O presidente dos Estados Unidos saudou o “bom amigo” Dalai Lama, por ocasião da manhã de oração em Washington, na qual participava o líder espiritual dos tibetanos, apesar das críticas antecipadas de Pequim.
“Quero cumprimentar especialmente um bom amigo”, declarou Barack Obama, no início de um discurso perante três mil pessoas, concentradas para este encontro anual na capital federal norte-americana.
O Dalai Lama “é um poderoso exemplo do que significa compaixão, é uma fonte de inspiração que encoraja a defender a liberdade e a dignidade de todos os seres humanos”, sublinhou Obama.
“Estamos felizes que esteja hoje entre nós”, acrescentou, lembrando já ter recebido, em várias ocasiões, o Dalai Lama na Casa Branca.
A Casa Branca não exclui a possibilidade de um breve encontro entre os dois prémios Nobel da Paz, mas sublinhou não estar previsto qualquer “reunião específica” entre os dois líderes.
Esta foi a primeira vez que Obama e o Dalai Lama foram vistos juntos em público.
Três encontros anteriores decorreram à porta fechada e fora da Sala Oval para evitar qualquer perturbação das relações com Pequim.
O anúncio desta iniciativa, no início da semana, desencadeou uma reação imediata de Pequim. “Opomo-nos a qualquer encontro, seja qual for a sua forma, entre um dirigente estrangeiro e o Dalai Lama”, declarou Hong Lei, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Washington deve “agir nesta questão tendo em conta os interesses da relação bilateral” com a China, acrescentou o porta-voz.
05/02/2015 / JN
FOTO: Kevin Lamarque / REUTERS