Liga Árabe sublinha ‘necessidade urgente’ de força militar árabe contra terroristas

Nabil al-Arabi necessitava de força militar para combater terrorismo, conforme disse na reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países-membros da Liga Árabe.

 
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, sublinhou existir “uma necessidade urgente de uma força militar árabe” para combater “os grupos terroristas”.

 
Al-Arabi falava durante a reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países-membros da Liga Árabe, na sede da organização no Cairo.

 
A 03 de março, o secretário-geral adjunto tinha anunciado que a criação de uma força militar árabe ia ser avaliada durante a cimeira anual da Liga, prevista a 28 e 29 de março em Charm el-Cheikh, estância balnear egípcia no mar Vermelho.

 
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, apelou recentemente para a criação desta “força árabe comum”, numa altura em que os combatentes do movimento extremista Estado Islâmico (EI) alargaram a influência à Líbia e multiplicam as suas ações violentas no Iraque e na Síria.

 
“Existe uma necessidade urgente de uma força militar árabe comum, que seja multifuncional (…) capaz de intervir rapidamente na luta contra o terrorismo e atividades terroristas, ou de ajudar em operações de manutenção da paz”, afirmou Al-Arabi.

 
O líder da organização pan-árabe sublinhou também a importância da “cooperação nos domínios ligados à proteção da segurança e troca de informações entre países árabes”.

 
No final de fevereiro, o presidente Sissi indicou, numa entrevista à cadeia Al-Arabiya, que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Kuwait e a Jordânia podiam participar em tal iniciativa.

 
O Egito realizou em 16 de fevereiro ataques aéreos na Líbia contra posições do EI, que tinha decapitado 12 cristãos, maioritariamente egípcios.

 
O governo egípcio exigiu, em seguida, uma intervenção militar internacional na Líbia, mas este apelo foi recebido com algumas reservas pelas potências ocidentais.

 

 

 

09/03/2015 – Agência LUSA
FOTO: JULIEN WARNAND/EPA

 

 

 

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