O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, destacou esta quarta-feira no parlamento a importância da vitória da seleção portuguesa no campeonato europeu de futebol na ligação às comunidades e promoção da lusofonia.
“Do ponto de vista da política externa, é uma questão muito importante, não só na ligação às comunidades, mas também na promoção da lusofonia, na promoção da marca portuguesa e vivência clara daquela que é uma característica fundadora da cultura portuguesa, que é o cosmopolitismo”, disse Santos Silva, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
O governante respondia ao deputado do PSD Carlos Gonçalves, eleito pelo círculo da Europa, que realçou o “apoio inequívoco e incondicional” da comunidade portuguesa em França à seleção, que demonstrou “o amor e a vontade de apoiar Portugal”.
“Espero que sirva de lição para um país e muito particularmente para um parlamento que, quando se discutem questões relacionadas com a participação cívica dos portugueses no estrangeiro, estão sempre preocupados com a prova dos laços destas gentes a Portugal”, disse o social-democrata.
Portugal sagrou-se, no domingo, campeão da Europa de futebol pela primeira vez na história, ao bater, na final, a anfitriã França por 1-0, após prolongamento, num encontro disputado no Stade de France, em Saint-Denis, França.
Mais uma medalha para a seleção nacional
A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, um voto de saudação e a atribuição da Medalha de Honra da cidade à seleção nacional de futebol por “elevar bem alto o nome de Portugal”.
No documento apreciado em reunião camarária privada, e ao qual a agência Lusa teve acesso, lê-se que “o dia 10 de julho de 2016 ficará para a história do desporto” no país, já que a conquista do título “é um dos maiores e mais importantes e prestigiosos feitos desportivos alcançados por Portugal numa modalidade que tem uma enorme popularidade e mediatismo”.
A proposta, subscrita por todas as forças políticas – a maioria PS (que inclui os Cidadãos por Lisboa), PCP, PSD e CDS -, acrescenta que esta foi uma “obra valorosa que fez ecoar bem alto o nome de Portugal por todo o mundo”.
“Aquela era a taça que todos queriam. Foi com muito mérito, determinação e demonstração de capacidade que Portugal a mereceu conquistar”, salientam os vereadores.
A autarquia aponta que em causa estão “êxitos individuais e coletivos que também revelam o mérito e a qualidade do trabalho diário dos técnicos e dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol e dos clubes de origem e de formação dos jogadores da seleção nacional”.
Por isso, a federação também receberá a Medalha de Honra da cidade.
Portugal sagrou-se no domingo campeão da Europa de futebol pela primeira vez na História, ao vencer na final a anfitriã França por 1-0, após prolongamento, com um golo de Éder, aos 109 minutos, no Stade de France, em Saint-Denis.
Em Lisboa, o epicentro dos festejos de domingo foi a praça Marquês de Pombal, mas também houve comemorações na Alameda D. Afonso Henriques e no Terreiro do Paço, locais que tiveram ecrãs gigantes a transmitir o jogo.
Na proposta, o executivo recorda que as celebrações se alargaram ao dia seguinte, com a chegada da seleção à capital portuguesa.
“Milhares de adeptos concentraram-se, desde muito cedo, no aeroporto Humberto Delgado, aguardando a chegada dos campeões portugueses, os quais exibiram o troféu ao longo de um percurso pelas ruas da capital, sempre acompanhados e saudados por outros milhares de cidadãos, numa relação de empatia constante com os jogadores a retribuírem o carinho e apoio de todos os seus adeptos”, refere.
A seleção portuguesa tornou-se a segunda na história da competição a vencer a equipa da casa na final, 12 anos depois de ter perdido por 1-0 com a Grécia a do Euro2004, em pleno Estádio da Luz, em Lisboa.
Na passada segunda-feira à tarde, os funcionários da Câmara tiveram tolerância de ponto para festejar o título.
Marcelo condecora oito desportistas com a Ordem do Mérito
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta quarta-feira com a Ordem do Mérito oito desportistas, um de canoagem e sete de atletismo, recentemente medalhados em campeonatos europeus.
O chefe de Estado atribuiu o grau de comendador da Ordem do Mérito a Fernando Pimenta, que ganhou duas medalhas individuais e coletivas de ouro, em K1 1000 e 5000, nos europeus de canoagem em Moscovo, no final de junho, e a seis atletas que conquistaram medalhas nos europeus de atletismo que terminaram no domingo, em Amesterdão.
Essas seis atletas são Patrícia Mamona (medalha de ouro no triplo salto), Sara Moreira (medalhas de ouro individual e por equipas na meia maratona), Jéssica Augusto (bronze individual e ouro por equipas na meia maratona), Ana Dulce Félix (prata nos 10.000 e medalha de ouro por equipas na meia maratona), Marisa Barros e Vanessa Fernandes (medalha de ouro por equipas na meia maratona).
Foi ainda condecorado hoje, com a medalha da Ordem do Mérito, o atleta Tsanko Arnaudov (medalha de bronze no lançamento do peso).
Assistiram a esta cerimónia, na Sala das Bicas do Palácio de Belém, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo.
Dois destes atletas tinham já sido condecorados pelo anterior Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, após a conquista de medalhas em jogos olímpicos, com o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique: Fernando Pimenta (medalha de prata na canoagem, em K2 1000, nos jogos de 2012, em Londres, em conjunto com Emanuel Silva) e Vanessa Fernandes (medalha de prata no triatlo nos jogos de 2008, em Pequim).
Vanessa Fernandes tinha anteriormente sido condecorada pelo Presidente da República Jorge Sampaio, em 2004, com o grau de oficial da Ordem do Mérito, em conjunto com outras 21 mulheres que se distinguiram em várias áreas, por ocasião do Dia da Mulher.
TPT com: AFP//JN//Tibor Illyes//EPA// Nuno Pinto Fernandes//Global//14 de Julho de 2016