Há no mar Mediterrâneo uma ilha de contrastes naturais e com natureza intocada

Situada no coração do Mediterrâneo, com uma área muito próxima da do Alentejo, a Sardenha é uma terra suavemente montanhosa, sem grandes picos e com muito mar azul-esverdeado. A densidade populacional é baixa e não é raro fazer-se vários quilómetros na paisagem com a sensação de sermos os únicos seres humanos naquela terra.

 

 

Grandes são as áreas encontradas em estado natural, quase virgens: exuberantes florestas milenares, desertos rochosos ou zonas pantanosas são o habitat para uma fauna específica feita de gamos, cavalos selvagens e aves de rapina. Esta ilha italiana encerra um dos segredos mais bem guardados no que respeita à qualidade de vida – qual fonte da juventude eterna num mar que une as margens de três continentes. Um estudo recente, das Universidades de Cagliari e da Southampton Solent University, concluiu que os sardos gozam de melhor saúde psicológica e são menos propensos à depressão e ao strees do que os seus pares que vivem no Sul de Itália continental.

 

 

Mundialmente reconhecida, depois de uma reportagem publicada na década de 2000 pela revista norte-americana National Geographic, a comunidade de centenários da Sardenha é, juntamente com os congéneres de Loma Linda, na Califórnia, e os habitantes das ilhas de Okinawa, no Japão, uma das três comunidades com maior número de centenários em todo o mundo. Ancorada em tradições comunitárias, alimentação mediterrânica e atividade física regular, a população sarda recolhe os benefícios de uma morfologia e geografia únicas na Europa. Fale com eles, e peça-lhes que lhe expliquem os segredos do queijo de cabra, do vinho tinto e da agricultura de subsistência. Talvez até desvendem os segredos trazidos pelo vento Siroco.

 

 

Para isso tem de viajar até Cagliari, a capital regional, e instalar-se confortavelmente num dos hotéis da cidade se não preferir partir imediatamente para uma aldeia histórica ou para o ar puro da montanha. De qualquer forma, não precisa de planear muito, porque esteja na cidade ou na aldeia irá ter cobertura da rede Vodafone  para fazer telefonemas e aceder a dados, em qualquer lugar, sem precisar de se preocupar com as taxas de roaming.

 

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Basta subscrever o tarifário Vodafone RED, que eliminou as tarifas deroaming nos países da União Europeia, para ficar sempre ligado e mais perto de Portugal enquanto viaja. Seja na cidade, seja na aldeia, irá ter uma cobertura de rede da Vodafone que lhe permite fazer telefonemas e aceder a dados em qualquer lugar sem a preocupação com as taxas de roaming. Com o fim destas tarifas em todos os países membros da União Europeia, os subscritores dos tarifários Vodafone estão mais perto de Portugal enquanto viajam, mas estão também garantidamente sempre ligados. Assim, é muito mais simples dar largas ao seu espírito de aventura e perder-se, encontrar-se e perder-se de novo nesta ilha montanhosa do Mediterrâneo.

 

 

Passear entre as serras, os planaltos e as praias da Sardenha na primavera é garantia de paisagens floridas e, para quem sentir nostalgia do burburinho urbano, as noites animadas e a qualidade gastronómica dos restaurantes não deixarão nem o mais exigente gourmet insatisfeito. Escute, pois, os conselhos dos centenários locais, e certamente irá ouvir falar de algumas das preciosidades que se seguem.

 

 

A Cala Mariolu é uma das praias mais spattacolari. Formada por pequenos seixos brancos, fica na costa leste da Sardenha, no Parque Nacional do Golfo de Orosei e del Gennargentu. Na mesma zona, a sul do Golfo de Orosei, encontra-se o Cala Goloritzé, um imponente monumento natural. Este marco geológico foi formado por um deslizamento de terras, em 1962, e tornou-se famoso pelo seu cume de 143 metros.

 

 

Terra adentro, passadas as encostas a caírem a pique sobre o mar, pode explorar a região de Gennargentu, o maior sistema montanhoso da Sardenha. Aqui, encontra paisagens cuja aura é tão ou mais brilhante que as maiores obras de arte que já viu em algum museu. Flora e fauna complementam-se e, se a paciência de um observador lhe assistir, poderá ver cabras selvagens, águias douradas, veados e outras espécies há muito extintas nas terras vizinhas.

 

 

No coração do Gennargentu, pode optar por fazer diferentes atividades, como caminhadas e excursões a sítios arqueológicos e até mesmo esquiar nas encostas do Bruncu Spina, um dos picos mais altos, com os seus 1829, ou o Monte Spada, que abriga estações de esqui e uma ampla oferta de restauração. Já imaginou se a Serra da Estrela estivesse no meio do mar? Pois, seria assim mesmo.
Experimente por isso contar a sua aventura, teste a cobertura de rede Vodafone e telefone para os amigos a partir de uma montanha, no meio do Mediterrâneo. Já sabe que a sua chamada está livre de taxas deroaming. Nas imediações, encontra-se a Gola di su Gorropu que, de acordo com os sardos, encerra o espírito selvagem da ilha.

 

 

Visitar pelo menos uma vez na vida o desfiladeiro de Su Gorropu (Garganta de Gorropu) é obrigatório. Está localizada entre os municípios de Orgosolo e Urzulei e, com seus mais de 500 metros de altura e uma largura que varia entre algumas dezenas e 4 metros, é considerado um dos mais profundos desfiladeiros da Europa. É possível alcançá-lo ao cabo de uma caminhada de três horas ao longo do trilho de Sedda ar Baccas.

 

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Mais a norte, a caminho do Parque Nacional da Madalena, encontra-se Chia. Esta baía (que em italiano se diz Chia) situa-se no Golfo Aranci e é uma sucessão de praias e dunas. Entre as mais belas, destacam-se Giudeu e Cala Cipolla. E depois há toda a Costa Smeralda, que é um território que se tornou sinónimo de alta sociedade e tem como epicentro Porto Cervo. Integra parte da costa nordeste da ilha e é caracterizada por enseadas, pequenas praias e ilhas. Entre elas, a ilha da Maddalena é um destino popular para velejadores e mergulhadores, devido à beleza natural subaquática. A segunda ilha do arquipélago é Caprera e está repleta de pastagens e florestas de pinheiros. Abriga os lugares onde viveu uma das figuras da unificação nacional italiana, Giuseppe Garibaldi, que morreu, aos 74 anos, em 1882, nesta ilha. É possível visitar a sua casa, agora convertida em museu, num rico testemunho da vida do «herói de dois mundos» e partir matagal mediterrânico adentro, onde vários percursos pedestres estão sinalizados.

 

 

Se optar por um cruzeiro de Caprera ao Bocche di Bonifacio, irá ficar impressionado com a beleza da ilha Budelli, onde pode contemplar o mar. As praias de areais rosa são um ex-líbris da ilha, e provêm dos corais coloridos e das conchas singulares que despontam na zona de entre-marés.

 

 

Outro Parque Nacional digno de visita encontra-se na costa oposta da ilha, no extremo Noroeste, e ganha o nome da ilha que o acolhe: Asinara. As regras do parque são rigorosas, mas ainda pode desfrutar de uma variedade de atividades como caminhadas ao longo das rotas temáticas, ciclismo, equitação com cavalos nascidos e criados na ilha, passeios de barco à vela e mergulho. A contrastar com esta extensão impoluta e desumanizada está um dos destinos turísticos mais famosos da Sardenha: Stintino.

 

 

Esta vila combina o charme de uma aldeia piscatória com hotéis de luxo movimentados e cosmopolitas. Parecendo ter nascido do pincel de um artista, lembra muitos dos portos italianos continentais, pela beleza natural e de construção arquitetónica tradicional que soube harmoniosamente trazer o luxo com simplicidade a quem aqui vive ou está apenas de passagem. O casario branco contrasta com o azul do mar numa imagem de postal mediterrânico, mas vivo. Ofereça-se diversão: golfe, caminhadas, mergulho, passeios de bicicleta ou a cavalo. Outra das referências obrigatórias junto a Stintino é a praia de La Pelosa onde se eleva a torre homónima. A Torre Pelosa ostenta uma arquitetura aragonesa do século XVI e é uma das mais antigas torres de vigia da Sardenha.

 

 

A estrada costeira rumo a sudoeste, que vai de Alghero a Bosa, é ideal para quem viaje de carro, e um dos trechos mais apetecíveis da província de Alghero, pois oferece uma paisagem multifacetada: belas falésias com vista para o mar, natureza intocada e paisagens de cortar a respiração. Rumo a Sul, na região de Oristano, irá encontrar um dos sítios arqueológicos mais emblemáticos da ilha. Trata-se do complexo romano de Tharros, cujas ruínas, apesar de não serem muito espetaculares, oferecem um magnífico terraço num promontório aberto para um panorama marítimo de exceção.

 

 

Mais para sul e rumo ao centro da ilha, a riqueza assume-se também pelo património histórico. A cultura nurágica emerge entre 1700 e o século II º a.C. e deixou como legado monumentos únicos no mundo, feitos de grandes blocos de pedra, desenvolvidos em torno de uma torre central, que transmitem uma sensação de estabilidade e grandeza. São os nuragos. Estes sítios arqueológicos podem ser visitados, muitos dele sem marcação prévia. Entre eles, destaca-se o conjunto de aldeias nurágicas de Barumini, na província de Medio Campidano, classificados porPatrimónio Mundial da UNESCO.

 

 

Ao viajar por estas terras percebe-se como a ilha soube combinar mar, natureza, folclore, misticismo e até o exotismo dos misteriosos túmulos de gigantes ou das Domus de Janas (casas de bruxas) de Sulcis Iglesiente, antigas sepulturas escavadas na rocha que despontam na região. Estas torres de pedra são os monumentos megalíticos mais importantes em termos de tamanho e mais bem preservados da Europa. Su Nuraxi Barumini, na província de Medio Campidano, é um dos exemplares mais representativos. Foi declarado Património Mundial pela UNESCO.

 

 

Para terminar este périplo que poderia ser sugestão de um centenário sardo, não deixemos de voltar ao ponto de partida, e à capital regional da Sardenha, numa baía protegida e aberta ao sul. Na região de Cagliari, os ornitólogos ou simples apreciadores da fauna no seu ambiente natural não devem perder a oportunidade de admirar as numerosas colónias de flamingos da lagoa local. Mas é também aqui que se concentra a vida urbana da Sardenha, só que esta descoberta terá de ficar para outra visita. Por agora, que tal dar uma olhadela às fotografias que tem no seusmartphone para depois as enviar aos seus amigos e familiares, antes mesmo de regressar?

Já sabe, acabaram-se as taxas de roaming da Vodafone, também na Sardenha. Aproveite!

 

 

TPT com: Carolina Correia/Observador// 8 de Maio de 2016

 

 

 

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