Aleksey Mozgovoi (à esquerda) fala com jornalista em Lugansk, Ucrânia, a 14 de abril de 2014.
Separatistas confirmam a morte do comandante Alexei Mozgovoi, o mesmo que há meses proibiu as mulheres da autoproclamada República de Lugansk de frequentar cafés.
Num vídeo divulgado este domingo à noite, separatistas pró-russos acusam Kiev da morte de Alexei Mozgovoi, “comandante do 4.º Batalhão da Defesa Terrotorial” da autoproclamada República Popular de Lugansk (LNR). O carro de Mozgovoi foi atacado quando viajava na autoestrada entre as cidades de Perevalsk e Lugansk.
Mozgovoi era líder do Batalhão Prizrak (Fantasma), que opera na área da autoproclamada República de Lugansk, conhecido pela sua extrema crueldade. A par do comandante separatista morreram mais seis outras pessoas.
O grupo de guerrilha pró-ucraniano Tin (Sombra) reivindicou o ataque. De acordo com o líder, Oleksander Gladkiy, o carro do comandante separatista foi detonado remotamente às 18h48 deste sábado. Foi este grupo de guerrilha que, em fevereiro deste ano, tentou matar o líder militante da autoproclamada República de Donetsk (DNR), Alexander Zakharchenko.
“Tribunal do Povo”
Alexei Mozgovoi tinha 40 anos e antes de liderar os separatistas era empresário na área da restauração, de acordo com os media ucranianos.
Teve as atenções dos media internacionais viradas para si em outubro do ano passado, quando presidiu a um “tribunal do povo” em que condenou um alegado violador à morte, pedindo à sua audiência para “levantar a mão”.
Mais tarde, Mozgovoi proibiu as mulheres de frequentar bares e cafés. “A mulher deveria ser a guardiã do coração, a mãe”, disse o comandante separatista, acrescentando que as senhoras só deveriam consumir
FOTO: IGOR GOLOVNIOV / EPA/ Iryna Shev
25/05/2015