Pedro Passos Coelho acusa PS de agradar aos partidos de que depende

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou este sábado o PS de ter “uma retórica infantilizada” sobre a austeridade, dizendo que está a acabar quando, na verdade, está a ser redistribuída com um orçamento restritivo.

 

 

“Restritivo, é a nova palavra para a austeridade socialista”, afirmou ontem Pedro Passos Coelho, ironizando que, “com o socialismo, não há austeridade”, mas sim “orçamento restritivo”.

 

 

Acusando o Governo de uma “retórica infantilizada sobre a austeridade e sobre o crescimento e desenvolvimento do país”, o presidente do PSD, criticou a ideia, “criada nestes meses, de que vai haver mais dinheiro para a educação, que vai haver mais dinheiro para a saúde, para a segurança social, vai haver mais dinheiro para tudo”.

 

 

O que há, considerou, é “um orçamento restritivo” em que “aumentaram os salários, mas não deram mais dinheiro, por exemplo, aos hospitais ou às universidades “para pagarem os aumentos salariais”.

 

 

Ou seja, acrescentou, “na verdade o que se está a fazer é a redistribuir a austeridade, dando com uma mão e tirando com a outra”.

 

Pedro Passos Coelho acusa PS de agradar aos partidos de que depende 2

Considerando que o Orçamento do Estado “não passa de uma espécie de intenções”, Pedro Passos Coelho acusou o Governo de não “ter sequer capacidade para assumir os compromissos” e de vir ainda acusar o líder do PSD de “andar a manobrar a Europa para pedir mais medidas” de austeridade.

 

 

“É uma infâmia”, declarou, repudiando “esta maneira de fazer política”, que considera resultar ” da necessidade de [o Governo] agradar aos partidos de que depende”.

 

 

Discurso de quase uma hora, sempre pautado por críticas ao Governo, o líder do PSD acusou mesmo o PS de se “ajoelhar”, perante a Comissão Europeia.

 

 

Lembrando o anterior posicionamento do Bloco de Esquerda (BE), em relação ao Syriza, Passos, afirmou que agora “há uma nova retórica” do partido que, “já não revê” no Governo Grego por ter “ajoelhado na Europa”.

 

 

E como, por cá, “o BE não ajoelha, que ajoelhe o PS que está no Governo”, ironizou, acrescentando que “o PS, até ver, lá vai ajoelhando. E disfarça cada vez que vai ajoelhando dizendo ‘não, nós estamos de pé'”.

 

 

Passos Coelho falava nas Caldas da Rainha, onde hoje encerrou o 1.º Congresso Distrital Autárquico que reuniu autarcas e militantes de todo o distrito no Centro Cultural e de Congressos.

 

 

Lusa/Pub/AFP/ 21 de Fevereiro de 2016

 

 

 

 

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