a partir da casa dos estudantes, e conta com a supervisão de proctors/vigilantes da AC e com a garantia de qualidade por parte do College Board, que conta, pela primeira vez, com a participação de 4 estudantes da Escola Internacional das Nações Unidas (UNIS), uma maior participação de estudantes das escolas comunitárias portuguesas e uma grande percentagem de estudantes que aprendem o nosso idioma nas escolas públicas (regime integrado do português) da Califórnia (41 estudantes no total) e de outros estados nos EUA onde residem fortes comunidades de expressão portuguesa.

 

 A acreditação da língua portuguesa através dos exames NEWL (National Examinations in World Languages) contribuirá para valorizar os conhecimentos do idioma e garante a validação de créditos no ensino secundário e também no acesso ao ensino superior nos Estados Unidos da América.

 

 

Este processo foi resultado de mais de uma década de esforços, especialmente de representantes da Embaixada de Portugal em Washington D.C., da rede diplomática e consular nos EUA, em articulação com a Coordenação do Ensino de Português nos EUA (CEPE-EUA), com os serviços competentes do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., com o College Board e outras entidades e organizações profissionais ligadas ao ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, bem como de outros países membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), que mantêm representação diplomática nos Estados Unidos.

 

 

 

 

 

O que são os exames NEWL?

 

 

 

 

 

Os exames NEWL avaliam as competências linguísticas (compreensão de texto, compreensão oral, produção escrita e produção oral) de alunos a partir do 9.º ano, ou com 14 anos completos, em quatro idiomas, português (desde 2017), árabe, coreano e russo.

 

 

Quanto aos níveis de proficiência, a avaliação segue as orientações do American Council of Teachers of Foreign Languages, situando os examinandos entre os níveis elementar e intermédio (níveis A1 a B1, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas).

 

 

Os NEWL são desenvolvidos pelo American Councils for International Education, cuja missão é a criação e o incentivo de programas, intercâmbios académicos e pesquisas, em parceria com entidades educacionais de ensino secundário e superior nos Estados Unidos, África, América do Sul, Ásia e Europa.

 

Essa avaliação é reconhecida pelo programa “Advanced Placement” do College Board, organização sem fins lucrativos que auxilia estudantes na preparação para o ingresso em universidades, por meio de cursos oferecidos em diversas áreas (ciências, artes, cultura, história, economia, entre outros) e de orientação durante o processo de transição para o ensino superior. Os cursos e avaliações oferecidos pelo programa Advanced Placement são reconhecidos por muitas universidades americanas, o que pode garantir a obtenção de créditos, tanto no ensino secundário quanto no acesso ao ensino superior, inclusive para o posicionamento do aluno que pretender prosseguir estudos em português.

 

A possibilidade de obtenção de créditos por meio dos NEWL valoriza o conhecimento da língua portuguesa, bem como tem o potencial de estimular a procura por cursos e programas no idioma. Esse reconhecimento beneficiará as comunidades de expressão portuguesa residentes nos Estados Unidos da América, em particular os estudantes portugueses e luso americanos, bem como todos os estudantes que pretendem candidatar-se a universidades americanas.

 

 

 

 

 

 

Formato da avaliação:

 

 

 

 

 

 

O exame incluirá as diversas variantes do Português global e avaliará as competências dos alunos, nas seguintes componentes:

 

 

  • Reading Comprehension (30 minutes)

 

 

  • Integrated Task: Writing (15 minutes)

 

 

  • Integrated Task: Speaking (15 minutes)

 

Excecionalmente este ano a prova tem duração total de 1 hora.

 

 

 

 

 

Documentos importantes para mais informações acerca dos exames NEWL:

 

 

 

 

 

College Board (2006) World Languages Framework. New York, NY: Author.
Retrieved from:
https://www.collegeboard.org/pdf/world-languages-framework-academic-advisory-committee.pdf 2-24-2015

 

 

Educational Testing Service (2009) ETS Guidelines for Fairness Review of Assessments. Princeton, NJ: Author. Retrieved from:

https://www.ets.org/Media/About_ETS/pdf/overview.pdf, 2-16-2015

 

 

National Standards in Foreign Language Education Project (NSFLEP). (2015)
World-Readiness standards for learning languages (W-RSLL). Alexandria,
VA: Author. Retrieved from:

 

 

https://www.actfl.org/publications/all/world-readiness-standards-learning-languages

 

 

The Portuguese-specific guidelines:
https://www.actfl.org/publications/guidelines-and-manuals/actfl-proficiency-guidelines-2012/Portuguese

 

 

 

 

Link para obter as referidas informações sobre os níveis de proficiência dos exames NEWL:

 

 

 

 

 https://www.actfl.org/sites/default/files/reports/Assigning_CEFR_Ratings_To_ACTFL_Assessments.pdf

 

 

Link para aceder aos modelos das diversas componentes dos exames NEWL:

https://exams.actesting.org/samples/

 

 

 

 

Informações mais detalhadas podem ser obtidas através dos seguintes links:

 

 

 

 

https://www.americancouncils.org/services/testing-and-assessment/newl/portuguese

 

 

 

https://www.americancouncils.org/services/testing-and-assessment/NEWL/exam-dates-and-fees

 

 

 

Ou através dos seguintes contactos:

 

 

 

Todd Drummond, Director, Assessment and Educational Services

 

 

 

 

American Councils for International Education
E-mail: tdrummond@americancouncils.org
T: 202-833-7522 F: 202-833-7523

 

 

João Caixinha, Coordenador do Ensino de Português da CEPE-EUA
E-mail: joao.caixinha@camoes.mne.pt
T: 617-775-9161 F: 617-536-2503

 

 

José Adão, Adjunto da CEPE-EUA em Newark
E-mail: josecarlos.adao@camoes.mne.pt
T: 973-780-0576 F: 973-643-3900

 

 

Duarte Pinheiro, Adjunto da CEPE-EUA em São Francisco
E-mail: duarte.pinheiro@camoes.mne.pt
T: 916-335-3902 F: 415-346-1440

 

 

O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.) é um instituto público tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) que tem por missão propor e executar a política de cooperação portuguesa e a política de ensino e divulgação da língua e cultura portuguesas no estrangeiro.

 

 

 

 

TPT com: Instituto Camões// SMM // LFS//Lusa// 23 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

Português lidera equipa que testou o potencial de uma nova vacina contra a malária e com excelentes resultados

Uma equipa internacional de investigadores liderada por Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular (iMM), testou o potencial de uma nova vacina contra a malária em 24 voluntários, com resultados que “abrem caminho a uma estratégia de vacinação eficaz”.

 

 

A equipa, que integra ainda Robert Sauerwein do Radboud University Medical Center e Perry van Genderen do Erasmus MC (UMC Roterdam) da Holanda, publicou hoje, na revista científica Science Translational Medicine, os resultados do ensaio clínico de Fase 1/2a da potencial nova vacina contra a malária, denominada PbVac, que envolveu um total de 24 voluntários saudáveis.

 

 

“Embora nenhum dos indivíduos vacinados ficasse totalmente protegido contra a doença, os resultados mostraram uma redução muito significativa de 95% na infeção hepática dos voluntários imunizados em relação aos indivíduos controlo, não imunizados. Este estudo abre caminho para desenvolvimentos adicionais da vacina PbVac e similares, no sentido do desenvolvimento de uma estratégia de vacinação eficaz contra a malária humana”, indica um comunicado do iMM.

 

 

O estudo “fornece a validação clínica de uma nova abordagem de vacinação contra a malária, e abre possibilidades para a sua otimização no sentido da criação de uma vacina eficaz contra a malária”, salienta Miguel Prudêncio no mesmo comunicado.

 

 

A malária é uma doença causada por parasitas Plasmodium que causou mais de 400.000 mortes só em 2018.

 

O desenvolvimento clínico de uma vacina contra a malária tem sido um desafio crítico para inúmeros grupos de investigação internacionais, ao longo dos anos, devido à complexa biologia dos parasitas da malária, cujo ciclo de vida inclui várias etapas que ocorrem quer no mosquito, vetor da doença, quer no hospedeiro mamífero, incluindo um estágio obrigatório e assintomático de desenvolvimento no fígado humano.

 

 

O PbVac é o primeiro membro de uma nova classe de agentes do tipo “organismo completo” desenhados para a vacinação contra a malária, consistindo num parasita da malária de roedores, chamado Plasmodium berghei, que foi geneticamente alterado para ficar “mascarado” com uma proteína do seu homólogo que infeta humanos, o P. falciparum.

 

Miguel Prudêncio, líder do grupo no iMM (Portugal) e responsável pelo estudo, adianta que a ideia inovadora de usar parasitas de roedores, que não são patogénicos para os seres humanos, como base para uma nova vacina contra a malária teve início há dez anos.

 

 

Após a validação pré-clínica da imunogenicidade e segurança do PbVac para uso humano, os investigadores avançaram para um ensaio clínico que envolveu 24 voluntários saudáveis, para verificar a segurança e a eficácia protetora do PbVac na clínica.

 

 

Os resultados mostraram que o PbVac é seguro e bem tolerado, com uma diminuição muito significativa de 95% na infeção hepática por P. falciparum – o primeiro estágio da infeção por malária em humanos – em voluntários imunizados.

 

 

 

 

 

 

Lideres mundiais de mais de 140 países apelam que vacina contra a covid-19 seja gratuita para todos

 

 

 

 

 

 

A carta surge poucos dias antes de os ministros da Saúde dos 194 Estados-membros da Organização Mundial de Saúde se reunirem em teleconferência para a Assembleia Mundial da Saúde e marca a posição mais ambiciosa de líderes mundiais sobre uma vacina para a covid-19, exigindo que todas as vacinas, tratamentos e testes sejam isentos de patentes, produzidos em massa, distribuídos de forma justa e disponibilizados a todas as pessoas de todos os países de forma gratuita.

 

Entre os signatários constam o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro de Portugal José Manuel Barroso, o antigo Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-Presidente de Moçambique Joaquim Chissano, além do antigo Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Manuel Ramos-Horta.

 

 

Entre os signatários constam ainda a ex-diretora da Unesco Irina Bokova, a antiga presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas Maria Fernanda Espinosa, a criadora da Fundação Graça Machel, o fundador da organização Médicos Sem Fronteiras, Bernard Kouchner, e o ex-Presidente colombiano e Prémio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos.

 

 

A carta foi também assinada pelos antigos primeiros-ministros espanhol Felipe González e italiano Mario Monti, além do Presidente da África do Sul e presidente da União Africana, Cyril Ramaphosa, do Presidente do Senegal, Macky Sal, e do Presidente do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo.

 

 

Constam ainda o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, o ex-Presidente do México Ernesto Zedillo, o ex-administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark.

 

 

A estes nomes juntam-se ainda economistas notáveis, advogados da área da saúde e de outros campos pertencente à organização os Anciões, a ex-Presidente da Irlanda Mary Robinson, o Prémio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, John Nkengasong, e o relator especial das Nações Unidas para o direito de todos usufruírem dos melhores tratamentos em saúde física e mental, Dainius Puras.

 

 

“Milhões de pessoas aguardam uma vacina, a nossa maior esperança para acabar com a pandemia”, disse Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.

 

 

“Como todos países de África, exigimos que a vacina para a covid-19 seja livre de patentes, fabricada e distribuída rapidamente e gratuita para todos. Toda a ciência deve ser partilhada entre governos. Ninguém deve ser empurrado para o final da fila das vacinas devido ao sítio onde mora ou ao rendimento que consegue ter”, defendeu.

 

 

“Temos de trabalhar juntos para vencer este vírus. Temos de reunir todo o conhecimento, experiência e recursos à nossa disposição para o bem de toda a humanidade”, afirmou Imran Khan, primeiro-ministro do Paquistão.

 

 

“Nenhum líder pode ficar tranquilo até todas as pessoas de todas as nações poderem ter acesso rápido e gratuito a uma vacina”, acrescentou.

 

 

A carta, coordenada pelas organizações não governamentais UNAIDS e Oxfam, alerta que o mundo não pode permitir monopólios ou concorrência que atrapalhem a necessidade universal de salvar vidas.

 

 

“Esta é uma crise sem precedentes e requer uma resposta sem precedentes”, considerou, por sua vez, a ex-Presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf.

 

 

“Depois das lições aprendidas na luta contra o Ébola, é óbvio que os governos devem remover todas as barreiras ao desenvolvimento e implantar rapidamente vacinas e tratamentos. Nenhum interesse é mais importante do que a necessidade universal de salvar vidas”, disse.

 

Os líderes que assinam a carta querem, no entanto, que haja, de imediato, um compromisso concreto que garanta que a vacina fique acessível e disponível para todos o mais rapidamente possível.

 

 

“As soluções de mercado não são ideais para combater uma pandemia”, reiterou o ex-ministro das Finanças do Brasil Nelson Barbosa.

 

 

“Um sistema público de saúde, incluindo vacinação e tratamento gratuitos quando disponíveis, é essencial para lidar com o problema, como mostra a experiência brasileira com o licenciamento obrigatório de medicamentos antirretrovirais no caso do HIV”, concluiu.

 

 

Desde que foi detetada na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.

 

 

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,86 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (111 mil contra 160 mil).

 

 

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (83.249) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).

 

 

Por regiões, a Europa soma mais de 160 mil mortos (mais de 1,8 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 88.600 mortos (mais de 1,4 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 23 mil mortos (mais de 405 mil casos), Ásia mais de 11 mil mortos (mais de 318 mil casos), Médio Oriente mais de 7.800 mortos (mais de 246 mil casos), África mais de 2.400 mortos (quase 70 mil casos) e Oceânia com 126 mortos (mais de 8.300 casos).

 

 

 

 

 

E como vai ser a ansiada vacina??… Há dados inquietantes…

 

 

 

 

 

Ansiamos pela vacina. As décadas vão passando e ainda não há vacina contra o vírus HIV. Vamos ter vacina contra o vírus SARS-CoV-2 que propaga a Covid-19? Se for conseguida, como todos aspiramos, quando for conseguida, como é que o acesso à vacina vai funcionar? O interesse público vai sobrepor-se ao monopólio de uma patente?

 

 

Confiemos que uma empresa de investigação farmacológica dá com a formula de uma vacina eficaz para que possamos instalar em cada um de nós uma barreira a este vírus que em menos de seis meses entrou no corpo de milhões de pessoas, causou centenas de milhares de mortos e fez desmoronar a economia de grande parte dos países do mundo.

 

Essa ansiada vacina, para além da extraordinária repercussão médica e social, pode proporcionar lucro gigantesco a quem a descobrir. Entra aqui a patente.

 

 

Está nas regras que uma empresa que investe muito dinheiro, saber, tempo, trabalho e esforço para conseguir alcançar uma vacina (uma vacina é um invento) queira garantir o monopólio, ou seja: que ninguém possa produzi-la ou comercializá-la sem contratar com quem fez a descoberta, que portanto fica com a patente.

 

 

Uma vacina, apesar do inquestionável interesse público, em modo superlativo esta tão desejada contra a covid-19, cabe no âmbito de contratos com o Estado definidos como atribuição de patente.

 

 

O que se sabe do que aconteceu com o preço que os produtores patenteados impuseram para medicamentos inovadores essenciais no tratamento de doenças é assustador – o Brasil, no tempo do presidente Lula contornou a patente de medicamentos usados para travar a SIDA.

 

 

É incontornável que o interesse público prevaleça. Obviamente, é justo que seja negociada a harmonização do interesse público com o privado. Mas acautelando que a vacina fica acessível a todas as pessoas.

 

 

Há dados inquietantes. Paul Hudson, presidente executivo do gigante francês da indústria farmacêutica Sanofi, afirmou, em entrevista na semana passada à Bloomberg, que se a investigação do grupo levar à vacina, “os EUA terão prioridade” no acesso a essa vacina, tendo em conta “o investimento que tem sido feito pelos americanos”. Argumenta que “o governo dos EUA tem direito à encomenda porque tomaram o risco de investir na nossa investigação”. Esta declaração talvez tenha em fundo a intenção de pressionar a União Europeia para que também acrescente financiamento robusto.

 

 

Obviamente, qualquer jogo de interesses com o acesso a uma tão determinante vacina é chocante. Indigna que o argumento pecuniário possa determinar algum privilégio no acesso ao bem que será esta vacina, bem que tem de ser público. A saúde tem de estar acima do mercado financeiro.

 

 

Quando for conseguida a vacina eficaz, esta tem mesmo de estar acessível a todos, em qualquer lugar do mundo, independentemente da condição económica da pessoa. É um dever que temos a partilhar.

 

 

É neste quadro que sobe ao centro das atenções a Assembleia Mundial da Saúde, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) promove neste início da semana (18 e 19 de maio). Normalmente, esta assembleia apenas interessa aos peritos e diferentes interesses do setor da saúde nos 194 países membros da organização da ONU para a saúde. Desta vez, a assembleia, a 73ª da OMS, interessa-nos a todos, é o palco de uma cerrada batalha geopolítica que a covid faz decorrer em modo virtual.

 

 

Um dos temas principais na agenda desta assembleia da OMS é um projeto de resolução apresentado pela União Europeia e apoiado por 20 países, entre os quais a Austrália, o Canadá, o Japão e o México. O principal opositor a este projeto é o governo dos EUA, e a questão central é explosiva, sobretudo, o acesso aos medicamentos e à vacina contra a covid-19.

 

 

Está oficializado perante a OMS que há neste momento 102 projetos de vacina em fase de desenvolvimento, dos quais oito em fase de ensaios pré-clínicos e dois em testes clínicos.

 

O projecto de resolução apresentado pela União Europeia defende, em forma clara, ao longo de seis páginas, o “acesso universal e equitativo, bem como a distribuição justa de todas as tecnologias e produtos sanitários” relacionados com a pandemia.

 

 

Esta posição europeia é enquadrada pela iniciativa “Act Accelerator”, lançada na última semana de abril pela União Europeia, pela GAVI (Aliança Global para as Vacinas e Imunização, lançada pela generosa Fundação Bill & Melinda Gates) e subscrita pela OMS. É uma iniciativa que propõe ação pragmática, multilateral e coordenada para garantir que a vacina, logo que conseguida, chega a todas as pessoas. Primeira prioridade, que seja dada às pessoas vulneráveis e ao pessoal sanitário. Logo a seguir, a todos. Esta iniciativa está financiada com 7,4 mil milhões de euros.

 

 

Os EUA, sob comando de Trump, apostam no “Warp Speed”, que pretende disponibilizar ainda neste ano eleitoral, supostamente em novembro, 100 milhões de vacinas e no começo do ano que vem, 200 milhões, exclusivamente para os americanos.

É essencial que a assembleia em curso da OMS reforce a solidariedade universal.

 

 

 

 

 

TPT com: AFP//AE//Sapo24//AI//Lusa//Francisco Sena Santos//MadreMedia// 20 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

Presidente do parlamento guineense defende que Guiné-Bissau deve sair da incerteza e indecisão

 

O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, disse hoje que o país deve sair da situação de incerteza e indecisão em que se encontra, após um encontro com o chefe de Estado guineense.

 

 

“O país deve imediatamente sair desta situação de indecisão e incerteza que estamos a viver”, afirmou Cipriano Cassamá, no final de uma audiência com Umaro Sissoco Embaló para analisar a situação política no país.

 

 

Cipriano Cassamá disse que também falou com o Presidente guineense sobre as relações que devem existir entre os órgãos de soberania para que o país possa ser levado com “mais calma e no quadro da estabilidade”.

 

 

“Penso que o Presidente da República encontrará uma solução que os guineenses vão ficar satisfeitos”, referiu Cassamá, sem avançar mais detalhes sobre o que conversou com Sissoco Embaló.

 

A Assembleia Nacional Popular e a presidência do país vivem um momento de alguma crispação política, depois de Umaro Sissoco Embaló ter anunciado a criação de uma comissão para a revisão da Constituição.

 

 

Para o parlamento guineense, a decisão do Presidente é estranha, porque existe uma comissão criada pela Assembleia Nacional Popular para a revisão da Constituição.

 

 

O presidente do parlamento enviou uma carta a Sissoco Embaló a alertar que qualquer iniciativa de revisão constitucional deve seguir a própria Constituição, que determina que aquelas iniciativas cabem aos deputados.

 

 

Num comunicado emitido em abril, a CEDEAO reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau e instou as autoridades e classe política no sentido de encetarem diligências para promover a revisão constitucional no prazo de seis meses, antecedida de um referendo, bem como a nomeação de um novo Governo, que respeite os resultados das legislativas de março de 2019, até sexta-feira.

 

A Guiné-Bissau tem vivido desde o início do ano mais um período de crise política, depois de Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições pela Comissão Nacional de Eleições, se ter autoproclamado Presidente, apesar de decorrer no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.

 

 

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes e nomeou para o cargo Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

 

 

Nabian formou um Governo com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), o Partido de Renovação Social (PRS) e elementos do movimento de apoio ao antigo Presidente guineense, José Mário Vaz, e do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

 

 

Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), não aceitou a derrota na segunda volta das presidenciais de dezembro e considerou que o reconhecimento da vitória do seu adversário é “o fim da tolerância zero aos golpes de Estado” por parte da CEDEAO.

 

 

A União Europeia, União Africana, ONU, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Portugal elogiaram a decisão da organização sub-regional africana por ter resolvido o impasse que persistia no país, mas exortaram a que fossem executadas as recomendações da CEDEAO, sobretudo a de nomear um novo Governo respeitando o resultado das últimas legislativas.

 

O Supremo Tribunal de Justiça remeteu uma posição sobre o contencioso eleitoral para quando forem ultrapassadas as circunstâncias que determinaram o estado de emergência no país, declarado no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

 

 

 

 

TPT com: AFP//AEP//MSE // LFS//Lusa// 19 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

Trump acusa Organização Mundial da Saúde de ser “marioneta da China”

 

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ser “uma marioneta da China”, reafirmando as críticas à gestão da crise do coronavírus.

 

 

Interrogado sobre o futuro da contribuição financeira dos Estados Unidos para a OMS, Trump foi evasivo: “Vamos tomar uma decisão em breve.”

 

 

O Presidente dos EUA anunciou em meados de abril a suspensão dos pagamentos à OMS, que, nas suas palavras, “devia ter percebido e provavelmente percebeu” o que ia acontecer com a pandemia de covid-19, que já infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, causando a morte a mais de 316 mil.

 

 

Depois de, no início do ano, ter elogiado a ação da OMS, Donald Trump tem-se desdobrado em críticas à atuação da organização, acusando-a de não ter alertado suficientemente cedo para os riscos da pandemia, de falta de transparência e de alegado favorecimento da China.

 

 

Donald Trump tem criticado repetidamente a China, por alegadamente ter encoberto o surto no período inicial. A doença transmitida por um novo coronavírus foi detetada no final de dezembro, na cidade chinesa de Wuhan.

 

 

Depois de, em fevereiro, a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões). Os Estados Unidos são o país com mais mortos (ultrapassaram a barreira dos 90 mil) e mais casos de infeção confirmados (quase 1,5 milhões).

 

Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, criticou os políticos estrangeiros por “politizarem” a epidemia de covid-19, ao criticarem a gestão da OMS e pedirem responsabilidades à China.

 

 

Outros países, incluindo a Austrália, também pediram uma investigação independente sobre a origem da pandemia, levando a China a suspender a licença para exportação de grandes produtores de carne bovina australianos, numa aparente retaliação.

 

 

As tentativas de politizar a pandemia e de difamar a OMS são “uma grave violação dos princípios morais internacionais e minam os esforços internacionais antiepidémicos”, considerou o chefe da diplomacia chinesa.

 

 

A China “superou as suas próprias dificuldades, ofereceu apoio e assistência aos países relevantes, partilhou experiências e tratamentos de prevenção e controlo sem reservas e facilitou a compra de equipamento antiepidémico a vários países”, assinalou.

 

 

Esta guerra de palavras entre Estados Unidos e China está também a bloquear a ação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que, à exceção de uma videoconferência realizada em 09 de abril, tem mantido o silêncio sobre a mais grave crise desde a II Guerra Mundial.

 

 

O projecto de resolução franco-tunisino, que exige uma “coordenação reforçada” no combate à pandemia de covid-19, foi bloqueado, em 30 de abril, por Estados Unidos e China, membros permanentes do Conselho de Segurança. As divisões acentuaram-se por causa de um parágrafo relacionado com a OMS.

 

 

A votação, pedida há mais de um mês pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, é cada vez menos provável a curto prazo.

 

Contrariamente ao Conselho de Segurança, a Assembleia Geral da ONU (193 membros), cujo debate dos textos não se arrasta no tempo, já aprovou duas resoluções sobre a pandemia, uma para apelar à cooperação e outra para reclamar um acesso mais equitativo de todos os países às futuras vacinas.

 

 

Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou, em todo o mundo, mais de 316 mil mortos e infectou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

 

 

 

 

 

Donald Trump revela que está a tomar hidroxicloroquina

 

 

 

 

 

O presidente norte-americano disse esta segunda-feira que está a tomar hidroxicloroquina, o medicamento para combater a malária e doenças auto-imunes como a artrite reumatóide ou o lúpus, há mais de uma semana, por prevenção, caso comece a revelar sintomas.

 

A notícia está a ser avançada pela agência Associated Press (AP) e pelo The New York Times (NYT).

 

A AP avança que Trump revelou que o medicamento não lhe foi recomendado, mas que pediu prescrição ao médico da Casa Branca. E terá acrescentado: “Estou a tomar a hidroxicloroquina. Agora mesmo, sim. Penso que seja bom, ouvi histórias muito boas”, completou.

 

 

“Tudo o que vos posso dizer é que, até agora, estou bem”, disse, explicando que toma um comprimido por dia há uma semana e meia.

 

A Agência Europeia do Medicamento defendeu em abril que a utilização da hidroxicloroquina e de cloroquina no contexto da pandemia deveria ser limitada a ensaios clínicos ou protocolos nacionais validados e reforçou “a necessidade da manutenção da utilização destes fármacos nos doentes crónicos que deles necessitam, sublinhando a exigência de que a sua prescrição não deve ser aumentada (em termos de número de embalagens) para além do estritamente necessário em cada momento clínico”.

 

 

“Não me vai prejudicar. Existe há 40 anos para [tratar] a malária, lúpus e outras coisas. Eu tomei. Profissionais da linha frente tomam. Muitos médicos tomam. Eu tomo”, acrescentou Trump, citado pelo NYT.

 

 

Na conferência de imprensa da DGS na sexta-feira, questionada sobre a hidroxicloriquina, Graça Freitas salientou que “através do Infarmed sabemos que, até à data, não foram reportadas em Portugal reações adversas no âmbito do seu sistema de farmacovigilância”.

 

 

“As instituições nacionais e internacionais, obviamente, continuam a acompanhar a evolução da utilização deste medicamento em todo o mundo e vão ajustando as suas recomendações de acordo com essa evolução”, explicou a diretora-geral da Saúde. No entanto, a eficácia contra o novo coronavírus não está comprovada.

 

 

Em março, o presidente norte-americano tinha-se revelado otimista sobre o uso do medicamento no tratamento da covid-19.

 

 

“Vamos poder fazer com que esse medicamento esteja disponível quase de imediato”, disse Trump aos jornalistas numa conferência de imprensa na Casa Branca, fazendo referência aos resultados preliminares “muito, muito animadores”.

 

 

 

 

 

Banco central dos Estados Unidos afasta cenário de Grande depressão mas admite recuperação lenta

 

 

 

 

 

O chefe do Banco central dos EUA considerou que a crise económica provocada pela pandemia apresenta “diferenças fundamentais” com a Grande depressão e vaticinou que o crescimento deve ser retomado rapidamente, apesar do elevado desemprego e profunda recessão.

 

“Não creio de todo que seja um resultado provável”, disse Jerome Powell, no domingo, em entrevista à CBS numa referência a uma Grande depressão semelhante à registada na década de 1930, ao assinalar uma economia florescente antes da pandemia, bancos sólidos e uma reação adequada das autoridades.

 

 

No entanto, admitiu que a taxa de desemprego pode situar-se entre 20 e 25% e que a queda do Produto interno bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre estará “facilmente nos 20, nos 30%”.

 

À margem dos indicadores económicos que o Banco central recolhe e tenta antecipar, Powell sublinhou que a prioridade no momento actual consiste em controlar a pandemia, na ausência de uma vacina ou de um tratamento com provas terapêuticas.

 

 

Nos Estados Unidos instalou-se um intenso debate entre os defensores de uma rápida reabertura da economia e os que preferem uma abertura lenta e refletida para evitar uma segunda vaga de infeções.

 

 

“Aquilo que é mais conta de momento são os indicadores médicos. É a difusão do vírus. São todas estas coisas, e que estão associadas”, como por exemplo as medidas de distanciamento social, explicou Powell.

 

Para o governador do Banco central norte-americano, a recuperação da devastadora recessão apenas será possível a partir da segunda metade de 2020, “a partir do terceiro trimestre”, caso não se registe uma segunda vaga da pandemia.

 

 

No entanto, sugeriu que não será possível uma recuperação total antes da chegada da vacina.

 

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

 

 

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (cerca de 90.00) e mais casos de infeção confirmados (quase de 1,5 milhões).

 

 

Seguem-se o Reino Unido (34.636 mortos, mais de 243 mil casos), Itália (31.908 mortos, mais de 225 mil casos), França (28.108 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.650 mortos, mais de 231 mil casos).

 

 

A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.631), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 281 mil).

 

 

Por regiões, a Europa soma mais de 166 mil mortos (quase 1,9 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 95.000 mortos (mais de 1,5 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 28.700 mortos (mais de 500 mil casos), Ásia mais de 12.100 mortos (mais de 355 mil casos), Médio Oriente mais de 8.100 mortos (quase 280 mil casos), África 2.735 mortos (mais de 82.500 casos) e Oceânia com 126 mortos (quase 8.400 casos).

 

 

 

TPT com: AFP//CNN//AI//AEP//Reuters//NYT//WP//MadreMedia/Lusa// 18 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

O Irão está a ameaçar tomar medidas se os EUA impedirem o transporte de combustível para a Venezuela

 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão alertou hoje os Estados Unidos da América (EUA) da possibilidade de adotar “medidas apropriadas e necessárias” face às ameaças de Washington de impedir o transporte de combustível para a Venezuela.

 

 

Numa carta ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o Irão denunciou as ameaças contra os seus navios-tanque, considerando-as “ilegais, perigosas e provocadoras” e uma forma de pirataria que constitui uma grande ameaça à paz e segurança internacional.

 

 

A tensão entre os dois países aumentou depois de terem sido divulgados relatórios sobre a intenção dos EUA de impedir o transporte de combustível iraniano para a Venezuela, para onde pelo menos um navio de bandeira persa se dirige.

 

 

O chefe da diplomacia iraniana, Mohamad Yavad Zarif, responsabilizou a administração dos EUA pelas “consequências de qualquer movimento ilegal” e reiterou “o direito do Irão de tomar medidas apropriadas e necessárias face às ameaças”.

 

 

Além da carta enviada à ONU, o Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador suíço em Teerão, Markus Leitner, que representa os interesses de Washington na ausência de relações diplomáticas entre os dois países, tendo o vice-ministro de Assuntos Políticos do Irão, Abás Araqchí, expressado oficialmente o protesto da República Islâmica e ameaçado dar uma “resposta imediata e decisiva” aos Estados Unidos.

 

 

“O uso de medidas coercivas ou outras intimidações pelos EUA são uma ameaça à livre circulação de energia, uma clara manifestação de pirataria e uma grave violação do direito internacional”, considerou Abás Araqchí.

 

 

O Irão e a Venezuela mantêm um relacionamento muito próximo desde a época do ex-Presidente Hugo Chávez (1999-2013), baseado na oposição aos EUA, país que mantém sanções aqueles dois países.

 

 

O apoio de Teerão a Caracas também esteve recentemente envolto em controvérsia, com a publicação de relatórios que referiam que o regime de Nicolás Maduro deu nove toneladas de ouro ao Irão em troca de ajuda para reparar refinarias.

 

 

As autoridades venezuelanas negaram o envio desse ouro ao Irão e rejeitaram as acusações “sem fundamento” feitas pelos EUA.

 

 

A Venezuela regista atualmente uma queda na produção de petróleo e derivados devido a falhas que paralisaram várias de suas refinarias, afetadas por sanções e falta de investimento.

 

 

O setor de energia iraniano também está muito enfraquecido pelas sanções impostas em 2018 pelos EUA, que proíbem a exportação de petróleo iraniano.

 

 

 

 

 

 

 

França protesta contra tratamento infligido a embaixador francês na Venezuela

 

 

 

 

 

 

A França convocou no dia 13 de Maio o embaixador da Venezuela em Paris para protestar contra o tratamento infligido à representação diplomática francesa em Caracas, tendo como pano de fundo as tensões reinantes com o Presidente venezuelano, anunciou a diplomacia gaulesa.

 

“A França exprime a sua firme condenação às medidas tomadas nos últimos dias que têm afetado o funcionamento norma da nossa representação diplomática em Caracas”, declarou o porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, considerando que são “contrárias” à Convenção de Genebra sobre as Relações Diplomáticas.

 

Desde 02 deste mês que os serviços de informação venezuelanos ergueram barreiras na entrada e na saída da Rua Caracas, onde se situa a residência do embaixador francês, indicou à agência noticiosa France-Presse (AFP) fonte oficial.

 

 

A residência está sem energia elétrica desde 03 deste mês, pelo que tem recorrido a um gerador, e a água potável deixou de correr nas torneiras.

 

 

Os camiões cisterna destinados a abastecer quer de combustível quer de água potável a residência do diplomata francês são barrados à entrada da rua.

 

 

“Esta posição foi expressa ao embaixador da República Bolivariana da Venezuela em França pelo Ministério da Europa e dos Negócios estrangeiros, afirmou o porta-voz adjunto.

 

 

“As autoridades francesas aguardam que se ponha fim, imediatamente, a estas medidas a fim de ser restabelecido o funcionamento normal da nossa representação diplomática”, acrescentou.

 

 

A União Europeia (UE) apoia o plano norte-americano para a formação de um governo de transição na Venezuela sem o dirigente socialista Nicolas Maduro, Presidente venezuelano, o líder da oposição, Juan Guaidó.

 

 

Vários países europeus, entre eles a França, reconheceram em 2019 Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

 

Maduro acusa o seu rival de ter fomentado uma tentativa de “invasão da Venezuela” que visava, disse, “um golpe de Estado” no país, com a cumplicidade dos Estados Unidos e da Colômbia.

 

 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, negou qualquer envolvimento dos Estados Unidos.

 

 

Cerca de 45 pessoas, entre eles dois antigos soldados norte-americanos foram detidos por uma presumível participação nessa “invasão”.

 

 

Nicolas Maduro, no poder desde 2013, tem o apoio de Cuba, China e Rússia.

 

 

Os Estados Unidos, por seu lado, têm intensificado as sanções económicas à Venezuela e a justiça norte-americana acusou em março o antigo Presidente venezuelano Hugo Chavez (1999/2013) de “narcoterrorismo”.

 

 

 

 

TPT com: AFP//AEP//AI//MadreMedia / Lusa// 17 de Maio de 2020

 

 

 

 

 

 

 

 

OMS alerta que pulverizar ruas com desinfetante não elimina coronavírus e põe saúde em risco

 

Pulverizar ou fumigar desinfetante nas ruas, como alguns países estão a fazer para combater a pandemia de Covid-19, não elimina o vírus e coloca riscos sanitários, advertiu neste sábado a Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

 

“A pulverização ou fumigação de espaços exteriores, como ruas ou mercados, não é recomendada para destruir o novo coronavírus ou outros agentes patogénicos porque é inativada pela sujidade”, explica a OMS num documento sobre a limpeza e desinfeção das superfícies no quadro do combate à pandemia.

 

 

A OMS acrescenta que “mesmo em caso de ausência de matérias orgânicas, é pouco provável que a pulverização química cubra corretamente todas as superfícies durante o tempo de contacto necessário para inativar os agentes patogénicos”. “Por outro lado, as ruas e os passeios não são considerados reservatórios de infeção do Covid-19”, sustenta a organização no mesmo documento.

 

Alerta-se ainda que esta medida, “mesmo feita no exterior, pode ser perigosa para a saúde humana”, e recomenda-se que, “em caso algum devem ser pulverizadas pessoas”, pois “não reduz a capacidade de um infetado propagar o vírus por gotículas ou contacto”. Pulverizar cloro ou outros produtos químicos tóxicos sobre as pessoas pode causar irritações dos olhos e da pele, bronco-espasmos e problemas gastrointestinais, defende a organização.

 

 

A entidade mundial para a saúde pública diz ainda que também “não recomenda a aplicação sistemática de desinfetantes em superfícies por pulverização ou fumigação nos espaços interiores”. “Se for preciso aplicar desinfetantes, convém fazê-lo com um pano ou um toalhete embebido de desinfetante”, recomenda.

 

O vírus na origem da pandemia mundial de Covid-19, que já provocou mais de 300 mil mortos em todo o mundo, pode fixar-se nas superfícies e nos objetos, mas ainda não há informações precisas da duração do seu tempo de vida nos vários materiais. Alguns estudos indicaram que o vírus poderá permanecer vários dias activo em diversos tipos de superfícies, mas essas informações foram recolhidas em condições experimentais, ressalva a OMS.

 

 

Em março deste ano, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, tinha declarado em conferência de imprensa “não existir nenhuma evidência científica que sejam eficazes [as desinfeções] e portanto não é uma medida que se recomende”. Na altura defendeu que não era prioritário ter trabalhadores a desinfetar ruas para combater o contágio pelo novo coronavírus, como fizeram algumas autarquias, “porque não há qualquer certeza que tenha influência”.

 

 

 

 

 

 

Rússia ultrapassa 200 mil casos e é epicentro europeu de pandemia

 

 

 

 

 

A Rússia registou hoje 12.112 novos casos de contágio com covid-19, elevando para 215.688 o total desde o início da pandemia, disseram as autoridades russas.

 

O número de mortes na Rússia permanece relativamente baixo, em 2.195, segundo as estatísticas hoje divulgadas pelas autoridades, enquanto o número de novos casos positivos continua acima dos 10.000 pelo sétimo dia consecutivo.

 

 

As autoridades russas dizem que o aumento no número de casos, ao longo da semana passada, é explicado pela multiplicação de testes realizados – 5,4 milhões de acordo com a contagem de hoje – e não por uma aceleração da propagação, o que pode explicar a baixa mortalidade.

 

 

O objetivo da triagem em massa é rastrear casos assintomáticos ou leves de covid-19, que não são necessariamente contados em outros países, devido à falta de acesso a testes.

 

 

Mas alguns especialistas na Rússia duvidam desta versão oficial e da veracidade das estatísticas de mortalidade.

 

 

Michael Ryan, director executivo de emergências em saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse na sexta-feira que “a Rússia provavelmente está a passar por uma epidemia tardia”.

 

 

Moscovo, o epicentro da epidemia na Rússia e na Europa, estendeu o confinamento até final de maio, permitindo que apenas algumas atividades reabram.

 

 

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 300 mil mortos e infectou mais de 4,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

 

 

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa mais de 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando sectores inteiros da economia mundial.

 

 

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

 

 

 

 

TPT com: AFP//AI//Jornal Económico com Lusa//MadreMedia//  Laura Lezza/Getty//16 de Maio de 2020