Israel afirma-se ao lado da Arábia Saudita porque o Irão é a verdadeira ameaça

Primeiro-ministro esteve numa cimeira na Bulgária, onde pediu à Roménia, próximo presidente do Conselho Europeu, um maior apoio da União Europeia para o seu país.

 

 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, colocou-se ao lado das autoridades da Arábia Saudita a propósito co ‘caso Jamal Khashoggi’, por considerar que, apesar o assassinato do jornalista ser um “caso horrendo”, o Irão é um problema maior e os sauditas são a garantia de Teerão continuará sob o efeito das pressões internacionais.

 

 

“O que aconteceu no consulado de Istambul foi horrível e deve ser devidamente tratado. No entanto, ao mesmo tempo, é muito importante para a estabilidade do mundo e da região que a Arábia Saudita permaneça estável”, Disse Netanyahu, citado pelos jornais do país, à matgem de uma reunião com os líderes da Bulgária, Roménia, Sérvia e Grécia que decorreu na cidade búlgara de Varna.

 

 

“Acho que é preciso encontrar um caminho para alcançar os dois objetivos. Porque o problema maior é o Irão e temos que garantir que Teerão não continue as atividades que vem a fazer nas últimas semanas na Europa”, continuou Netanyahu.

 

 

“Ajudámos a descobrir dois ataques terroristas – um em Paris e outro em Copenhague, organizado pelo serviço secreto iraniano”, disse Netanyahu. O Irão, segundo Israel, planeou um ataque na Dinamarca em outubro, tendo como alvo o chefe da filial dinamarquesa de uma organização iraniana conhecida como Movimento de Luta Árabe pela Libertação de Ahvaz.

 

 

“Bloquear o Irão está na nossa agenda de segurança, não apenas por Israel, mas também pela Europa e pelo mundo”, disse Netanyahu. Yuval Steinitz, membro do gabinete de segurança de Netanyahu, fez declarações semelhantes quando considerou o assassinato de Khashoggi “desprezível”, mas disse que cooperar com Riad contra seu inimigo comum, o Irão, era a prioridade de Israel.

 

 

Steinitz afirmou que “temos uma ameaça que pode tornar-se uma ameaça à existência: a ameaça de um Irão nuclear, a ameaça do terror, a ameaça de se espalhar pela Síria e pelo Líbano. E os países árabes, incluindo a Arábia Saudita, são nossos aliados contra a ameaça nuclear iraniana”.

 

 

A cimeira de Varna contou com a presença do presidente sérvio Aleksandar Vuci, do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, da primeira-ministra da Roménia Viorica Dancila, e do primeiro-ministro búlgaro Boyko Borissov e foi a primeira vez que um membro de outro país foi convidado a estar presente.

 

 

Comentando o assunto, Netanyahu disse que o convite permite antever que aqueles países vão melhorar a disposição com que olham para as questões israelitas em sede da ONU e da política externa da União Europeia.

 

 

Netanyahu disse na cimeira que Israel está a proteger ativamente a Europa ao impedir dezenas de ataques terroristas no seu solo e pediu à primeira-ministro romena, cujo país assumirá no próximo semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, para mudar a posição da União em relação a Israel.

 

 

 

Irão inicia fabrico de avião de combate totalmente produzido no país

 

 

 

Projetado para proporcionar apoio logístico em operações em terra, o modelo de quarta geração conta com avançada capacidade de manobra e pode ser equipado com vários mísseis.

 

O Irão lançou este sábado a linha de fabrico do primeiro avião de combate do país com projeto e produção interna, denominado “Kowsar”, um passo dado para renovar a Força Aérea e desenvolver a capacidade defensiva nacional.

 

Na cerimónia de inauguração, o ministro de Defesa iraniano, Amir Hatami, afirmou que, “em breve, será produzida a quantidade necessária de aviões que serão colocados a serviço da Força Aérea”, segundo a televisão estatal.

 

O caça apresentado é “um símbolo da luta contra a arrogância global [dos Estados Unidos]”, disse o ministro, ao acrescentar que as sanções económicas impostas pelo governo americano não influenciam o desenvolvimento da aviação militar nem das capacidades defensivas do Irão.

 

Projetado para proporcionar apoio logístico em operações em terra, o modelo de quarta geração conta com avançada capacidade de manobra e pode ser equipado com vários mísseis.

 

O avião de combate utiliza uma rede digital de dados militares, um sistema informático de cálculos balísticos e sistemas de mapas móveis inteligentes. Além disso, é equipado com monitor HUD, que conta com um sistema de radar avançado capaz de detectar alvos inimigos.

 

 

O caça Kowsar será produzido em duas versões, que variam entre uma e duas cabines, sendo que a segunda opção será também utilizado para o treino de pilotos.

 

A inauguração da linha de produção ocorre pouco antes da entrada em vigor, na segunda-feira, da segunda ronda de sanções norte-americanas contra o Irão.

 

 

Estados Unidos confirmam regresso de todas as sanções contra o Irão

 

 

Os Estados Unidos confirmaram hoje formalmente o restabelecimento na segunda-feira de todas as sanções ao Irão levantadas no quadro do acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano, do qual Washington se retirou.

 

 

O anúncio foi feito pelos secretários de Estado, Mike Pompeo, e do Tesouro, Stephen Mnuchin.

 

 

 

As sanções dizem respeito aos setores naval, financeiro e da energia, sendo este o segundo pacote de penalidades reimposto desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou em maio a retirada do acordo entre as grandes potências e o Irão.

 

As primeiras sanções norte-americanas, relativas ao setor financeiro e comercial, foram lançadas no início de agosto, ficando previstas para novembro as que afetarão o setor petrolífero e de gás.

As sanções que entram em vigor na segunda-feira penalizam países que continuem a importar petróleo iraniano e empresas estrangeiros que mantenham negócios com entidades iranianas na lista negra dos Estados Unidos.

 

No entanto, oito países vão beneficiar de isenções e poderão continuar a importar petróleo iraniano, disse Pompeo, sem nomear os Estados em causa.

 

No total, 700 pessoas ou entidades passarão a integrar a lista negra norte-americana, precisou Mnuchin.

 

Os dois responsáveis assinalaram que as sanções se manterão até que o Irão responda positivamente às exigências dos Estados Unidos: deixar de apoiar o terrorismo, terminar o envolvimento militar na Síria e suspender completamente o desenvolvimento de mísseis balísticos e nucleares.

 

O acordo nuclear foi assinado entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – e Alemanha).

 

 

À exceção de Washington, os restantes continuam comprometidos com o protocolo, que previa o congelamento do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de sanções económicas.

 

 

Capacidades militares do Irão                

 

 

 

O Irão desempenha um papel crítico no Golfo Pérsico e, com a sua geografia estratégica, domina totalmente o Norte do golfo e o Estreito de Ormuz. Mas será que tem recursos suficientes para bloquear e reter aquela rota estratégica no caso de conflito militar?

 

 

Política de guerra assimétrica

 

 

 

O Irão é uma potência militar relativamente inferior em comparação com os EUA e outros países NATO, mas tem a capacidade de proporcionar grandes golpes que para forças convencionais maiores são difíceis de conter.

 

 

O editor chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko, acredita que a força militar do Irão não é capaz de alcançar uma vitória contra os EUA numa confrontação directa.

 

 

“No caso de um conflito militar global directo [com o Irão], os EUA certamente assegurarão uma vitória”, disse ele. “Mas a questão é: a que custo?”.

 

Devido a medidas assimétrica que o Irão pode por em acção num conflito, o preço da vitória poderia ser inaceitável para os EUA, disse Korotchenko.

 

“O Irão pode atacar bases e instalações militares estado-unidenses na região”, disse Korotchenko. “Eles podem utilizar elementos do Hamas e do Hezbollah, bem como outros movimentos radicais que estão prontos a apoiar o Irão. Podem desestabilizar a situação no Iraque. Estas seriam medidas assimétricas”.

 

 

Tendo activos limitados em mãos, o Irão tem de desenvolver uma estratégia de guerra assimétrica. Portanto a guerra do Irão está orientada para a utilização do seu armamento em modos não convencionais e para a capitalização da geografia favorável do país.

 

 

A liderança do Irão adopta uma “doutrina do não primeiro ataque” e portanto o Irão não tem lançado guerras na historia moderna. A constituição iraniana proíbe o estabelecimento de quaisquer bases militares estrangeiras no país, mesmo para finalidades pacíficas.

 

 

A seguir à Revolução Islâmica de 1979, o Irão dividiu as suas forças armadas nos componentes regular e revolucionário. Isto significa que o Irão tem dois exércitos activos: o Exército da República Islâmica do Irão (exército regular) e o Exército dos Guardas da Revolução Islâmica (Guardas Revolucionários, IRGC). O IRGC é uma força de armas combinadas com as suas próprias forças de terra, Marinha (IRGCN), Força Aeroespacial (IRGC-AF), Inteligência e Forças Especiais. Considerando que os militares regulares defendem as fronteiras do Irão e mantêm a ordem interna, os Guardas Revolucionários são destinados a proteger o sistema islâmico do país. Ambas as forças operam em paralelo e partilham instalações militares, mas o IRGC tem um estatuto mais elevado e uma preferência na recepção de material moderno.

 

 

A estratégia assimétrica demonstrou-se eficiente durante a Guerra Irão-Iraque (1980-1988). O Irão efectuou operações bate-e-foge com êxito utilizando grupos de pequenos botes contra navios que passavam através do Estreito de Ormuz. Combinada com a vasta colocação de minas no estreito, as tácticas de guerrilha permitiram ao Irão afundar mais de 500 navios durante a guerra. Contudo, numa confrontação directa com uma frota estado-unidense depois de uma mina iraniana ter danificado uma fragata dos EUA, a Marinha iraniana foi esmagada.

 

 

Hoje a IRGCN opera mais de 1500 pequenos botes, os quais podem ser facilmente escondidos na zona costeira e não precisam de um grande porto para serem abastecidos. A maior parte destes botes pode estar ou já está equipada com mísseis de alcance curto e com minas. Um ataque inesperado de um grupo destes botes pode deitar abaixo quase qualquer navio que ouse entrar em águas iranianas.

 

 

As forças do Irão são cobertas por uma rede vasta de mísseis anti-navios baseados na costa e por sistemas de defesa aérea. Sendo bastante vulnerável a uma campanha aérea séria, o Irão descentralizou sua estrutura de comando, melhorando portanto a resiliência das suas forças após um ataque inicial.

 

 

Eficiência inferior em batalha?

 

 

O Irão tende a manter o seu equipamento militar em boas condições, pronto para ser utilizado onde e quando necessário. Isto foi confirmado durante exercícios navais regulares do Irão. Em muitos casos o Irão utilizou ensaios para testar seus novos armamentos, tais como o novo míssil balístico de médio alcance Chadr. O êxito deste último em testes de lançamento dia 3 de Janeiro fez o chefe da Marinha iraniana, almirante Habibollah Sayyari, declarar que a partir dali o Estreito de Ormuz estaria completamente sob o controle do Irão.

 

 

O Ghadr-110 é um míssil balístico de médio alcance concebido, desenvolvido e fabricado totalmente no Irão. É uma versão melhorada do míssil Shahab-3 com a manobrabilidade mais alta e um tempo de preparação mais curto, de apenas 30 minutos. O míssil tem um alcance de cerca de 2.100 quilómetros. Ele foi lançado em teste com êxito durante os últimos exercícios militares Velayat-90 entre 24/Dezembro/2011 e 03/Janeiro/2012.

 

 

O objectivo dos exercícios navais do Irão é não apenas flexionar seus músculos frente ao mundo mas também melhorar seu treino e proficiência militar e afinar a estratégia de conduzir operações dentro das suas águas territoriais.

 

 

Os militares do Irão têm uma quantidade significativa de hardware militar produzindo pelo ocidente, alguns com mais de 30 anos de idade, o qual é difícil fazer manutenção sob o embargo. A frota do Irão consiste de navios de concepção estado-unidense, francesa e britânica. Os três maiores submarinos do Irão, os quais foram fornecidos pela Rússia, têm mais de 15 anos e não há relatos de quaisquer grandes revisões de manutenção efecuadas. A base da sua força aérea é constituída por jactos MiG-29 e SU-24 russos, e F-6 e J-7 chineses.

 

 

O Irão substitui activamente o hardware estrangeiro descomissionado por armamento produzido internamente e aumenta constantemente sua eficiência militar.

 

 

Indústria militar

 

 

 

Após a revolução, o Irão encontrou-se gravemente isolado devido a sanções económicas e a um embargo de armamento que lhe foi imposto pelos Estados Unidos, e teve de confiar principalmente na sua indústria interna de armas. O IRGC foi encarregado de criar a moderna indústria militar iraniana.

 

 

Hoje o Irão é capaz de produzir um vasto conjunto de armamento desde aviões com asas fixas, helicópteros, botes e submarinos bem como sistemas de radar e sistemas de defesa aérea refinados. Contudo, os sistemas que os EUA fornecem a aliados seus no golfo são muito mais avançados do que a tecnologia militar iraniana.

 

 

O Irão tem-se centrado no desenvolvimento de munições inteligentes, embarcações leves de ataque, minas e mísseis balísticos para neutralizar outras potência militares.

 

O Irão dedicou um bocado de esforço ao desenvolvimento dos seus próprios mísseis balísticos. Em anos recentes desenvolveu armas tais como os mísseis balísticos de médio alcance Fajr-3 e Kowsar, os quais tornaram-se a coluna dorsal do seu stock de mísseis estratégicos.

 

 

Para a sua força submarina, o Irão desenvolveu o torpedo de super-cavitação Hoot, alegadamente uma engenharia reversa do russo VA-111 Shkval.

 

 

O Irão fabrica localmente os sistemas de mísseis de defesa aérea Shahin e Mersad, os quais são versões melhoradas do sistema estado-unidense MIM-23-Hawk da década de 1960. O Irão também sabe produzir e operar drones não manejados, os quais são utilizados para vigilância.

 

 

 

Força Aérea do Irão

 

 

 

A Força Aérea do Irão opera cerca de 200 aviões de combate, uns 120 de transporte e mais de 500 helicópteros. A lista de bases e aeroportos operados pelos militares do Irão inclui 14 bases tácticas da força aérea, 18 campos de pouso militares e 22 aeroportos civis que podem ser utilizados para finalidades militares.

 

A força aérea do Irão é constituída principalmente por aviões soviéticos e chineses, bem como aviões ex-iraquianos postos em serviço. Alguns dos aviões mais antigos são americanos, os quais a Força Aérea tem conseguido manter em serviço.

 

 

O Irão é capaz de produzir caças a jacto de um só lugar Azarakhsh e Saeqeh de segunda geração, derivados do Northrop F-5 americano. Oficiais iranianos afirmam que o Saegeh é semelhante ao McDonnell Douglas F/A-18 Hornet de construção americana. Segundo relatos recentes o Irão tem cerca de 30 destes aparelhos em operação.

 

Todos os aviões iranianos são equipados com mísseis de fabricação local e não dependem de fornecimentos estrangeiros.

 

 

Força naval iraniana

 

 

 

Segundo fontes abertas as forças navais do Irão têm um total de cerca de 26 submarinos, 4 fragatas, 3 corvetas, 24 embarcações de patrulha com mísseis, 7 navios lança-minas e mais de 270 embarcações de patrulha costeira.

 

 

Três dos submarinos do Irão são russos da classe Kilo, diesel-eléctrico, destinados principalmente a operações anti-navio e anti-submarinas nas águas relativamente rasas do golfo.

 

 

O Irão também tem cerca de 17 pequenos submarinos produzidos internamente da classe Ghadir, capazes de disparar o torpedos Hoot de super-cavitação, os quais são uma ameaça significativa para navios e submarinos hostis.

 

 

O Ghadir é uma classe de mini submarinos construídos pelo Irão especificamente para navegar dentro das águas rasas do Golfo Pérsico. O submarino está equipado com o equipamento militar e tecnológico mais recente e acredita-se que as suas capacidades sejam iguais às de tipos estrangeiros. Os submarinos da classe Ghadir são capazes de disparar rocket-torpedos Hoot de super-cavitação. Os submarinos Chadir também podem ser utilizados para instalar diversas operações especiais, tais como lançamento de minas.

 

 

Considerando que o Estreito de Ormuz é bastante raso e tem apenas dois estreitos canais navegáveis, não seria de modo algum um desafio bloquear a passagem estratégica, especialmente com a experiência do Irão em operações de lançamento de minas, afirma Korotchenko.

 

 

“Operações de lançamento de minas podem ser executadas de modo bastante encoberto e depois disso o Irão pode anunciar que o Estreito de Ormuz está bloqueado”, disse ele. “Além disso, o Irão é capaz de atingir petroleiros e outros navios dentro do estreito com mísseis anti-navio disparados de botes velozes ou directamente da costa”.

 

 

Programas balísticos e nucleares

 

 

A principal preocupação do ocidente são os programas de mísseis balísticos e nuclear iranianos. O Irão criou forças de mísseis balísticos armados que são capazes de atingir quaisquer aliados dos EUA e bases estado-unidenses na região.

 

 

Afirma-se que o Irão acumulou vários milhares de mísseis balísticos móveis de alcance curto e médio. Os mísseis balísticos do Irão também poderiam ser configurados para transportar ogivas nucleares se o Irão puder desenvolvê-las.

 

 

O Irão ainda afirma que o seu programa nuclear é pacífico, mas muitos na comunidade mundial acreditam que é destinado a produzir armas nucleares. Segundo um de tais gurus, Anthony H. Cordesman do Center for Strategic and International Studies, é bastante possível que o Irão possa adquirir armas nucleares operacionais (deliverable) dentro dos próximos cinco anos.

 

 

Igor Korotchenko acredita que o Irão utilizaria seu poder balístico sem hesitação se exigido. A única questão que permanece é quão efectivamente isto funcionaria do lado da engenharia.

 

 

“Os mísseis balísticos Shahab-3 e os mísseis mais recentes baseados naquela tecnologia são de facto mísseis semi-estratégicos”, disse ele. “É possível atacar instalações militares na região com aqueles mísseis, numa certa extensão. A questão é quão efectivamente o Irão utilizará suas unidades de mísseis”.

 

 

“As unidades de mísseis são controladas pelos Guardas Revolucionários e estão incluídas na sua estrutura operacional”, acrescentou Korotchenko. “Portanto podemos esperar que pelo menos no contexto da prontidão moral, os homens dos mísseis iranianos cumprirão o seu dever profissional”.

 

 

História do Irão

 

 

história do Irão tem início na formação do Reino de Elam, conhecido como uma das civilizações mais antigas do mundo. É com o Império Aquiménida que este território se desenvolve imenso (550 a.C.), atingindo uma grande extensão territorial, desde o Vale do Indo até à Trácia e Macedónia.

 

 

Quando Alexandre – O Grande – conquistou este país, o Irão tornou-se das terras mais poderosas durante muitos séculos. Entretanto, os árabes expandem o seu poder, integrando o Irão como um dos lugares essenciais da Idade do Ouro Islâmica, açltura em que se evidenciam importantes estudiosos e artistas da época. A Revolução Constitucional Persa acontece no ano 1906, a qual contribuiu para o sistema político de monarquia a partir do primeiro parlamento do país, embora após um golpe de estado, passasse a representar a autocracia. Foi no dia 1 de Abril de 1979 que se deu uma oposição por parte do povo contra a influência estrangeira (Grã-Bretanha e EUA) e respectiva repressão política, resultando numa revolução popular.

 

 

geografia do Irão conta com uma área territorial de 1 648 000 Km2, o décimo sexto maior país do mundo, situando-se no Sudoeste Asiático. Faz fronteira a Norte com a Arménia, com o Azerbeijão e o Turquemenistão, a Leste com o Afeganistão, a Sudeste com o Paquistão, a Oeste com o Iraque e a Noroeste, com a Turquia. Este país é banhado pelo Mar Cáspio a Norte, tal como a Sul com o Golfo de Oman e a Sudoeste com o Golfo Pérsico. O cenário paisagístico aqui presente é composto, principalmente, por cordilheiras recortadas, as quais servem como divisão dos diversos planaltos existentes. A maior parte da população vive na zona mais montanhosa, nomeadamente nas cordilheiras de Zagros e Elbruz (onde se localiza o ponto mais alto do país – Damavand). Na zona do Mar Caspio, como no Estreito de Ormuz, encontramos grandes planícies, onde o clima apresenta-se sub-tropical, ao contrário do resto do pais que se apresenta semi-árido.

cultura do Irão está marcada pelos inúmeros conflitos aqui existentes, embora seja um país que nunca tenha deixado de viver o lado artístico presente no quotidiano dos iranianos. A sua Música, a Arquitectura e a Poesia, foram exemplo para o restante Médio-Oriente. Os direitos entre as mulheres e os homens são diferentes, pois as mulheres não têm direito a conduzir ou a trabalhar, sem que o marido assim o permita, apesar de terem direito aos estudos. As iranianas devem cobrir o cabelo em público e não podem usar roupa acima do joelho; as discotecas não são permitidas, embora hajam festas privadas nas casas dos iranianos. O pão (lavash, barbari, sangak, taftun) e/ou o arroz (chelo, pollo) são os ingredientes mais importantes das refeições iranianas. A bebida de eleiçao é o chá, cheio de cubos de açúcar. As festas mais importantes do Irão são: Noruz – ano novo, no dia do equinócio da Primavera e Sizdah Bedar, no 13º dia do ano.

 

 

 

TPT com: AP//Reuteres//Dan Balilty/AFP//Jornal Económico//Lusa//Russia Today// 3 de Novembro de 2018

 

 

 

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