Theresa May quer fazer um Reino Unido melhor mas, as polémicas já começaram

Theresa May chegou esta quarta-feira ao número 10 de Downing Street e já está a ser alvo de críticas. Tudo porque a sucessora de David Cameron como primeira-ministra britânica nomeou o principal impulsionador do Brexit, Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

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O antigo mayor de Londres e um dos políticos mais polémicos do Reino Unido foi durante muito tempo apontado como o principal candidato ao lugar de chefe de governo. Depois de ter “ganho” o referendo, e logo após a demissão de Cameron, anunciou que não se candidatava à liderança do Partido Conservador. Agora, apesar de defender a saída do Reino Unido da União Europeia, foi escolhido para liderar a diplomacia britânica.

 

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A equipa de May vai incluir Michael Fallon (que se mantém na Defesa) e Philip Hammond, que ficará com a pasta da Economia. Hammond era o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e vai substituir George Osborne. Como segundo responsável pela Economia – a primeira-ministra é a primeira- Hammond assume o número 11 de Downing Street.

 

 

O  ministro das Finanças do novo Governo inglês  será Philip Hammond, que no anterior executivo era responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros.

 

 

Construir um “Reino Unido melhor”
Theresa May, que foi ministra da Administração Interna desde 2010, foi indigitada esta quarta-feira pela rainha Isabel II, após David Cameron apresentar a demissão.

 

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O agora ex-chefe de governo anunciou a intenção de abandonar as funções na sequência do referendo que votou a saída do Reino Unido da UE.

 

No discurso de tomada de posse, May homenageou o antecessor, que descreveu como um “grande e moderno primeiro-ministro”, em particular pela maneira como estabilizou a economia e “trouxe justiça social”.

 

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Aos britânicos, May prometeu construir um “Reino Unido melhor” e garantiu ir governar para todos e não apenas para as elites. “O governo que eu vou liderar será guiado não pelos interesses dos poucos privilegiados, mas pelos vossos. Faremos tudo o que pudermos para terem mais controlo sobre as vossas vidas”, garantiu.

 

A nova primeira-ministra assumiu que o país está a viver um “período importante” da sua história e que o referendo vai desencadear muitas mudanças. Anda assim, disse, está convicta que o país “vai estar à altura do desafio” e que a saída da UE vai dar ao Reino Unido um “novo papel arrojado e positivo” no mundo.

 

 

A “maior honra” de Cameron

 

 
Antes de May ser empossada, David Cameron foi recebido por Isabel II para apresentar a sua resignação formal. Na declaração final à frente do 10 de Downing Street, garantiu que os anos que passou à frente do governo foram “a maior honra” da sua vida. “O meu único desejo é o contínuo sucesso deste grande país que tanto amo”, disse, acompanhado pela mulher e os três filhos.

 

À sucessora, desejou sorte nas negociações para a saída do país da UE. Já no Parlamento, tinha pedido  que o país “permaneça tão perto da União Europeia quando possível”.

 

Da parte da Comissão Europeia o desejo é que as negociações para a concretização do Brexit se iniciem o quanto antes. “O resultado do referendo no Reino Unido criou uma nova situação, à qual Reino Unido e União Europeia devem dar resposta em breve. Estou desejoso de trabalhar de forma estreita consigo e de conhecer as suas intenções relativamente a este assunto”, disse Jean-Claude Juncker numa missiva enviada à nova líder dos “toris”.

 

 

Theresa May, de 59 anos, foi ministra do Interior no anterior Governo e opôs-se ao “Brexit”. É casada e não tem filhos.  Theresa May que é a segunda mulher à frente do governo britânico desde Margaret Thatcher, tornou-se a 13ª chefe de um governo no reinado de Isabel II, que subiu ao trono em 1952.

 

 

Cameron aconselha sucessora a tentar estar o mais próximo possível da UE

 

 

O primeiro-ministro demissionário do Reino Unido David Cameron declarou esta quarta-feira que irá fazer tudo para garantir que os direitos dos cidadãos da União Europeia são respeitados dentro do país.

 

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“A única razão pela qual não haveríamos de garantir os direitos dos cidadãos europeus seria se os direitos dos cidadãos britânicos na Europa não estivessem igualmente garantidos”, disse.

 

 

No seu discurso final em Londres antes de passar o testemunho à ex-ministra do Interior, Theresa May, Cameron reiterou que aconselha May a “tentar estar o mais próximo possível da UE”, acrescentando que uma relação próxima com a UE será positiva para a Escócia, que votou a favor da permanência da União no referendo do mês passado.

 

 

Theresa May sucede esta quarta-feira a David Cameron e vai formar um Governo com a tarefa monumental de retirar o Reino Unido da União Europeia e ainda sarar as feridas de uma nação fragmentada.

 

 

May, ministra do Interior há seis anos, foi vista pelos seus apoiantes como uma aposta segura para liderar o país através do complicado processo do Brexit. Será a segunda mulher a tornar-se primeira-ministra do Reino Unido, depois de Margaret Thatcher.

 

 

A decisão de deixar a União Europeia abalou fortemente o bloco de estados-membros a que se tinha juntado há 43 anos, atrasando décadas de integração europeia.

 

 

Cameron, que liderou a campanha para a permanência, anunciou na manhã seguinte do referendo que iria demitir-se, espoletando uma corrida à liderança do Partido Conservador.

 

 

Com a desistência inesperada de Andrea Leadsom na segunda-feira, May ficou sem a última rival e ficou na frente muito antes do que era esperado.

 

 

Trabalhistas lutam pela cadeira do poder, petição chega ao parlamento

 

 

Também esta quarta-feira, o deputado trabalhista Owen Smith anunciou que quer lutar pela liderança do partido e pela destituição de Jeremy Corbyn, actual líder.

 

 

Smith disse querer ser “o próximo primeiro-ministro do Reino Unido” e garante que nunca iria “dividir o partido”.

 

 

O parlamento britânico vai debater no dia 5 de Setembro uma petição assinada por mais de quatro milhões de cidadãos a pedir a repetição do referendo.

 

 

Desde que o Reino Unido votou a favor do Brexit por 52% contra 48%, muitas pessoas, incluindo legisladores, têm vindo a pedir um novo referendo, mas Theresa May já pôs de parte esta hipótese, defendendo que “o Brexit significa Brexit”.

 

 

TPT com: AFP//Reuters//BBC//Cátia  Andreia Costa//Sábado// 13 de Julho de 2016

 

 

 

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