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Banco Banif foi vendido ao Santander com elevadas perdas para os tributários

O primeiro-ministro António Costa anunciou na noite deste domingo a venda ao Santander do Banif, com perdas “elevadissimas” para os contribuintes e envolvimento do sector.

 

 

O valor do encaixe é de 150 milhões de euros. A solução, enquadrada numa medida de resolução, implica responsabilidades adicionais para o Estado e elevadas perdas para os contribuintes, de, pelo menos, cerca de 700 milhões de euros. Os activos problemáticos do banco (nomeadamente o imobiliário avaliado em cerca de 2000 milhões de euros) ficaram fora do negócio.

 

 

Em comunicado o Banco de Portugal refere que a alienação do Banif, onde o Tesouro possui 61%, “envolve um apoio público estimado de 2255 milhões de euros que visam cobrir contingências futuras, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1766 milhões de euros directamente pelo Estado”. Acrescenta que o entendimento resulta “das opções acordadas entre as autoridades portuguesas, as instâncias europeias e o Santander Totta, para a delimitação do perímetro dos activos e passivos a alienar.”

 

 

A medida protege as poupanças das famílias e das empresas do Banif, mas também os depósitos e as obrigações séniores, assegura o supervisor. E garante que “os clientes podem realizar todas as operações como habitualmente quer aos balcões quer nos canais electrónicos” e passam a ser clientes do Santander Totta. As agências do Banif passam a integrar a rede comercial do banco e abrirão esta segunda-feira com a chancela do Santander.

 

 

Foi uma corrida contra o tempo. Antes das 24h00 deste domingo, 20 de Dezembro, na sua residência oficial, em São Bento, António Costa veio anunciar um desfecho para o Banif. Uma iniciativa com um significado político: o Primeiro-Ministro tomou em mãos o dossier e deu por concluído um processo que se arrastava há três anos. “Esta solução terá perdas muito elevadas para os contribuintes, mas protege o interesse nacional”, começou por dizer António Costa. E salientou a defesa dos depositantes, nomeadamente, dos clientes do Banif nas regiões autónomas, dos clientes emigrantes que contribuem com as suas remessas para o país e dos trabalhadores.

 

 

Durante todo o fim-de-semana, as autoridades, Governo e Banco de Portugal, e a gestão do Banif analisaram ao pormenor as seis propostas entregues esta sexta-feira para compra da instituição ou de parte delas: os dois bancos espanhóis, Santander e Popular, mais quatro fundos, o norte-americano Apollo (dono da Tranquilidade), o J.C. Flower (ligado a um fundador do  Goldman Sach), e um fundo sino-americano, representado pelo Haitong Bank ) e um outro, desconhecido. O Santander, que vai pagar 150 milhões de euros por 4% do sistema bancário nacional, foi desde o primeiro minuto a opção preferida do Banco de Portugal. Mas para aceitar o banco fez elevadas exigências às autoridades.

 

 

A 31 de Dezembro de 2012 o banco foi intervencionado com uma recapitalização de 1100 milhões de euros com recurso a meios públicos. A instituição passou então para a esfera estatal com uma injecção de 700 milhões de euros e 400 milhões por empréstimo obrigacionista de Cocos (obrigações convertíveis em acções mediante determinadas condições), dos quais 275 milhões foram entretanto já devolvidos. A instituição estava desde Dezembro de 2014 em situação de incumprimento com o Estado português sem pagar os 125 milhões de euros que deveria ter liquidado nessa data.

 

 

A partir desse momento a Direcção- Geral da Concorrência Europeia  (que avalia as ajudas estatais) exigia um desfecho para o banco que garantisse o pagamento da dívida ao Tesouro. A DGCOM nunca concordou com o plano de recapitalização do Banif. E em Dezembro de 2012 chegou a defender a liquidação. Uma opção que manteve em aberto quando o banco entrou em incumprimento. A DGCOM tinha dado até este domingo para o Estado, o dono do Banif, apresentar uma proposta de recapitalização.

 

 

Para além da DGCOM também o Banco Central Europeu, atendendo às suas regras de politica monetária, terá dado às autoridades até este domingo para encontrarem uma solução. Isto, para evitar que esta segunda-feira lhe fosse retirado o estatuto de contraparte da politica monetária (o fecho do acesso do Banif ao financiamento do Eurosistema). Uma hipótese precipitada pelos acontecimentos do fim-de-semana passado que desencadearam uma pressão sobre os balcões do banco que comprometeu os rácios de solidez (levantamentos numa semana de quase mil milhões de euros). Este facto obrigou o Banif a recorrer ao eurosistema.  Recorde-se que a 3 de Agosto de 2014 o BCE retirou ao BES o estatuto de contraparte, que levou ao seu colapso.

 

 

No caso do Banif, de acordo com o comunicado do Banco de Portugal, a decisão foi tomada após terem sido tomadas em conta “as consequências de uma provável declaração de ilegalidade do auxílio de Estado ao Banif pela Comissão Europeia que criaria uma gravíssima insuficiência de capital”; “a posição das instâncias europeias no sentido de que a alienação do Banif, com auxílio de Estado, é apenas viável num cenário de resolução”, e o impacto”da frustração das expectativas do processo de venda voluntária na situação de liquidez do Banif – que sofreu uma degradação muito acelerada nos últimos dias – e os consequentes riscos para a manutenção do seu fluxo normal de pagamentos e satisfação das suas responsabilidades para com os clientes”.

 

 

Para a entidade presidida por Carlos Costa, “face às circunstâncias e restrições impostas, a venda da atividade do Banif”, nas condições em que foi feita, “é a solução que salvaguarda a estabilidade do sistema financeiro nacional e que protege as poupanças das famílias e das empresas, bem como o financiamento à economia”.

 

 

 

Cristina Ferreira/Pub/21/12/2015

 

 

 

 

 

Espanha ganha pela primeira vez título de Miss Mundo

Chama-se Mireia Lalaguna Royo e é a primeira espanhola a ganhar o título de Miss Mundo. A coroação aconteceu este sábado na ilha chinesa de Sanya na última fase do concurso, edição de 2015. Lalaguna é uma modelo de 23 anos proveniente de Barcelona.

É licenciada em farmacologia e tem intenções de seguir um mestrado em nutrição.

 

 

Em segundo e terceiro lugar, respetivamente, ficaram as candidatas da Rússia, Sofia Nikitchuk, e da Indonésia, Maria Harfanti. Em competição estiveram um total de 114 mulheres — cada uma delas representou o país de origem em diversas competições locais e regionais. O top cinco fica ainda completo com a representante da Jamaica, Sanneta Myrie, e do Líbano, Valerie Abou.

 

Espanha ganha pela primeira vez título de Miss Mundo 2

A vencedora de um dos títulos mais cobiçados no universo da beleza recebeu a coroa das mãos de Rolene Strauss, a sul-africana que na edição anterior se sagrou Miss Mundo. O reinado daquela que a partir de agora é considerada a mulher mais bonita do mundo tem uma duração de 12 meses, período durante o qual terá a missão de viajar pelo mundo no sentido de colaborar com obras beneficentes, escreve a Reuters.

 

 

De referir que o evento ficou marcado por alguma controvérsia, uma vez que a China recusou a participação da Miss Canadá. Anastasia Lin, de origem chinesa, viu o seu visto ser recusado na altura de embarcar no voo que ligava Hong Kong a Sanya. Segundo a Associated Press, Lin é uma conhecida crítica da religião chinesa.

 

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Esta foi a 65º edição do mais antigo concurso de beleza. A primeira Miss Mundo, há 64 anos, foi britânica.

 

 

JOHANNES EISELE/AFP/Reuters/21/12/2015   

 

 

                 

 

José Mourinho, o segundo campeão despedido do Chelsea desde 1992

Roberto Mancini foi o primeiro a sair pela porta pequena, em 2013. Mourinho é o segundo desde 1992. Kenny Dalglish foi campeão com o Blackburn em 1995 e até saiu para diretor. Mas foi pelo próprio pé.

 

 

José Mourinho foi despedido do Chelsea sete meses após levantar o caneco de champion. Esta é somente a segunda vez, desde que existe a Premier League (1992/93), que um treinador é despedido na época seguinte a ser campeão. O português somava apenas 25% de vitórias em 16 jornadas (nove derrotas), o que contrasta bastante com os 68% da temporada transata, na qual venceu o terceiro título pelos blues.

 

 

As duas primeiras épocas de Mourinho no Chelsea (2004-2006) foram de alto gabarito: somou em ambas 76% de vitórias (29 vitórias em 38 jogos). Nessa primeira aventura londrina (2004-2008), o português saiu na quarta época, quando registava apenas três vitórias em seis jogos. Desta vez, o nível da equipa desceu ainda mais: 16.º lugar, com apenas quatro vitórias e três empates em 16 jogos. Ou seja, 15 pontos em 48 possíveis. Hazard, Fàbregas, Diego Costa, Óscar e companhia parece que desaprenderam. É outra equipa. Nestes casos, já se sabe, é o treinador que representa a ponta mais frágil por partir.

 

 

A primeira vez que um treinador campeão foi despedido na época seguinte aconteceu em 2012/2013. Roberto Mancini, ao serviço do Manchester City, foi o obreiro da invenção, logo ele que ganhou o estatuto de primeiro italiano campeão da Premier League. No ano anterior, em 2011/12, o italiano indicara o caminho para o campeonato que fugia aos citizens há 44 anos, naquele jogo dramático em que o Manchester United já festejava noutro estádio — o golo de Sergio Agüero chegaria na última jogada.

 

 

Com o escudo na camisola, que indica o status de campeão, Mancini até durou quase, quase até ao fim,  mas uma derrota na final da Taça de Inglaterra (vs. Wigan) ditaria um fim sem glória. Mancini chegou até à antepenúltima jornada da liga, altura em que somava 21 vitórias em 36 jogos. O Manchester City acabaria em segundo,  atrás do rival da cidade. O italiano foi substituído por Brian Kidd.

 

 

Essa foi a primeira vez, mas em 1995 aconteceu um episódio semelhante, que, no entanto, não encaixa na lengalenga que tentamos demonstrar. É que Kenny Dalglish, a eterna lenda do Liverpool, venceu a Premier League com o Blackburn em 1994/95, numa equipa onde a estrela maior era Alan Shearer. O escocês deixaria o comando técnico nesse verão, por opção própria, passando a ocupar o cargo de diretor.

 

 

Treinadores campeões desde o arranque da Premier League (1992/93)

 

Alex Ferguson (Manchester United)
1992/93, 1993/94, 1995/96, 1996/97, 1998/99, 1999/2000, 2000/01, 2002/03, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2010/11, 2012/13

 

 

Kenny Dalglish (Blackburn Rovers)
1994/95

 

Arsène Wenger (Arsenal)
1997/98, 2001/02, 2003/04

 

José Mourinho (Chelsea)
2004/05, 2005/06, 2014/15

 

Carlo Ancelotti (Chelsea)
2009/2010

 

Roberto Mancini (Manchester City)
2011/12

 

Manuel Pellegrini (Manchester City)
2013/14

 

 

JAVIER SORIANO/AFP/TPT/Hugo Tavares da Silva/Obs/17/12/2015

 

 

 

 

Reserva Federal dos EUA sobe taxa de juro pela primeira vez desde a crise

 O banco central mais poderoso do mundo anuncia a primeira subida da taxa de juro desde a crise financeira. Será o início do fim da era do dinheiro barato? Que implicações para todo o mundo?

 

 

Terá começado esta quarta-feira, 16 de dezembro de 2015, o fim da era do dinheiro barato. A Reserva Federal dos EUA (Fed) anunciou a primeira subida da taxa de juro de referência, que foi colocada em0% em 2008 – há precisamente sete anos – e assim se manteve na Grande Recessão e nos últimos anos. Mas a Fed garante que o ciclo de subidas será “gradual”, o que atenua a pressão para que esta decisão pudesse levar a uma subida inadvertida dos juros de mercado também nazona euro ou que possa levar a um colapso nos países emergentes.

 

 

A decisão de subir as taxas de juro já era esperada pela vasta maioria dos especialistas. Alguns até previam que ela já chegaria na última reunião da Reserva Federal, em setembro. Nessa altura, o Observador debruçou-se sobre as implicações que essa subida da taxa de juro, quando viesse, teria para a economia global: Fed está prestes a “bater as asas” e subir os juros nos EUA. O mundo aguenta?

 

 

A taxa de juro passou para um intervalo de 0,25% a 0,5%, uma primeira tentativa de começar a normalizar a política monetária nos EUA. Adecisão foi unânime entre todos os presidentes das várias divisões regionais da Reserva Federal. Outro dado crucial é que a Fed adotou uma atitude cautelosa ao garantir que, daqui para a frente, antecipa umasubida “gradual” da taxa de juro.

 

Reserva Federal dos EUA sobe taxa de juro pela primeira vez desde a crise 2

Antes desta quarta-feira a taxa de juro da Fed estava num intervalo técnico entre 0% e 0,25% – e a questão crucial será saber quão rapidamente a Fed anunciará novas subidas. Os especialistas têm dito que se pode esperar mais dois a quatro subidas no próximo ano.Mais do que isso será, possivelmente, demasiado brusco e desequilibrar os mercados. Menos do que isso, provavelmente, também não será um bom sinal – será sinal de que a economia perdeu o ímpeto que tem vindo a evidenciar, por alguma razão interna ou externa.

 

 

O Comité acredita que há uma melhoria considerável nas condições do mercado de trabalho este ano, e está razoavelmente confiante de que a inflação irá subir, no médio prazo, para o seu objetivo de 2%. Tendo em conta as perspetivas económicas, e reconhecendo o tempo que as decisões de política monetária levam para afetar as condições económicas, o Comité decidiu aumentar o intervalo da taxa de juro para os fundos federais para 1/4 a 1/2 por cento.

 

 

Os especialistas estão a sublinhar uma outra passagem, que espelha a cautela da Reserva Federal enquanto anuncia esta decisão:

O Comité antecipa que as condições económicas irão evoluir de uma forma que irá carecer de aumentos apenas graduais na taxa de juro. A taxa de juro deverá permanecer, por algum tempo, abaixo dos níveis onde é expectável que se manterão no longo prazo”.

 

 

Que implicações tem esta subida?

 

 

A Reserva Federal subiu os juros, mas garantiu que o possível ciclo de subidas daqui para a frente será “gradual“. Este é um ponto crucial para a economia global, porque a Reserva Federal indica que o ciclo de subidas deverá ser lento. Esta garantia significa, por exemplo, que será menor a pressão nos mercados mundiais – incluindo da zona euro – para a subida dos juros nos mercados à boleia da Reserva Federal.

 

 

Apesar de esta decisão da Reserva Federal simbolizar o fim da era do dinheiro barato que vivemos na última década, o desafio para os outros bancos centrais – como o Banco Central Europeu – é garantir que a decisão da Fed não irá perturbar os seus próprios objetivos de política monetária. Na zona euro, a taxa de juro está – e estará nos próximos anos – em 0,05% e Mario Draghi reforçou os estímulos há duas semanas, precisamente para evitar um contágio da subida dos juros nos EUA.

 

 

A garantia da Reserva Federal de que novas subidas serão “graduais” ajuda a aliviar essa pressão sobre o BCE e sobre a sua intenção de manter as taxas de juro baixas de mercado na zona euro. Mas, na conferência de imprensa de anúncio da decisão, Janet Yellen disse que a evolução “gradual” das taxas de juro dependerá do desempenho da economia e da evolução das expectativas de inflação.

 

 

Nos EUA, apesar de a taxa de inflação ainda estar a cerca de um quarto do objetivo de 2%, a Fed estará, finalmente, confiante de que a recuperação económica irá encarregar-se de estimular a inflação. E, assim, o banco central aproveita a oportunidade para limitar os riscos associados a uma política monetária expansionista por demasiado tempo.

 

 

Um desses riscos é que a compressão das rendibilidades nos ativos clássicos – como a dívida norte-americana e o dólar – proporcione atomada excessiva de riscos, canalizando capitais para o investimento noutros ativos mais arriscados e podendo criar bolhas especulativas nos mercados. Outro problema de ter a taxa de juro em 0% durante demasiado tempo é, claro, que não há margem para baixar a taxa de juro se for necessário.

 

 

O Banco Central Europeu (BCE) iniciou os estímulos mais tarde do que nos EUA e estes foram reforçados há duas semanas. Mas esta decisão da Reserva Federal dos EUA, o banco central mais poderoso do mundo por controlar o valor do dólar, tem implicações vastíssimas para toda a economia global. O BCE avisou recentemente que se a Fed subir as taxas de juro demasiado rápido, isso levará a instabilidade nos países emergentes – sobretudo aqueles com contas externas desequilibradas e dependentes dos capitais em dólares. Mas a zona euro também não ficará imune. 

 

 

JIM LO SCALZO/EPA/Edgar Caetano/OBS/16/12/2015

 

 

 

 

Eleição do Mister, Miss Brasil Mirim e Tenn USA 2015, mostrou charme e beleza

O restaurante Hot Spot Diner, localizado na Avenue A, na cidade de Newark, esmerou-se com requinte, para receber mais uma tarde domingueira, recheada de beleza e glamour.

 

Eleição do Mister, Miss Brasil Mirim e Tenn USA 2015, mostrou charme e beleza 2

Mais de 400 pessoas marcaram presença no pavilhão desportivo do restaurante Hot Spot Diner para degustar uma lauta refeição e aplaudir os intervenientes em mais um concurso anual de beleza infantil e júnior, realizado entre a comunidade brasileira e luso brasileira que reside nesta cidade, mas aberto a concorrentes de qualquer estado dos Estados dos Estados .

 

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Um dia diferente para jovens e adultos. E não é por acaso que os cientistas destacam o papel fundamental das brincadeiras na vida entre pais e filhos desde a tenra infância. “Brincadeiras agregam criatividade e saúde psicológica aos pequenos”, dizem.

 

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E as crianças e jovens cada vez mais conectadas com o mundo da moda, parecem despertar cedo para o universo fashion, quer seja com o objectivo de experimentar estar por um momento numa passarela, ou almejar o sonho de se tornar top model, ou brincar de “ser um astro por um dia”.

 

Eleição do Mister, Miss Brasil Mirim e Tenn USA 2015, mostrou charme e beleza5

Para o júri, definir um padrão unificado de beleza infanto-juvenil não é tarefa das mais fáceis, já que é indispensável também, que os candidatos tenham postura, personalidade, carisma, conhecimento, disciplina e engajamento social.

 

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Por outro lado, os jovens mostravam-se à altura do objectivo assumido e com criatividade tentavam seduzir o júri e o público, sem demonstrar ter os nervos, à flor da pele.

 

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O desfile decorria e a simpatia das trinta e três candidatos e candidatas, arrancavam fortes aplausos da assistência que tentava influenciar a eleição dos seus concorrentes preferidos.

E enquanto no salão o convívio decorria animado, no camarim improvisado a azáfama era grande.

 

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As(os) candidatas(os) ao título, começaram por abordar a maquilhagem para à semelhança de outros certames de beleza, se tornarem mais bonitas(os) e valorizadas(os).

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As profissionais de maquilhagem fiéis à tradição aristocrática, embelezavam ainda mais as concorrentes a Miss cultivando nelas um ideal de beleza e presença.

 

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Esperadas com bastante expectativa, eis, que, descontraídas e elegantes, as jovens candidatas a Miss começam a preparar-se para entrar na passarelle.

 

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Os rapazes, candidatos a Mister Júnior e Tenn Mirim, também se apresentaram para provar que mesmo sem a necessidade de experiência como modelo, poderão mostrar ao público o seu potencial de beleza, brincando e claro, encher a família de orgulho.

 

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E um pouco para além da hora marcada, a passarela improvisada do Hot Spot Diner foi invadida pela alegria dos concorrentes Mirins, Tenn e Júnior, que foram apresentados por Cláudia  Cascardo e Tharika Heys organizadoras do certame, receberam fortes aplausos da assistência pelo modo renovado e refrescante, com que apresentaram a sua fórmula mágica de desfilar.

 

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Além de todo o “glamour” e animação que acompanhou o desfile, os intervalos foram preenchidos com a apresentação de quadros alusivos à fauna da Floresta Amazónica, com a organizadora do evento, a apresentar assim mais uma forma de envolver os jovens, na causa do associativismo recreativo e cultural.

 

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Segundo Cláudia Cascardo, o objectivo fundamental desta componente cultural no desfile de beleza foi chamar a atenção para a riqueza da biodiversidade do Brasil e do mundo, “que infelizmente estão ameaçados pela caça, pelas alterações climáticas, bem como pela degradação e devastação das florestas e dos seus vários ecossitemas”.

 

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Interessante o facto das crianças brasileiras-americanas chamarem à atenção, desta forma, para os crimes ambientais que estão a ser cometidos no país dos seus pais e avós.

 

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Esta exibição, onde se nota claramente a participação das mães das jovens concorrentes, foi também um grito de alerta para que se nada for feito as gerações posteriores vão sofrer com as más escolhas de hoje.

 

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Elas sabem que a floresta amazónica está sendo derrubada de forma acelerada apesar de uma parte dos formadores de opinião afirmarem o contrário.

 

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Para a comissão organizadora “é um orgulho estar à frente deste evento sem fins lucrativos, que tem por objectivo, entre outros, ensinar um pouco mais sobre cultura brasileira aos jovens que já nasceram neste país”. Cláudia Cascardo referiu-nos ainda que “todos os anos fazemos uma grande homenagem ao Brasil, na qual escolhemos um tema. Este ano as crianças homenagearam a nossa fauna amazónica. E foi interessante observar o envolvimento dos pais neste assunto já que graças à paixão e ao interesse que o tema desperta, as mães fizeram pesquisas e as crianças aprendem um pouco mais da nossa cultura e do nosso folclore. Enfim, é o nosso Brasil”, disse.

 

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Cláudia Cascardo lembrou ainda que esta iniciativa “é mais uma forma de divulgarmos as potencialidades do nosso país não somente através do samba e do futebol, mas também através da divulgação da nossa cultura e da nossa língua”, referiu.

 

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Entre os convidados estavam também várias figuras ligadas à vida municipal de Newark e ao empresariado, que vieram apoiar e aplaudir a habitual criatividade da juventude brasileira e luso-brasileira de 2ª e 3ª gerações, que residem no estado de New Jersey.

 

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O júri, constituído por pessoas ligadas à música, moda, empresariado e política, estava atento ao desenrolar do concurso e no final do desfile, elogiou o tema cultural escolhido pela organização e tirou as derradeiras anotações, quanto à nota a atribuir a cada concorrente. Uma missão que não se adivinhava nada fácil.

 

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Realizada a eleição, as jovens descontraídas e elegantes, desfilam novamente para se submeterem pela última vez aos aplausos do público.

 

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Após a respectiva deliberação, a maioria do público aceitou a decisão do júri cuja decisão, embora não tivesse sido fácil foi considerada, justa.

 

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Assim, sagraram-se vencedoras os seguintes concorrentes: Júlia Rocha; Miss Pré Mirim: Gabrielle Xavier; Miss Mirim: Isabela laura; Miss Júnior: Júlia Machado; Miss Pré-Teen: Emília Pederson; Miss Teen.

 

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Por sua vez, os vencedores dos títulos de Mister também regressaram ao salão onde foram recebidos, tal como as misses, com os entusiásticos aplausos da assistência. Nesta modalidade sagraram-se vencedores Willeam Wetchak, com o título de “Mister Tenn USA 2015”, e Joeadas Gama, com o título de “Mister Júnior USA 2015”.

 

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Como sublinharam alguns jornalistas no local, os vencedores estão de parabéns porque conseguiram mostrar ao júri que a sua escolha se justificou.

 

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E é claro, que a alegria não estava somente estampada no rosto dos vencedores mas também no rosto dos seus famíliares e amigos que viram um dos seus tornar-se um modelo de cidadania no meio de outros jovens da sua idade e não só.

 

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No final deste certame que já vai na nona edição, Cláudia Cascardo, visivelmente satisfeita, fez também questão de agradecer a todas as mamães “que confiaram no nosso trabalho e se empenharam na construção das fantasias em homenagem ao Brasil. Quero também agradecer aos meus familiares e amigos pelo incentivo que me dão, bem como um agradecimento muito especial para os nossos patrocinadores que nos deram o suporte para fazer este lindo evento de beleza que também falou de convívio e de cultura”, concluiu.

Fizeram parte do júri, Joana Nova York; George Roberto; Ilda Sarabando; Sara Ferreira; Kaira Costa; Regiane Luna; Lígia Freitas; Marisa Abel e Cláudia Garzesi, que com o seu voto premiaram a beleza, mas não só.

 

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Outro ponto de destaque nesta iniciativa foi o desfile de moda da autoria da “Potinho Boutique” com a estilista Ilda Sarabando a surpreender pelo seu gosto e profissionalismo.

 

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O seu estilo contemporâneo, elevou a fasquia a um nível considerável no que diz respeito às expectativas desta colecção.

 

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Segundo Ilda Sarabando, e como a noite mais longa do ano está quase a chegar, “a passagem de ano é uma festa especial que merece uma produção mais ousada, marcada pelo brilho e pela elegância”, disse.

 

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Segundo a estilista, “para qualquer situação festiva deve investir-se numa indumentária que combine com o gosto e a personalidade de cada pessoa e que acima de tudo se sinta confortável. Esta peça é sempre uma boa aposta para noites de festa, pois são uma tendência clássica que nunca passa de moda e que transmite formalidade e elegância”.

 

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Os vestidos longos com rachas, também fizeram parte dos estilos escolhidos para este desfile com as modelos a evidenciar a sua boa forma física.

 

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Mas para além dos interessantes vestidos que as modelos apresentaram no desfile, Ilda Sarabando mostrou também a sua criação exclusiva para mulheres que vão subir ao altar e não pretendem gastar muito com o vestido.

Mas se quiser saber mais pormenores sobre como adequirir o seu vestido ideal para festas ou casamento, faça uma visita à Boutique Potinho localizada no Nº 22 da Wilson Avenue, em Newark, onde encontrará informação e aconselhamento sobre moda, bem como sobre tendências, novidades e dicas para estar sempre bonita e actualizada.

Neste contexto, ao rever os propósitos que motivaram e animaram a organização a realizar este certame, só se pode reafirmar que valeu a pena.

Para o ano há mais!.

 

 

 

J.M./The Portugal Times/15/12/2015

 

 

 

 

 

 

Galeão espanhol submerso na costa da Colômbia foi encontrado com tesouro de milhões

No final de novembro, foi encontrado na costa da Colômbia um navio aparentemente espanhol repleto de tesouros. A primeira avaliação pode chegar aos vários milhões de euros.

 

 

“Sem qualquer tipo de dúvida, encontrámos, 307 anos depois de ter sido afundado, o galeão San José.” A revelação foi feita pelo próprio presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, numa conferência de imprensa no passado sábado.

 

 

Sobre a descoberta, pouco se sabe. Não existem certezas da localização dos destroços, nem da profundidade a que se encontravam.

 

 

Mas se for mesmo o San José, trata-se de um galeão histórico que há várias décadas é procurado. No centro da polémica está um tesouro composto por moedas de ouro e prata e pedras preciosas. O San Jose transportava de Espanha para a costa de Baru (atualmente território colombiano) tesouros para financiar a batalha contra o Império Britânico, durante a Guerra da Sucessão.

 

 

Foi um navio britânico que acabou por fazer o navio naufragar, em 1708, juntamente com toda a sua carga e 600 pessoas a bordo.

 

 

O San José há muito que era procurado, e  existiram até ações judiciais em tribunal acerca a sua descoberta. A batalha legal pôs o governo colombiano frente a frente com a empresa norte-americana Sea Search Armada, que afirmava que tinha localizado o navio em 1981.

 

Encontrado galeão espanhol submerso com tesouro de milhões 2

Depois de vários anos, em 2011 um tribunal norte-americano afirmou que os diretos de exploração pertenciam à Colômbia.

 

 

Agora que o navio foi descoberto, naquela que para Santos é “o tesouro mais valioso alguma vez encontrado na História da humanidade,” o seu recheio faz parte do património da Colômbia. Um museu será construído em Cartagena das índias para exibir as suas riquezas.

 

 

Mas não fica por aqui: de acordo com o Discovery News, o governo espanhol pretende reclamar os seus direitos sobre o tesouro. Em causa está uma legislação colombiana que possibilita a comercialização de 50% do património que foi encontrado.

 

 

O governo de Espanha espera conseguir fazer tudo para preservar o património originalmente do país.

 

 

 

Minstério da Cultura da Colômbia/Discovery News/14/12/2015

 

 

 

 

 

 

A Frente Nacional francesa não ganhou as eleições mas teve um número recorde de votos

Nem Marine Le Pen nem Marion Maréchal-Le Pen conseguiram ser eleitas para a presidência das regiões onde concorriam pela Frente Nacional na segunda volta das eleições regionais em França. A “barreira republicana” erguida pelos socialistas funcionou, e o aumento de cerca de nove pontos na afluência às urnas foi suficiente para conter a extrema-direita.

 

 

“A história recordará que foi aqui que travámos a progressão da Frente Nacional (FN)”, afirmou um emocionado Xavier Bertrand, do partido de centro-direita Os Republicanos, eleito com 57,5% dos votos, contra 42,5% de Marine Le Pen na região Norte-Pas-de-Calais-Picardia, graças à desistência do candidato do Partido Socialista.

 

 

No Sudeste, na região Provence-Alpes-Côte d’Azur, Christian Estrosi, também do partido de Nicholas Sarkozy, beneficiou da desistência da esquerda para ganhar a Marion Maréchal-Le Pen: terá 54,5% dos votos, face a 45,5% da mais jovem Le Pen. Florian Philippot, estratega da Frente Nacional, ficou-se pelos 36,6% na região de Alsácia-Champagne-Ardenne-Lorena, contra 47,6% de Philippe Richert, candidato do centro-direita.

 

 

“Um sucesso sem alegria”

 

 

A estratégia socialista resultou, embora tenha implicado o sacrifício dos seus candidatos e da presença do partido nos órgãos regionais durante este mandato. Por isso o tom geral não foi de regozijo. “Para o PS, estes resultados constituem um sucesso sem alegria, porque a abstenção ainda foi demasiado forte, e a extrema-direita decididamente demasiado alta”, afirmou o primeiro-secretário do PS, Jean-Christophe Cambadélis.

 

 

“Esta noite, não há espaço para alívio ou triunfalismo”, sublinhou o primeiro-ministro socialista Manuel Valls. “O perigo que representa a extrema-direita não desapareceu, muito pelo contrário”, afirmou, numa declaração ao país, em que saudou a capacidade dos eleitores em “responder ao apelo muito claro lançado pela esquerda de fazer barreira contra a extrema-direita”.

 

 

Pelo menos nos discursos, os responsáveis políticos da esquerda e da direita sublinharam o facto de a abstenção continuar alta – 59% dos eleitores foram votar, quando há uma semana, na primeira volta, apenas 50% o fizeram, mas ainda assim 41% recusaram-se a ir às urnas – e da necessidade de ouvir realmente os eleitores e ir ao encontro das suas necessidades. “Aos que não foram votar e já não acreditam”, disse o primeiro-ministro socialista, “devemos provar-lhes que a política não vai voltar a ser como era”.

 

 

Marine Le Pen, no discurso em que reconheceu a derrota, preferiu denunciar “o sistema” e “as campanhas de calúnias e de difamação decididas nos palácios dourados da República”. A verdadeira clivagem, afirmou, já não é entre esquerda e direita, mas “entre os patriotas e os adeptos da globalização”.

 

 

O aumento da afluência às urnas terá sido decisivo para esta reviravolta nos resultados: 59% dos eleitores foram votar, quando há uma semana, na primeira volta, apenas 50% o fizeram. Mas também a FN progrediu: na primeira volta, quando chegou em primeiro lugar em seis regiões (ver mapa em baixo), teve seis milhões de votos. Desta vez, com mais de 90% dos votos contados, ultrapassou 6,5 milhões e em percentagem está praticamente empatada com o PS, em torno dos 28,5%.

 

 

O valor mais alto de sempre da FN, atingido por Marine Le Pen na primeira volta das presidenciais de 2012, tinha sido de 6,4 milhões de votos. “O tecto de vidro não existe para a FN”, comentou a líder do partido anti-imigração e anti-União Europeia.

 

 

Os Republicanos tiveram cerca de 40,5% dos votos e ganharam sete regiões, onde vivem 42 milhões de pessoas e a união das listas de esquerda (liderada pelo Partido Socialista) cinco das 13 regiões metropolitanas francesas, onde vivem 20 milhões de pessoas. Nicolas Sarkozy, nas suas declarações, manteve-se discreto. Mas espera-se que os barões do partido passem ao ataque rapidamente, desfazendo a sua estratégia eleitoral de se aproximar dos temas da FN e não retirar os seus candidatos, mesmo que os da extrema-direita estivessem em vantagem.

 

 

Os Republicanos tiveram uma vitória especialmente saborosa, na região de Île-de-France, que inclui Paris e que há 17 anos era dirigida pelo PS: numa disputa cerrada, o candidato da esquerda, o socialista Claude Bartolone, presidente da Assembleia Nacional, foi batido por Valérie Pécresse, por poucos milhares de votos: 43,2% para Bartolone e 42,9% para Pécresse.

 

 

“Estes resultados são muito duros para a esquerda”, reconheceu Emmanuelle Cosse, secretária-geral da Europa Ecologia-Os Verdes, que se apresentou em listas conjuntas com o PS na maioria das regiões na segunda volta. “Já é tempo de o conjunto da esquerda se interrogar após quatro eleições fracassadas”, sublinhou.

 

 

 

Le Pen diz ter desmascarado “mentira do sistema político francês”

 

 

A presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, grande derrotada da segunda volta das eleições locais em França, este domingo, garantiu que o seu resultado eleitoral “desmascarou a mentira em que assenta o sistema político francês”.

 

 

Sem reconhecer explicitamente a derrota de todos os seus candidatos, incluindo ela mesma, quando as projeções apontam a derrota da Frente Nacional em todas as regiões do país, Le Pen dirigiu-se aos seus apoiantes com uma mensagem de triunfo, porque o seu partido, disse, triplicou o número de vereadores em relação a 2010.

 

 

Ministro a prazo

 

 

O PS de François Hollande e Manuel Valls conseguiu um resultado desastroso em relação a 2010, altura em que a esquerda conseguiu 54,1% dos votos a nível nacional. Mas acima das suas expectativas olhando para os resultados da primeira volta e tendo em conta que, ontem, os socialistas estavam fora da corrida em três regiões e, mesmo assim, com a ajuda dos seus aliados, saiu vencedor em cinco.

 

 

Mas não destoando dos outros discursos da noite, o primeiro-ministro francês aproveitou o seu discurso para sublinhar que “o perigo da extrema-direita não foi eliminado”. “Nesta noite, nenhum alívio, nenhum triunfalismo, nenhuma mensagem de vitória. O perigo da extrema-direita não foi eliminado. Não esqueci os resultados da primeira volta e de eleições passadas”, afirmou. Manuel Valls declarou também que a união da esquerda permitiu ao seu PS ganhar várias regiões e saudou os eleitores que “responderam ao chamamento muito claro e valente, o da esquerda, para travar a extrema-direita”.

 

 

Uma das cinco regiões conquistadas pelos socialistas e seus aliados poderá ter como consequência a remodelação do governo de Manuel Valls. Tudo porque a Bretanha foi ganha pelo ministro da Defesa, Jean-Yves le Drian, com 51% dos votos. Questionado sobre se, com esta vitória, irá continuar a ocupar a pasta da Defesa, Drian garantiu que a sua prioridade é a Bretanha, mas… “Disse que, se fosse candidato, seria para assumir esta presidência. No entanto, estamos a viver um estado de emergência, e o presidente da República deseja que eu continue a exercer essas funções pelo tempo necessário. E é ele que decidirá por quanto tempo continuarei ministro”, esclareceu o socialista.

 

 

PASCAL ROSSIGNOL/REUTERS/Clara Barata/PUB /13/12/2015

 

 

 

 

Compromissos assumidos na Cimeira do Clima para reduzir emissões de gases são insuficientes

Foram 195 países que apresentaram à Cimeira do Clima compromissos para reduzir emissões de gases em 2015-2030, mas são insuficientes para atingir a meta pretendida de menos de 2 graus.

 

 

Os planos de combate às alterações climáticas já submetidos a nível nacional até 2030 não são suficientes para colocar o mundo na rota necessária para limitar a dois graus a subida da temperatura, como hoje ficou expresso na proposta final de acordo da Cimeira do Clima. Um dos pontos incluídos no documento foi, por isso, o compromisso de revisão dos contributos já apresentados para o horizonte de 2020.

 

 

Para já, os compromissos que 195 países apresentaram à Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) para reduzir as emissões de gases em 2015-2030 são insuficientes para manter o aquecimento global dentro dos limites estipulados. De acordo com a AFP, se todos esses compromissos forem alcançados o planeta atingirá um aquecimento global de mais três graus Celsius em relação ao nível pré-industrial, e nada será feito contra uma subida de quatro a cinco graus Celsius.

 

 

O que prometem os estados mais poluentes?

 

China

 

O maior emissor mundial (cerca de um quarto das emissões) compromete-se, pela primeira vez, a limitar as suas emissões, o mais tardar em 2030, depois de durante muito tempo o ter recusado, em nome dos imperativos do desenvolvimento.

 

 

A China é o maior consumidor mundial de carvão, a energia mais prejudicial, e, ao mesmo tempo, o primeiro investidor nas energias renováveis, Pequim quer reduzir entre 60 e 65 por cento a sua “intensidade de carbono” (emissões de CO2 referenciados ao crescimento) em 2030, relativamente a 2005.

 

 

Estados Unidos

 

O segundo maior poluidor mundial promete reduzir entre 26 e 28% as suas emissões até 2025 em relação a 2005. Esse objetivo fica abaixo dos países europeus, mas acima das anteriores propostas de Washington. “Os Estados Unidos agora, pelo menos, apresentam um plano credível”, disse Jennifer Morgan, do Instituto de Recursos Mundiais, acrescentando que a administração do Presidente Obama é “a primeira a enfrentar o problema.”

 

 

União Europeia

 

No início de março, a União Europeia (emitindo cerca de 10% das emissões, ocupava o 3.º lugar) foi a primeira potência a apresentar um plano: reduzir em pelo menos 40% até 2030 as suas emissões em relação a 1990.

 

 

“Estes compromissos visam incutir uma dinâmica positiva, mas estes países poderão melhorar as suas contribuições”, a firmou a Fundação Hulot, enquanto centro de investigação da Climate Action Tracker considera que este nível de compromisso “médio”.

 

 

Índia

 

A Índia promete reduzir a sua “intensidade de carbono” em 35% até 2030, em relação aos níveis de 2005, mas sem fixar como objetivo a redução global das emissões.

 

 

Nova Deli conta com as energias renováveis que produzirão 40% da sua eletricidade até 2030, reconhecendo a sua dependência do carvão (duplicando a prodição prevista até 2030)

 

Rússia                         

 

O quinto emissor mundial garante uma redução entre os 35 e os 30% entre 1990 e 2030.

Se se retirar o impacto positivo gerado pelas suas vastas florestas, esta é apenas uma redução das emissões de gases com efeito de estufa industriais por seis a 11%, destacou a Climate Action Tracker, que considera este esforço inadequado.

 

Portugal está satisfeito com acordo que chama todos a contribuir

 

 

O secretário de Estado do Ambiente afirmou que Portugal está satisfeito com o acordo para o clima, obtido em Paris, e realçou que o documento chama todos os países a contribuir de uma forma legalmente vinculativa.

 

Compromissos assumidos na Cimeira do Clima para reduzir emissões de gases são insuficientes 2

“O acordo de Paris é considerado um caso de sucesso e a União Europeia felicitou muito os resultados obtidos”, afirmou à agência Lusa Carlos Martins, que está na capital francesa a acompanhar a conferência das Nações Unidas para o clima (COP21) que hoje terminou com a obtenção de consenso acerca da redução de gases com efeito de estufa e do financiamento à adaptação às mudanças.

 

 

Para Carlos Martins, há agora um “trabalho exigente pela frente, as metas são ambiciosas”, mas todos estão conscientes de que é mesmo necessário atingir os objetivos “porque é disso que depende o futuro da humanidade”.

 

 

O responsável do Governo português referiu que “os acordos, sendo muito negociados, nem sempre correspondem às expetativas de toda a gente, mas, neste caso, tem um denominador comum”.

 

 

Assim, descreveu, “tem uma arquitetura global, uma vez que vai abranger 196 países, é equilibrado, [assim] considerado por todas as áreas do globo, é ambicioso, e nessa medida responde àquilo que eram os anseios da generalidade dos atores, é duradouro, vai durante este século acompanhar” todos.

 

 

No entanto, salientou uma característica: é “legalmente vinculativo, portanto os países que o subscrevem passaram a estar legalmente vinculados ao seu cumprimento”.

 

 

Carlos Martins também destacou que “todos os países e todos têm de dar um contributo, à escala e medida do que são as capacidades de cada um, mas todos foram chamados, pela primeira vez, a ter um plano de ação para cumprir os objetivos estabelecidos”.

 

 

O secretário de Estado do Ambiente referiu-se ainda ao mecanismo, que classifica de “bastante importante”, para avaliação dos contributos de cinco em cinco anos, o que “vai permitir avaliar ações e financiamentos e trazer transparência ao processo”.

 

 

Assim, todos os atores são mais motivados para o cumprimento e, “a haver uma revisão, é para incrementos de ambição e nessa medida estamos também satisfeitos”, defendeu.

 

 

“Este foi um grande progresso e, seguramente, fazendo o caminho [para] alguma coisa menos bem conseguida, o tempo dará oportunidade para a corrigir”, mas, neste momento o acordo “resultou num documento em que todos se reviram e isso é extraordinário”.

 

 

Carlos Martins realçou ainda o trabalho da presidência francesa e a coesão entre países europeus, assim como “uma certa liderança, pelo menos em matéria de ambição, em que os objetivos europeus estão retratados no acordo”.

 

 

Depois de duas semanas de negociações, representantes de 195 países mais a União Europeia chegaram a um acordo legalmente vinculativo para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e tentar limitar o aumento da temperatura a dois graus e no financiamento das ações de adaptação às mudanças do clima.

 

 

Nicarágua demarca-se de acordo e denuncia procedimento antidemocrático

 

A Nicarágua demarcou-se do acordo hoje alcançado na conferência do clima em Paris (COP21) e denunciou “o procedimento antidemocrático” usado na votação pela presidência francesa, considerando que enfraquece o resultado final.

 

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No plenário, o ministro das Políticas Nacionais nicaraguense, Paul Oquist, criticou “o procedimento antidemocrático” usado pelo presidente da reunião, o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, que “enfraquece o multilateralismo, esta COP e o seu acordo”.

 

 

Oquist garantiu não querer bloquear o compromisso, mas trabalhar para o aperfeiçoar com sugestões “para o bem da mãe terra e da humanidade”. O ministro referiu, sem citar quais, que outras nações apoiavam a posição da Nicarágua.

 

 

Sobre as razões “mediante as quais não é possível acompanhar este consenso, Oquist sublinhou que embora tenha sido fixado o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5 graus centígrados até final do século, medida “absolutamente crítica” para países tropicais como a Nicarágua, existem problemas no estabelecimento do nível necessário de redução de emissões de gases com efeito de estufa.

 

 

“Falta trabalho” do painel internacional de peritos sobre o clima (GIEC), disse. Oquist advertiu que não será possível corrigir esta questão em dez ou 15 anos, quando foram revistos os objetivos. Por outro lado, se “25% dos compromissos dos países em desenvolvimento estão condicionados a terem financiamento (…), não se vê nada sobre financiamento no documento”, afirmou. O ministro da Nicarágua pediu que seja calculado um orçamento de emissões de carbono globais, que tenha em conta as “responsabilidades históricas”.

 

 

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) aprovou um acordo global vinculativo em que 195 países, desenvolvidos e em desenvolvimento, se comprometem a caminhar para uma economia de baixo carbono e tomarem medidas para limitarem o aquecimento global da atmosfera até 2100 a 1,5 graus centígrados, em relação aos valores médios da era pré-industrial.

 

 

Alguns pontos principais para um acordo “histórico”

 

Limite abaixo dos 2º C para a subida da temperatura, travar as emissões do CO2, rever planos nacionais de combate ao aquecimento, metas diferenciadas por países e financiamento aos mais pobres.

 

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“Reconhecer que as alterações climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades e para o planeta, e que portanto requer a maior cooperação possível de todos os países” é uma das premissas do documento que reuniu consenso de todas as partes envolvidas (195 países e a União Europeia) – o Acordo de Paris.

 

 

“[Assim], as partes, quando desenvolverem ações para combater as alterações climáticas, devem respeitar, promover e ter em consideração as respetivas obrigações em relação aos direitos humanos, o direito à saúde, os direitos dos povos indígenas, das comunidades locais, dos migrantes, das crianças, das pessoas com deficiência e das pessoas em situação vulnerável e [ainda] o direito ao desenvolvimento, à igualdade de género, à capacitação das mulheres e à equidade internacional.”

 

 

O Acordo de Paris foi aceite este sábado pelas partes e será simbolicamente assinado no dia 22 de abril de 2016, Dia da Terra, depois de traduzido para as seis línguas oficiais. Entrará oficialmente em vigor assim que pelo menos 55 países, que representem 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa, ratifiquem o acordo. Para já, conheça os pontos principais do acordo.

 

 

  1. Limitar o aumento da temperatura

 

Estabelece uma meta a longo prazo que limita a subida da temperatura a um valor “bem abaixo dos 2 graus Celsius”, em relação aos níveis pré-industriais. A partir deste patamar dos 2º C, os cientistas antecipam grandes impactos e catástrofes ambientais. Se nada for feito em relação ao estado atual, ou se não se for mais ambicioso que as propostas atuais, a temperatura deverá aumentar perto de 3º C. O documento refere que se deve ir mais longe e tentar travar o aquecimento a 1,5º C, nível que os países mais vulneráveis defendem como necessário para garantir a sua sobrevivência.

 

 

O Acordo de Paris “convida o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas a divulgar um relatório especial em 2018 sobre os impactos do aumento da temperatura média global em 1,5º C em relação ao período pré-industrial e sobre os efeitos globais relacionados com as emissões de gases com efeito de estufa”.

 

 

  1. Reduzir emissões de gases com efeito de estufa

 

Fixa um objetivo para conter o crescimento dos gases de efeito estufa, “o mais cedo possível”, através da promoção de reduções rápidas das emissões, de acordo com as melhores recomendações científicas disponíveis. Apesar de não quantificar metas, a referência científica remete para o último relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, segundo o qual só a descarbonização (zero emissões) da economia até 2050 permitirá cumprir o limite de 1,5 graus de aumento de temperatura.

 

 

Mas no acordo a referência vai para o “balanço entre as emissões de gases com efeito de estufa de origem antropogénica pelas fontes e asremoções por sumidouros [de carbono] na segunda metade do século”. Estes sumidouros são, por exemplo, as florestas, daí que se refira no acordo a necessidade de preservação das mesmas.

 

 

Os países desenvolvidos devem continuar a assumir a liderança através da implementação de metas de redução de emissão absoluta em toda a economia. Os países em desenvolvimento devem continuar a reforçar os seus esforços de mitigação, e são incentivados a deslocar-se, ao longo do tempo, para as metas de redução de emissões ou de limitação de toda a economia, à luz das diferentes condições nacionais.”

 

 

195 países já apresentaram voluntariamente os planos de ação nacionais (INDC, na sigla em inglês para intended nationally determined contributions) que pretendem implementar para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa até 2030. Os que ainda não o fizeram são convidados a fazê-lo até à próxima Conferência do Clima em Marrocos, em novembro de 2016. O acordo “anota com preocupação que os níveis de emissões de gases com efeito de estufa em 2025 e 2030, resultantes das intenções de contribuição determinadas a nível nacional [INDC] não caem dentro dos cenários de menor custo dos 2º C”, ou seja,as propostas voluntárias dos países são insuficientes.

 

 

  1. Aumentar a ambição

 

As partes, quer tenham definido estratégias para 2025 quer para 2030, devem revê-las até 2020 e depois a cada cinco anos, de uma forma cada vez mais ambiciosa. Pede-se ainda que sejam reavaliados a partir de 2018 os contributos já apresentados para o horizonte de 2020, data em que se espera que entre em vigor o compromisso de Paris. Este sistema de avaliação periódica é relevante porque os planos de combate às alterações climáticas já submetidos a nível nacional até 2030, não são suficientes para colocar o mundo na rota que lhe permitirá limitar a dois graus a subida da temperatura.

 

 

O que se conseguir fazer até 2020, e depois desta data, vão determinar o sucesso deste acordo. Por um lado, é enfatizado que para se conseguir manter o aumento da temperatura abaixo dos 2º C é preciso rever, até 2020, as metas de mitigação – redução das emissões de gases com efeito de estufa. Por outro, que quanto mais ambiciosas forem as metas até 2020, melhor conseguiremos lidar com a situação depois disso, porque só as metas ambiciosas até lá podem diminuir os custos da ações de mitigação e adaptação futuros.

 

 

  1. Transparência na informação fornecida

 

As partes concordaram que, na comunicação das contribuições nacionais, de forma a garantir a “clareza, transparência e compreensão”, “podem incluir, conforme apropriado”, “informação quantificável nos pontos de referência, prazos ou períodos de implementação, alcance e cobertura, processos de planeamento, suposições e abordagens metodológicas, incluindo aqueles para a estimativa e contabilização das emissões de gases de efeito estufa de origem antropogénica”.

 

 

O acordo pede ainda que os países informem se as contribuições são “justas e ambiciosas, à luz das circunstâncias nacionais, e de que forma contribuem para o compromisso da Convenção [Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, UNFCCC]”. Os países em desenvolvimento podem solicitar ajuda para alcançar os requisitos de transparência.

 

 

Serão elaboradas recomendações sobre a “necessidade de promover transparência, rigor, plenitude, consistência e comparabilidade”, assim como evitar duplicação da comunicação dos dados. Estas recomendações devem ter em consideração a consistência entre a metodologia usada para avaliar as metas nacionais e a metodologia dos relatórios internacionais.

 

 

O quadro de transparência deve desenvolver e reforçar os mecanismos de transparência no âmbito da Convenção, reconhecendo as circunstâncias especiais dos países menos desenvolvidos e dos pequenos Estados-ilha em desenvolvimento, e ser executado de uma maneira facilitadora, não-intrusiva, não punitiva, respeitosa da soberania nacional e evitando colocar peso excessivo sobre as partes.”

 

 

  1. Financiamento

 

Financiamento por parte dos países ricos aos países mais pobres de forma a promover escolhas de baixo carbono e para ajudar a lidar com os efeitos ambientais das alterações climáticas, tanto nas ações de mitigação como nas de adaptação. Os países desenvolvidos devem continuar a disponibilizar 100 mil milhões de dólares por ano até 2025, e reforçar os apoios financeiros depois dessa data. Uma das premissas do acordo lembra “a necessidade de promover o acesso universal a energias sustentáveis, em particular em África”.

 

 

  1. Acordo universal, mas diferenciado

 

Ao contrário do Protocolo de Quioto, que apresentava metas apenas para os países desenvolvidos, o Acordo de Paris pretendia ser universal – que todos os países contribuíssem para a resolução do problema. A universalidade foi conseguida, mas apenas com a diferenciação entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Esta diferenciação refere-se às metas e esforços a fazer para cortar as emissões e à contribuição para o financiamento aos países mais pobres.

 

 

O Acordo de Paris vai reger-se pelos mesmo princípios que a UNFCCC, “incluindo o princípio da equidade e das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, e respetivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais”. Mas reforça que os países desenvolvidos têm de “assumir a liderança” no que toca a “estilos de vida sustentáveis e padrões de consumo e produção sustentáveis”, de forma a evitar as alterações climáticas.

 

 

  1. Acordo vinculativo

 

A grande ambição do acordo vinculativo (legally binding) foi perdida. Apesar do presidente da COP21, o ministro Laurent Fabius, continuar a referir compromissos vinculativos, não há metas de redução de emissões nacionais, uma cedência à medida dos Estados Unidos, o segundo maior poluidor mundial que não subscreveu o Protocolo de Quioto. No Acordo de Paris, a ideia de “legally binding” estava no Artigo 17 que caiu e a palavra “binding” não surge em nenhum outro momento do documento.

 

 

GUILLAUME HORCAJUELO/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON/EPA/OBS/Lusa/AFP/TPT/Ana Suspiro/Vera Novais/Obs/13/12/2015

 

 

 

 

 

 

A selecção portuguesa de futebol ficou a conhecer os adversários para o Euro 2016

A seleção portuguesa de futebol ficou integrada no grupo F do Europeu de 2016, juntamente com Islândia, Hungria e Áustria, ditou ontem o sorteio realizado no Palácio de Congressos de Paris.

 

 

Já são conhecidos os adversários de Portugal para o Euro 2016 2

Portugal estreia-se a 14 de junho frente à Islândia em Saint-Etienne, a 18 de junho mede forças com a Áustria, no Parque dos Príncipes, fechando a primeira fase a 22 em Lyon, diante da Hungria.

 

 

O Campeonato da Europa de 2016 inicia-se a 10 de junho com o jogo França-Roménia e termina a 10 de julho.

 

 

Portugal calhou no mesmo grupo com uma equipa estreante, uma que só esteve num Europeu porque o organizou (em 2008) e outra que não participa numa competição desde 1986. Os adversários, um a um.

 

 

Islândia

 

14 de junho: Portugal-Islândia (Saint Étienne), às 20h

 

Por vezes chama-se de heróis às pessoas que logram façanhas, alcançam coisas grandiosas e descortinam milagres quando ninguém esperava que os conseguissem. Como chegar a um país-ilha com 323 mil habitantes, dos quais pouco mais de 21 mil jogam à bola, e levá-lo a um Campeonato da Europa de futebol. O pior é que Lars Lagerbäck não gosta que lhe chamem isso: “Não diria que sou um herói. Pessoas como o Martin Luther King e o Nélson Mandela é que são heróis”. Mas cada um será à sua maneira. Afinal, não é todos os dias que chega ao Europeu um país que, há cinco anos, olhava para cima a ver onde estava o Liechtenstein no ranking da FIFA.

 

 

Como as coisas mudam, não é?  (que significa “sim”, em islandês), porque de 2010 para cá o país fartou-se de ir dando pulos até ao salto que deu a 6 de setembro, quando garantiu a qualificação para o Europeu de 2016. É a primeira vez que a Islândia consegue chegar a uma competição de seleções e Portugal será um dos padrinhos da estreia, no Grupo F. A isto pode chamar-se o fruto que Lars Lagerbäck acreditou que, mais cedo do que tarde, ia colher. Quando passou a tomar conta da seleção islandesa, o treinador que antes levara a Suécia a dois Mundiais (2002 e 2006) e um par de Europeus (2004 e 2008) viu que estavam para crescer vários miúdos. E quando eles se tornaram graúdos, o futebol da Islândia começou a parecer uma bola de neve que ganha tamanho à medida que vai rolando.

 

 

Enquanto Eidur Gudjohnsen, o avançado loirinho cujo nome mais gente conhece, ia jogando cada vez menos, vários rebentos iam brotando na seleção. Por isso é que hoje a Islândia deixa o homem que já andou no Chelsea e no Barça, no banco, para deixar jogar Gylfi Sigurdsson (Swansea City), Birkir Bjarnason (Basileia), Kolbeinn Sigþórsson (Ajax) e outros jovens com nome a acabar na mesma sílaba. E têm jogado bem. “Temos jogadores muito, muito bons. Tem tudo a ver com o grupo de pessoas que trabalharam incrivelmente no duro”, resumiu Lagerbäck, no dia em que a Islândia assegurou a qualificação para o Europeu. Conseguiu-o com esses tais jogadores, que lhe chegaram para vencer os dois jogos (2-0 em casa, 1-0 fora) contra a Holanda.

 

 

Têm nomes esquisitos, caras não muito conhecidas — apesar de por lá andar Helgi Daníelsson, que entre 2013 e 2015 jogou no Belenenses –, e vêm de um país que poucas campainhas fará soar até nas cabeças de quem está atento ao futebol. Mas a Islândia tem uma seleção das que parecem correr sempre o dobro dos adversários, mais que organizada a defender e que, sobretudo, sabe como premir o gatilho das poucas, mas eficazes, armas que tem para disparar (ataques rápidos e contra-ataques). Foi assim que fez 20 pontos na qualificação e só ficou atrás da República Checa no grupo. Não será Lagerbäck mesmo um herói? .

 

 

Áustria

 

 

18 de junho: Portugal-Áustria (em Paris), às 20h

 

 

É um miúdo, nem parece austríaco por ser filho de mãe filipina e pai nigeriano, e mesmo não tendo medo de quem tem corpanzil para assustar muita gente, disse que o árbitro teve. “Para mim era um cartão vermelho. O árbitro não o expulsou por ter medo dele”, desabafava David Alaba, em outubro de 2014, quando sentiu na cara o cotovelo de Zlatan Ibrahimovic quando a Áustria e a Suécia se encontraram, em Viena, no início da fase de qualificação. O sueco, com a língua deserta de papas (como sempre), teve que responder: “Ele veio contra mim duas vezes e à terceira, como tem 1.50 ou 1.60m, claro que veio contra o meu cotovelo”. E esta história conta-se para mostrar como as coisas mudam.

 

 

Porque se há pouco mais de um ano era o árbitro que podia ter medo de Zlatan, agora são todas as outras seleções europeias que poderão olhar a Áustria com outros olhos. Pode parecer disparate, mas basta olhar para como foi a qualificação: dez jogos, nove vitórias e um empate. E uma seleção que não perde só pode estar a fazer as coisas bem e muitas delas começam e acabam em David Alaba. O miúdo que é lateral esquerdo no Bayern de Munique serve de médio na seleção austríaca e manda, através dos passes, numa equipa que, à frente, lhe dá Marko Arnautovic e Martin Harnik, avançados bons de pés (três golos cada durante o apuramento). No meio campo também costuma andar Zlatko Junuzović, que marca livres e mete cuecas que se farta.

 

 

Esta é apenas a segunda vez que a Áustria chega a um Europeu, depois de ter organizado o de 2008 com a Suíça. A história não faz com que metam medo a vivalma, mas esta poderá ser a seleção que mais problemas causará a Portugal durante a fase de grupos.

 

 

Hungria

 

 

22 de junho: Hungria-Portugal (em Lyon), às 17h

 

 

Se para o meio de uma conversa sobre bola é atirada a Hungria, o primeiro nome a vir à baila só pode ser o de Ferenc Puskás. O avançado a quem chamavam Major Galopante marcou 84 golos em 85 jogos pela seleção, andou a conquistar Ligas dos Campeões pelo Real Madrid e levou a Hungria ao segundo lugar do Mundial de 1954. Este senhor deixou de jogar pelo país dois anos depois e, coincidência ou não, os húngaros já não chegavam a um Europeu desde 1972. E agora calharam no mesmo grupo de Portugal.

 

 

Hoje não há estrelas nem canhotos a terem tantos golos marcados quanto jogos jogados. Mas continuam a ser alguém que chuta melhor com o pé esquerdo do que com o direito a ser o melhor da seleção. Balázs Dzsudzsák é o capitão e tem lugar cativo ao lado de qualquer bola que pare em campo, seja em livres ou cantos. O extremo do Bursaspor lidera uma equipa sem estrelas e em que o outro nome conhecido já tem 35 anos: Zoltan Gera, médio que anda pelo Ferencváros.

 

 

Também não pode abonar muito a favor da Hungria o facto de muito se esperar de Laszlo Kleinheisler, um miúdo de 21 anos que, mesmo a jogar na terceira divisão húngara (equipa B do Videoton), é convocado para a seleção. Ou que o selecionador que guiou a equipa até ao Europeu ainda seja, em teoria, um treinador interino — foi dito ao alemão Bernd Storck, então diretor técnico da federação húngara, que seria uma solução provisória quando, em julho, substituiu Pal Dardai no cargo. O que esperar dos húngaros é uma incógnita.

 

 

 

AFP/Benoit Tessier/Reuters/Diogo Pombo/OBS/13/12/2015

 

 

 

 

 

Benjamin Netanyahu com mandado de captura em Espanha

O juiz espanhol Jose de la Mata emitiu um mandado de captura efetivo contra o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e outros seis elementos do seu atual e anteriores governos. Ou seja, se qualquer um destes homens entrar em Espanha correm será detido. Foram estas as ordens dadas quer à polícia quer à Guarda Civil do país.

 

 

De acordo com o que conta o “Latin American Herald Tribune” este mandado, que diz respeito ao massacre do grupo “Flotilha da Liberdade” em 2010, engloba, para além de Netanhayu, o antigo ministro da Defesa, Ehud Barak; o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman; o então ministro dos Assuntos Estratégicos, e atual ministro da Defesa, Moshe Ya’alon; o antigo ministro do Interior, Eli Yishai; o então ministro sem pasta, Benny Begin; e o vice-almirante, e responsável pela operação, Maron Eliezer.

 

 

O Tribunal Nacional de Espanha abriu um processo que remete ao ataque das forças militares israelitas contra o barco “Mavi Marmara”, que transportava 500 ativistas do grupo “Flotilha da Liberdade” com ajuda humanitária e materiais de construção com a intenção de os levar à Faixa de Gaza durante o bloqueio israelita. A defesa de Israel atacou a navegação matando 10 ativistas.

 

 

Um porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Emmanuel Nachshon, já reagiu e, em declarações ao Jerusalem Post, disse “considerar uma provocação [o mandato de captura]. Estamos a trabalhar com as autoridades espanholas para cancelá-la. Esperamos que termine em breve”.

 

 

AFP/11/12/2015