Ser ou não ser é uma questão de caligrafia

E se pudesse ler a mente dos outros? A grafologia, um ramo científico que estuda a caligrafia, diz que é mesmo possível desvendar os traços da personalidade através da forma como escreve. Experimente.

 

 

Ser ou não ser é uma questão de caligrafia2

A letra revela muito do que somos

 

 
Se é uma daquelas pessoas que sempre desejou conseguir ler a mente de outra pessoa para entender como é ela e no que pensa, saiba que esse superpoder não é assim tão super. Basta ler-lhe um texto escrito à mão. Pelo menos é isto que estuda a grafologia, uma pseudociência que disseca a letra manuscrita para detetar traços da personalidade. Sim, é verdade, e não é apenas uma ilusão das séries criminais americanas.

 

 

 

Tudo porque a forma como escrevemos é inconsciente e irrefletida. Por isso, segundo o Entrepreneur, podem desvendar-se cerca de 5 mil traços psicológicos na forma como as pessoas escrevem.

 

 

 
De acordo com as declarações de Irene López Assor, grafóloga e psicóloga, ao ABC, só há uma letra cujo grafismo mudou ao longo dos últimos vinte anos: o “M” minúsculo. A décima segunda letra do abecedário português, quando escrita à mão em minúsculas, é desenhada com três montes. O primeiro diz respeito ao eu familiar, o segundo transparece o eu social e o último monte indica o eu laboral. O que acontece é que temos escrito o “M” como apenas um monte. Porquê? “Tornámo-nos mais individualistas”, explica a grafóloga.

 

 

 

Mas não é só nisto que se resume este ramo: através da grafologia também se pode modificar a personalidade. “Escrevemos em função do que somos, mas mudando o modo como escrevemos podemos modificar a nossa personalidade”, explica Irene. No livro “Grafologia para a Felicidade”, a psicóloga apresenta exercícios que permitem ao cérebro adaptar-se a uma nova forma de escrita. E também ensina os significados por detrás das características da escrita.

 

 

 

Apesar de as pessoas escreverem cada vez mais nos computadores e telemóveis, essa realidade não influencia os resultados da grafologia. As pessoas continuam a aprender a escrever utilizando a habilidade manual, portanto os princípios dessa pseudociência não se alteram.

 

 

 

A LETRA

 

Podemos começar a análise do grafismo através do tamanho da letra.

 

 

Uma letra pequena indica timidez e introversão, mas também concentração e meticulosidade.

 
Uma letra grande é própria de alguém comunicativo, extrovertido, sociável. No entanto, essas pessoas podem utilizar a confiança como arma de defesa.

 
Se a letra de uma pessoa for de tamanho moderado, ela é mais moderada e ajustável a novas situações.

 
Ainda no Entrepreneur, ficamos a saber que um grafismo sem inclinação indica uma personalidade lógica, prática e sem interferência da emoção na tomada de decisão.

 

 

Se a inclinação da letra acontecer para a direita, o escritor está aberto a novas experiências e gosta de travar novas amizades.

 

 

A inclinação para a esquerda evidencia introversão e discrição, mas se a pessoa for destra pode também significar rebeldia.

 

 

A forma da letra também importa: quanto mais arredondada ela for, mais criativa e artística será a pessoa. Letras pontiagudas são comuns em pessoas agressivas, intensas e inteligentes, curiosas.

 

 

Todos conhecemos alguém que agarra a caneta como se ela pudesse fugir : a letra carregada revela que a pessoa leva os compromissos muito a sério, mas que pode reagir muito rispidamente à critica. Se a caneta deslizar com leveza no papel, o escritor é mais sensível e empático, mas também tem falta de vitalidade.

 

 

Da mesma forma, a velocidade também pode desvendar alguns segredos sobre a personalidade: aquelas pessoas que escrevem muito rápidocostumam ser impacientes e detestar atrasos ou perdas de tempo. Já quem escreve mais devagar tende a ser organizado, metódico e confiante.

 

 

AS LETRAS A QUE DEVE PRESTAR MAIS ATENÇÃO

 

 

O “L” e o “E” são letras particularmente interessantes para o estudo da caligrafia por causa dos laços que desenhamos enquanto se escrevem. Um laço mais apertado de um “L” deixa transparecer restrições sobre a vida pessoal e até algumas tensões, mas um laço mais largo é próprio de alguém relaxado e espontâneo.

 

 

Também é nos laços dos E’s que estão alguns segredos sobre a personalidade de alguém: um laço estreito nesta letra demonstra ceticismo quanto aos outros, mas um laço alargado no “E” indicia uma mente aberta a novas experiências.

 

 

Agora, o “I”. Se o ponto do “i” estiver imediatamente acima da letra, então o escritor é categórico, organizado e dá importância aos detalhes. Se ele for mais elevado, guardando espaço entre, a pessoa tem muita imaginação. Quando o ponto é gravado de forma desalinhada, é provável que o indivíduo goste de “deixar para a amanhã o que pode fazer hoje”, mas se o “i” costuma ter mais um acento que um ponto a pessoa é autocrítica e impaciente, embora não seja adepto de aprender com os erros. Depois, existem pessoas que costumam por um círculo no lugar do ponto: diz o Entrepreneur que essa caligrafia é comum em pessoas visionárias e infantis.

 

 

Outra letra: o “T”. Se o traço do “T” for superior e não muito longo, quem o escreve é ambicioso, otimista e conserva uma grande autoestima, mas se for mais prolongado é determinado, entusiasta, teimoso e algo obsessivo. Se o traço do “T” estiver a meio da letra e for mais comprido, a pessoa é confiante e está bem com ela própria. Quanto mais curto for o traço, mais preguiçosa e pouco determinada é a pessoa.

 

 

A letra “O” também assume importância na grafologia: quanto mais arredondado e menos fechado for o “O” minúsculo, mais sociável, expressivo e falador é o escritor. Quem fecha os “O’s” e os ornamenta pouco tende a ser mais privado, introvertido e discreto sobre a vida pessoal.

 

 

Por último, o “S”: se esta letra for desenhada com laços no lugar das pontas, o escritor está confortável consigo mesmo e demonstra bem-estar com os outros, evitando confrontos. Um “s” minúsculo mais pontiagudo indica vontade de aprender coisas novas, curiosidade e ambição. Se o “s” misturar os dois grafismos, então a pessoa é pouco emotiva e ouve menos o coração.

 

 

AS MARGENS E OS ESPAÇAMENTOS

 

 

Depois vêm as margens: segundo o ABC, quanto mais irregulares elas forem, mais emotiva é a pessoa que escreve. Se o espaçamento da margem for aumentando ao longo do texto, então o escritor nutre um desejo pela independência e por novas experiências. Mas se o espaçamento for diminuindo, o poder que o escritor sente que detém é insuficiente para que ele se sinta capaz de o expressar.

 

 
Já quanto maior a margem que uma pessoa guarda à esquerda ou à direita, maior a ânsia por independência, por remar contra a corrente ou por se encontrar.

 

 

Ser ou não ser é uma questão de caligrafia3.

Carta de Britney Spears à mãe

 

 

 

Sobre as margens, o Entrepreneur também deixa algumas pistas: uma margem esquerda em branco corresponde normalmente a alguém que vive no pretérito e que se prende muito a acontecimentos do passado. Se a margem direita não estiver escrita, então a pessoa teme o desconhecido e demonstra preocupação sobre o futuro. Também existem pessoas que não guardam margens quando escrevem à mão: por norma, elas têm uma mente agitada e não são capazes de relaxar.

 

 
No ABC, Irene Assor também alerta que quanto mais adornos uma letra tiver, maior as probabilidades de alguém desenvolver uma psicopatia. Mas isso não significa que se possa identificar um assassino através da sua letra: o máximo que se vai conseguir descobrir é o nível de agressividade ou a relação que mantém com as pessoas em seu redor.

 

 

E por falar em relações, elas podem ser descobertas na ligação que alguém faz entre as letras de uma palavra: pessoas que unem as letras tendem a ser mais sociáveis. A Entrepreneur acrescenta que as pessoas que relacionam as letras trabalham lógica e sistematicamente e têm tendência a fundamentar bem todas as decisões.

 

 

Ser ou não ser é uma questão de caligrafia4

Carta de Alex Rodriguez aos fãs

 

 

O espaço entre palavras funciona numa lógica semelhante ao das margens: como se pode ler no Entrepreneur, um espaçamento grande indicia alguém que sublinha o valor da liberdade e que rejeita pressões alheias. Um espaçamento mais pequeno é próprio de alguém que aprecia a multidão e que não gosta de estar sozinha.

 

 

AS ASSINATURAS

 

Existem as mais peculiares e as mais sóbrias, mas todas oferecem pistas sobre os traços psicológicos das pessoas. As pessoas cujas assinaturas são pouco legíveis podem ser mais privadas, introvertidas e difíceis de compreender. Já quem assina de forma legível tende a ser mais confiante e a demonstrar bem-estar e auto-estima.

 

 

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Assinatura de Albert Einstein

 

 

 

DESMASCARAR MENTIRAS

 

Pois é, até a mentira pode ser desmascarada na caligrafia. Se, enquanto estiver a ler um texto alheio encontrar partes dele com letras amontoadas, sem alinhamento ou diferentes do resto, estará perante uma mentira.

 

 

 

 

OBSERVADOR

 
20/04/2015

 

 

 

Empresas privadas alimentam (crescimento do) crédito malparado em Portugal

Pequenas e médias empresas  (PME) portuguesas debatem-se com falta de capitais próprios.

 

 

Portugal ocupa o 7.º lugar europeu no incumprimento bancário. Chipre e Grécia são os campeões.

 
O crédito malparado bancário surge em sétimo lugar europeu no conjunto de 20 países considerados desenvolvidos (mais de 15 mil euros de PIB per capita) por um estudo realizado pela Oliver Wyman e a Intrum Justitia. Os campeões no incumprimento são o Chipre e a Grécia.

 
De acordo com os últimos dados dados publicados pelo Banco de Portugal, o rácio de incumprimento das Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas não tem parado de aumentar desde 2013, representando 92% do malparado empresarial e 62% do total nacional.

 

 

Em 2013, as PME portuguesas tinham um rácio de malparado da ordem dos 15,6%. Segundo dados do Banco de Portugal relativos a fevereiro último, aquele indicador já chegou aos 18%, isto é, as prestações bancárias em atraso estão avaliadas em cerca de 12,4 mil milhões de euros, mais mil milhões do que as registadas em dezembro de 2013.

 

 

Com a crise, o volume de crédito concedido às PME desceu de 73,3 mil milhões de euros (2013) para 69,3 mil milhões de euros em fevereiro deste ano, mas a percentagem de incumprimento subiu. O estudo da Oliver Wyman e da Intrum Justitia admite que o cenário possa piorar até 2016, tudo dependendo da evolução da economia. Os valores do Banco de Portugal indicam que o malparado nacional já vai em 20 mil milhões de euros, 13,5 mil milhões das empresas (12,4 mil milhões das PME) e 6,5 mil milhões relativos às famílias.

 

 

O fenómeno não é apenas português, mas a falta de capitais próprios parece evidente dentro do universo das 380 mil PME nacionais (339 mil são microempresas), representativas de 99,7% do tecido empresarial do país.

 

 

 

OUTROS PAÍSES

 
“É curioso que em Espanha o malparado se devia muito ao crédito à habitação e em Itália às PME. Os espanhóis saíram mais depressa do que nós da crise precisamente devido a esse facto. Eu diria que as PME portuguesas são as que mais vivem do crédito e menos dos capitais próprios. Por outro lado, a banca tornou-se mais cautelosa a partir de 2008, procurando minimizar o risco. Mas acredito que esse cenário vá melhorar, até porque os bancos não podem contar com as grandes empresas, porque essas normalmente procuram financiamento no exterior”, afirma Luís Salvaterra, diretor geral da Intrum Justitia.

 

 

“O malparado das PME tem piorado. Se as empresas tivessem de contar só com os capitais próprios para crescer, então 90% fecharia portas. Nem a EDP, que é uma grande empresa, pode contar apenas com os seus capitais. A situação da banca também não está famosa. O Montepio está igualmente sem capacidade, o Banif já não existiria se não fosse o Estado e vamos ver se os chineses compram o Novo Banco. O BCP e o BPI também não estão muito saudáveis”, afirma Nuno Carvalhinha, presidente da Associação Nacional de PME (ANPME).

 

 

SAÍDAS

 

A solução para injetar liquidez nas empresas poderia passar, na opinião da ANPME, pela descida dos impostos (IRC e TSU a cargo das empresas). A redução da TSU é uma hipótese que o PS tem prometida se chegar ao Governo nas próximas eleições e o IRC já baixou de 23 para 21% em 2015.

 

 

No entanto, Nuno Carvalhinha afirma que a redução do IRC tem de ser significativa para que as empresas ganhem liquidez. Outra ajuda passaria pelo abrandamento das penhoras impostas pela máquina fiscal e pela Segurança Social, sublinha ainda o presidente da ANPME.

 

 

 

Foto: DR
18/05/2015
Dinheiro Vivo

 

 

 

 

Incêndio em central nuclear perto de Nova Iorque causa derrame de petróleo no rio Hudson

Um incêndio na central nuclear de Indian Point, a meia centena de quilómetros de Nova Iorque, causou hoje uma fuga de petróleo no rio Hudson, informou o governador do estado norte-americano, Andrew Cuomo.

 

 

Incêndio em central nuclear perto de Nova Iorque causa derrame de petróleo no rio Hudson1

 

 

Segundo a empresa gestora da infraestrutura, o incêndio não pôs em risco pessoas nem causou a fuga de partículas radioativas.

 

Incêndio em central nuclear perto de Nova Iorque causa derrame de petróleo no rio Hudson8

 

A Ponte de Brooklyn está a 35 milhas rio abaixo de Indian Point.

 

 

 

As chamas, que foram dominadas, provocaram a fuga de combustível de um transformador para um tanque de segurança, que, por não ter capacidade suficiente, fez com que parte do líquido, não quantificada, transbordasse para o rio.

 

 

Incêndio em central nuclear perto de Nova Iorque causa derrame de petróleo no rio Hudson5

A infraestrutura de geração de energia eléctrica no Rio Hudson.

 

 

A central nuclear de Indian Point, na qual trabalham mil pessoas, produz cerca de 25 por cento da eletricidade consumida na cidade de Nova Iorque e no condado de Westchester.

 

 

 

 

 

 

Foto: JUSTIN LANE/EPA
Lusa/TPT
10/05/2015

 

 

 

 

Henry Paulson diz ‘Estados Unidos deviam ter garantido lugar de observador no Banco Asiático’

Henry Paulson

 

 
O antigo secretário de Estado norte-americano das Finanças Henry Paulson, que conduziu os Estados Unidos durante a recente crise financeira, considera que Washington devia ter garantido um lugar de observador no Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII).

 

 
Numa entrevista concedida à estação de televisão da agência Bloomberg, o antigo administrador da Goldman Sachs considerou que os Estados Unidos deviam ter tido um papel mais interventivo e admitiu que “não foi o melhor momento” do governo liderado por Barack Obama.

 

 

 
Apesar de sublinhar que concorda com muitas coisas que o Governo de Obama fez, Paulson defendeu que os EUA deviam, em vez de recusar fazer parte do banco e influenciar outros países a não aderirem, nomeadamente os parceiros ocidentais, procurar garantir o estatuto de observador “para defender padrões de funcionamento mais elevados” quando a instituição iniciar os trabalhos.

 

 
Na entrevista, Paulson também comentou as declarações de Larry Summers, que também teve o cargo equivalente a ministro das Finanças na Europa, segundo as quais “o último mês pode ser lembrado como o momento em que os Estados Unidos perderam o seu papel enquanto garante do sistema económico global”.

 

 
Na resposta, Paulson foi direto: “Isso são tretas”, exclamou o antigo governante, argumentando que ver a criação do banco como um momento fulcral no declínio económico norte-americano por oposição a uma predominância da China é “um grande exagero”.

 

 
A criação do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas foi recebida com ceticismo por parte dos Estados Unidos, tendo sido visto como um desafio à ordem financeira internacional e uma espécie de concorrente do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, as tradicionais instituições de apoio financeiro ocidentais.

 

 

O BAII terá sede em Pequim e foi anunciado aí pela primeira vez em outubro, numa proposta subscrita por 21 países. O BAII “é uma iniciativa aberta à participação de todos os países” e irá “promover a complementaridade e coordenação com outras instituições financeiras multinacionais como o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Mundial”, disse então o Presidente chinês, Xi Jinping.

 

 
Em meados de março, o Reino Unido anunciou a sua adesão ao BAII e, a seguir, Alemanha, França, Itália, Espanha, Suíça e Noruega e outros países europeus fizeram o mesmo, a que se juntaram também Austrália, Brasil, Egipto, Nova Zelândia e Rússia, para além de Portugal, que integra o grupo de países fundadores do novo banco.

 

 

 
Foto: YM YIK/EPA

 

Lusa

 
19/04/2015

 

 

 

Soldados que estiveram na Ucrânia deixam Exército russo

Saíram, por vontade própria, do Exército russo. E alguns garantem que nem sequer eram voluntários no conflito na Ucrânia, como tem dito Vladimir Putin. São soldados russos, que estiveram no leste ucraniano, e contrariam algumas das alegações do Kremlin.

 

 

Um soldado foi enviado para realizar exercícios militares no sul da Rússia, no ano passado, mas acabaria por ser enviado para a Ucrânia num comboio armado. “Depois de cruzarmos a fronteira, um tenente-coronel disse que poderíamos ser enviados para a prisão se não cumpríssemos ordens. Alguns soldados recusaram-se a ficar ali”, disse o militar à agência Reuters, que preferiu que o nome não fosse divulgado e que serviu a divisão de Infantaria russa Kantemirovskaya.

 

 

Dois outros soldados recusaram-se a ficar nas divisões que serviam, recorda. “Foram levados para outro local. O tenente-coronel disse que foram abertos processos criminais contra eles”, conta. Mas, quando lhes telefonou mais tarde, soube que estavam apenas em casa. “Saíram, apenas”.

 

 

 

A história deste soldado de Moscovo vem pôr em causa, publicamente, as declarações da Rússia, que garantiu repetidas vezes que a Rússia não está a enviar soldados para território ucraniano. Até este momento, era bastante difícil encontrar soldados russos que estivessem lutado no leste da Ucrânia e quisessem falar sobre este assunto, revela a Reuters. No entanto, várias organizações independentes que monitorizam o conflito no leste da Ucrânia já tinham dado conta do apoio da Rússia aos separatistas pró-russos, mostrando que o Kremlin tem prestado apoio a estes através do envio de equipamento militar, tropas e mantimentos para o leste do país.

 

 

 

Também outros soldados deixaram o Exército por vontade própria, avança a agência noticiosa. Só nove deixaram a divisão de Infantaria de Kantemirovskaya em dezembro de 2014, mas alguns – apesar de confirmarem que deixaram o serviço – recusaram-se a falar sobre a situação na Ucrânia. No entanto, vários ativistas de direitos humanos garantiram que muitos soldados russos vivem com medo de ser pressionados a ir para a Ucrânia.

 

 

 

Assim, esta é também uma história que questiona outro tipo de declarações da Rússia: a ideia de que os soldados russos estão a ir para o leste da Ucrânia voluntariamente. O militar de Moscovo nega que tenha feito isso. “Não, para quê? Aquela não é a nossa guerra. Se as nossas tropas lá estivessem oficialmente, a história seria diferente”.

 

 

 
ALEXANDER ERMOCHENKO / EPA
10/05/2015
Observador

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial

A Rússia organizou uma grande parada militar para comemorar o 70.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, numa clara demonstração de poderio militar no meio do impasse com o Ocidente sobre a Ucrânia. As grandes potências do Ocidente que lutaram ao lado da Rússia contra a Alemanha, no entanto, ficaram de fora em sinal de boicote pela posição de Moscovo face ao conflito com o leste da Ucrânia, e comemoraram separadamente.

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 9

 

 

No que é visto como uma punição pelo envolvimento do Kremlin na Ucrânia, os países ocidentais liderados pelos aliados da Rússia na II Guerra Mundial estão a boicotar as celebrações do 9 de maio, deixando Vladimir Putin marcar a data apenas na companhia dos líderes da China, de Cuba e da Venezuela. A Ucrânia, pela primeira vez em 70 anos, assinalou a data separadamente da Rússia, e ao lado do resto do Ocidente, acusando Putin de estar a explorar o aniversário da vitória na Guerra apenas para exibir o seu poderio militar, em mais um sinal de braço de ferro com o Ocidente.

 

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 5

 

 

Os EUA e grande parte da Europa reservaram as celebrações do fim da guerra para sexta-feira, um dia antes. Em Washington, uma grande variedade de aviões antigos voaram sobre a capital em homenagem aos veteranos, numa cerimónia realizada no memorial da Segunda Guerra Mundial. Barack Obama prestou homenagem aos que serviram ao lado dos Aliados na guerra, classificando-os de “a geração que literalmente salvou o mundo”.

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 2

 

Também o presidente francês François Hollande apelou à unidade, num discurso em Paris, junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, descrevendo o Dia da Vitória como o dia em que “venceu um ideal em detrimento de uma ideologia totalitária”. No Reino Unido, a braços com umas eleições legislativas, as celebrações também não passaram ao lado, com uma recriação do espírito de festa, música e alegria, que se viveu nas ruas de Londres no dia da Vitória há 70 anos. O recém-re-eleito primeiro-ministro, David Cameron, participou nas festividades.

 

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 11

 

 

 

Em reação ao boicote do Ocidente, Vladimir Putin apontou baterias aos EUA no discurso deste sábado, em Moscovo, acusando a Administração Obama de estar a tentar “criar um mundo unipolar” e de ignorar a cooperação internacional.

 

 

 

EXIBIÇÃO MILITAR E MINUTO DE SILÊNCIO EM MOSCOVO

 

 

Cerca de 16.000 tropas participaram no desfile na Praça Vermelha, em Moscovo, que também exibiu armas como as da nova geração de tanques Armata T-14, numa das maiores comemorações do Dia da Vitória em décadas. A União Soviética perdeu aproximadamente 27 milhões de soldados e civis durante a II Guerra Mundial — mais do que qualquer outro país — e o triunfo do Exército Vermelho continua a ser uma enorme fonte de orgulho nacional.

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 10

 

O Dia da Vitória une os russos de todas as classes sociais, independentemente das simpatias políticas, sendo esperadas grandes multidões no centro de Moscovo. Pela primeira vez nas comemorações do final da II Guerra em Moscovo, guardou-se este sábado um minuto de silêncio em memória das vítimas.

 

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 7

 

 

O Presidente russo, Vladimir Putin, que destacou o papel do exército soviético na derrota da Alemanha nazi, foi o encarregado de anunciar o minuto de silêncio. Mas antes, Putin sublinhou perante os milhares de convidados e veteranos da guerra que a “aventura hitleriana” foi “uma lição horrível para toda a comunidade internacional”.

 

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 12

 

 

 

O Chefe do Kremlin acrescentou que agora, 70 anos depois, a história “apela de novo à razão e vigilância”. “Não devemos esquecer que a ideia da supremacia racial e da exclusão levou à mais sangrenta das guerras”, disse. Putin agradeceu a França, à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos pela contribuição na vitória contra os nazis.

 

 

Ocidente deixa Rússia a celebrar sozinha a vitória na II Guerra Mundial 14

 

 

“Agradeço aos povos da Grã-Bretanha, de França e dos Estados Unidos pela participação na vitória. Felicito os diferentes países antifascistas que tomaram parte nos combates contra os nazis nas fileiras da resistência e da clandestinidade”, declarou o Presidente russo, antes do minuto de silêncio em memória das vítimas da guerra.

 

 

 

Foto: YURI KOCHETKOV/EPA

 
Lusa

 
09/05/2015

 

 

 

Angola foi o país mais conservador na nova previsão do preço do petróleo

O Governo de Angola é o mais conservador no que diz respeito ao novo preço de referência do petróleo para efeitos de cálculo do Orçamento do Estado, sublinhou hoje o Fundo Monetário Internacional num relatório sobre a região.

 

 

De acordo com o Regional Economic Outlook referente à África subsaariana, divulgado hoje em Washington pelo FMI, a previsão de 41 dólares para o preço do barril de petróleo de referência durante este ano é a mais baixa entre todos os produtores africanos, nomeadamente a Nigéria, o maior produtor da região.

 

 

O documento afirma que o preço de referência estimado pelos analistas do FMI é 58 dólares, bem acima dos 41 dólares que o Governo angolano estima ser o valor médio para o barril de petróleo durante este ano, e ainda abaixo dos 51 dólares que a Nigéria inscreveu no seu Orçamento retificativo.

 

 

O impacto da descida do preço do petróleo é, aliás, um dos pontos que atravessa todas as 123 páginas do relatório que a instituição liderada por Christine Lagarde divulgou hoje em Washington, e no qual se prevê que a África subsaariana cresça 4,5%, desacelerando face aos 5% do ano passado e que Angola cresça 4,5% este ano e 3,9% em 2016.

 

 

O crescimento das economias da África subsaariana vai estar no nível mais baixo registado nos últimos anos, refletindo principalmente o forte declínio dos preços do petróleo e de outras matérias-primas”, lê-se logo no início do relatório, que tem o subtítulo ‘Navegando contra o vento’, e no qual se oferece uma panorâmica de como os países africanos, nomeadamente os oito maiores produtores de petróleo, estão a adotar as suas políticas económicas à quebra da receita fiscal.

 

 

“Juntamente com preços do petróleo mais baixos no Orçamento, os países introduziram planos para reduzir a despesa, principalmente no investimento público, e aumentar a receita não petrolífera”, explica o relatório.

 

 

O documento, aliás, nota que “Angola está a prever um aumento de 9,5 pontos percentuais do PIB na balança primária não petrolífera, principalmente através de cortes na despesa em bens e serviços, nos subsídios aos combustíveis, e no investimento público, que representa uma parte significativa do ajustamento orçamental”.

 

 

Outra das ideias que atravessa todo o relatório passa pela excessiva dependência destes países relativamente a uma só matéria-prima, o que influencia determinante todo o panorama económica, ainda para mais quando, diz o FMI, a maioria dos países dependentes do petróleo não diversificou a economia nos últimos anos.

 

 

“Os países exportadores de petróleo são os menos integrados nas cadeias globais de valor em termos de valor acrescentado às suas exportações”, lê-se no documento, que pormenoriza, sem dar valores, que “com exceção dos Camarões e do Congo, esta percentagem tem até diminuído, incluindo nos casos de Angola e Nigéria, sugerindo que a diversificação do comércio para além dos recursos naturais tem estagnado, ou até mesmo andado para trás, nos últimos 20 anos nestes países”.

 

 
Para sublinhar o argumento, o FMI aponta que “no resto da região, uma maioria de países conseguiu fazer progressos”, principalmente entre os exportadores de matérias-primas não petrolíferas, o que mostra que “a integração nas cadeias de valor pode acontecer mesmo em países onde as matérias-primas desempenham um papel importante”.

 

 

O relatório do FMI apresenta um conjunto de indicadores e previsões sobre Angola, não detalhando as razões que sustentam as previsões, mas ainda assim fica claro que a inflação deverá aumentar neste e no próximo ano, passando de 7,3% em 2014 para 8,4% este ano e 8,5% no ano seguinte.

 

 

A queda do preço do petróleo desde o verão passado tem tornado evidente a excessiva dependência da economia angolana do ‘ouro negro’, responsável por mais de 95% das exportações do país e por 70% da receita fiscal no ano passado, uma alínea que este ano vai reduzir-se para 36,5%.

 

 

 
MBA // VM

 
LUSA

 

28/04/2015

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau

O modo de vida “em vias de extinção” dos Bijagós, povo do arquipélago de 88 ilhas e ilhéus da Guiné-Bissau, está retratado numa série de quatro documentários hoje em estreia na capital guineense.

 

 
“No Reino Secreto dos Bijagós: Escultores dos Espíritos” vai ser exibido no Centro Cultural Português, numa sessão em que participam os produtores e realizadores Luís Correia e Noémie Mendelle, da LX Filmes.

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau2

 

Junta-se ainda à exibição e debate com o público o produtor associado Sana Na Nhada.

 

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau7

 

Os Bijagós “têm uma forma de olhar a natureza pouco comum, em que há consciência de que tudo está interligado e o homem não está acima do resto”, referiu Luís Correia à agência Lusa, ao explicar a abordagem ao tema.

 

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau4

 

 

“Por isso é tão complicado cortar uma árvore: eles sabem que isso tem consequências”, acrescentou.

 

 
Este é o “pano de fundo: um modo de vida em extinção”, porque “aquilo a que se chama desenvolvimento está a fazer com que os jovens estejam a abandonar as tradições”.

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau5

 

 

Na prática, “é como tirar uma peça de uma construção em blocos e tudo implodir”.

 

 

 

O primeiro documentário (estreado em setembro de 2014, em Lisboa) é dedicado ao lado espiritual, “à relação mágica com a natureza” e pela frente está mais um ano de filmagens para produzir os restantes três filmes que completam a série.

 

 

Vida ‘em vias de extinção’ dos Bijagós retratada num documentário em estreia na Guiné-Bissau6

 

 

O seguinte será dedicado à relação dos Bijagós com as plantas e o mundo vegetal, o terceiro documentário vai retratar a influência da modernidade, enquanto o último estará centrado na conservação da natureza e biodiversidade.

 

 
A série é uma coprodução da LX Filmes e do programa Próximo Futuro, da Fundação Calouste Gulbenkian, e tem ganhado diversos apoios e parceiros à medida que tem sido divulgado.

 

 

 

O arquipélago dos Bijagós, que inclui ilhas a pouco mais de dois quilómetros do continente, como a antiga capital Bolama, e outras a mais de cem, está classificado pela UNESCO como reserva da Biosfera – onde se procura conciliar a biodiversidade rica com desenvolvimento sustentável.

 

 

 

A valorização dos recursos naturais, por exemplo, com fins de ecoturismo, é uma das apostas do Governo guineense, eleito em 2014.

 

 

 

 

 

LFO // VM

 

Lusa

 

21/04/2015

 

 

 

Irlandeses investem €80 milhões no Douro

O grupo irlandês Island Renewable Energy vai investir €80 milhões no parque eólico de Moncorvo, que prevê a instalação de 30 aerogeradores neste município do distrito de Bragança. A empresa acaba de formalizar junto do Banco Europeu de Investimento (BEI) um pedido de financiamento no valor de €40 milhões. A Island irá ainda recorrer a empréstimos da banca comercial e capitais próprios, revelou ao Expresso Paulo Amante, um dos fundadores da empresa.

 
O parque eólico de Moncorvo é o maior empreendimento resultante da Fase C do concurso eólico realizado entre 2005 e 2008 pelo Governo de José Sócrates. Essa terceira fase adjudicou licenças para a instalação de 200 megawatts (MW). O maior lote, de 50 MW, foi ganho pela espanhola Fenosa, que acabaria por vendê-lo em 2013 à Island Renewable Energy. Desde então os irlandeses têm trabalhado no projeto e tencionam aproveitar a possibilidade legal de reforçar a potência do parque em 20%, deixando-o com um total de 60 MW.

 

 

 

 

MONCORVO – APONTAMENTO HISTÓRICO

 

 

O maior templo religioso de Trás-os-Montes e Alto-Douro, obra maneirista do século XVI, não fica em Vila Real ou Bragança mas em Torre de Moncorvo, tendo levado mais de um século a ser construído.

 

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Pináculos, contrafortes, robustez e alpendre abobadado da igreja dedicada a Nossa Senhora da Assunção.

 

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Com a igreja assente numa encosta, houve necessidade de nivelar o adro, delimitando-o por um muro, rematado por pináculos.

 

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A impressionante dimensão da igreja matriz, construída para ser Sé, é explicada pelo facto de Moncorvo, florescente centro de desenvolvimento, ser sede da maior comarca do reino e de o poder municipal, principal financiador da obra, aspirar sediar a primeira diocese a ser criada em Trás-os-Montes. Em 1545, a escolha recaiu, no entanto, sobre Miranda do Douro.

 

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Miguel Prado

 

 

03/05/2015

 

 

 

 

Empresas do Estado Português – TAP e Galp levam Parpública a prejuízos de 367 milhões em 2014

TAP influenciou negativamente os resultados da Parpública.

 

 

A TAP, bem como imparidades ligadas a ações da Galp, fizeram que a Parpública atingisse um prejuízo consolidado de 367 milhões de euros em 2014 quando no ano anterior lucrou 792 milhões de euros, refere o relatório e contas da empresa pública. Segundo Pedro Ferreira Pinto, presidente da Parpública – a sociedade que gere as participações do Estado em empresas -, o exercício de 2014 “pautou-se por uma diminuição dos resultados consolidados do grupo face ao ano 2013, tendo-se fixado em 367 milhões de euros negativos em consequência dos resultados obtidos pela ‘holding’ Parpública e pelo Grupo TAP”.

 

 

Em relação à transportadora aérea nacional, que vive dias conturbados com uma greve de pilotos de 10 dias, iniciada na sexta-feira, a Parpública teve de fazer um “reforço contabilístico da provisão” devido à “redução dos seus capitais próprios em cerca de 138,5 milhões de euros”, avança o documento.

 

 

O relatório e contas, enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), indica que “a situação financeira do grupo TAP tem sido caracterizada nos últimos anos por um acumular de prejuízos, determinado essencialmente pela evolução do negócio da manutenção no Brasil, a qual tem sido suficientemente negativa para anular os lucros obtidos no negócio do transporte aéreo”.

 

 

Apesar disso, a TAP – Manutenção e Engenharia Brasil registou “uma evolução positiva dos resultados, embora a empresa continue a apresentar resultados operacionais negativos (-3 Milhões de euros) e a gerar prejuízos”.

 

 

 

A piorar a situação, segundo a Parpública, que detém 100% da TAP, o ano não correu bem no que se refere ao negócio principal da TAP: “A situação refletida nas demonstrações financeiras referentes ao ano de 2014 mantém essa tendência evidenciando um prejuízo gerado, desta feita, maioritariamente no negócio ‘core’, fruto de um segundo semestre atípico, marcado pelo atraso na entrega dos aviões, pela maior concorrência nas rotas para o Brasil derivada do Mundial de Futebol e da greve que ocorreu no final do ano”.

 

 

 

A Parpública adianta que as empresas do grupo TAP apuraram em 2014 um resultado líquido negativo de 85,1 milhões de euros e o agravamento das reservas em 52,4 milhões euros, o que levou o capital próprio do grupo a cair para próximo dos 520 milhões euros negativos.

 

 

 

Perante esta situação, a ‘holding’ estatal frisa que a TAP, “face à significativa redução das disponibilidades de tesouraria”, tem sido obrigada a endividar-se.

 
“A dívida líquida do grupo TAP aumentou cerca de 18%, ou seja, mais 140 milhões de euros, situação a que também não são alheias as dificuldades de repatriação de receitas da TAP, SA, como as que se têm vindo a intensificar na Venezuela, onde se encontravam retidos no final de 2014 mais de 100 milhões de euros, e em Angola, onde, na mesma data, se encontravam retidos 19 milhões de euros.

 
Já em relação à Galp, a Parpública registou uma imparidade associada às ações da petrolífera, detidas pela empresa pública, “das quais a grande maioria constitui o ativo subjacente a uma emissão de obrigações permutáveis, calculada em 204,8 milhões de euros”, mas que, já no início deste ano, a menos valia “foi completamente anulada, dado que a cotação da Galp fixa atualmente valores ao mesmo nível dos observados no início de 2014″.

 
A empresa pública realça também uma forte redução dos dividendos, “o que naturalmente decorre da alienação de participações em virtude do cumprimentos do Programa de Privatizações levado a cabo nos últimos anos”, como a venda dos CTT, que permitiu à Parpública um encaixe de 342,6 milhões de euros, e à venda de 9,9% da REN gerando um encaixe financeiro de 141,7 milhões de euros.

 
No final de 2014, o património consolidado do grupo Parpública atingia 17 mil milhões de euros enquanto o passivo consolidado rondava os 13,3 mil milhões de euros.

 

 

 

MÁRIO CRUZ
LUSA/TPT
02/05/2015