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Portugal apto para treinar pilotos e mecânicos ucranianos para operarem os F-16

A ministra da Defesa afirmou que Portugal vai fornecer treino de pilotos e de mecânicos ucranianos para operarem os caças F-16, uma componente que considera “absolutamente fundamental” para o esforço logístico.

 

 

“Portugal, desde o inicio, tem enviado material de vários tipos, e temos garantido o nosso apoio à Ucrânia nesse sentido e, neste momento, o que nos comprometemos é fornecer treino de pilotos e mecânicos que é uma componente absolutamente fundamental, como aliás tem sido relatado deste apoio, com meios aéreos com os F-16”, afirmou Helena Carreiras.

 

A ministra falava aos jornalistas no aeródromo de Castelo Branco, onde se deslocou com o ministro da Administração Interna, para uma visita aos meios aéreos de combate a incêndios financiados pela União Europeia no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil (RescEU).

 

 

A Ucrânia vai receber caças F-16 dos Países Baixos e da Dinamarca após os Estados Unidos (EUA) terem dado recentemente luz verde, decisão que o Governo ucraniano considera ser uma “óptima notícia”.

 

 

O Departamento de Estado dos EUA, responsável pela política externa do país, adiantou que os Países Baixos e a Dinamarca receberam “garantias formais” para enviarem os caças assim que o treino do primeiro grupo de pilotos para F-16 esteja concluído.

 

Os Estados Unidos têm regras estritas acerca da revenda ou transferência de equipamento militar norte-americano por aliados.

 

 

A ministra da defesa considerou ainda que alguns países têm mais capacidade e disponibilidade de contribuir com os meios, como é o caso da Dinamarca e da Holanda.

 

“Nós [Portugal] contribuiremos com treino de pilotos e treino de mecânicos para esse esforço logístico que é absolutamente critico para que a capacidade possa funcionar”, concluiu Helena Carreiras.

 

 

 

 

42 caças F-16 “para afastar os terroristas russos”

 

 

 

Acompanhado pelo primeiro-ministro neerlandês em exercício – Mark Rutte apresentou a demissão em julho -, Volodymyr Zelensky confirmou hoje o acordo que representa “mais um passo para reforçar o escudo aéreo da Ucrânia”, em alusão a “42 caças F-16” que irá receber assim que os pilotos e engenheiros ucranianos concluirem a formação.

O anúncio foi feito minutos depois de Rutte e Zelensky terem inspecionado dois jatos F-16 estacionados numa base aérea neerlandesa e no âmbito da visita do presidente da Ucrânia, este domingo, aos Países Baixos.

 

Na sexta-feira, os EUA autorizaram a Dinamarca e os Países Baixos a fornecer caças F-16 à Ucrânia, um passo necessário para o fornecimento destes aviões de produção norte-americana.

 

 

“Os caças serão utilizados para afastar os terroristas russos das cidades e vilas ucranianas”, afirmou o presidente ucraniano.

 

“Hoje foi a primeira vez que ouvi o acordo mais importante, que é o facto de, além dos Estados Unidos – e estamos gratos por isso -, os Países Baixos serem o primeiro país a concordar em entregar F-16 à Ucrânia após a formação.

 

 

Sobre a situação no terreno, o líder ucraniano disse que Kiev “está a avançar” e sublinhou que a guerra é dominada pela contraofensiva do seu país. Contudo, as autoridades ucranianas têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e os resultados não estão a ser os esperados.

 

“Estamos a falar de defesas aéreas, temos o inverno pela frente e sabemos melhor do que ninguém o que é um inverno sem eletricidade. E esta é a complexidade da questão. Mas não vamos desistir, essa é a grande novidade”, continuou Zelensky, assegurando que o país procura “uma paz justa, com a recuperação total e a restauração da sua integridade territorial”.

 

 

Os F-16 eram um pedido recorrente de Volodymyr Zelensky para a contraofensiva, com vista a expulsar as forças russas das zonas ocupadas no leste e no sul da Ucrânia.

 

 

O número de caças, avançado por Zelensky, não foi confirmado pelos Países Baixos nem pela Dinamarca, para onde seguiu o líder ucraniano. Contudo, Zelensky sublinhou que o envio de F-16 para Kiev trata-se de uma “decisão histórica”.

“É apenas o começo”, escreveu no Twitter.

 

 

 

TPT com: NBCNews//EPA/MADS CLAUS RASMUSSEN//EPA/MADS CLAUS RASMUSSEN//MadreMedia/Lusa/Manuel Ribeiro//Tiago Petinga/LUSA//Sapo// 20 de Agosto de 2023

 

 

 

 

 

Russos protestam no Porto contra “assassino e criminoso” Putin

 

Um grupo de activistas russos em Portugal concentrou-se hoje na Praça da Batalha, no Porto, para protestar contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que descreveram como “assassino, culpado e criminoso de guerra”.

 

 

Vestidos com t-shirts negras com a inscrição em letras maiúsculas “killer e guilty [assassino e culpado]”, e com máscaras com a cara de Putin em que se lia “I am a war criminal [eu sou um criminoso de guerra]”, os manifestantes, que recusaram identificar-se por medo, contaram que na Rússia se vive um “regime terrorista, de propaganda e de censura”.

 

 

Por este motivo, contaram, decidiram viver em Portugal, juntamente com as suas famílias.

 

 

Querendo “marcar uma posição em relação a Putin”, os cerca de 15 manifestantes que estavam sentados na Fonte da Batalha referiram que os russos, “na sua grande maioria”, não concordam com as políticas de Putin, mas aceitam-nas por medo.

 

 

“Vive-se realmente um clima de medo na Rússia, não se pode falar sem estar constantemente com medo”, contou à Lusa Tim, que decidiu dar um nome fictício por temer represálias.

 

 

E acrescentou: “Vim para Portugal porque não quero que os meus filhos cresçam naquele clima de medo, propaganda e censura”.

 

 

Já sobre a ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia, o grupo de activistas atribuiu a total responsabilidade a Putin.

 

O conflito já causou, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

 

 

A invasão russa — justificada pelo Presidente com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

 

 

Além deste protesto no Porto, sob o lema “Putin é um assassino”, houve um outro na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

 

 

Também comunidades russas noutros países, desde os Estados Unidos a membros da União Europeia, têm protestos agendados para hoje, quando faz três anos que o líder da oposição e activista russo Alexei Navalny foi envenenado.

 

 

TPT com: Lusa//SVF (DMC) // ROC//MadreMedia/Lusa/Sapo// 20 de Agosto de 2023

 

 

 

 

Português acusado de crimes de sedição e de incitação à subversão começou a ser julgado em Hong Kong

 

 

Começou a ser julgado no tribunal de Wanchai, em Hong Kong, Joseph John, residente naquele território, mas com passaporte português.

 

 

Detido desde o final de outubro, o cidadão português também conhecido como Wong Kin Chung, nascido em Hong Kong e com estatuto de residente permanente na região administrativa especial chinesa, está acusado dos crimes de sedição e de incitação à subversão.

 

 

As autoridades de Hong Kong acusam Joseph John de “trazer ódio e desprezo” e “estimular o descontentamento” contra o governo, promover a “desobediência” civil e “incitar à violência” através de publicações em redes sociais feitas entre 09 de outubro e 01 de novembro.

 

 

De acordo com a acusação, o português era administrador do perfil na rede social Facebook do Partido para a Independência de Hong Kong. A organização foi fundada no Reino Unido em 2015, mas a comissão eleitoral britânica revogou o estatuto de partido político em 2018. O suspeito terá usado o perfil para, desde setembro de 2019, “lançar uma campanha de angariação de fundos para despesas militares, enviar petições para páginas de governos estrangeiros e apelar ao apoio de tropas estrangeiras”.

 

 

O homem terá apelado a Londres para declarar que a China estaria a “ocupar ilegalmente” Hong Kong, assim como pediu ao Reino Unido e aos Estados Unidos para enviarem tropas para a antiga colónia britânica, cujo controlo passou para Pequim em 1997.

 

 

TPT com: AEP// ExecutivDigeste//Lusa// 15 de Agosto de 2023

 

 

 

 

 

Festa do Pontal. Reforma fiscal na rentrée política do PSD

 

Luís Montenegro acusa PS de ser “campeão dos impostos” e  assumindo-se como oposição responsável” promete uma redução fiscal já em 2023 para todos com exceção do último escalão, numa diminuição de 1200 milhões de euros.

 

 

Depois da grande surpresa da presença de Passos Coelho na Festa do Pontal no ano passado, desta vez a rentrée politica do PSD ficou marcada com a presença de Luís Marques Mendes, num evento em que Luís Montenegro surgiu ao lado de Carlos Moedas, levando o líder social-democrata a deixar um recado. “Este é o PSD popular, alegre, vibrante e interessado na vida de cada português que o país precisa e que nos vai levar de novo a governar Portugal. É uma reunião da família social-democrata e mesmo quando discordamos uns com os outros só seremos credíveis quando assumirmos a nossa história e Luís Marques Mendes faz parte dessa história”, apontando outros nomes que já estiveram em anos anteriores.

 

 

O foco de Montenegro foi a análise económica do país, afirmando que desde que António Costa entrou para o Governo em 2015 já houve quatro países que passaram Portugal e acenando com o facto do salário médio ser o pior da OCDE, com exceção da Grécia e Hungria. Outra crítica disse respeito à elevada carga fiscal. “Em cima de todos os problemas, os portugueses pagam mais impostos do que alguma vez pagaram, nunca em Portugal se pagaram tantos impostos. Se fizermos uma análise dos oito anos qual é a marca que o PM deixa do seu legado? O socialismo é pagar imposto como nunca?, questionou.

 

 

E não hesitou: “O PS é o campeão dos impostos. Faz isso todos anos com coerência, porque todos os anos bate recordes atrás de recordes”, numa altura em que as pessoas vivemos uma inflação a que não estávamos habituados”.

 

 

E assumindo-se como uma “oposição responsável” promete apresentar em  breve um programa de reforma fiscal. “Queremos tornar o sistema mais justo”.

 

 

O líder do PSD questionou ainda o aumento da emigração, principalmente junto dos mais jovens. “Fomos acusados de levar os jovens à emigração nos tempos em que estivemos a arrumar a casa que o PS desarrumou, mas passado oito anos emigraram cerca de 60 mil pessoas, metade são pessoas com ensino superior e 42% são jovens. Um país que perde na competição, não consegue reter qualificações é um país que não tem futuro e não pode continuar nesse caminho do empobrecimento”, salienta.

 

 

Já no sábado, o líder do PSD tinha pedido um sobressalto cívico para manter em Portugal os jovens qualificados. “Nós estamos a falhar, o país está a falhar. O país precisa mesmo de um sobressalto cívico, político, empresarial. Nós temos de conseguir absorver no nosso mercado de trabalho estes milhares e milhares de jovens que todos os anos saem das nossas universidades, dos nossos institutos politécnicos e colocá-los ao serviço do crescimento do país”, disse num almoço em Albufeira dedicado às comunidades portuguesas.

 

 

TPT com: Sónia Peres Pinto// Sol// 15 de Agosto de 2023

 

 

 

 

 

Crónicas de uma separação não anunciada

Depois de ter apontado o dedo à justiça e à imprensa e de ter publicado um longo texto a dizer que não sabia de nada do que estava a ser investigado na Operação Marquês, a jornalista Fernanda Câncio decidiu agora virar-se contra Sócrates

 

 

“Mentiu, mentiu e tornou a mentir”. Depois de ter atacado a justiça e de ter dito publicamente que não sabia de nada, a jornalista Fernanda Câncio diz agora que José Sócrates, arguido na Operação Marquês, “enganou toda a gente”.

 

 

Férias em Veneza e Formentera, procura de casa em Lisboa e Tavira – Câncio e Sócrates faziam vida de casal. Dois jornalistas do “Correio da Manhã”, assistentes no processo, chegaram mesmo a pedir que a jornalista fosse constituída arguida, mas o Ministério Público (MP) não viu razões para isso. Enquanto tal, publicava opiniões, apontando o dedo ao MP e à imprensa, ao mesmo tempo que iam surgindo novos pormenores sobre a investigação.

 

 

Em junho de 2015, por exemplo, a jornalista dedicou um texto às falhas do sistema judicial, intitulado “Sempre Sócrates”. Nele, Câncio escreve que “se há coisa para a qual o processo Marquês tem servido é a de iluminar aspetos menos conhecidos ou mais negligenciados do nosso sistema judicial, da extensão inadmissível da prisão preventiva e dos critérios incompreensíveis da sua aplicação às condições das prisões, passando por disfunções já muito debatidas como a perversidade do segredo de justiça e a arbitrariedade e opacidade das ações de juízes e MP”. Nessa altura, já eram conhecidos muitos pormenores sobre a investigação: logo na altura em que o ex-primeiro-ministro foi detido, o “SOL” revelou que Sócrates tinha milhões escondidos na Suíça, numa conta em nome de uma pessoa da sua confiança, o seu amigo de infância Carlos Santos Silva. Para além disso, o semanário revelou na mesma altura pormenores sobre a casa em Paris onde o antigo governante vivia, sobre a vida de luxo que fazia na capital francesa, sobre a venda das casas da mãe a Santos Silva e a compra de milhares de exemplares do seu livro por parte de pessoas que lhe eram próximas, incluindo o amigo de infância. Começavam também a ser conhecidos pormenores dos primeiros interrogatórios e das escutas telefónicas – uma das pessoas escutadas foi João Perna, ex-motorista de Sócrates, que comentou com uma pessoa que lhe era próxima que “Santos Silva é o saco azul do Sócrates”. Assuntos que Câncio não abordava nas suas crónicas.

 

 

Pouco tempo depois, em setembro de 2015, a jornalista volta a falar sobre a Operação Marquês no seu espaço no “DN”, desta vez para criticar o papel da comunicação social: “a derrisão do jornalismo não começou nem acabará aqui, como a incapacidade do público para dizer chega: nunca chega, parece”, escreveu na crónica “Big Brother Sócrates”. Nessa altura, o antigo primeiro-ministro já estava em prisão domiciliária e eram conhecidos novos detalhes da investigação: a imprensa noticiou que o dinheiro de Santos Silva servia não só para pagar a vida de luxo do antigo governante – como as férias que passava com várias pessoas (incluindo Fernanda Câncio) no estrangeiro ou os estabelecimentos caros que frequentava –, mas também para pagar as despesas de pessoas próximas do ex-primeiro-ministro, como o filho de Pedro Silva Pereira, amigo e número dois de Sócrates no seu governo.

 

 

O ‘esclarecimento público’

 

 

Em 2016, o cerco começa a apertar-se e são desvendados cada vez mais detalhes do que o MP está a investigar: no início do ano, por exemplo, é revelado que Sócrates ia pagar uma nova avença para ter outro livro assinado por si, mas escrito pelo professor catedrático Domingos Farinho. Para além disso, é noticiado que a Operação Marquês cruzou-se com a investigação a Ricardo Salgado que, um ano mais tarde, viria mesmo a ser constituído arguido.

 

 

É precisamente neste ano que Câncio publica um texto na revista “Visão”, no qual se mostra “chocada” com a detenção de Sócrates e afirma não saber de qualquer esquema de circulação de dinheiro entre o ex-governante e o seu amigo de infância: “Independentemente da campanha de calúnias de que sou alvo, é natural que haja gente bem intencionada e séria que se questiona sobre como podia eu ‘não saber’ (…). Se fizesse ideia da relação pecuniária entre Carlos Santos Silva e José Sócrates teria feito perguntas por considerar a situação, no mínimo, eticamente reprovável”.

 

 

Quanto às férias com Sócrates, a jornalista explicou que nunca perguntou de onde vinha o dinheiro para as viagens: “Quando alguém próximo faz um convite para passar férias não é costume perguntar se é a pessoa que nos convida que paga ou se é a outra, como quando nos convidam para jantar ou almoçar não perguntamos de onde vem o dinheiro. Quem aufere uma avença de 25 mil euros/mês (que José Sócrates me disse receber) pode decerto pagar a meias um aluguer como o da casa em Formentera, e cujo valor eu conhecia. Não me passou pela cabeça outro raciocínio”.

 

 

“Mentiu e tornou a mentir”

 

 

Depois do texto publicado na “Visão”, pouco ou nada disse sobre a Operação Marquês. Agora, semanas depois de a CMTV ter revelado vídeos do interrogatório de que foi alvo, Câncio publicou uma crónica onde afinal já sabe aquilo que antes dizia não saber, não critica a justiça portuguesa nem os média – o alvo desta vez é José Sócrates.

 

“[Sócrates] Mentiu ao país, ao seu partido, aos correligionários, aos camaradas, aos amigos. E mentiu tanto e tão bem que conseguiu que muita gente séria não só acreditasse nele como o defendesse, em privado e em público, como alguém que consideravam perseguido e alvo de campanhas de notícias falsas, boatos e assassinato de caráter (que, de resto, para ajudar a mentira a ser segura e atingir profundidade, existiram mesmo)”, escreveu a jornalista.

 

 

Câncio vai mais longe e diz que Sócrates abusou da “boa-fé” das pessoas que o rodeavam: “Ao fazê-lo, não podia ignorar que estava não só a abusar da boa-fé dessas pessoas como a expô-las ao perigo de, se um dia se descobrisse a verdade, serem consideradas suas cúmplices e alvo do odioso expectável. Não podia ignorar que o partido que liderara, os governos a que presidira, até as políticas e ideias pelas quais pugnara, seriam conspurcados, como por lama tóxica, pela desonra face a tal revelação”.

 

 

A verdade é que Câncio conhecia bem José Sócrates. Numa escuta telefónica recolhida no âmbito desta investigação, a jornalista desabafa com Inês do Rosário, mulher de Santos Silva, pouco tempo depois de o ex-primeiro-ministro ser detido, queixando-se da atitude arrogante do ex-companheiro: “Tenho momentos em que só choro. Quando as pessoas são arrogantes, acham que são todo-poderosas e que podem tudo, mas não podem…”.

 

 

 

TPT com: AFP//NBCNews//WP// PNG // APN/Lusa// 11 de Agosto de 2023

 

 

 

 

 

Marcelo admite mesmo promulgar novo diploma sobre progressão dos professores

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje promulgar o novo diploma do Governo sobre a progressão dos professores por entender que deixa “uma porta entreaberta” para acelerar o avanço das carreiras dos docentes.

 

 

“[Com] a fórmula que me chegou, num diploma que já está em Belém, desde o fim da semana, fica uma porta entreaberta, que preenche o mínimo que eu desejava”, afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas em Vila Viçosa, no distrito de Évora.

A alteração introduzida pelo Governo ao diploma, salientou, “provavelmente, vai ser suficiente para promulgar”.

 

 

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou alterações ao diploma sobre a progressão da carreira dos professores que o Presidente da República tinha vetado no dia anterior, mas o Governo tem recusado detalhar as mudanças por decorrerem de uma “interação direta” entre primeiro-ministro e o chefe de Estado.

 

 

 

Governo recusa dizer o que muda no diploma dos professores por resultar de interação entre PM e PR

 

 

 

 

O Governo recusou detalhar as mudanças ao diploma vetado sobre progressão dos professores por decorrerem de uma “interação direta entre primeiro-ministro e Presidente da República”, assegurando resposta às preocupações de Belém “mesmo que não em total alinhamento”.

 

 

No final do Conselho de Ministros de hoje, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou a aprovação de alterações ao diploma do Governo sobre a progressão da carreira dos professores que o Presidente da República tinha vetado na quarta-feira, adiantando que este seguirá agora para o Palácio de Belém.

 

 

“Aquilo que procurei referir é que não ia detalhar aqui as alterações por elas decorrerem de uma interação direta entre o primeiro-ministro e o Presidente da República”, respondeu aos jornalistas, perante a insistência para conhecer que mudanças introduzidas.

 

 

Mariana Vieira da Silva escusou-se a fazer comentários pormenorizados sobre o diploma, “não por ainda ter pontos em aberto”, mas sim por decorrer desta “interação direta” entre palácios, “ao contrário do que é habitual” nos diplomas aprovados em Conselho de Ministros.

 

 

“Se o devolvemos com alterações é porque entendemos que respondemos às preocupações que o Presidente da República tinha assinalado, mesmo que não em total alinhamento, mas também não me parece que da leitura da nota fosse esse o contexto da nota”, acrescentou.

 

 

Aquilo que queria destacar é que desde a manhã de ontem [quarta-feira], em articulação entre o primeiro-ministro e o Presidente da República procurámos encontrar a forma de garantir aquilo que é fundamental: encontrarmos um mecanismo de aceleração de carreiras”, referiu.

 

 

O objetivo o Governo, de acordo com a ministra, é “poder promover acelerações” no “quadro atual da situação financeira e económica” do país e também “num quadro de justiça e equidade entre carreiras que é um dos elementos fundamentais do programa do Governo na área da administração pública”.

 

 

“É nesse quadro, tendo em conta as notas do Presidente da República e o diálogo que foi feito nas últimas horas, que hoje aprovámos o decreto-lei com as alterações que no nosso entender, e que de acordo com esse dialogo, permitem superar estas dúvidas”, enfatizou.

 

 

 

TPT com: MadreMedia / Lusa//Sapo// 30 de Julho de 2023

 

 

 

 

 

Parlamento Europeu declara a Rússia um Estado patrocinador do terrorismo

 

O Parlamento Europeu (PE) vai aprovar na quarta-feira (dia 23 de Nov.), em Estrasburgo (França), uma resolução que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo para que Moscovo venha a responder por crimes alegadamente cometidos na Ucrânia.

 

 

A resolução, que foi debatida na sessão plenária de outubro, tem aprovação garantida pelos dois maiores grupos do PE, o Partido Popular Europeu (PPE) e a Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

 

 

Uma delegação dos Verdes/Aliança Livre Europeia, que incluía a vice-presidente Terry Reintke (Alemanha), discutiu a iniciativa do PE em Kiev com o chefe-adjunto de gabinete presidencial, Ihor Zhovkva, anunciou a presidência ucraniana em comunicado no sábado.

 

 

“Este comportamento da Rússia é uma justificação direta para a necessidade de o Parlamento Europeu adotar uma resolução designando a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo”, disse Zhovka, referindo-se aos ataques russos na Ucrânia, citado no comunicado.

 

 

Zhovka registou os esforços dos Verdes/Aliança Livre Europeia em “assegurar um forte apoio à Ucrânia” por parte do PE, incluindo iniciativas para investigar e julgar alegados crimes de guerra russos, e para criar um mecanismo de compensação pela Rússia dos danos causados ao país vizinho.

 

 

A resolução, que será votada no dia em que se completam nove meses da invasão russa, não tem caráter vinculativo, tal como as resoluções a condenar o regime do Presidente Vladimir Putin aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

 

 

“Ao declarar a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, os eurodeputados querem preparar terreno para que Putin e o seu Governo sejam responsabilizados por estes crimes perante um tribunal internacional”, disse o PE na antecipação da sessão plenária de novembro, que começa na segunda-feira.

 

 

A União Europeia (UE) não tem um quadro legal que lhe permita declarar um Estado como patrocinador do terrorismo – como lembrou a comissária europeia para os Assuntos Internos, a sueca Ylva Johansson, no debate em outubro -, ao contrário dos Estados Unidos.

 

 

O Departamento de Estado norte-americano tem atualmente a Síria (desde 1979), o Irão (1984), a Coreia do Norte (2017) e Cuba (2021) na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

 

 

Em setembro, a administração do Presidente Joe Biden anunciou que não iria incluir a Rússia na lista, apesar de resoluções nesse sentido aprovadas pelas duas câmaras do Congresso, por receio de “consequências não intencionais para a Ucrânia e para o mundo”.

 

 

Ainda sobre a guerra na Ucrânia, a agenda da sessão de novembro do PE inclui a aprovação de um empréstimo de 18.000 milhões de euros a Kiev e um debate sobre os esforços internacionais para evitar uma crise alimentar.

 

 

Os eurodeputados também vão debater a não aceitação na UE de passaportes emitidos pela Rússia em áreas ilegalmente ocupadas da Geórgia e da Ucrânia.

 

 

Na agenda, está igualmente a aprovação do orçamento da UE para 2023, que “visa maior eficácia em lidar com as consequências da guerra na Ucrânia e o processo de recuperação da pandemia” de covid-19.

 

 

A criação de um roteiro para as competências digitais, a gestão dos fluxos migratórios para a Europa, o reforço da presença de mulheres nos conselhos de gestão das empresas, os direitos humanos no Qatar e a proteção de infraestruturas essenciais da UE são outros dos temas do plenário.

 

 

Os eurodeputados vão ainda assinalar, na terça-feira, os 70 anos do PE, numa cerimónia que abrirá com uma declaração da presidente do parlamento, a maltesa Roberta Metsola.

 

 

 

Procurador ucraniano fala em 47 mil potenciais crimes de guerra até agora

 

 

 

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, disse hoje que estão registados 47 mil potenciais crimes de guerra no país e reivindicou um tribunal internacional especial para investigar e julgar “o crime de agressão” da Rússia.

 

“Não há dúvida de que a extensão dos crimes cometidos pelo exército russo” desde 24 de fevereiro, quando iniciou o ataque militar à Ucrânia, “é simultaneamente brutal e colossal”, afirmou Andriy Kostin, numa intervenção por videoconferência desde Kiev, na 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, que decorre em Madrid.

 

 

O procurador disse que as autoridades ucranianas, com o apoio de peritos e entidades internacionais, têm até agora “47.000 incidentes registados como crimes de guerra”, que englobam tortura, assassinatos, agressões sexuais ou deslocações e transporte forçados de populações “à escala massiva”, com destino ao que poderão vir a ser considerados “campos de concentração”.

 

 

Andriy Kostin destacou que a Rússia tem na Ucrânia uma estratégia de ataque contra civis, com 8.000 mortos não militares, incluindo 400 crianças, identificados até agora.

 

 

O procurador lembrou “a chuva de mísseis sobre cidades ucranianas” e infraestruturas críticas das últimas semanas, que considerou “atos de terror e de intimidação contra a população civil”, com destruição de casas e outras infraestruturas vitais para os ucranianos, como centrais energéticas.

 

 

Andriy Kostin afirmou que várias regiões da Ucrânia, como a capital, Kiev, estão já com temperaturas negativas e estão criadas “situações humanitárias severas para o Inverno”, questionando como poderá a população sobreviver nestas circunstâncias, sem energia ou aquecimento, e considerou que também nesta dimensão estão em causa crimes de guerra da Rússia.

 

 

“As nossas necessidades, as nossas reivindicações e os nossos apelos são bastante simples. Precisamos de parar esta guerra o mais depressa possível para libertar o nossos território e restaurar a nossa soberania e a nossa integridade territorial. E precisamos de garantir justiça às vítimas e sobreviventes das atrocidades cometidas pela Federação Russa, precisamos de pôr um fim à impunidade da Rússia”, disse o procurador-geral ucraniano.

 

 

Andriy Kostin, apelou à comunidade internacional “para apoiar o estabelecimento de um tribunal para o crime de agressão, para julgar os cérebros do crime” nomeadamente, o Presidente russo e chefe supremo das forças armadas da Rússia, Vladmir Putin, e “toda a elite russa” envolvida.

 

 

O crime de agressão também deve ser julgado por ser “o ponto de partida, que precede todos os outros crimes de guerra”, defendeu.

 

 

O procurador insistiu também na necessidade de garantir “a reparação” e compensação aos ucranianos pela destruição do país e das “propriedades dos civis”, através da confiscação de bens de russos.

 

 

“A Europa não testemunhou esta destruição desde a II Guerra Mundial” e devem ser adotados novos “mecanismos internacionais para confiscar os bens dos autores”, defendeu, alertando como, ao abrigo do direito internacional, tem sido difícil executar decisões nesse sentido, como algumas ditadas por instâncias como o Tribunal Penal Internacional, o Tribunal Internacional de Justiça ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

 

 

No final da intervenção de Andriy Kostin, um porta-voz da Comissão Política da Assembleia Parlamentar da NATO disse que será adotada uma resolução neste encontro de Madrid que defende “o estabelecimento de um tribunal internacional para investigar e julgar o crime de agressão cometido pela Rússia nesta guerra contra a Ucrânia”.

 

 

A sessão deste ano da Assembleia Parlamentar da NATO (Organização do Tratado o Atlântico Norte, a aliança militar entre países europeus e norte-americanos) termina na segunda-feira, com um plenário em haverá uma intervenção do Presidente da Ucrânia, por videoconferência.

 

 

A Assembleia Parlamentar da NATO integra 269 deputados dos 30 países da Aliança e outros 100 membros de estados parceiros.

 

 

 

TPT com: AFP//NBCNews//MadreMedia/Lusa//AFP// Sapo24// 20 de Novembro de 2022

 

 

 

 

Kim Jong-un garante que usará bomba atómica como resposta a ataque nuclear

 

O Presidente norte-coreano, Kim Jong-un, assegurou esta sexta-feira que utilizará a bomba atómica em caso de um ataque nuclear contra o seu país, referiu a agência estatal KCNA, na sequência do lançamento de um míssil balístico de alcance intercontinental.

 

 

Pyongyang “responderá resolutamente às armas nucleares com armas nucleares e ao confronto total com confronto total”, destacou Kim, citado pela KCNA, durante a supervisão do lançamento do míssil.

 

 

Kim Jong-un presidiu ao lançamento “bem-sucedido” do míssil balístico intercontinental Hwasong-17 (ICBM), tendo pedido a “aceleração da dissuasão nuclear” perante a “situação perigosa” na península, referiu a agência estatal norte-coreana.

 

 

O “novo míssil balístico intercontinental Hwasong-17”, definido como um “marco crucial no fortalecimento das forças nucleares”, voou 999,2 quilómetros antes de cair nas águas do mar do Japão, segundo o KCNA, com os dados divulgados a estarem de acordo com o divulgado previamente por Tóquio e Seul.

 

 

A Coreia do Norte lançou esta sexta-feira um míssil balístico intercontinental que caiu na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, ao largo da ilha de Hokkaido, no norte, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, considerando o disparo “absolutamente inaceitável”.

 

 

Segundo revelou esta sexta-feira um responsável norte-americano, os Estados Unidos querem convocar o Conselho de Segurança da ONU e pedir à China, aliada do regime norte-coreano, que ajude a refrear Pyongyang.

 

 

Os Estados Unidos querem que a China “use a sua influência para convencer a RPDC [República Popular Democrática da Coreia]”, afirmou a mesma fonte, usando o acrónimo para o nome oficial da Coreia do Norte.

 

 

Em resposta ao lançamento, os militares sul-coreanos e norte-americanos responderam com testes de bombas guiadas a partir de caças F-35, além de realizarem outras manobras aéreas combinadas sobre o Mar do Leste.

 

 

São duas operações que simulam ataques preventivos e, inclusive, operações punitivas contra os norte-coreanos, naquela que é uma dura mensagem para Pyongyang.

 

 

O lançamento norte-coreano foi realizado a partir da zona de Sunan, onde se situa o aeroporto internacional de Pyongyang, local escolhido pelo regime para lançar também outros mísseis balísticos intercontinentais em fevereiro, março e no passado 03 de novembro, embora dois destes lançamentos tenham sido mal sucedidos.

 

 

O lançamento soma-se aos 30 projéteis – número recorde – , que Pyongyang disparou no início de novembro em resposta a grandes manobras aéreas de Seul e Washington, incluindo outro míssil desse tipo – o lançado no dia 03 de novembro – que aparentemente falhou e caiu prematuramente nas águas do mar do Japão.

 

 

A tensão na península atinge níveis sem precedentes devido aos repetidos testes de armas norte-coreanos, às manobras dos aliados e à possibilidade de que, conforme indicam os satélites, o regime de Kim Jong-un já esteja pronto para realizar o seu primeiro teste nuclear desde 2017.

 

 

 

Guterres condena lançamento de míssil balístico pela Coreia do Norte

 

 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou “veementemente” o último lançamento de um míssil balístico de alcance intercontinental pela Coreia do Norte e pediu a Pyongyang que “desista imediatamente de quaisquer outras ações provocativas”.

 

Guterres também solicitou ao regime de Kim Jong-un que “cumpra plenamente com as suas obrigações internacionais em virtude de todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança e que tome medidas imediatas para retomar o diálogo que conduza à paz sustentável e à desnuclearização completa e verificável da península da Coreia”, segundo um comunicado divulgado pelo seu porta-voz.

 

 

 

Filha de Kim Jong-un aparece pela primeira vez em público

 

 

Uma filha do líder norte-coreano apareceu hoje em público, pela primeira vez, em imagens divulgadas pela comunicação social estatal do local de lançamento do míssil intercontinental de sexta-feira, onde esteve ao lado do pai.

 

A agência noticiosa da Coreia do Norte KCNA informou que Kim Jong-un “supervisionou pessoalmente” o lançamento “juntamente com a sua querida filha e esposa”, a primeira dama Ri Sol-ju, sem adiantar outros detalhes.

 

 

Cinco fotografias entre as cerca de 20 imagens divulgadas pela KCNA mostram uma rapariga de casaco branco a escutar o pai enquanto este parece dar instruções aos funcionários ali presentes, ainda de mãos dadas a Kim, ao lado do míssil intercontinental, e a observar à distância o lançamento.

 

 

Os média estatais da Coreia do Norte raramente noticiam sobre familiares próximos da dinastia Kim, que tem governado o país com mão de ferro desde os anos 1940.

 

 

A filha de Kim Jong-un que aparece nas imagens não é exceção, até porque a propaganda oficial não tinha sequer reconhecido a sua existência.

 

 

Toda a informação sobre a descendência de Kim Jong-un, que se acredita ter 38 anos de idade, tem sido aventada por especialistas com ligações dentro do país.

 

 

Muitos alegam que Kim teve três filhos com Ri em 2010, 2012 ou 2013 e 2017, mas a informação não foi confirmada.

 

 

Após uma das extravagantes visitas à Coreia do Norte para se reunir com Kim Jong-un, o antigo jogador de basquetebol norte-americano Dennis Rodman disse publicamente, em 2013, que segurou nos braços “a sua filha Ju-ae”, um bebé na altura.

 

 

Esta foi a única vez que alguém nomeou um dos descendentes do ditador norte-coreano pelo nome próprio.

 

 

 

TPT com: AFP//NBCNews//MadreMedia/Lusa// KCNA VIA KNS / AFP// Sapo24// 19 de Novembro de 2022

 

 

 

 

 

Trump anuncia candidatura à presidência dos EUA com uma ausência que não deu para passar despercebida

 

Donald Trump anunciou oficialmente na última terça-feira, dia 15, que irá concorrer à presidência dos EUA em 2024. “O retorno da América começa agora. (…) Para tornar a América grande e gloriosa novamente, anuncio esta noite a minha candidatura à presidência dos Estados Unidos”, afirmou o ex-presidente, rodeado pela família, na sua casa em Mar-a-Lago, um resort de luxo localizado em Palm Beach, Flórida.

 

 

Determinado a regressar à Casa Branca, Trump contou com o apoio da mulher, Melania, e do filho mais novo, Baron, do filho Eric e da mulher, Lara, bem como o genro Jared Kushner, marido de Ivanka Trump, e de Kimberly Guilfoyle, namorada de Donald Jr. Para passar uma imagem de estabilidade, o ex-presidente fez o anuncio de mãos dadas com a mulher, afastando os comentários que colocam em causa a relação dos dois.

 

 

Apesar da frente unida composta, a ausência da filha Ivanka não passou despercebida. Enquanto que o marido, Jared, que foi assessor de Donald Trump durante o seu mandato anterior, fez questão de estar presente durante o anuncio, a filha mais velha do antigo presidente, que também teve um papel importante durante a sua primeira presidência, emitiu um comunicado no dia do anúncio para explicar que não irá acompanhar o pai neste percurso. “Eu amo muito o meu pai. Mas desta vez escolho priorizar os meus filhos e a minha vida privada com minha família e ficar fora da política”, referiu.

 

 

O anúncio foi feito apenas dois dias depois de Trump ter acompanhado a filha Tiffany ao altar no mesmo resort, pelo que foi justificado a ausência desta durante o anuncio. Já Donald Jr não conseguiu chegar a tempo devido a um atraso no seu voo por condições climatéricas adversas.

 

 

 

TPT com: Lusa//PMF // ACL/Lusa// Sapo// 19 de Novembro de 2022

 

 

 

Espanha alerta NATO para influência crescente da Rússia em África

 

A ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, voltou hoje a alertar os aliados da NATO de que a Rússia está a expandir-se no continente africano, algo que a guerra na Ucrânia não pode fazer esquecer.

 

 

“A Rússia está a invadir a Ucrânia, mas está a expandir-se em África e temos de estar todos conscientes disso”, afirmou a ministra, em Madrid, numa intervenção na 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança de defesa entre países europeus e norte-americanos).

 

 

Margarida Robles afirmou que a Rússia “está a encontrar um campo de expansão perfeito” em África, com as suas próprias Forças Armadas e através da empresa Wagner (considerado um grupo privado paramilitar).

 

 

“Qualquer vazio deixado pela Europa ou pela NATO em África está a ser perfeitamente aproveitado pela Rússia”, insistiu.

 

 

Margarita Robles, em linha com aquilo para que as autoridades espanholas têm alertado, chamou a atenção, em especial, para a região do Sahel, com a instalação de grupos terroristas e de tráfego de seres humanos.

 

 

Espanha, como outros países do sul da Europa, incluindo Portugal, têm chamado a atenção para estes desafios e ameaças do “flanco sul” (Médio Oriente e Norte de África), relacionadas com fluxos de imigração ilegal e movimentos terroristas, reclamando que a NATO não os ignore apesar do protagonismo assumido pelo leste europeu, com a guerra na Ucrânia.

 

 

Na cimeira da NATO que decorreu também em Madrid, em junho, a Aliança Atlântica definiu um novo conceito estratégico, o documento que define as ações e opões da organização a dez anos, em que ficou reconhecida a necessidade de uma abordagem “a 360 graus”.

 

 

O documento definiu a Rússia como a maior e mais direta ameaça aos países da organização.

 

 

A sessão deste ano da Assembleia Parlamentar da NATO, em Madrid, termina na segunda-feira e, segundo o programa oficial, vai reafirmar a solidariedade com a Ucrânia e salientar o compromisso com a defesa de todos os 30 países da organização.

 

 

Uma das intervenções previstas no plenário da 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO, na segunda-feira, é do Presidente da Ucrânia, por videoconferência.

 

 

Entre outros temas que deverão ser abordados pelos delegados, encontra-se a região do Indo-Pacífico, o reforço da relação euro-atlântica, o terrorismo, e questão das migrações e dos refugiados.

 

 

A Assembleia Parlamentar da NATO integra 269 deputados dos 30 países da Aliança e outros 100 membros de estados parceiros.

 

 

A delegação portuguesa integra sete deputados: Marcos Perestrello, Joana Sá Pereira, Dora Brandão e Diogo Leão, do PS, e Olga Silvestre, António Prôa e Adão Silva, do PSD, sendo presidida por este último.

 

 

 

Assembleia da NATO em Madrid arranca com apelo a julgamento de crimes de guerra

 

 

 

A 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar NATO arrancou ontem em Madrid com a delegação anfitriã a defender que a guerra na Ucrânia só acabará com o julgamento dos crimes que estão a ser cometidos no terreno.

 

 

Numa conferência de imprensa, o presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, o congressista norte-americano Gerard E. Connolly, e a líder da delegação anfitriã, a deputada espanhola Zaida Cantera, afirmaram que a Ucrânia e o apoio à resistência do governo e do povo ucranianos ao ataque militar da Rússia, “ilegal” e “injustificado”, está no centro deste encontro.

 

 

Zaida Cantera sublinhou que uma das exigências do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para se sentar a uma mesa de negociações com a Rússia “é que os criminosos de guerra paguem” e descartou que isso não possa acontecer.

 

 

“Como democracias perderemos muito se a guerra na Ucrânia não tiver um ponto final e esse ponto final não estaria completo se os tribunais não julgassem as atrocidades que estamos a ver”, afirmou Zaida Cantera, que lembrou que já foram identificadas “mais de 400 valas comuns” e “alguém tem de pagar por isso”.

 

 

Nas valas, não há corpos de combatentes, mas “homens, mulheres e crianças que não estavam na guerra e que um tirano meteu na guerra e decidiu assassiná-los”, afirmou.

 

 

“Fica totalmente descartado que não haja esses tribunais e essa justiça. Outra questão é como levá-la a cabo. Isso seria outro capítulo e ainda não estamos nesse capítulo”, afirmou, lembrando o caso dos Balcãs, em que foram criados “tribunais específicos para julgar e sentenciar criminosos de guerra”.

 

 

A deputada socialista espanhola sublinhou que a Assembleia Parlamentar da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança de defesa entre países da Europa e norte-americanos) integra perto de 300 parlamentares dos estados-membros, que representam “a soberania popular” e refletem “a amálgama ideológica” de todos os aliados, da extrema-esquerda à extrema-direita.

 

 

Mas todos, garantiu, demonstraram unidade no respeito pelos Direitos Humanos na Ucrânia e pela “liberdade e soberania do povo ucraniano”.

 

 

Tanto a deputada espanhola como o presidente da assembleia parlamentar da NATO sublinharam ainda que a Aliança não é apenas militar “ou de armamento”, mas também de “ajuda humanitária” e de defesa da democracia.

 

 

Neste contexto, Connolly reiterou a recomendação da assembleia parlamentar à própria NATO, para que seja criada uma estrutura dentro da organização que seja um centro “dedicado à democracia”.

 

 

A NATO, afirmou, não pode ser só uma aliança militar, mas é uma aliança militar “para defender as sociedades democráticas” e após mais de 70 anos de existência chegou o momento de criar “uma estrutura” dedicada especificamente a este objetivo, “que o torne operativo”.

 

 

A recomendação da assembleia à Aliança foi subscrita por 29 dos 30 estados membros da organização em junho, afirmou o norte-americano, que disse estar convencido de que o país que ainda não o fez irá em breve apoiar a iniciativa.

 

 

Connolly defendeu que a necessidade de defender as democracias e os pilares do estado de direito ficou evidente com a guerra na Ucrânia e nenhum estado-membro da NATO deve temer a criação de uma estrutura dentro da Aliança com este objetivo.

 

 

A sessão deste ano da Assembleia Parlamentar da NATO termina na segunda-feira e, segundo o programa oficial, vai reafirmar a solidariedade com a Ucrânia e salientar o compromisso com a defesa de todos os 30 países da organização, poucos dias depois de a Polónia, um dos Estados-membros, ter sido atingida por um míssil que, segundo as autoridades norte-americanas e polacas, deverá ter sido lançado por um sistema de defesa antiaérea ucraniano.

 

 

O Governo de Kiev, no entanto, rejeita que o míssil, que matou duas pessoas, tenha sido lançado da Ucrânia e insiste em que é russo.

 

 

 

TPT com: EFE//AFP// / Lusa//Sapo24// 19 de Novembro de 2022