Vinhos da “mítica” Quinta do Vallado e joalheiros de reis, rainhas e santas de passagem por New Jersey

Numa iniciativa do BPI e Consulado Geral de Portugal em Newark, centenas de pessoas da comunidade portuguesa de New Jersey e New York, tiveram a oportunidade de participar num interessante encontro-convívio, que serviu para incrementar acções de apresentação e divulgação da arte de joalharia portuguesa e também para a promoção e marketing dos nossos vinhos neste país.

 

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O papel e importância deste evento, que esteve inserido nas Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, decorreu nas cidades de Newark, Elizabeth e South River, três lugares distintos do estado de New Jersey, resulta das vertentes formativa, informativa e cultural, factores que o Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira e o Dr. Ricardo Brochado, do BPI, querem continuar a manter.

 

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A marca Leitão & Irmão, presente em colecções particulares e museus nos quatro cantos do mundo, foi a empresa de arte convidada para participar nesta exposição em New Jersey.

 

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Jorge Leitão, proprietário desta histórica empresa de arte, trouxe uma interessante colecção de jóias em ouro e  prata, que atraíram os olhares de muitos visitantes.

Outro dos motivos de agrado nesta iniciativa do BPI e Consulado Geral de Portugal em Newark, foi a exposição de qualidade da Quinta do Vallado e dos seus vinhos, que o C.E.O. João Ferreira Álvares Ribeiro trouxe ao estado de New Jersey.

 

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A Quinta do Vallado, construída em 1716, é uma das quintas mais antigas e famosas do Vale do Douro.

Pertenceu à lendária Dona Antónia Adelaide Ferreira e mantém-se até hoje na posse dos seus descendentes. Situa-se nas margens do Rio Corgo, um afluente do Rio Douro, mesmo junto à foz, perto da localidade de Peso da Régua.

 

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Os vinhos Vallado são vinhos de grande importância na história do Douro e mundialmente conhecidos. Para os convidados que estiveram presentes nos certames que tiveram lugar em Newark, Elizabeth e South River, foram oportunidades imperdíveis de conhecer jóias e vinhos exemplares de qualidade, que, plenamente, justificam a fama que já alcançaram.

 

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O impacto mediático desta iniciativa, ajuda a fazer deste certame uma janela de oportunidades para que os produtos portugueses sejam cada vez mais solicitados e apreciados, nos Estados Unidos da América.

 

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Na cidade de Elizabeth, para além de muitos outros convidados luso-americanos, visitaram também a exposição várias figuras públicas da cidade, entre elas (na foto esq./dir.), Stephanie Gonçalves; Manny Grova Jr.; Manny da Silva; Carla Rodrigues; Júbilo Afonso; Michelle Afonso e Sérgio Granados.

 

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“A exposição está linda e muito bem ambientada. Para além do excelente vinho, as jóias, além de bonitas, são bem feitas e possuem um ótimo acabamento”, disse ao The Portugal Times, Cristina Jorge (na foto à direita), na companhia de Luís Jorge e Cecília Marques.  De referir que Cristina Jorge esteve presente em representação do Consulado Geral de Portugal em Newark.

 

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“Jóias como estas, e vinhos como os da Quinta do Vallado valorizam a nossa cultura”, disse ao The Portugal Times o empresário Víctor Soares (aqui na foto acompanhado pela esposa e filha).

 

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Segundo José Gomes ( na foto), artesão da Leitão & Irmão, as jóias de ouro e prata são um investimento muito solicitado. “Devido à originalidade e aos intrincados detalhes do design, há sempre uma grande procura”, disse.

 

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Para quem gosta de comprar, “o segredo do investimento em jóias é saber o que as pessoas querem e onde encontrarem”, referiu o artesão que fez questão de mostrar nesta iniciativa que o saber-fazer tradicional e a forma de o conceber e executar (alguém falou em “teoria da paciência”) parece não estar perdido.

 

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“É um trabalho artístico de cunho artesanal que exige paciência, controle manual minucioso, talento e acima de tudo, gosto pela arte”, disse ao The Portugal Times o artesão José Gomes, que começou bem cedo na arte de trabalhar metais preciosos.

José Gomes está na empresa “Leitão & Irmão” há 30 anos, “onde aprendi artes antigas com gerações mais velhas”, concluiu com um sorriso.

 

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A marca “Leitão & Irmão”, presente em colecções particulares e museus nos quatro cantos do mundo, continua a sua manufactura de joalharia e ourivesaria em oficinas próprias de acordo com desenhos e modelos originais.

 

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O interesse das pessoas em iniciativas como esta era notório, já que os produtos expostos estimulavam o interesse dos convidados em saber mais sobre o assunto.

 

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E como a Arte nos remete sempre para uma memória histórica local que nos fala da materialidade das ideias, das necessidades quotidianas ou, até, da vida de relação, Jorge Leitão (na foto), proprietário e descendente dos fundadores da “Leitão & Irmão”, fez questão de referir ao The Portugal Times que o luxo é algo que marca este negócio, mas nem sempre é isso que as pessoas compram. “São obras que duram, passam de geração em geração, e há sempre uma altura em que nos preocupamos com a eternidade. O ouro e as pedras preciosas têm o chamamento da eternidade. Por outro lado têm sempre valor, em qualquer parte do mundo”, lembra Jorge Leitão, ao mesmo tempo que faz questão de referir que as peças que saíram das oficinas da Leitão & Irmão em quase dois séculos de história “foram usadas por D. Amelia d’Orleans, D. Maria Pia, pela princesa alemã Augusta Vitória, consorte do último Rei de Portugal, e também foram oferecidas a papas e imperadores e desenhadas pelos grandes artistas de cada época”.

 

 

Mas mesmo assim e segundo Jorge Leitão, “há uma que sobressai: foi trabalhada durante três meses por 12 artífices, tendo como matéria-prima milhares de jóias oferecidos pelos portugueses. E uma bala, acrescentada em 1984. Falamos da Coroa de Nossa Senhora de Fátima”.

 

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A Coroa de Nossa Senhora de Fátima, uma das mais divulgadas jóias portuguesas, foi a oferta dos portugueses em sinal de gratidão pelos seus filhos terem sido poupados aos dramas da 2ª Grande Guerra. A coroa, em ouro e pedras preciosas, resultado de uma campanha nacional de ofertas confiadas à casa Leitão. Foi trabalhada durante três meses por doze artífices e tem cravadas em ouro 313 pérolas e 2679 pedras preciosas. Quase meio século depois, em 1984, esta obra ganhou outro relevo quando o Papa João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima a bala que o atingiu no atentado de 13 de maio de 1981 no Vaticano. A bala encontrou o encaixe perfeito no espaço vazio, deixado em 1942 na união das oito hastes que constituem a coroa de Rainha.

 

 

Para Jorge Leitão o luxo e a arte é algo que marca este negócio, mas nem sempre é isso que as pessoas compram. “São obras que duram, passam de geração em geração, e há sempre uma altura em que nos preocupamos com a eternidade. O ouro e as pedras preciosas têm o chamamento da eternidade. Por outro lado têm sempre valor, em qualquer parte do mundo”, lembra Jorge Leitão que gostou da experiência de ter passado por New Jersey.

 

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A um ano das comemorações do Centenário das Aparições da Cova da Iria, a Casa Leitão & Irmão adere a tão significativa efeméride recriando, em prata, ouro e pedras preciosas, a famosa Imagem coroada da Capelinha.

 

 

Os trabalhos de reprodução em prata dessa escultura de madeira foram desenvolvidos em 2012/2013, recorrendo a uma técnica de fabrico – patenteada por Leitão & Irmão – que permite assegurar a perfeita reprodução da madeira para a prata.

 

 

Jorge Leitão disse ainda ao nosso jornal que “todos os trabalhos de joalharia para a realização destas Imagens coroadas de Nossa Senhora decorreram na secular oficina da Casa Leitão & Irmão – exactamente o mesmo local onde, em 1942, foram realizadas as coroas originais”.

 

 

Com origem no Porto em finais do Século XVIII a casa Leitão & Irmão muda-se para Lisboa ao receber em 1875 o título de Joalheiros da Coroa.

 

 

Quinta do Vallado; trezentos anos de história e bons vinhos

 

 

A Quinta do Vallado celebra este ano 300 anos de história! Desde 1818 que faz parte do património da família Ferreira. Foi António Bernardo Ferreira I – tio de Dona Antónia Adelaide Ferreira – que adquiriu a Quinta do Vallado no início do século XIX, e desde então os seus descendentes têm dado rumo aos destinos desta emblemática propriedade Duriense. Já lá vão seis gerações!

 

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João Ferreira Álvares Ribeiro (na foto com Sofia Carballo), C.O.E. da “Quinta do Vallado, referiu ao The Portugal Times que “estou contente por estar em New Jersey, num ano em que celebramos este marco histórico. Neste contexto, quero que saibam que 2016 será um ano especialmente recheado de novidades. Queremos dedicá-lo àqueles que nos têm acompanhado nesta jornada de mais de três séculos! Novos vinhos, novas colheitas, novos conceitos, sempre com a qualidade pela qual temos lutado ao longo dos últimos 300 anos”.

 

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Durante cerca de 200 anos a Quinta do Vallado teve como principal actividade a produção de vinhos do Porto (Vinhos Generosos), comercializados posteriormente pela Casa Ferreira (que pertencia à Família).

Depois de Dona Antónia Adelaide Ferreira, foram o seu bisneto – Jorge Viterbo Ferreira, e trisneto – Jorge Cabral Ferreira, os responsáveis pelo grande desenvolvimento e crescimento da Quinta.

 

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As novas vinhas foram plantadas em áreas claramente definidas, rompendo com a tradição de misturar diferentes castas na mesma parcela.
Com a homogeneização dos tempos de tratamento, maturação e apanha, a melhoria da eficácia dos processos é evidente, traduzindose numa produção de qualidade muito mais constante e controlável, e economicamente mais eficaz.

 

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Hoje, com 50 ha de vinha com idade entre 11 a 18 anos, compensada por 20 ha das melhores parcelas de vinha com mais de 80 anos, a Quinta do Vallado e os seus responsáveis, João Ferreira Álvares Ribeiro, Francisco Ferreira (responsável pela gestão agrícola) e Francisco Olazabal (enólogo), todos tetranetos de Dona Antónia, alcançaram já um patamar muito elevado, reconhecido por várias instâncias nacionais e internacionais.

 

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A nova adega e cave de barricas, cuja construção se iniciou em 2008, e com conclusão no fim de 2009, alia a mais avançada tecnologia com uma arquitectura de grande qualidade, o que a torna num dos lugares a visitar, no Vale do Douro.

 

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Para além de diversos prémios internacionais a Quinta do Vallado recebeu no ano passado o Prémio Nacional de Agricultura 2015.

Uma iniciativa promovida pelo BPI em parceria com o Grupo Cofina que visa premiar os casos de sucesso da agricultura nacional.

 

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E não foi por acaso que entre as mais de 1000 candidaturas, um grupo de 11 jurados elegeu a Quinta do Vallado como a grande vencedora do Prémio Agricultura – Empresas!

Entre os critérios de avaliação estão o aumento da produção, a inovação, a melhoria da comercialização e a internacionalização de produtos nacionais, ao longo dos últimos três anos.

 

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E foi graças à iniciativa do Consulado Geral de Portugal em Newark e do BPI que centenas de pessoas de New Jersey entusiasmadas, observaram a beleza das jóias portuguesas da “Leitão & Irmão” e analisaram a claridade, paladar, grau e o aroma dos vinhos da Quinta do Vallado em exposição. Na foto (esq/dir., os representantes do BPI), José Miguel; Pedro Bogalho; José Aguiar Cardoso; Jorge Leitão, proprietário e descendente dos fundadores da “Leitão & Irmão”; João Ferreira Álvares Ribeiro, C.O.E. da “Quinta do Vallado, e ainda Ricardo Brochado e Luís Costa, do BPI).

Resumindo, esta exposição cultural transformou-se num interessante encontro-convívio, que serviu para incrementar acções de divulgação, promoção e marketing das nossas jóias e dos nossos vinhos neste país.

Pelas informações recolhidas junto dos expositores, tudo aponta que os objectivos foram alcançados.

 

 

JM//The Portugal Times/ 3 de Julho de 2016

 

 

 

 

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