O famoso navio de guerra russo Moskva, atacado por forças ucranianas, acabou por afundar

A informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa russo, que adianta que o famoso cruzador, em serviço desde os anos 80, afundou-se quando estava a ser rebocado. O Moskva sofreu uma forte explosão a bordo esta quinta-feira: a Rússia diz que se tratou de um incêndio, ao passo que a Ucrânia defende que se deveu ao lançamento de um dos seus mísseis.

 

 

“Durante o reboque do cruzador Moskva até ao porto de destino, o navio perdeu estabilidade devido a danos no casco, sofridos durante a detonação de munições devido a um incêndio. Perante uma forte tempestade, o navio afundou-se”, informou o ministério russo, citado pela agência TASS.

 

 

O Ministério da Defesa russo sublinhou que toda a tripulação foi transportada para outros navios parte da frota do Mar Negro.

 

 

Ainda não se sabe ao certo o que causou o naufrágio do Moskva. De acordo com as agências de notícias estatais russas Tass e Ria Novosti, o Ministério da Defesa disse anteriormente que uma investigação está em curso para determinar a causa do incêndio. As agências russas não mencionaram a localização do Moskva quando a explosão aconteceu, nem qualquer possível ataque da Ucrânia.

 

 

No entanto, Kiev garante que os estragos foram causados por armamento ucraniano. Na quarta-feira à noite, o chefe da administração militar regional de Odesa, Maksym Marchenko, disse que as forças ucranianas tinham atingido com mísseis Neptuno o Moskva, causando “danos graves”, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

 

 

Este navio de 186 metros de comprimento entrou em serviço em 1983 durante a era soviética com o nome Slava (Glória). Concebida para ser um destruidor de porta-aviões, a embarcação — dotada de lança-mísseis Atlant — foi rebatizada em 1995 como Moskva (Moscou).

 

 

Podendo abrigar até 680 tripulantes, o primeiro conflito em que participou foi o da Geórgia em agosto de 2008. Depois, em setembro de 2015, o Moskva foi enviado para ajudar o regime de Bashar al-Assad na guerra na Síria, no Mediterrâneo oriental, para assegurar, segundo o Ministério da Defesa russo, a proteção da base russa de Hmeymim. Pouco depois, Vladimir Putin concedeu a toda a tripulação a ordem Nakhimov, em reconhecimento pela sua “coragem e determinação”.

 

 

A partir da cidade de Sevastopol, que abriga a base da frota russa que está no Mar Negro, na península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, o Moskva participou desde início na ofensiva lançada em 24 de fevereiro de 2022 por Vladimir Putin contra a Ucrânia.

 

 

Numa troca de mensagens de rádio que se tornou viral no início do conflito, os guardas fronteiriços ucranianos da pequena ilha das Serpentes responderam com palavrões ao ultimato feito pelos russos para que se rendessem. Pouco depois, o Moskva e outra embarcação bombardearam a ilha e tomaram como prisioneiros os militares ucranianos.

 

 

Segundo a agência de notícias russa Ria Novosti, foi alvo de reformas e modernizações duas vezes, a última das quais entre 2018 e 2020.

 

 

 

 

O que se sabe sobre o simbólico cruzador da Rússia no Mar Negro?

 

 

 

 

O cruzador Moskva, o navio-símbolo da frota russa do Mar Negro, foi gravemente danificado nesta quinta-feira, informação confirmada pelo Kremlin, enquanto cumpria a missão de bloquear a Ucrânia no decurso da guerra. Esta embarcação, altamente simbólica, participou em numerosas operações militares e também serviu de ferramenta da diplomacia russa.

 

O que causou a explosão que danificou gravemente o cruzador russo Moskva? A Rússia informa apenas que o navio ficou “gravemente danificado” na sequência de uma explosão de munições causada por um incêndio.

 

 

De acordo com as agências de notícias estatais russas Tass e Ria Novosti, o Ministério da Defesa disse que a tripulação do cruzador foi retirada e que uma investigação está em curso para determinar a causa do incêndio. As agências russas não mencionaram a localização do Moskva quando a explosão aconteceu, nem qualquer possível ataque da Ucrânia.

 

 

No entanto, Kiev garante que os estragos foram causados por armamento ucraniano. Na quarta-feira à noite, o chefe da administração militar regional de Odesa, Maksym Marchenko, disse que as forças ucranianas tinham atingido com mísseis Neptuno o Moskva, causando “danos graves”, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

 

 

Este navio de 186 metros de comprimento entrou em serviço em 1983 durante a era soviética com o nome Slava (Glória). Concebida para ser um destruidor de porta-aviões, a embarcação — dotada de lança-mísseis Atlant — foi rebatizada em 1995 como Moskva (Moscou) e está dotada de 16 mísseis antinavio Bazalt/Voulkan, de mísseis Fort, que são a versão marinha dos mísseis S-300 de longo alcance, contando ainda com lança-mísseis, canhões e torpedos.

 

 

Podendo abrigar até 680 tripulantes, o primeiro conflito em que participou foi o da Geórgia em agosto de 2008. A Rússia não informou quais foram as suas missões, mas um alto responsável militar georgiano, questionado pela AFP nesta quinta-feira, indicou que a embarcação entrou no porto de Ochamchire para bombardear as forças georgianas, que acabaram a perder à época a única região que estava sob o seu controlo no território dos separatistas.

 

 

O então presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, expressou a sua “gratidão” à tripulação do navio pela sua “coragem e determinação” no conflito.

 

 

Depois, em setembro de 2015, o Moskva foi enviado para ajudar o regime de Bashar al-Assad na guerra na Síria, no Mediterrâneo oriental, para assegurar, segundo o Ministério da Defesa russo, a proteção da base russa de Hmeymim. Pouco depois, Vladimir Putin concedeu a toda a tripulação a ordem Nakhimov, em reconhecimento pela sua “coragem e determinação”.

 

 

A partir da cidade de Sevastopol, que abriga a base da frota russa que está no Mar Negro, na península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, o Moskva participou desde início na ofensiva lançada em 24 de fevereiro de 2022 por Vladimir Putin contra a Ucrânia.

 

 

Numa troca de mensagens de rádio que se tornou viral no início do conflito, os guardas fronteiriços ucranianos da pequena ilha das Serpentes responderam com palavrões ao ultimato feito pelos russos para que se rendessem. Pouco depois, o Moskva e outra embarcação bombardearam a ilha e tomaram como prisioneiros os militares ucranianos.

 

 

Quando o Moskva ainda levava o nome Slava, participou na Cúpula de Malta, que reuniu o dirigente soviético Mikhail Gorbachev com o presidente americano George Bush e ocorreu no navio Maxim Gorky em dezembro de 1989, pouco depois da queda do muro de Berlim.

O navio também participou na conferência para o desarmamento de Yalta, em agosto de 1990.

 

 

Várias autoridades estrangeiras subiram a bordo da embarcação. Em agosto de 2014, Putin recebeu com honras militares o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi e, numa visita à Itália, recebeu o então chefe de governo Silvio Berlusconi.

 

 

 

TPT com: TASS//NBCNews//EPA/SERGEI ILNITSKY// MadreMedia// EPA/RUSSIAN DEFENCE MINISTRY// 15 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

 

Marcelo promulga quatro decretos de medidas do Governo com emergência

O Presidente da República promulgou hoje quatro decretos do Governo com medidas de emergência destinadas a conter o aumento de preços nos setores da energia e agroalimentar decorrente da situação de guerra na Ucrânia.

Estas promulgações foram divulgadas através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

 

 

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou um decreto-lei que aprova o sistema de incentivos “Apoiar as Indústrias Intensivas em Gás” e outro que estabelece medidas de apoio às famílias, trabalhadores e empresas no âmbito do conflito armado na Ucrânia.

 

 

Um terceiro decreto-lei hoje promulgado aprova medidas excecionais que visam assegurar a simplificação dos procedimentos de produção de energia a partir de fontes renováveis.

 

 

O chefe de Estado promulgou ainda um decreto-lei que cria um regime excecional e temporário de compensação destinado aos profissionais da pesca pelo acréscimo de custos de produção provocada pelo conflito armado na Ucrânia.

 

 

Estes decretos fazem parte de um conjunto de diplomas que o Governo aprovou na sexta-feira à noite, em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que estabelecem medidas de emergência para fazer face ao aumento de preços nos setores da energia e agroalimentar.

 

 

Desde os combustíveis ao preço da energia, este é o ‘plano’ de Costa para travar o impacto da inflação para famílias e empresas

 

 

 

Criticado pelo Programa do Governo não prever os impactos económicos da Guerra na Ucrânia, António Costa anunciou na Assembleia da República medidas específicas que o executivo quer implementar. Plano visa conter a subida dos preços nos combustíveis e na energia ao mesmo tempo que ampara a perda de poder de compra das famílias face à inflação.

 

Perante as críticas quanto à falta de medidas a curto prazo no Programa do Governo — especialmente tendo em conta os impactos decorrentes do conflito armado a decorrer na Ucrânia, o primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira na Assembleia da República que um programa desta natureza “é, por definição, um programa para a Legislatura, um conjunto de medidas de médio e longo prazo, que não ignora a conjuntura, mas cujo propósito primeiro não é – não pode ser – responder à conjuntura”.

 

 

No entanto, dadas as circunstâncias excecionais que o país e a Europa enfrentam, António Costa adiantou que esta sexta-feira seria desde já implementado “um novo pacote de medidas direcionadas à contenção dos aumentos de preços dos bens energéticos e agroalimentares, que se junta às medidas já em vigor”.

 

 

A resposta do executivo assentará então em quatro eixos fulcrais a debelar no imediato, tratando-se da contenção dos preços da energia, os apoios à produção, o apoio às famílias vulneráveis e a aceleração da transição energética. Estas são as medidas.

 

 

 

 

Contenção dos Preços da Energia

 

 

 

  • Redução de ISPequivalente à redução do IVA para 13% para os combustíveis — medida a vigorar enquanto não há resposta ao pedido do Governo parte da Comissão Europeia;
  • Manutenção dos mecanismos de compensação dos aumentos de receita fiscal;
  • Alargamento da suspensão do aumento da taxa de carbono até 31 de dezembro;

 

Assim, Costa promete que estas medidas vão traduzir-se “numa redução de 52% do acréscimo do preço do gasóleo e de 74% do preço da gasolina, registados desde outubro de 2021”.

 

 

  • Quanto à eletricidade, António Costa referiu que o executivo apresentou na semana passada em Bruxelas uma proposta ibérica que limita o contágio dos preços da eletricidade pelo preço do gás. “Esta proposta pode resultar, em Portugal, numa poupança para famílias e empresas na ordem dos 690 milhões de euros por mês, suportados diretamente pelo setor elétrico”, disse.

 

 

 

Apoios à Produção

 

 

 

  • Suporte pelo Estado de uma parte do aumento dos custos com gás das empresas intensivas em energia.

 

 

 

Redução dos custos das empresas eletrointensivas

 

 

 

  • Flexibilização dos pagamentos fiscais e das contribuições para a segurança social dos setores mais vulneráveis: Agricultura, pescas, transportes, setor social e indústrias especialmente afetadas, como os têxteis, a fabricação de pasta de papel, a indústria cerâmica e do vidro, a siderurgia, a produção de cimento e a indústria química”;

 

  • Criação do gás profissional para abastecimento do transporte de mercadorias;

 

  • Alargamento ao setor social dodesconto de 30 cêntimos por litro nos combustíveis;

 

  • Isenção temporária do IVA dos fertilizantes e das raçõespara os setores da agricultura e pescas;

 

  • Alargamento até ao final do ano daredução do ISP sobre o gasóleo colorido e marcado agrícola;

 

  • Disponibilização de mais 18,2 milhões de eurospara mitigar os custos acrescidos com a alimentação animal e fertilizantes;

 

  • Reforço em 46 milhões de euros das verbas de apoio à instalação de painéis fotovoltaicos em 2022 e 2023 para a agroindústria, a exploração agrícola e os aproveitamentos hidroagrícolas;

 

 

O primeiro-ministro frisou ainda que o Governo, em Bruxelas, está “a lutar pela criação de uma medida excecional de apoio temporário ao abrigo do FEADER”.

 

 

 

Famílias Vulneráveis

 

 

 

  • Alargamento a todas as famílias titulares de prestações sociais mínimas as medidas de apoio ao preço do cabaz alimentar e das botijas de gás;

Estas medidas, segundo Costa, servem para apoiar estas famílias “face ao acréscimo de custo dos bens essenciais”.

 

 

Transição Energética

 

 

  • Simplificaçãodos procedimentos relativos à descarbonização da indústria e à instalação de painéis solares;

 

  • Redução para a taxa mínima do IVA dos equipamentos elétricos que permitam menor dependência de gás por parte das famílias.

 

 

TPT com: Lusa//MadreMedia / Lusa// 15 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Ordem dos Médicos lança prémio com o objectivo de promover novas ideias que otimizem sistema de saúde

A Ordem dos Médicos lançou hoje um prémio para promover ideias que possam otimizar o sistema de saúde, bem como incentivar a criação de equipas que unam médicos e profissionais de outras áreas.

 

 

A expectativa dos promotores do Prémio Best Ideas in Healthcare, lançado em parceria com a consultora NTT Data, é que a iniciativa contribua para o desenvolvimento de soluções que melhorem o diagnóstico e as terapêuticas, mas também as condições de vida da população portuguesa.

 

 

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, adiantou que esta iniciativa nasceu no decurso do 24.º Congresso Nacional da Ordem dos Médicos e destina-se “a promover o desenvolvimento de ideias que possam contribuir para valorizar o sistema de saúde em Portugal”.

 

 

O objetivo, disse Miguel Guimarães, é “tentar promover a qualidade da Medicina, o desenvolvimento de novas aplicações ou novas técnicas que possam servir para melhorar a qualidade da Medicina, seja na área do diagnóstico, da terapêutica, cirurgia”.

 

 

As iniciativas devem ser apresentadas por equipas multidisciplinares, com um número ideal de cinco elementos, que devem juntar um médico e profissionais de outras áreas como um engenheiro, um físico, um biólogo ou um enfermeiro, apontou.

 

 

“O importante é motivar e estimular as pessoas a apresentar soluções que permitam alguma inovação no sistema de saúde no sentido de oferecermos cuidados de saúde de melhor qualidade, porque esse é sempre o objetivo principal”, declarou Miguel Guimarães.

 

 

Para o bastonário, a defesa da qualidade da medicina portuguesa também se faz através das ideias, “ouvindo os mais novos e recorrendo à experiência dos mais velhos”.

 

 

As candidaturas estão abertas até 03 de junho a cidadãos nacionais ou estrangeiros, sendo que cada grupo de trabalho deve integrar entre dois, a cinco elementos, que podem inscrever-se através do ‘site’ bestideas-healthcare.pt.

 

 

Serão selecionadas 10 ideias finalistas, que terão de fazer uma apresentação, num vídeo de dois a cinco minutos, que ficará disponível no site da Ordem, pelo período de um ano.

 

 

A equipa vencedora será escolhida por um júri qualificado, que terá em conta “a solidez da ideia e dos argumentos que a sustentam, assim como a exequibilidade da sua aplicação”.

 

 

O vencedor receberá um prémio de 7.500 euros e uma bolsa de horas de consultoria da NTT DATA Portugal.

 

 

 

TPT com:  Ordem dos Médicos//João Relvas/LUSA//NN/Lusa//  13 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Carlos Queiroz diz que foi “um privilégio e uma honra” ser selecionador do Egito

O treinador português Carlos Queiroz disse hoje que foi “um privilégio e uma honra” ter desempenhado o cargo de selecionador de futebol do Egito, um dia após a federação daquele país africano ter anunciado a rescisão do contrato.

 

 

“Todos os começos que se iniciam com um sentido adeus significam que os nossos corações estão cheios de gratidão, respeito e amizade. Esses são os meus sentimentos neste momento. […] Ter sido selecionador de um país tão apaixonado por futebol foi um privilégio e uma honra”, indica Carlos Queiroz, na sua conta oficial no Twitter.

 

 

A mensagem do técnico na rede social foi publicada um dia depois de a Federação Egípcia de Futebol ter anunciado a rescisão contratual, por mútuo acordo, com Carlos Queiroz, que, após a eliminação no ‘play-off’ africano de qualificação para o Mundial2022, já tinha dito ser “o momento de entregar a liderança do Egito a outra pessoa”.

 

 

“Felizmente, levo comigo memórias maravilhosas da nossa caminhada. Sem a vossa dedicação, talento e empenho não teria sido possível alcançar tanto em tão pouco tempo”, acrescenta o treinador português, que manifestou convicção no sucesso do futebol egípcio.

 

 

Sob o comando de Carlos Queiroz, que assumiu o cargo de selecionador em setembro de 2021, a seleção dos ‘faraós’ foi afastada da fase final do Mundial2022 em março, pelo Senegal, no desempate por grandes penalidades (3-1), após ter vencido em casa por 1-0 e perdido fora pela mesma margem.

 

 

Em fevereiro, na final da Taça das Nações Africanas (CAN), o Egito também foi derrotado pelo Senegal nas grandes penalidades (4-2), depois de um empate sem golos.

 

 

 

TPT com: MadreMedia //Sportinforma / Lusa// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

A canoísta Teresa Portela renova com o Benfica e tem Paris2024 no horizonte

A canoísta portuguesa Teresa Portela renovou o contrato com o Benfica até 2024, com a quinta participação olímpica em vista, nos Jogos que se vão realizar nesse ano em Paris, anunciou hoje o clube lisboeta.

 

 

“Já são 10 anos, é especial renovar pelo Benfica. Pelo menos até Paris2024 conto representar muito bem o clube. Toda a gente reconhece o trabalho que o Benfica faz”, observou Teresa Portela, de 34 anos, que foi sétima classificada em K1 500 metros e 10.ª em K1 200 metros em Tóquio2020.

Para a canoísta, o prolongamento do contrato, que se sucedeu ao de Fernando Pimenta, medalha de bronze na capital japonesa na prova de K1 1.000 metros, também até 2024, “é sinal de que o clube continua a apostar nas modalidades”.

“São 10 anos de algumas conquistas a nível nacional e também internacional. Participei em Londres2012, Rio2016 e Tóquio2020, três Jogos Olímpicos. Apesar de representarmos Portugal, o Benfica está sempre muito perto, faz parte de todas essas conquistas”, sustentou.

Teresa Portela não referiu a primeira participação olímpica, o 14.º em K1 500 metros em Pequim2008, na mais importante competição mundial, mas não esqueceu as “duas finais olímpicas, em Londres e em Tóquio”, assinalando que “o Benfica também faz parte dessas finais”.

 

 

“Se não fosse o Benfica, provavelmente, não teríamos muitas oportunidades de poder melhorar e arriscar um pouco mais. O clube deu-nos essa segurança, estando ao lado da canoagem e ao meu lado ao longo destes anos. É uma mais-valia o Benfica poder estar presente na nossa modalidade”, defendeu.

 

 

 

TPT com: Sportinforma / Lusa// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

 

Retirada licença italiana ao piloto russo que fez saudação fascista

O Automóvel Clube de Itália retirou hoje a licença desportiva italiana ao piloto russo Artem Severiukhin, devido ao gesto “inaceitável e inqualificável” no pódio da primeira corrida do Europeu de karting, em Portimão.

 

 

“Enquanto ainda decorre a reunião extraordinária do conselho desportivo do Automóvel Clube de Itália – convocada a tomar medidas urgentes na sequência do gesto inaceitável e inqualificável do piloto russo de karting Artem Severiukhin, no pódio da prova do Europeu de juniores em Portimão –, anuncia-se que a direção decidiu retirar imediatamente a licença desportiva de Severiukhin, encaminhando o processo para a justiça desportiva”, lê-se num comunicado do organismo que rege o desporto automóvel em Itália.

 

 

O russo, de 15 anos, venceu no domingo a corrida da categoria OK, para maiores de 15 anos, no kartódromo do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, impondo-se ao britânico Joe Turney e ao sueco Oscar Pedersen.

 

Ladeado por ambos, o antigo campeão da Rússia em juniores subiu ao lugar mais alto do pódio, e, enquanto tocava o hino italiano, riu e ergueu o braço direito, recriando uma saudação fascista, que está ilegalizada em Itália desde 1952.

 

 

“São medidas inevitáveis, dado o gesto imprudente de Severiukhin, que não só demonstrou falta de respeito pelos valores universais, que inspiram o desporto, mas também pela humanidade, dignidade e convivência civil”, prossegue o Automóvel Clube de Itália, assegurando que atribuição da licença desportiva ao russo respeitou os regulamentos da Federação Internacional do Automóvel (FIA).

 

 

Na segunda-feira, a FIA anunciou a abertura de um processo ao russo e a sua equipa, a sueca Ward Racing, a rescisão de contrato, assumindo-se “profundamente envergonhada com o comportamento do piloto” e pedindo desculpa a todos os que se sentiram ofendidos ou angustiados com o ocorrido.

 

No mesmo dia, Severiukhin recorreu às redes sociais para pedir desculpa pela sua estupidez.

 

 

“Gostaria de pedir desculpas pelo que aconteceu ontem [no domingo] no Europeu de karting. De pé, no pódio, fiz um gesto que muitos entenderam como uma saudação nazi. Mas isso não é verdade, eu nunca apoiei o nazismo e considero-o um dos mais terríveis crimes contra a humanidade. […] Não consigo explicar como tudo aconteceu. Eu sei que é culpa minha, sei que fui estúpido e estou pronto para ser punido. Mas, por favor, entendam que não apoiei o nazismo ou o fascismo com este gesto”, afirmou Severiukhin, num vídeo publicado na sua página oficial no Instagram.

 

 

O kartódromo portimonense acolheu entre sexta-feira e domingo a primeira das seis etapas do campeonato europeu de karting, nas categorias de OK e OK-Júnior (entre os 11 e os 15 anos).

 

 

 

TPT com: FIA//Sportinforma / Lusa// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Justiça italiana pede pena pesada para presidentes de Juventus e Nápoles, que são acusados de fraude

 

Andrea Agnelli e Aurelio de Laurentiis estão acusados de fraude contabilística na transferência de futebolistas, crime que envolve mais equipas.

 

 

O Ministério Público italiano pediu hoje um ano de suspensão para o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, e 11 meses para o do Nápoles, Aurelio de Laurentiis, acusados de fraude contabilística na transferência de futebolistas, crime que envolve mais equipas.

 

 

De acordo com a federação italiana (FIGC), ao todo são 11 clubes, cinco dos quais da Serie A, a principal divisão transalpina, os acusados pelo Ministério Público de terem “reconhecido mais-valias e direitos de transferências superiores aos devidos”.

 

 

Enquanto os clubes incorrem no risco de uma multa, os cerca de 60 dirigentes e agentes podem ser sancionados com uma pena que pode levar até à sua suspensão.

 

 

A Juventus é quem está em pior situação, pois o procurador pediu a suspensão de 10 dos seus dirigentes, pelos inúmeros casos de mais-valias registadas nas últimas épocas com a venda de jogadores por valores por vezes considerados sobrestimados em relação ao seu valor real de mercado.

 

 

O ano de suspensão para Agnelli nem foi a pena máxima pedida para a ‘vecchia signora’, uma vez que para o antigo diretor desportivo Fabio Paratici, agora no Tottenham, foram solicitados 16 meses e 10 dias, por ter sido responsável por 32 transações com avaliações consideradas inflacionadas.

 

 

O vice-residente Pavel Nedved foi ‘brindado’ com oito meses, enquanto foi pedida uma multa de 800.000 euros para o clube.

 

 

Quanto a Laurentiis, o procurador federal sugeriu 11 meses e cinco dias de suspensão, bem como 392.000 euros de multa para o Nápoles, segundo os media italianos devido à transferência do nigeriano Victor Osimhen do Lille, em 2020.

 

 

O futebolista foi contratado por 71,2 milhões de euros, valor que terá sido inflacionado para beneficiar os resultados financeiros anuais dos dois clubes.

 

 

Paralelamente, para baixar a fatura do negócio, o Nápoles vendeu aos gauleses quatro jogadores por cerca de 20 milhões de euros, valor sobreavaliado, uma vez que, por exemplo, três dos atletas evoluem atualmente nas divisões amadoras transalpinas.

 

 

A mulher do presidente, bem como os seus filhos Eduardo e Valentina, incorrem em suspensões de seis meses e 10 dias.

 

 

Sampdoria, Empoli e Génova são clubes que enfrentam igualmente penas por crimes semelhantes.

 

 

 

TPT com: Sportinforma / Lusa// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Comissão aeronaval destaca em Cabo Verde centenária travessia do Atlântico

Elementos de uma comissão aeronaval portuguesa destacaram hoje, no Mindelo, a importância da ciência naval na travessia do Atlântico por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, com escala há cem anos naquela cidade cabo-verdiana, que ainda celebra esse feito.

 

 

“A verdade é que estes aviadores deram um contributo na área da ciência náutica. Fizeram uma travessia que parece simples, mas sobretudo com o problema de orientação poderiam nunca ter chegado ao destino. E conseguiram chegar com precisão onde queriam, com a navegação que era na altura utilizada no mar e que a transformaram para poder funcionar no avião”, explicou o vice-almirante Edgar Bastos Ribeiro, Diretor da Comissão Cultural de Marinha portuguesa.

 

 

O oficial integra a Comissão Aeronaval 100TAAS, constituída por seis militares da Marinha e Força Aérea de Portugal, que está na ilha cabo-verdiana de São Vicente para assinalar o centenário da travessia aérea do Atlântico pelos dois aviadores portugueses.

 

 

“Não poderíamos deixar de estender estas atividades a Cabo Verde porque o país foi um ponto de passagem, onde o hidroavião esteve alguns dias parado e daqui se lançou para a rota maior a caminho do Brasil. É um feito que está inclusive como património da UNESCO, a UNESCO também se associou a este evento, ajudando, mas sobretudo registando nos seus arquivos e na sua plataforma de divulgação este evento”, frisou Edgar Bastos Ribeiro, em declarações à Lusa à margem do programa das comemorações realizadas hoje no Mindelo, ilha de São Vicente.

 

 

O hidroavião “Lusitânia” fez história em 1922 ao ligar o Atlântico, mas a passagem dos “aviadores” Gago Coutinho e Sacadura Cabral por São Vicente permanece na memória daquela ilha cabo-verdiana. Além de ter sido a primeira travessia aérea do Atlântico sul, foi também o primeiro voo que Cabo Verde recebeu.

 

 

No final do dia 05 de abril de 1922, o hidroavião Fairey III D Mkll — o primeiro de três usados naquela histórica travessia – amarou na baía do Mindelo, ilha de São Vicente, depois de uma viagem de 10 horas e 43 minutos para percorrer 1.572 quilómetros, desde as Canárias, que tinham sido a primeira paragem após a saída de Belém, Lisboa, em 30 de março.

 

 

Um marco que deixou algumas “pegadas” em São Vicente, na forma de monumentos, mas as condições destas obras têm vindo a motivar preocupação naquela ilha.

 

 

Há cem anos, aos comandos do hidroavião seguiam Gago Coutinho, experiente cartógrafo da Marinha, e Sacadura Cabral, piloto com larga experiência, conhecimentos complementares e tidos como decisivos para o sucesso de uma viagem com, no total, cerca de 8.300 quilómetros, chegavam ao Mindelo.

 

 

Em Cabo Verde, o programa das comemorações do centenário envolve ainda o apoio das Forças Armadas do arquipélago, o Instituto do Património Cultural, a Câmara Municipal de São Vicente, a Universidade Técnica do Atlântico (UTA) e a Embaixada de Portugal, nomeadamente com atividades de âmbito cultural.

 

 

Segundo os relatos da altura, os dois aviadores portugueses foram recebidos, triunfantes, pela população da ilha de São Vicente.

 

 

As autoridades municipais mandaram mesmo construir um padrão no local onde aportaram, na baía, e edificaram outro cerca de dez anos depois.

 

 

Um século depois, a Comissão Aeronaval 100TAAS está a promover o feito com ações em Portugal, Cabo Verde e Brasil, divulgando os valores da “coragem física, da determinação”, mas também do “conhecimento”.

 

 

“Foi criada pela Marinha e pela Força Aérea para divulgar este feito que ocorreu há cem anos e que juntou os dois lados do oceano Atlântico, a Europa e a América do Sul, neste caso o Brasil, e com isso revolucionou aquilo que são hoje as viagens aéreas transatlânticas. É um facto que junta simultaneamente a coragem de dois homens, mas essencialmente o saber, a ciência”, explicou o tenente-general Rafael Martins, presidente da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa, ramo que representa nesta comissão.

 

 

“E foi a ciência que nos dá hoje a possibilidade de voarmos por todos os continentes”, acrescentou.

 

 

Em São Vicente, Gago Coutinho e Sacadura Cabral permaneceram mais de dez dias, em reparações do hidroavião “Lusitânia”. A etapa seguinte foi curta, até à Praia, ilha de Santiago, e aconteceu em 17 de abril, com 315 quilómetros percorridos em pouco mais de duas horas. Pouco mais do dobro do tempo das ligações aéreas atuais, cem anos depois.

 

 

Naquela ilha, central na travessia de 1922, o programa das comemorações envolve hoje conferências e a inauguração de uma exposição no Museu do Mar, entre outras atividades.

 

 

De acordo com o presidente do Instituto de Engenharias e Ciências do Mar, da UTA, com sede no Mindelo, aquela instituição de ensino superior público participa nestas comemorações precisamente pelo objetivo de instalar na ilha do Sal um polo dedicado à engenharia aeronáutica.

 

 

“E falar de qualquer ciência, é preciso falar da sua história, portanto a proeza de Sacadura Cabral e Gago Coutinho constitui sem dúvida um marco muito importante para a história da aviação em Cabo Verde”, explicou Henrique Évora.

 

 

Os dois aviadores deixaram Cabo Verde – ilha de Santiago – em 18 de abril de 1922 para o troço mais longo da viagem. Levaram 11 horas e 21 minutos para percorrer os 1.682 quilómetros até amarar no arquipélago de São Pedro e São Paulo, um conjunto de pequenos ilhéus rochosos do estado brasileiro de Pernambuco, mas ainda a quase 1.000 quilómetros da costa continental.

 

 

Ali trocaram para o Fairey N.º 16, batizado de “Pátria”, mas este sofreu uma avaria no motor em 04 de maio, na viagem a caminho do arquipélago de Fernão de Noronha, e os aviadores foram forçados a amarar de emergência.

 

Já no terceiro hidroavião, o Fairey N.º 17, batizado “Santa Cruz”, Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegaram ao Rio de Janeiro em 17 de junho de 1922, o destino final.

 

 

 

 

No dia 12 de Abril de 1926 todos queriam apertar os ossos ao Almirante!!…

 

 

 

 

Gago Coutinho era recebido em Espanha com honras régias e D. Afonso III teimava em tê-lo sempre a seu lado. Pelas ruas, o povo saudava o sábio e simpático português como se de um espanhol se tratasse.

 

Talvez nem toda a gente escrevesse ao Almirante, mas certamente que toda a gente queria apertar os ossos ao Almirante, como diz o povo. Almirante Carlos Viegas Gago Coutinho, ou só Gago Coutinho, que dá mais jeito. O homem que, com Sacadura Cabral, efectuou a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922. Já lá iam quatro anos, mas nada lhe abalava o prestígio. Nesse mês de Abril de 1926, estava em Espanha, como enviado especial do governo português. Em Huelva e em Sevilha foi recebido com a pompa e a circunstância de um verdadeiro herói. Por cá, como sempre, a imprensa lambia o próprio pêlo de orgulho, como um cachorrinho bem comportado: ter um compatriota a ser ovacionado pelas ruas das cidades espanholas era do quilé. “O sábio e simpático Gago Coutinho tornou-se, em Espanha, uma figura popular. As manifestações de que foi alvo tiveram a chancela oficial muito acima da habitual frieza protocolar, como o caracter sincero e atraente das multidões!” Assim, sim, portuguesinho valente a ser aplaudido pelos vizinhos do lado sempre dispostos a dedicar-nos o menoscabo.

 

 

Contava-se o episódio desvanecedor: um alemão, acabado de aterrar em Sevilha, ficou boquiaberto com tanta gente na rua, em romaria. E perguntou, inocente: “Mas quem é este homem, alvo de singulares ovações em toda a parte, na rua e nas salas?” Não sabia o ignorante teutónico que não se tratava de um espanhol, como ele julgava, mas sim de um português de peito enfunado como vela de galeão, como o Raposão do divino Eça na Terra Santa em busca de relíquias para a horrenda Titi.

 

 

 

Momento alto

 

 

 

Recebido a bordo do couraçado Catalunha pelo próprio monarca espanhol, Afonso XIII, Gago Coutinho, no seu estilo tímido, não quis tomar a frente da fileira quando por este passou, apitando, o Buenos Aires. Na coberta de um e de outro navio, altos dignitários, tilintando de medalhas, saudavam-se galhardamente uns aos outros. Notando a delicadeza do Almirante, o Rei foi pessoalmente à sua procura pelo meio de todos os oficiais que o rodeavam e solicitou-lhe que permanecesse sempre a seu lado, de forma a que todos pudessem homenageá-lo como merecia, e certamente merecia bem mais do que a maioria dos bem-fardados que quase abafavam a sua figura de especto frágil. Gago Coutinho ficou particularmente tocado por esta real amabilidade e viria a expressá-lo no regresso a Lisboa.

 

 

Os jornalistas nacionais que acompanhavam a viagem deliraram: “Cá em baixo, os embaixadores, os ministros, sabiam que os dois homens tinham, nesse momento, as honras do navio – o rei espanhol e o navegador português. Esta gentileza tradicional do monarca foi correspondida sempre pela multidão. Gago Coutinho chegou a ser alvo de manifestações que fariam supor a um estrangeiro (e provavelmente ao tal alemão, digo eu), fora das realidades, que ele também fizera, ao lado de Francisco Franco, acabado de ser promovido a general, a travessia do Atlântico com os bravos aviadores espanhóis que, nesse dia, regressaram a casa. E não podia haver nisto tudo preparação ou simples deferência”.

 

 

Era de sublinhar que Portugal e Espanha viviam momento de fraterna e correspondida amizade. O dr. Melo Barreto, embaixador em Madrid, era o primeiro a confirmá-lo, acrescentando que não se tratava apenas de mero entendimento diplomático e político. Ia bem para além disso. Tratava-se de uma forte união popular que a visita do Almirante servira para afirmar nas ruas por onde passou e foi festejado como se de um espanhol se tratasse. Chamaram-lhe “O abraço de Sevilha”. Aquele que Afonso XIII, que abdicaria cinco anos mais tarde, ofereceu de coração cheio ao Almirante que andava na boca do povo.

 

 

 

 

TPT com: Lusa// SYN/PVJ // VM// Afonso de Melo/Jornal I// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

O Governo moçambicano está confiante no rápido crescimento económico do país

 

O ministro da Economia e Finanças moçambicano disse hoje que as perspetivas de crescimento económico de Moçambique continuam positivas, apesar da frequência e intensidade das catástrofes naturais, covid-19, ataques terroristas e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

 

 

Max Tonela falava durante um encontro com o vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para a Governação Económica e Gestão do Conhecimento, Kevin Urama, que se encontra em Maputo para contactos com dirigentes moçambicanos.

 

 

Tonela salientou o compromisso do executivo com reformas visando assegurar um crescimento económico inclusivo e sustentado, fortalecimento da gestão macroeconómica e construção de resiliência face a desafios estruturais.

 

 

A esse propósito, prosseguiu, o Governo alcançou recentemente um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para uma cooperação no domínio das reformas que Maputo pretende encetar.

 

 

“Nosso envolvimento com o Fundo, embora importante para atender às necessidades imediatas de financiamento do orçamento do país, desempenhará um papel catalisador ao libertar o apoio de outros parceiros de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial e a União Europeia”, frisou.

 

 

Aquele governante assinalou o desejo de ver o BAD a retomar as operações de apoio orçamental ao país.

 

 

O BAD, prosseguiu, é um parceiro estratégico de desenvolvimento, que tem contribuído através de uma vasta gama de instrumentos de financiamento para satisfazer as necessidades de desenvolvimento de Moçambique.

 

 

“O Governo agradece a resposta firme do BAD aos esforços de reconstrução do país na sequência do impacto devastador dos ciclones Idai e Kenneth”, disse Max Tonela.

 

 

Saudou igualmente o apoio à capacidade de Moçambique lidar com os choques económicos e sanitários provocados pela pandemia de covid-19.

 

 

Por seu turno, Kevin Urama considerou que “a economia de Moçambique tem feito alguns bons progressos nos últimos tempos, apesar de alguns ventos contrários, devido a fatores internos e externos”.

 

 

“Após uma contração de 1,2% no crescimento real do Produto Interno Bruto em 2020, devido à covid-19, a economia cresceu 2% em 2021, com uma perspetiva estável para 2022 e 2023”, afirmou Urama.

 

 

Os bons sinais emitidos pela economia moçambicana estão ancorados na recuperação em curso nos principais setores económicos, nomeadamente agricultura e mineração, acrescentou.

O BAD prevê que Moçambique cresça 3,3% este ano e 4,0%, em 2023.

 

 

“Essas projeções estão sujeitas à vacinação acelerada para conter o vírus de covid-19, restauração da segurança nas províncias do norte, conclusão acelerada dos projetos de gás natural liquefeito e continuação da implementação de políticas potenciadoras do crescimento em todos os setores chave”, sustentou.

 

 

 

TPT com: NA//Lusa// PMA // PJA// 12 de Abril de 2022

 

 

 

 

 

Instituto de análise sul-africano aponta “divisões profundas” entre as tropas estrangeiras em Cabo Delgado

 

Uma investigação do ISS (Institute for Security Studies) aponta “divisões profundas” sobre as tropas estrangeiras em Moçambique e defende uma “visão conjunta para a estabilidade a longo prazo que inclua todas as forças” em Cabo Delgado.

 

 

De acordo com o estudo publicado pelo instituto de análise sul-africano, não só “tem havido pouca comunicação” entre a União Africana (UA) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês, que deslocou para Moçambique em meados de 2021 mais de 3.000 tropas no quadro SAMIM – Missão da SADC em Moçambique), como até hoje o bloco regional não manteve “discussões de alto nível com o Ruanda”, que tem 2.000 homens a combater a insurgência extremista islâmica em Cabo Delgado.

 

 

“Estratégias conjuntas com forças de segurança que puxem na mesma direção conduziriam a um muito melhor resultado”, segundo o ISS, que sublinha que “ainda há ataques em toda a província de Cabo Delgado”, uma situação corroborada pelas Agência das Nações Unidas para os Refugiados, que continua a considerar “prematuro encorajar as pessoas deslocadas a regressar às suas casas”.

 

 

“O destacamento da SADC é assinalado em documentos oficiais da UA como parte da sua Força Africana de Reserva. Mas até agora tem havido pouca comunicação entre a SADC e a UA a este respeito”, sublinha o estudo assinado por Liesl Louw-Vaudran, investigadora principal do ISS.

 

 

O bloco da África Austral só recentemente se aproximou da UA – seis meses após o destacamento da SAMIM para Moçambique e “quando os fundos começaram a esgotar-se”, assinada o estudo, considerando que, ao fazê-lo, a SADC “pôs de lado a sua desconfiança histórica em relação à UA e a sua insistência no princípio da subsidiariedade”.

 

 

A SADC “também não teve discussões de alto nível com o Ruanda sobre a sua presença em Cabo Delgado”, reforça a investigadora.

 

 

Louw-Vaudran explica que o Ruanda acredita que erradicar o terrorismo na província do norte de Moçambique “é vital para a sua própria segurança”, mas as “tensões entre a SADC e o Ruanda”, que remontam a divergências sobre os resultados eleitorais na República Democrática do Congo, no início de 2019, “persistem”.

 

 

“Em 3 de abril último, os ministros do órgão de Política, Defesa e Segurança da SADC reuniram-se em Pretória para discutir a missão com representantes dos principais países contribuintes de tropas em Moçambique”, espera-se que os chefes de Estado do bloco ratifiquem uma decisão de prolongar a missão por mais três meses, até 15 de julho de 2022, mas “como tem sido o caso de todas as reuniões da SADC sobre o norte de Moçambique, o Ruanda não foi convidado”, aponta o ISS.

 

 

“O chefe da SAMIM, Mpho Molomo, assegurou aos Estados membros [da SADC] que as tropas da missão e as forças ruandesas estão a coordenar-se no terreno. Mas não houve conversações políticas de alto nível entre chefes de Estado dos países em questão”, reforça Louw-Vaudran.

 

 

“A investigação do ISS revela divisões profundas em Moçambique sobre os destacamentos ruandeses e da SADC. As organizações da sociedade civil do país questionam a transparência e o financiamento do destacamento ruandês”, acrescenta a investigadora.

 

 

O ISS considera que a UA “poderia ajudar” a garantir o sucesso das “soluções africanas” para Moçambique, “tem experiência” nesse domínio e “a maioria das suas resoluções salienta a necessidade de lidar com questões que conduzem ao extremismo violento”.

 

 

Porém, acrescenta, os Estados-membros da organização pan-africana “raramente aderem a estas políticas, e alguns veem a coordenação entre a UA e as comunidades económicas regionais, como a SADC, “como um obstáculo em vez de um benefício”.

 

 

“A primeira discussão do Conselho de Paz e Segurança da UA (CPS) sobre a SAMIM só aconteceu em Janeiro de 2022, seis meses após o seu destacamento. O CPS aprovou retroativamente a missão e pediu financiamento e assistência material para a força”, sublinha o ISS.

 

 

A UA considera a SAMIM como “um dos primeiros destacamentos da Força de Reserva Africana” – uma engrenagem central no aparato da organização para a paz e segurança, porém, se os protocolos para a utilização dessa força estipulam que é necessária a coordenação, particularmente por parte do presidente da Comissão da UA, “isto ainda não aconteceu no caso de Moçambique”, reforça o instituto de análise sul-africano.

 

 

Em contrapartida, a SADC também só procurou o apoio da UA “quando precisou de financiamento para prolongar o mandato da missão para além dos primeiros seis meses”, sublinha o estudo.

 

 

No início deste mês, a SADC recebeu da União Europeia, através do seu Mecanismo de Resposta Rápida, um montante inicial de 2 milhões de euros e espera agora ter acesso ao financiamento do Fundo de Paz da UA, que tem conta com 230 milhões de dólares (211,6 milhões de euros) provenientes de contribuições dos Estados membros.

 

 

 

TPT com: APL//PJA//NA//MadreMedia/Lusa// 12 de Abril de 2022