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Donald Trump elogia Guterres. “Você tem feito um trabalho realmente muito espectacular”

Secretário-geral das Nações Unidas reuniu-se esta sexta-feira com Presidente dos Estados Unidos.

 

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmando que este tem feito um trabalho “realmente espectacular” na organização que lidera desde Janeiro.

 

 

“Você tem feito um trabalho muito, muito espectacular nas Nações Unidas”, afirmou Trump, acrescentando que Guterres se tornou seu “amigo” ainda antes de assumir o cargo de presidente dos Estados Unidos.

 

 

As declarações do Presidente norte-americano surgiram numa conferência de imprensa, na sala oval, no âmbito da visita de António Guterres à Casa Branca.

 

 

“É preciso sorte e talento, e ele tem talento”, afirmou Trump referindo-se ainda ao secretário-geral da ONU, acrescentando que tem “a sensação de que as coisas vão acontecer nas Nações Unidas, como nunca se viu”.

 

 

O Presidente norte-americano afirmou que as Nações Unidas têm “um potencial tremendo” mas que “não tem sido usado nos últimos anos como deveria ser”.

 

 

António Guterres, por sua vez, disse que o mundo está “caótico” e que é precisa uma ONU “forte, reformada e modernizada”.

 

 

O secretário-geral da ONU acrescentou que também é preciso um compromisso “firme” dos Estados Unidos com a organização, baseado nos seus valores tradicionais de “liberdade, democracia e direitos humanos”.

 

 

Durante as reuniões dos líderes internacionais na Assembleia Geral da ONU, em Setembro, Trump e Guterres lideraram uma reunião focada na reforma das Nações Unidas, algo que é uma prioridade para a Casa Branca.

 

 

O líder norte-americano elogiou as medidas tomadas pelo secretário-geral para melhorar o funcionamento da ONU.

 

 

Trump foi, no passado, muito crítico relativamente à ONU tendo afirmado há um ano, na rede social Twitter, que a organização era “apenas um clube onde as pessoas se reúnem, conversam e passam um bom bocado”.

 

 

O Governo de Trump anunciou, na semana passada, a retirada do país da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), apontando como motivos a necessidade de uma reforma e uma suposta “tendência anti-israelita”.

 

 

O secretário-geral da ONU lamentou “profundamente” a decisão e recordou o “grande papel” que os Estados Unidos tiveram na UNESCO desde a sua fundação.

 

 

Para além da reforma das Nações Unidas, a Coreia do Norte, o Irão e também o médio oriente terão estado entre os temas discutidos pelos dois líderes.

 

 

 

TPT com: AFP//JM//Reuters//Renascença//Foto de Shawn Thew/EPA// 21 de Outubro de 2017

 

 

 

 

 

Jovens portugueses nos EUA em risco com fim de programa que protege quem imigrou em criança

Um número indeterminado de jovens portugueses, que pode chegar às várias centenas, está em risco de deportação depois de Donald Trump ter decidido terminar com um programa que protege pessoas levadas para os EUA de forma ilegal em crianças.

 

 

Os EUA não divulgam o número de beneficiários por país do ‘Deferred Action for Childhood Arrivals’ (DACA), mas organizações que prestam apoio a imigrantes portugueses em Rhode Island, Massachusetts, Nova Iorque, Nova Jérsia e Califórnia garantiram à Lusa que foi um programa muito popular nas suas comunidades.

 

 

“Só no meu estado, acho que estamos a falar de centenas de pessoas”, disse Helena da Silva Hughes, diretora do Centro de Apoio ao Imigrante de New Bedford, em Massachusetts, no início do ano.

 

 

O programa, que foi lançado em 2012 por Barack Obama, permite a jovens que foram levados para os EUA em criança de forma ilegal receberem proteção contra deportação, autorização de trabalho e número de segurança social.

 

O procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, anunciou hoje o fim do programa, que será abandonado de forma gradual e expira a 5 de março do próximo ano. No Twitter, o Presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o Congresso devia agora fazer “o seu trabalho”.

 

Uma lei para proteger estes jovens tem apoio nos dois partidos, tanto na Câmara dos Representantes, como no Senado, mas enfrenta forte oposição de alguns republicanos, que consideram a iniciativa uma amnistia, e uma agenda legislativa já muito preenchida, com a reforma fiscal, a aprovação de um novo orçamento e um novo limite de endividamento do país.

 

 

Apesar de a comunidade portuguesa ser documentada na sua grande maioria, Helena da Silva Hughes disse que “nos últimos anos muitos imigrantes, sobretudo dos Açores, foram juntar-se a familiares que já estavam” nos Estados Unidos e que alguns dos mais jovens encontraram proteção nesta ordem executiva.

 

 

Moses Apsan, que é dono de uma das empresas de advocacia especializadas em imigração mais populares do estado de Nova Jérsia, calcula ter ajudado mais de 100 portugueses a candidatarem-se ao programa.

 

 

“Nestes anos, preenchi entre 300 a 400 candidaturas. Cerca de metade eram de cidadãos portugueses”, explicou o advogado.

 

 

Bela Ferreira, diretora-executiva da Portuguese Organization for Social Services and Opportunities (POSSO), com sede em Santa Clara, na Califórnia, disse que asua organização “tem conhecimento de jovens protegidos pelo programa”, mas que é impossível indicar um número.

 

 

“A nossa comunidade está muito dispersa pelo vale [de São Joaquim], por isso não sabemos a dimensão desta realidade. Mas sabemos que há bastantes imigrantes recentes, vindos nos últimos 15 anos, e que uma parte deles se encaixa neste perfil”, explicou a líder comunitária.

 

O estado norte-americano calcula que 2,1 milhões de pessoas possam beneficiar do programa, que não inclui pessoas com mais de 31 anos ou que tenham chegado depois de 2007.

 

 

Neste momento, perto de 800 mil pessoas usufruem das suas proteções, o que lhes permitiu ir para a universidade, trabalhar de forma legal, visitar o país de origem e ter carta de condução.

 

 

As únicas diferenças destas pessoas para um cidadão norte-americano é que não têm passaporte, não podem votar e podem ser deportados se cometerem algum crime.

 

 

Em 2001, foi apresentada uma proposta de lei bipartidária chamada “Dream Act” (Development, Relief and Education for Alien Minors) que tornava efetiva a proteção a estes jovens, mas a iniciativa não foi aprovada.

 

 

Desde essa altura que estes jovens se organizam num movimento espalhado por todo o país e se autointitulam “dreamers” (sonhadores).

 

 

Fonte da embaixada de Portugal em Washington disse à comunicação social, no início do ano, que “a comunidade portuguesa e luso-americana é um comunidade bem integrada e, na sua larguíssima maioria, de segunda e terceira geração” e garantiu que a rede diplomática “continua a seguir com o máximo cuidado e atenção quaisquer desenvolvimentos que possam afetar cidadãos portugueses”.

 

 

Nova lei para protejer jovens indocumentados nos EUA enfrenta vários obstáculos

 

 

Com apenas seis meses para atuar, uma agenda preenchida e um partido republicano dividido, existem vários obstáculos para aprovar uma lei que proteja os jovens indocumentados que chegaram aos EUA em criança.

 

Estes jovens estavam protegidos pelo “Deferred Action for Childhood Arrivals” (DACA), o programa estabelecido por Barack Obama em 2012 que abrange cerca de 800 mil pessoas, mas o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, anunciou hoje o fim da iniciativa, dando uma janela de seis meses para o Congresso atuar.

 

 

“Congresso, preparem-se para fazer o vosso trabalho – DACA!”, escreveu o Presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter horas antes.

 

O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, e o líder do Senado, Mitch McConnel, são sensíveis à causa destes jovens. Paul Ryan, que pediu na semana passada que Donald Trump mantivesse a medida, já disse ter esperança numa solução.

 

 

“A minha esperança é que a Câmara e o Senado, com a liderança do presidente, sejam capazes de chegar a um consenso para uma solução legislativa permanente que garanta que aqueles que não fizeram nada de errado possam continuar a contribuir como uma parte valiosa do nosso país”, disse Ryan em comunicado.

 

A líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, também pediu aos colegas que aprovem legislação que proteja estes jovens “da crueldade sem sentido da deportação e proteja estas famílias da separação e dor”.

 

 

O apoio para uma lei deste género tem crescido dentro do partido Republicano, com o apoio de alguns membros importantes como o senador Lindsey Graham, mas alguns membros mais conservadores nunca irão aprovar tal medida.

 

 

“Terminar com o DACA dá-nos oportunidade de restaurar a lei e ordem. Atrasar [a sua revogação] para aprovar uma amnistia é um suicídio republicano”, disse o congressista conservador Steve King, do Iowa.

 

 

A lei precisa, portanto, de apoio democrata. Alguns republicanos, como o senador Tom Cotton, exploram a possibilidade de negociar com os democratas: aprovar uma lei que substitua o DACA, em troca de financiamento para o muro na fronteira com o México.

 

 

Membros do partido Democrata, no entanto, já disseram que a vida destes jovens não pode ser usada como argumento na negociação.

 

“Os ‘dreamers’ não são uma moeda de troca para o muro na fronteira e deportações desumanas. Ponto final”, disse o senador democrata Chuck Schummer.

 

 

Um voto nesta matéria teria de ser agendado por Paul Ryan e Mitch McConnel, ambos republicanos, e tradicionalmente os líderes do Congresso não programam votações sem o apoio da maioria dos seus membros.

 

 

A dificultar o processo está também a agenda preenchida do Congresso. Este outono, o ramo legislativo precisa aprovar um novo limite de endividamento do estado (para evitar que os EUA entrem em incumprimento), um novo orçamento e um pacote de ajuda para as vítimas do furação Harvey.

 

Donald Trump começou também recentemente a promover uma reforma fiscal, um objetivo ambicioso que representa uma promessa de campanha, e alguns republicanos continuam a insistir na necessidade de revogar, e substituir, a reforma de saúde aprovada por Barack Obama, algo que já falhou diversas vezes este ano.

 

 

O fim deste programa deverá afetar centenas de portugueses, segundo fontes da comunidade, embora as autoridades não divulguem dados sobre a nacionalidade dos que agora são afetados pela medida.

 

 

“Congresso, preparem-se para fazer o vosso trabalho – DACA!”, escreveu o Presidente dos EUA no Twitter. O programa, que foi lançado em 2012 por Barack Obama, permite a jovens que foram levados para os EUA em criança de forma ilegal receberem proteção contra deportação, autorização de trabalho e número de segurança social.

 

 

Numa segunda mensagem, Trump disse: “Não se enganem, vamos colocar o interesse dos CIDADÃOS AMERICANOS PRIMEIRO! Os homens e mulheres esquecidos não serão mais esquecidos.”

 

Uma lei para proteger estes jovens tem apoio nos dois partidos, na Câmara dos Representantes e no Senado, mas enfrenta forte oposição de alguns republicanos, que consideram a iniciativa uma amnistia, e uma agenda legislativa já muito preenchida, com a reforma fiscal, a aprovação de um novo orçamento e um novo limite de endividamento do país.

 

 

O Estado norte-americano calcula que 2,1 milhões de pessoas possam beneficiar do programa, que não inclui pessoas com mais de 31 anos ou que tenham chegado depois de 2007.
Neste momento, 750 mil pessoas usufruem das suas proteções, o que lhes permitiu ir para a universidade, trabalhar de forma legal, visitar o país de origem e ter carta de condução.

 

 

As únicas diferenças destas pessoas para um cidadão norte-americano é que não têm passaporte, não podem votar e podem ser deportados se cometerem algum crime.

 

 

 

 

 

Açores acompanham “com muita proximidade” alterações às políticas de imigração dos EUA

 

 

 

 

O diretor das Comunidades dos Açores, Paulo Teves, afirmou hoje que “o Governo dos Açores acompanha com muita proximidade” as alterações às políticas de imigração dos países onde residem comunidades açorianas.

 

“O Governo dos Açores acompanha com muita proximidade todas as alterações relativas às politicas de imigração dos países onde residem comunidades açorianas, como é o caso do programa ‘DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals)’ dos Estados Unidos da América”, disse Paulo Teves.

 

 

Segundo o responsável, ainda neste âmbito, “existe uma permanente comunicação com diversas organizações” nos Estados Unidos da América (EUA) “de apoio a imigrantes, bem como com as representações consulares portuguesas nas zonas de maior concentração da emigração açoriana”.

 

 

Um número indeterminado de jovens portugueses, que pode chegar às várias centenas, está em risco de deportação depois de o presidente americano, Donald Trump, ter decidido terminar com um programa que protege pessoas levadas para os EUA de forma ilegal em crianças.

 

 

Os EUA não divulgam o número de beneficiários por país do DACA, mas organizações que prestam apoio a imigrantes portugueses em Rhode Island, Massachusetts, Nova Iorque, Nova Jérsia e Califórnia garantiram à comunicação social que foi um programa muito popular nas suas comunidades.

 

 

 

O diretor regional das Comunidades dos Açores referiu não ser “possível avançar com dados relativos ao número de possíveis cidadãos portugueses, oriundos dos Açores, que estejam abrangidos no referido programa, que tem especificidades muito próprias, no que concerne à sua elegibilidade, nomeadamente a idade de emigração e data de chegada aos EUA”.

 

 

Segundo a Direção Regional das Comunidades dos Açores, que cita dados dos últimos censos norte-americanos, a comunidade portuguesa nos Estados Unidos é de cerca de 1,4 milhões de pessoas, estimando-se que 70% seja de origem açoriana.

 

 

Não obstante estar representada em todos os estados daquele país, a comunidade açoriana é mais expressiva na Califórnia, Massachusetts e Rhode Island.

 

 

Entre 1960 e 2014, saíram da região com destino aos Estados Unidos 96.292 emigrantes, informou a Direção Regional das Comunidades.

 

 

 

TPT com: AFP//Reuters//CNN//FOX//Lusa// 5 de Setembro de 2017

 

 

 

 

 

Cientistas testam resposta ao cancro com arte, música e gastronomia

Num laboratório há sons que se confundem com um instrumento de música, gráficos de computador que parecem arte contemporânea e “receitas de cozinha” que são seguidas escrupulosamente, em nome de uma experiência científica.

 

 

Durante um mês, a Lusa acompanhou Paulo Durão, Lília Perfeito e Claudia Bank, investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, no processo de testar os efeitos de um composto químico similar a um medicamento para o cancro numa levedura da cerveja e numa bactéria intestinal.

 

 

Deste trabalho podem sair pistas sobre o uso do fármaco na quimioterapia contra células cancerígenas com mínimo impacto nas células saudáveis.

 

 

A bactéria ‘Escherichia coli’ (E. coli) como a levedura ‘Schizosaccharomyces pombe’ (S. pombe), os organismos-modelo utilizados nesta experiência, são seres vivos simples, com uma só célula.

No decurso da experiência, as culturas de células da levedura cresceram quando expostas ao composto químico, ainda que a um ritmo progressivamente mais lento, conforme aumentavam as dosagens, enquanto as da bactéria não cresceram e apresentaram mutações, alterações no seu material genético, com doses intermédias da droga e decorrido mais tempo.

 

 

Bactérias que surpreendem

 

 

Conclusão dos investigadores: se as bactérias como a E. coli parecem mais suscetíveis ao composto, podendo ganhar-lhe resistência com o aparecimento de mutações genéticas, poderá ser útil examinar os micro-organismos presentes em doentes com cancro que estão a ser tratados com quimioterapia.

 

 

Tudo começa pelo princípio, e esta experiência, como todas as experiências científicas, inicia-se com o planeamento.

 

 

Claudia Bank, Lília Perfeito e Paulo Durão dividem tarefas, sentados junto a uma bancada com prateleiras repletas de frascos de diversos tamanhos com líquidos incolores, amarelos e castanhos. Nesta fase, ressalva Claudia Bank, que lidera o grupo de investigação de Dinâmica Evolutiva, “existem várias possibilidades, qualquer coisa pode acontecer, é indefinido”.

 

 

A cientista, alemã, tem a incumbência de fazer cálculos, equações e gráficos que permitam antever em que sentido se vai direcionar a resposta à droga de milhões de células da E. coli e da S. pombe. “As bactérias tendem a surpreender-nos com os resultados”, adverte Paulo Durão, a realizar o seu segundo pós-doutoramento, desta vez, e depois de ter passado pela Alemanha, no grupo de trabalho de Biologia Evolutiva, coordenado pela cientista Isabel Gordo, perita no estudo da E. coli.

 

 

Paulo Durão vai perceber mais adiante que tem razão: a E. coli desenvolve pouca resistência ao químico na dose mais alta, ao contrário do que faria supor o historial da resistência das bactérias a certos antibióticos.

 

 

A ideia é ver se é possível “minimizar o efeito da droga e o aparecimento da resistência”, assinala Lília Perfeito, investigadora-principal do grupo de Evolução e Estrutura Genómica.

 

No laboratório, como na cozinha, seguem-se receitas, neste caso para preparar as placas de Petri, alimentar as células e contá-las. Os ingredientes são vários: água destilada ou desmineralizada, glicose, aminoácidos, sais, vitaminas, minerais ou ágar, uma espécie de gelatina.

 

 

Os frascos que contêm as soluções líquidas com os ingredientes foram esterilizados numa ‘panela de pressão’ com água a 120 graus, tarefa que no IGC, está a cargo de funcionárias que todos os dias entregam às equipas de investigação os recipientes prontos a serem utilizados.

 

 

Os microrganismos são congelados a 80 graus negativos antes de serem manipulados pela primeira vez. Pelos corredores do IGC passam cientistas com caixinhas de esferovite. Têm gelo lá dentro para conservar o material de trabalho retirado do congelador.

 

 

Há quem use auscultadores para ouvir música enquanto trabalha, mas a banda sonora que mais se ouve nos laboratórios de biologia é o som produzido por bolinhas de vidro quando as placas de Petri são agitadas, fazendo lembrar o som emitido por um ‘xequeré’ (instrumento musical africano feito com uma pequena cabaça seca).

 

 

As esferas, que são também esterilizadas para poderem ser reutilizadas, são colocadas nas placas para dispersar as células embebidas numa solução aquosa, para que depois possam ser melhor identificadas.

 

 

Lília Perfeito e Paulo Durão numeram com uma caneta de feltro azul as colónias de células, com e sem droga, que injetaram nas placas de Petri com uma pipeta, sem luvas calçadas, porque tanto a bactéria como a levedura são inofensivas, mas com a chama do bico de Bunsen acesa, para evitar a contaminação do material em estudo. “Não queremos bactérias que não são convidadas”, ironiza Paulo.

 

 

À vista desarmada, as colónias de células são gotas esbranquiçadas. Apesar dos cuidados, ao fim de uma semana surge um fungo numa das placas. “Um erro técnico”, reconhece Paulo. “Às vezes, temos convidados inesperados”, afirma, com humor.

 

 

Semana após semana, há gestos que se repetem: colocar as culturas de células da E. coli e da S. pombe nas placas de Petri, selar as placas com fita, conservá-las a 32 graus numa estufa com a aparência de um minifrigorífico, esperar uns dias para ver se as células crescem, e, se sim, como aconteceu com a levedura, raspar as gotas que entretanto secaram, verter o material celular para uns tubinhos de plástico e calcular a biomassa das células registando a sua densidade ótica com um espectrofotómetro, depois de agitar as células numa solução líquida para as manter estáveis.

 

 

É o lado menos cativante, para Paulo Durão, de uma experiência científica, mas que é necessário para validá-la. “O resultado tem de ser estatisticamente significativo”, justifica. Trabalho de paciência? O cientista responde que sim, acenando com a cabeça.

 

 

Num gabinete fora do alcance de Lília e Paulo, e sentada em frente a um computador, Claudia Bank conta que, na véspera, esteve oito a dez horas a construir um modelo de uma célula a crescer e com uma mutação genética. Na verdade, o que se vê, à medida que a investigadora vai discorrendo as imagens no ecrã, são uma espécie de desenhos gráficos, cuja configuração se vai aprimorando. Como se, assume a própria, de uma obra de arte se tratasse.

 

 

 

TPT com: AFP//Reuters//Lusa/ Nuno Noronha//Notícias//Manuel de Almeida//LUSA// 4 de setembro de 2017

 

 

 

 

 

Grandes investidores não querem investir mais em Portugal por decisões de algum amadorismo

“As compras de obrigações portuguesas pelo Banco Central Europeu não vão durar para sempre”, admitiu uma fonte de um grande investidor institucional mundial.

 

 

Grandes investidores admitem não voltar a investir em Portugal, e a culpa é da operação de recompra de dívida do Novo Banco a obrigacionistas, escreveu o Diário de Notícias.

 

 

“As compras de obrigações portuguesas pelo Banco Central Europeu não vão durar para sempre”, admitiu uma fonte de um grande investidor institucional mundial.

 

 

Em 2015, os maiores credores do Novo Banco sofreram grandes perdas, depois de 2,2 mil milhões de euros em obrigações sénior do banco terem sido “confiscados”. Esse montante foi transferido para o BES mau. A decisão do Banco de Portugal foi um choque para os investidores que, agora, não pretendem voltar a investir em Portugal. “Portugal é que vai pagar no futuro todas estas decisões”, disse uma fonte de um destes investidores mundiais ao DN.

 

 

Alguns dos investidores dizem que “as decisões têm sido de algum amadorismo, com falhas técnicas, e com atitudes erráticas e imprevisíveis”. Outra fonte refere ainda que, em Portugal, “nota-se uma descoordenação entre as várias entidades. Isto é assustador, porque foram compradas obrigações seniores e nunca se sabe o que vai acontecer”.

 

 

Um comité de obrigacionistas, formado por grandes credores, enviou uma carta ao supervisor por considerar que a proposta do Novo Banco não tem base legal e que, “servirá apenas para facilitar a venda à Lone Star”. Estes investidores têm o poder de travar a venda do banco, uma vez que detêm mais de 30% do valor nominal das obrigações, e a operação exige um nível mínimo de aceitação de 75%.

 

 

BCP leva mecanismo de capitalização contingente do Novo Banco a tribunal

 

BCP avançou no dia 1 de Setembro com uma acção jurídica contra o mecanismo de protecção dos activos problemáticos do Novo Banco previsto no acordo de venda.

 

O BCP decidiu levar mais longe as críticas ao mecanismo de capitalização contingente que pode levar o Fundo de Resolução a injectar até 3.890 milhões de euros no Novo Banco. Mecanismo esse que faz parte do acordo de venda do Novo Banco ao Lone Star. O banco decidiu levar o mecanismo, que é uma das condições de venda do Novo Banco ao Lone Star, a Tribunal para “apreciação jurídica”.

 

 

“O Banco Comercial Português informa que, após ter transmitido reservas relativamente à obrigação de capitalização contingente pelo Fundo de Resolução que foi anunciado estar incluída em acordo de venda do Novo Banco, decidiu, perante o termo do prazo legal e por cautela, solicitar a apreciação jurídica respetiva em ação administrativa”, refere o banco liderado por Nuno Amado num comunicado publicado na CMVM.

 

 

Mas o banco também avisa que “esta diligência não visa nem comporta a produção de quaisquer efeitos suspensivos da venda do Novo Banco e, consequentemente, dela não resulta legalmente nenhum impedimento à sua concretização nos prazos previstos, centrando-se exclusivamente naquela obrigação de capitalização”.

 

 

Não foi possível avaliar o real impacto desta iniciativa do BCP na operação da venda do Novo Banco, caso o tribunal seja favorável à posição de princípio do banco liderado por Nuno Amado em relação à obrigação de capitalização contingente que serve de garantia ao valor dos ativos problemáticos do Novo Banco.

 

 

Sabe-se apenas que a entrada da ação não suspende a venda, garante o BCP.

 

 

Tal como o Jornal Económico noticiou em primeira-mão, os bancos, através da Associação Portuguesa de Bancos, escreveram uma carta ao Banco de Portugal enquanto autoridade de resolução responsável Fundo de Resolução, manifestando preocupações relativamente ao custo para os bancos que a venda no Novo Banco, nos moldes em que foi acordada, representava para o sistema bancário. Pois através do mecanismo que visa proteger a Lone Star dos riscos inerente aos activos problemáticos do Novo Banco, o Fundo de Resolução que é detido pelos bancos do sistema, é chamado a capitalizar o banco em 3.890 milhões de euros.

 

 

Os bancos propunham nessa carta, que não teve feed-back, alterar o mecanismo de partilha de risco acordado na venda do Novo Banco ao Lone Star, no sentido de baixar a sua exposição. E alertaram também  para uma distorção da concorrência criada pelo mecanismo que foi aprovado.

 

 

Na carta, noticiada em primeira-mão pelo Económico, os bancos pediam que os ativos problemáticos fossem autonomizados numa unidade à parte e que a troca de obrigações gerasse reservas para o Novo Banco superiores aos 500 milhões previstos, para reduzirem a hipótese de terem de financiar o processo, se for usado o mecanismo de capitalização contingente.

 

 

O pedido foi feito através da Associação Portuguesa de Bancos (APB), que escreveu uma carta ao Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, a sugerir alterações às condições em que os bancos são chamados a recapitalizar o Novo Banco, através do chamado mecanismo de capitalização contingente.

 

 

 

Banco de Portugal garante que ação do BCP não suspende nem trava venda do Novo Banco

 

Em comunicado, o Banco de Portugal reagiu à ação jurídica do BCP e possível impato sobre a venda do Novo Banco.

“Tendo tomado conhecimento da comunicação do BCP, o Banco de Portugal sublinha que não há qualquer alteração no procedimento de venda do Novo Banco, nomeadamente no acordo assinado com o Lone Star e no calendário acordado”, garante o Banco de Portugal que é autoridade da resolução em Portugal responsável pelo Fundo de Resolução.

 

 

“O processo de venda do Novo Banco decorrerá dentro dos prazos previstos uma vez que, tal como decorre da informação do BCP, a ação junto do tribunal administrativo não tem como objetivo suspender ou travar este processo de venda”, assegura a entidade liderada por Carlos Costa.

 

 

 

TPT com: Rafael Marchante/Reuters//Maria Teixeira Alves//Jornal Económico//Cátia Borrego// Mario Proença/Bloomberg // 3 de Setembro de 2017

 

 

 

 

 

 

 

Merkel e Macron querem endurecimento das sanções à Coreia do Norte

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, defenderam o “endurecimento” das sanções da União Europeia à Coreia do Norte na sequência do sexto ensaio nuclear realizado por Pyongyang, indicou o governo germânico.

 

 

No decorrer de uma conversa telefónica, os líderes alemão e francês concordaram que “a última provocação lançada pelo dirigente de Pyongyang atingiu uma nova dimensão”, refere o comunicado.

 

 

A Coreia do Norte anunciou ter testado, com sucesso, hoje uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental.

 

 

O anúncio do “total sucesso” do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como ‘bomba H’, foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, horas depois de Seul e Tóquio terem detetado uma invulgar atividade sísmica na Coreia do Norte.

 

 

 

Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

 

 

O anúncio tem lugar depois de, na noite de sábado, a agência oficial norte-coreana KCNA ter garantido que a Coreia do Norte conseguira desenvolver com êxito uma bomba de hidrogénio passível de ser instalada num míssil balístico intercontinental (ICBM).

 

 

A KCNA divulgou então uma fotografia de Kim Jong-un junto a uma suposta ‘bomba H’, acompanhado por cientistas nucleares e altos oficiais do Departamento da Indústria de Munições do Partido dos Trabalhadores, apesar de, como é habitual, não ter facultado detalhes sobre o local nem a data do acontecimento.

 

 

 

Macron quer comunidade internacional a reagir “com maior firmeza” contra Coreia do Norte

 

 

O Presidente de França, Emmanuel Macron, apelou este domingo à comunidade internacional para reagir “com a maior firmeza”, após o novo ensaio nuclear da Coreia do Norte, que considera que “afeta a paz e a segurança”.

“O Presidente apela aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas a reagir rapidamente a esta nova violação pela Coreia do Norte do direito internacional (…)”, disse o Eliseu em comunicado, que pede também uma reação “unida e clara” da União Europeia.

 

 

A Coreia do Norte anunciou hoje ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental.

 

 

O anúncio do “total sucesso” do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como ‘bomba H’, foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, horas depois de Seul e Tóquio terem detetado uma invulgar atividade sísmica na Coreia do Norte.

 

 

Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

 

 

 

Trump rejeita o diálogo: “A Coreia do Norte só entende uma coisa!”

 

 

O Presidente reage ao último teste nuclear de Pyongyang e diz que a Coreia do Norte continua a ser uma fonte de embaraço para a China.

Donald Trump reagiu ao mais recente teste nuclear da Coreia do Norte com uma série de mensagens na rede social Twitter, ao início da tarde deste domingo, manhã em Washington.

 

Em três mensagens, o presidente dos EUA diz que não vale a pena perseguir a via do diálogo com Pyongyang, pois o regime “só entende uma coisa”.

 

“A Coreia do Norte levou a cabo um teste nuclear de grande escala. As suas palavras e acções continuam a ser muito hostis e perigosas para com os Estados Unidos. A Coreia do Norte é uma nação pária que se tornou uma grande ameaça e fonte de embaraço para a China, que tem tentado ajudar, mas sem grande sucesso. A Coreia do Sul tem vindo a perceber, como eu já lhes tinha dito, que a sua conversa de apaziguamento com a Coreia do Norte não vai resultar, eles só entendem uma coisa!”

 

 

Trump não especifica que “coisa” é que a Coreia do Norte entende, mas pode-se inferir das suas palavras que se trata do uso da força.

 

 

A Coreia do Norte anunciou durante a madrugada deste domingo ter concluído com “perfeito sucesso” um teste nuclear com uma bomba de hidrogénio. A confirmar-se trata-se de um passo muito significativo para a conclusão do programa nuclear de Pyongyang e um agravamento sério da crise que opõe aquele regime a praticamente todo o mundo, com destaque para os Estados Unidos.

 

 

A Casa Branca já anunciou que Trump irá reunir com a sua equipa de segurança nacional ainda este domingo para avaliar a resposta a dar a mais esta provocação.

 

 

A Coreia do Norte testou mesmo uma bomba de hidrogénio? E o mundo deve ter medo?

 

 

 

É verdade que a Coreia do Norte levou a cabo mais um teste nuclear? Que tipo de bomba é que a Coreia do Norte testou? Que impacto internacional poderá ter este teste?

 

 

A primeira pergunta a fazer em relação a qualquer notícia oficial que vem de Pyongyang é se é verdade, uma vez que a relação entre a propaganda do regime e a realidade é tudo menos linear.

 

 

Neste caso, a detecção de actividade sísmica na zona do alegado teste coincide com a que houve em vários casos anteriores em que a Coreia do Norte disse ter testado armas nucleares. Tendo em conta este facto, os especialistas acreditam que de facto houve um teste. Se correu tão bem como o regime afirma, ou mesmo se foi do tipo de explosivo que a televisão norte-coreana anunciou, é outra questão.

 

 

Que tipo de bomba é que a Coreia do Norte testou?

 

 

Segundo a informação oficial de Pyongyang, a arma testada foi uma bomba de hidrogénio. A ser verdade, trata-se da primeira vez que o país testa uma bomba deste tipo e representa um aumento significativo do seu poderio e da sua tecnologia nuclear e atómica. As bombas de hidrogénio são muito mais potentes que as armas nucleares normais, que já se sabia que o país detinha.

 

 

Mesmo que se confirme que foi uma bomba de hidrogénio, falta confirmar se o regime tem capacidade para de facto a montar num míssil intercontinental, como afirma, e se esse míssil pode sair e reentrar na atmosfera da terra sem se desintegrar.

 

 

Em todo o caso, um teste bem-sucedido implica que a ameaça nuclear da Coreia do Norte aumentou e confirma que o regime não tem a menor intenção de reduzir ou abandonar o seu programa nuclear.

 

 

 

Por que é que a Coreia do Norte está interessada em ter um arsenal nuclear?

 

 

Nunca é de descartar a possibilidade de a Coreia do Norte usar as suas armas nucleares de forma agressiva, atacando a Coreia do Sul ou mesmo o Japão, os seus dois grandes rivais regionais. Ter um arsenal nuclear dá a Pyongyang algum poder negocial com o mundo, nomeadamente no que diz respeito ao pedido de auxílio económico e humanitário de que depende para sobreviver enquanto Estado independente. Donald Trump referiu-se recentemente a este facto acusando a Coreia de extorsão sob o disfarce de diálogo.

 

 

A desproporção entre a capacidade bélica do Estado norte-coreano e a pobreza e o atraso de desenvolvimento do resto da nação é enorme e a fome é uma ameaça sempre presente no país.

 

 

A médio prazo parece definitivamente de descartar qualquer esperança de que o novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, liberalizasse o país e pusesse fim ao isolamento a que Pyongyang se votou desde o final da guerra da Coreia e, sobretudo, desde o fim do regime soviético. Mesmo a China, que continua a suportar o regime, tem-se recusado a convidar o novo líder para visitar Pequim e mostra cada vez maiores sinais de impaciência. Contudo, a China sabe que qualquer instabilidade no país levaria a um influxo de refugiados, com a qual não quer lidar.

 

 

Que impacto internacional poderá ter este teste nuclear?

 

 

Os países que mais directamente se preocupam com o assunto são a Coreia do Sul, naturalmente, e o Japão, que ficam em estado de alerta. Contudo, convém recordar que a mera posse de uma bomba deste calibre não basta. É preciso que o país tenha também a tecnologia para a colocar num míssil de longo alcance, algo que não é certo que a Coreia do Norte tenha conseguido fazer (mesmo que não tenha, tal pode ser apenas uma questão de tempo).

 

 

Já o Governo americano vê-se diante de um paradoxo, uma vez que sente a obrigação de condenar os testes e apoiar a sua aliada Coreia do Sul, mas é precisamente esta “ingerência” americana que Pyongyang invoca para justificar o seu arsenal. Num anterior teste, em 2016, a apresentadora de televisão norte-coreana afirmou que “perante a atitude hostil dos EUA, abandonar o programa nuclear seria uma tolice, como um caçador baixar a arma perante a carga de um lobo feroz”. 

 

 

A eleição de Donald Trump representou uma mudança de paradigma. A linha oficial dos EUA já não é apenas de apelos à calma e condenações. Trump já disse que o problema da Coreia do Norte não se resolve pelo diálogo e agora, depois de mais este teste, afirmou que o regime “só entende uma coisa”, podendo-se inferir que se refere ao uso da força. Contudo, não foi ainda tomada nenhuma medida concreta nesse sentido por parte de Washington.

 

 

 

TPT com: AFP//Reuters//Filipe d’Avillez / Lusa/Observador/ 3 de Setembro de 2017

 

 

 

 

 

 

A deputada Teresa Morais, vice-presidente do PSD, continua a conquistar adeptos nos Estados Unidos

A ex-ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania e actual vice-presidente do PSD, Teresa Morais, esteve nas Nações Unidas em New York, para participar, como membro da delegação portuguesa à União Inter-parlamentar nos trabalhos da sessão temática sobre a contribuição dos migrantes e da diáspora para todas as dimensões do desenvolvimento sustentável não apenas financeiro mas também social para o progresso das nações.

 

 

Uma discussão que envolveu mais de trinta intervenções de delegações governamentais e onde foram também sublinhados os temas da imigração ilegal e da atuação das redes de tráfico de seres humanos.

 

 

“Terminada a sessão sobre a contribuição dos migrantes e da diáspora para todas as dimensões do desenvolvimento sustentável, está prestado o meu contributo para a discussão de um tema de grande importância para o mundo e para Portugal. Espera-se agora que as múltiplas intervenções produzidas nestes dias constituam verdadeiro material de trabalho para as Nações Unidas”, disse Teresa Morais.

 

Teresa Morais, que também foi secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, continua a dedicar-se à luta pela igualdade de género no meio laboral e ao combate à violência doméstica. Durante o seu mandato conseguiu que treze empresas cotadas na bolsa assinassem um acordo de compromisso para terem 30% de mulheres nos seus Conselhos de Administração e direções até 2018.

 

Após o terceiro e último dia dos trabalhos nas Nações Unidas, Teresa Morais sublinhou que foram ainda envolvidos na discussão do tema das migrações os parlamentares, a sociedade civil e a academia. “Na minha intervenção lembrei a longa tradição portuguesa em matéria de migrações, a qualidade da nossa legislação e a existência reconhecida de boas práticas há muitos anos mas também as dificuldade atuais verificadas no processo de recolocação de refugiados. Portugal manifestou, desde o início, disponibilidade para acolher refugiados mas centenas dos que vieram viver entre nós saíram entretanto, para países mais atrativos. Portugal funciona para muitas pessoas como um corredor de passagem para o norte da Europa. Quer Portugal quer a União Europeia precisam de refletir sobre as regras e o método do processo de recolocação de refugiados”, referiu.

 

 

Teresa Morais, durante a sua estadia nos Estados Unidos esteve ainda na cidade de Palm Cost, estado de Flórida, onde foi recebida pelo Cônsul Honorário Dr. Caesar DePaço, que a guiou numa visita às instalações deste consulado português na Flórida.  Teresa Morais manteve também contactos com alguns empresários portugueses e luso-descendentes que residem no estado de Flórida e participou num jantar-serão em sua honra que teve lugar no dia 24 de Julho no Centro Português de Mineola, estado de New York, no qual participaram algumas personalidades da comunidade portuguesa deste estado norte-americano, ligadas ao associativismo, à cultura, à politica e ao empresariado.

 

Teresa Morais em Mineola teve bolo de “boas vindas”, flores e a companhia do ex-senador do estado de New York, Jack Martins, actual candidato a Director Executivo do Condado de Nassau, pelo Partido Republicano (em baixo na foto) e cujas eleições vão ter lugar na primeira semana do próximo mês de Novembro.

 

O Condado de Nassau, que foi fundado em 1899, conta com uma população de aproximadamente 1.439.500 habitantes. Foi “batizado” em homenagem a William Nassau, Príncipe de Orange, que mais tarde se converteria em rei Guilherme III de Inglaterra. É um dos 62 condados do estado norte-americano de Nova Iorque e tem como sede a vila de Mineola, uma das vilas mais emblemáticas do estado de New York. Esta vila tornou-se oficialmente sede de concelho no dia 13 de Julho de 1900, graças ao então governador e futuro presidente dos Estados Unidos, Theodore Rosevelt, que lançou os alicerces para a fundação do Condado de Nassau.

 

 

Mineola, cujo nome é derivado de um nativo americano, foi também um lugar familiar para muitos dos mais famosos pilotos aviadores, deste país, e do mundo, que aqui, aproveitando os ventos favoráveis, associavam a profissão ao perigo e à aventura, contribuindo para o avanço da aviação mundial.

 

Actualmente, Mineola, tem uma população estimada em cerca de 21 mil habitantes. Destes, 9 mil são portugueses.

 

A exemplo de outras cidades e vilas norte-americanas, também aqui é notório o envolvimento da comunidade portuguesa e luso-americana na vida política, cultural e empresarial, desta localidade.

 

Rosa Martins, presidente da Secção do PSD-USA no estado de New York (na foto com Teresa Morais) foi a mentora da realização deste jantar convívio que contou com a colaboração de várias pessoas portuguesas e luso-americanas do Condado de Nassau.

 

Entre os convidados estavam também  a presidente do Long Island Portuguese Lions Club, Ana Maria Miranda,  o presidente da associação cultural e recreativa  “Centro Português de Mineola” , Fernando Frade (à esquerda na foto) e ainda o ex-senador de New York e actual candidato à administração do Condado de Nassau, Jack Martins(à direita na foto).  Na foto, ao centro, está Rosa Martins e Teresa Morais.

 

Após o jantar, Teresa Morais visivelmente bem disposta,  agradeceu a presença de todos(as) e referiu que “após o final de um dia de trabalho sabe muito bem este convívio com a nossa gente da comunidade portuguesa de Mineola. Obrigada a todos pela forma sempre bonita como sou recebida e em especial à coordenadora local do PSD, Rosa Martins, incansável e generosa”, disse.

 

 

Durante a sua alocução, Teresa Morais abordou ainda alguns dos problemas que mais afectam actualmente a sociedade portuguesa e voltou a questionar a falta de explicações por parte do Governo em relação aos incêndios da região Centro, que causaram 64 mortes.

 

Teresa Morais classificou as consequências deste incêndio como “a tragédia maior e mais horrenda” de que há memória e colocou, entre outras, questões sobre o não encerramento “em tempo útil” da estrada 236-1 quando deflagrou o incêndio em Pedrógão Grande, bem como os apoios às famílias necessitadas que tardam em chegar.

 

“Não nos basta assistir ao cortejo de responsáveis deambulando por territórios cobertos de cinzas, anunciando levantamentos que tardam e medidas que não se sabe quando chegam”, disse, repetindo a acusação já feita pelo PSD e por outras forças da sociedade  portuguesa, de que “o Estado falhou”.

 

 

A vice-presidente do PSD lembrou ainda que o seu partido quer é que o Executivo  “assuma a responsabilidade política de começar a indemnizar os familiares das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande” e pediu a António Costa que explique olhos nos olhos aos familiares das vítimas porque o Governo e o PS não apoiaram a iniciativa do PSD e do CDS para criar um mecanismo rápido e fácil de os indemnizar. O Governo não tem dado informações por sua iniciativa, e tem tratado o assunto com défice de informação e falta de transparência”, acusa Teresa Morais que continua a insistir que o PSD querer saber qual o montante dos donativos já entregues por particulares para ajudar as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e como é que essas verbas estão a ser distribuídas. As questões foram, de novo, enviadas ao Governo, depois de não ter havido resposta às perguntas enviadas há cerca de um mês.

 

 

“As pessoas não sabem quanto, a quem foi dado e para que fins”, afirma a deputada Teresa Morais, referindo que a mesma pergunta sobre o montante exacto dos donativos não foi respondida por nenhum dos três ministros a quem se destinou o requerimento do passado mês de Julho. Nem a ministra da Administração Interna nem o ministro da Segurança Social responderam”.

 

 

Teresa Morais fez ainda questão de lembrar que  passaram mais de dois meses sobre a tragédia de Pedrógão e que pouco foi feito para resolver os problemas das pessoas e muitas perguntas estão por responder. “Há mais de um mês o PSD perguntou ao governo qual era o valor dos donativos em dinheiro entregues pelos particulares, como forma de solidariedade com as vítimas dos incêndios. Não recebemos resposta, mas não desistimos. Entregámos novas perguntas ao governo. Queremos saber:

 

– qual é o exato valor dos donativos em dinheiro entregues pelos particulares através de transferências bancárias e de depósitos, que o governo terá integrado no Fundo que criou para os gerir?

 

– qual o montante destas verbas que já foi entregue às vítimas dos incêndios, a quem e para que fins?

 

– que apoios, financeiros ou outros, foram prestados aos bombeiros vítimas dos incêndios e às suas famílias?

 

O governo tem o dever de informar os portugueses com rigor e transparência. Não aceitaremos o silêncio que nos querem impor”.

 

 

Outro dos assuntos que a deputada social democrata fez questão de sublinhar neste jantar, foi o roubo de material militar na base dos paraquedistas em Tancos, que foi descoberto no dia 28 de Junho, o qual considerou “muitíssimo preocupante” e lamentou que a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna só tenha sabido do furto de material de guerra em Tancos pelos jornais e considerando que isso revela “fragilidade e descoordenação”.

 

 

Para o PSD “o primeiro-ministro claramente desvalorizou aquele episódio e disse que o material furtado não tinha qualquer interesse e não teria até perigosidade”.

 

 

Teresa Morais acha que estas áreas de soberania estão mal tratadas no Governo e não se comporão “enquanto não houver uma remodelação profunda neste domínio”, insistindo ainda que considera que “o assalto aos paióis militares em Tancos, como assunto de Estado que é, se reveste de extrema gravidade, devendo ser investigada a situação e definidas todas as consequências que ao caso couberem”.

 

O furto de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.

 

Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.

 

Em 20 de julho, o ministro da Defesa anunciou o encerramento definitivo dos paióis nacionais de Tancos devido às dificuldades logísticas de garantir a segurança.

 

“O que nos preocupa é que exista uma instalação critica numa base militar que possa ter sido alvo de um assalto, um roubo ou um furto que atirou para o mercado negro, para a área do crime, um conjunto elevado de material de guerra que sendo colocado clandestinamente nas redes nacionais e internacionais pode vir a parar nas mãos do crime organizado, ou de terroristas”, sublinhou Teresa Morais.

 

 

O tráfico internacional de armas é uma questão que preocupa quer as Nações Unidas, quer a Interpol, quer mesmo a União Europeia e a NATO. Nos países da NATO e da Europa isto não acontece certamente. “Em Portugal quer queiramos quer não, temos de assumir estas situações para que elas sejam tratadas com toda a seriedade e celeridade”, concluiu Teresa Morais que prometeu voltar no próximo ano para mais um encontro com a comunidade portuguesa e luso-descendente do Condado de Nassau.

 

 

Quem é a vice-presidente da Comissão Política Permanente do PSD?

 

 

Maria Teresa da Silva Morais, nasceu no dia 21 de julho de 1959 e é uma jurista, assistente universitária e política portuguesa. Foi ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX Governo Constitucional de Portugal.

Atualmente é deputada à Assembleia da República e Vice-presidente da Comissão Política Permanente do PSD.

 

Teresa Morais é licenciada e mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, sendo docente assistente dessa Faculdade e também docente da Universidade Lusíada de Lisboa.

 

 

Foi advogada entre 1984 e 1987, assessora jurídica da Presidência do Conselho de Ministros (X Governo Constitucional) e bolseira da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1989-1990) e da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (1993-1994). Foi professora auxiliar da Universidade Moderna (1990-2002) e professora do Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais (1993-1994).

 

 

Desempenhou o cargo de deputada à Assembleia da República nas IX (2002-2005) e XI (2009-2011) legislaturas, tendo sido vice-presidente do grupo parlamentar do PSD. Em 2011, foi nomeada Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade no XIX Governo Constitucional, até 2015, altura em que assumiu a pasta de Ministra da Cultura, Igualdade e Cidadania do XX Governo Constitucional.

 

É atualmente deputada à Assembleia da República na decorrente XII legislatura, eleita pelo círculo eleitoral de Leiria. É membro da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, membro da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdade e Garantias (suplente) e membro da Delegação Portuguesa na União Inter-Parlamentar, integrando a Comissão Democracia e Direitos Humanos e o Conselho Diretivo.

 

Actualmente Teresa Morais é Vice-presidente do PSD e membro da Comissão Política Permanente liderada por Pedro Passos Coelho.

 

 

TPT com: RM// Fotos de Rosa Martins// CMM//JM// The Portugal Times// 10 de Agosto de 2017  

 

 

 

 

 

 

A assessora presidencial norte-americana Kellyanne Conway garante que Trump vai exercer o cargo durante dois mandatos

“O Presidente diz muitas vezes, em público e em privado, que será Presidente durante mais sete anos e meio, pelo que planeia ser um Presidente de dois mandatos”, declarou Conway a George Stephanopoulos, ‘pivot’ do programa “This Week”, na estação televisiva ABC.

 

 

A assessora de Trump, que desempenhou um importante papel na campanha que levou o candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, respondeu assim a uma notícia publicada pelo jornal The New York Times na sua edição de sábado.

 

 

Segundo o diário, destacados membros do Partido Republicano iniciaram uma “campanha na sombra”, à margem de Trump, para as presidenciais de 2020.

 

 

Embora o Presidente não tenha indicado que não se recandidatará, mais de 75 membros do partido consultados pelo jornal nova-iorquino não veem com bons olhos que o multimilionário concorra às eleições de 2020, dada a instabilidade da sua Presidência, por causa da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre as possíveis ligações à Rússia da sua campanha presidencial em 2016.

 

 

O Times também indica que alguns colaboradores do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, falaram em privado sobre uma possível candidatura presidencial deste.

 

 

Contudo, o próprio Pence classificou hoje em comunicado essa notícia como “vergonhosa e ofensiva” e “categoricamente falsa”, frisando ao mesmo tempo que está concentrado em “impulsionar a agenda do Presidente e vê-lo ser reeleito em 2020″.

 

 

Na mesma linha, Kellyanne Conway negou hoje as informações veiculadas pelo New York Times, que apelidou de “ficção total”.

 

 

“É absolutamente verdade que o vice-presidente se está a preparar para 2020, para a reeleição como vice-presidente”, disse a assessora, sublinhando que Pence é “muito leal” e “incrivelmente eficiente” no desempenho do seu cargo.

 

 

Desde que Trump chegou à Casa Branca, em janeiro deste ano, as dúvidas sobre a duração da sua Presidência surgem constantemente, devido às frequentes polémicas que têm manchado o seu mandato e à investigação da trama russa, que irrita sobremaneira o chefe de Estado.

 

 

Esta semana foi divulgada a notícia de que a investigação sobre a Rússia adquiriu dimensão suficiente para merecer a formação de um grande júri, uma revelação que imprimiu um novo fôlego às especulações sobre a investigação de Mueller.

 

 

A formação de um grande júri, que permite requerer documentos e ouvir testemunhas sob juramento, é um sinal de que a investigação sobre o caso da alegada ingerência russa tem mais peso do que Trump gostaria, embora este continue a classificá-la como “uma farsa”.

 

 

Trump diz que “a Casa Branca é uma autêntica lixeira”

 

 

 

A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário da agência AP sobre a notícia, que apareceu num extenso artigo colocado no sítio da internet golf.com.

 

A história sobre o gosto de Trump pelo golfe também apareceu na revista “Sports Illustrated”.

 

No texto conta-se um episódio no qual Trump está a trocar impressões com alguns membros do clube. O atual presidente dos EUA disse a estes que aparece tantas vezes na sua propriedade em Bedminster, no Estado de Nova Jérsia, porque, justificou, “a Casa Branca é uma autêntica lixeira”.

 

 

Trump passou praticamente todos os fins de semana da sua presidência a visitar várias propriedades que possui ou tem arrendado, incluindo Bedminster.

 

 

Serviços Secretos trocam Torre Trump por caravana na rua

 

 

 

Os Serviços Secretos dos Estados Unidos da América abandonaram o espaço que ocupavam na Torre Trump, em Nova Iorque, depois de uma disputa entre o governo e a empresa do presidente Trump em torno do preço do aluguer.

 

Os membros deste serviço de segurança, que tem por função garantir a proteção do chefe de Estado e da residência que tem no edifício, operam agora a partir de uma caravana situada na rua, segundo os diários “The Washington Post” e “The New York Times”.

 

 

Desde o final de 2015, quando Donald Trump se tornou um dos favoritos para conseguir a nomeação republicana para a candidatura presidencial, que os Serviços Secretos tinham instalado um posto de controlo numa unidade na torre, no piso inferior ao da residência do magnata.

 

 

Segundo estes meios de comunicação, as negociações entre as duas partes para continuar o aluguer fracassaram em julho e, se bem que não haja motivo oficial, duas fontes asseguraram ao “Washington Post” que as diferenças sobre o preço foram um dos motivos.

 

 

“Depois de muita consideração, determinou-se mutuamente que seria mais rentável e prático, desde um ponto de vista logístico, que os Serviços Secretos alugassem espaço noutro sítio”, afirmou ao jornal Amanda Miller, uma porta-voz da Organização Trump.

 

 

Desde que tomou posse do cargo de presidente, em janeiro, que Trump não regressou ao seu apartamento nova-iorquino, se bem que a esposa, Melania, e o seu filho menor, Barron, ali tenham vivido até que se mudaram para Washington, em junho.

 

 

A Torre Trump está situada na Quinta Avenida de Manhattan e oferece espaços residenciais e de negócios.

 

 

Os dois filhos de Trump, que ficaram à frente das empresas do pai, estão ali habitualmente, segundo os jornais.

 

 

O Departamento de Defesa dos EUA tem instalado no edifício um escritório militar para dar apoio à Casa Branca, pagando pelo espaço 130 mil dólares (110 mil euros) mensais.

 

 

TPT com: EPA//Lusa// SHAWN THEW//AFP//Reuters// 7 de Agosto de 2017

 

 

 

 

 

Música e Vinho Madeira ‘brindaram’ no Liberty Hall Museum, estado de New Jersey, aos 241 anos da Independência dos EUA

Numa iniciativa do Cônsul Geral de Portugal em New Jersey,  Bethlehem e Pennsylvania, Dr. Pedro Soares de Oliveira, em parceria com o Presidente do Liberty Hall Museum, John Kean e o Director Bill Schroh Jr., cerca de duas centenas de convidados comemoraram com um brinde de “generoso” Vinho Madeira, os 241 anos da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.

A recepção que decorreu nos jardins do Liberty Hall Museum, foi muito apreciada pela comunidade americana e luso-descendente de New Jersey, devido ao significado da celebração e da interessante oportunidade das pessoas confraternizarem entre si, discutindo história e desfrutarem de bons petiscos e degustarem alguns vinhos portugueses, com destaque para o Vinho Madeira,  naquele que é um dos mais emblemáticos espaços do Condado de Union.

 

Esta recepção, presidida pelo Cônsul Geral de Portugal Dr. Pedro Soares de Oliveira, proporcionou um espectacular encontro convívio entre portugueses, luso americanos e americanos.

 

Entre os convidados e para além de várias figuras ligadas à vida empresarial, cultural e associativa do estado de New Jersey, estava também o Dr. José Luís Fernandes (na foto à esquerda), o primeiro juíz português na história da cidade de Filadélfia, aqui acompanhado pelo Presidente do Liberty Hall Museum, John Kean, e pelo casal Cristina Pucarinho e Pedro Soares de Oliveira.

 

 

José Luís Fernandes elogiou a iniciativa que se reveste, segundo ele, de um significado histórico e comercial muito importante, “quer para a ilha da Madeira, quer na própria história dos EUA onde o Vinho da Madeira manteve um papel importante, integrando hábitos e costumes dos seus habitantes e fazendo parte de acontecimentos históricos relevantes para a História americana”, disse.

 

Destas celebrações do 4 de Julho no Liberty Hall Museum, faziam ainda parte um concerto musical com músicos madeirenses vindos prepositadamente da Ilha e uma mostra de garrafas Vinho Madeira e outros documentos históricos relacionados, encontrados por acaso há alguns anos quando no Museu se procedia a obras de restauro.

As garrafas encontradas datam de 1789 e delas constam algumas de Verdelho Madeira.

Há bastante tempo que se sabe que estes vinhos melhoram com o calor. Os chamados torna-viagem aqueles que iam para locais distante de navios, do tempo das viagens marítimas e quando os que não eram vendidos voltavam verificava-se que estavam muito melhores, eis que submetidos ao calor e abafamento dos porões.

 

O Vinho Madeira, que viajou pelas cortes europeias e fez parte das rotas da India e das Américas, o preferido de governantes e estadistas, amado por poetas, apreciado por exploradores e aventureiros e fonte de inspiração de artistas, marcou a sua história no Mundo e ainda hoje é relevante nos momentos históricos internacionais, bem como o será também no futuro.

 

Segundo alguns historiadores, os primeiros dados da presença do Vinho Madeira nos Estados Unidos recuam a 1640, quando chegou a New England, espalhando-se depois para Boston e outras cidades. Mas só em meados do século XVIII é que passa a ser muito procurado pelos americanos. Desde aí, o Vinho Madeira começou a marcar presença nos portos de Boston, Charleston, Nova Iorque e Fiiladélfia, Baltimore, Virginia, estados fundadores desta Nação, sendo usado como produto de troca por farinha ou madeira para pipas.

 

E passados duzentos e quarenta e um anos, portugueses e americanos continuam a desfrutar de uns petiscos portugueses e de um copo de vinho Madeira, em comunhão com a natureza, brindando em conjunto, à Independência dos Estados Unidos da América.

 

Ouvindo, o som de um interessante trio de cordas garantia estilo e requinte e trouxe ao  evento o clima perfeito para os convidados interagirem, interpretando obras consagradas escritas para violino e violoncelo.

 

 

Enquanto isto, o tempo de espera para os discursos e para o concerto musical de música popular portuguesa, era excelente, e beneficiava o convívio geral enquanto se bebericava um copo de vinho e se degustavam alguns petiscos do Restaurante Valênça, aproveitando também alguns para colocar alguma conversa em dia.

 

No exterior, os amantes da natureza reconhecem este local histórico como um interessante e diversificado espaço de cultura e lazer e também como, contendo bonitas zonas verdes.

 

É verdade, mas, para além disto, o  Liberty Hall Museum da Kean University narra mais de 241 anos de história americana.

 

E foi nesta tenda montada para o efeito que mais de duzentos convidados ouviram os discursos oficiais e o som da música e da voz que os madeirenses troxeram até aqui para alegrar o brinde comemorativo dos 241 anos da Declaração de Independência dos Estados Unidos.

 

Há hora marcada, Jennifer M. Costa, Director of the Elizabeth Destination Marketing Organization [EDMO], que foi a mestre de cerimónias, fez as apresentações da praxe, e cantou-se o hino nacional americano.

 

Após Jennifer M. Costa dar as boas vindas, iniciando desta forma o protocolo, foi a vez do Dr. Pedro Soares de Oliveira, Cônsul Geral de Portugal, subir ao palco para felicitar a presença dos convidados nas comemorações desta data tão especial para o povo americano e lembrar que “a nossa amizade com os Estados Unidos, remonta ao próprio nascimento dos Estados Unidos quando Portugal esteve entre os primeiros países a reconhecer a sua independência”.

 

Perante uma plateia atenta, o Dr. Pedro Soares de Oliveira lembrou também a memória do português Peter Francisco, herói da Guerra da Independência, e a quem George Washington considerava “um soldado excepcional” e o seu “Gigante da Virgínia”, sem esquecer de referir que “muitas foram as personalidades, estadistas e personagens míticas, que se deixaram deslumbrar por este vinho, de que são emblemáticos exemplos George Washington, Thomas Jefferson e Winston Churchil”, sem esquecer as referências ao vinho Madeira em obras literárias, tais como as de Shakespeare, Tolstoi e Dostoievski, assim como a paragem de Napoleão a caminho do exilio para levar um tonel para a ilha de Santa Helena.

 

 

O Cônsul Geral de Portugal Dr. Pedro Soares de Oliveira deixou claro que esta projecção vai ao encontro da estratégia do seu consulado em dinamizar a captação de eventos de animação que projectem a imagem de um Portugal moderno, culto, hospitaleiro e empreendedor, para além desta comemoração se revestir de uma considerável relevância histórica pois a associação do Vinho da Madeira à América do Norte é bastante estreita e antiga.

 

Depois da alocução de Pedro Soares de Oliveira, discursou o Presidente do Liberty Hall Museum, de New Jersey, John Kean, que depois de dar as boas-vindas a todos os presentes, realçou as fortes ligações históricas e culturais estabelecidas entre o Vinho Madeira e a Nação Norte Americana, há 241 anos e  enderessou palavras de elogio e incentivo aos portugueses e luso-americanos, “pela sua importância no enriquecimento social, económico e cultural do estado de New Jersey”.

 

Palavras de estímulo que receberam calorosos aplausos dos convidados presentes.

 

Depois dos discursos, ficou tudo a postos para de forma alegre e descontraída, receber os músicos Nuno Nicolau(esq/dir), Mário André e Paulo Esteireiro.

 

Do reportório destes músicos madeirenses fizeram parte temas de autores como Max, Zequinha Abreu, Mário André, Paulo Esteireiro, Cândido Drumond de Vasconcelos, com arranjos de Paulo Esteireiro e Mário André, o “Tico Tico” de Carmen Miranda, entre outros. Deslocaram-se prepositadamente da Ilha da Madeira a convite do cônsul-geral de Portugal em Newark, Pedro Soares de Oliveira.

 

“Para o consulado é uma oportunidade de promoção do vinho e da região da Madeira e genericamente do nosso país e dos laços com os Estados Unidos”, acreditam os músicos. Mas este espectáculo foi também uma oportunidade para aproximar o braguinha, instrumento tradicional madeirense, do seu parente ukulele.

 

Com uma plateia entusiasta, Mário André e Paulo Esteireiro, mostraram as suas mãos e arte no cavaquinho-braguinha ou ukelele, devolvendo a este instrumento a sua plena dignidade.

 

A ideia de Paulo Esteireiro é mostrá-lo precisamente em todo o seu potencial, “dando preferência ao reportório tradicional, mas mostrando também que o instrumento não se esgota aí”.

 

Tendo em consideração a qualidade dos músicos o concerto teve uma vertente de canto e harmonia forte devido à boa interpretação das músicas populares do repertório destes músicos de elite madeirenses, que transmitiram alegria e boa disposição a todos os presentes.

De referir as fortes chuvadas que se fizeram sentir durante grande parte do concerto e que ajudaram a tornar especial estas comemorações. O público, conhecedor e cativado, cobriu o grupo de aplausos, e este agradeceu, emocionado.

 

O espectáculo ‘Madeira, a Toast to America’, é o nome da iniciativa, que teve início no dia 22 de Junho em Washington, DC, e que terminou no dia 23 do mesmo mês no Liberty Hall Museum, no Condado de Union.  Este projecto que conta com o apoio do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), é promovido desde 2016 numa parceria entre a Embaixada de Portugal em Washington e a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura.

 

 

O espectáculo destes três músicos madeirenses em New Jersey foi sem dúvida, um espectáculo especial devido ao facto de terem percorrido sonoridades de mundos com muitas latitudes e padrões acústicos, mas, se houve contextos locais e regionais de referência, neste espectáculo os sons cruzaram-se na universalidade sem lugar, da própria música, honrando desta forma Portugal e os Estados Unidos.

 

No final do espectáculo, Nuno Nicolau(foto esq/dir.), Mário André e Paulo Esteireiro, disseram ao The Portugal Times.com que gostaram de cá estar, agradeceram o convite e a hospitalidade com que foram recebidos nesta terra distante e lembraram à nossa equipa de reportagem quando em 1879 o navio Ravesnscrag chegou a Honolulu (Hawai) na tarde do dia 23 de Agosto transportando 419 madeirenses. João Fernandes pediu a um amigo o cavaquinho e saltou para a praia começando a tocar e a cantar músicas típicas da sua terra. Este instrumento, que causou alguma admiração entre os nativos, rapidamente se tornou um símbolo da sua identidade em termos internacionais através de uma divulgação que ultrapassou tudo o que se pode imaginar.
Rapidamente o ukelele passou a ser conhecido e associado às ilhas do Pacífico. É, no fim de contas, o símbolo da identidade de um povo que soube preservar e adoptar um instrumento sem, diga-se, nunca renunciar as suas origens: o “Portuguese Ukelele”.

 

John Kean, presidente do Liberty Hall, o lar ancestral das famílias Livingston e Kean, posou para o The Portugal Times e fez questão de lembrar com orgulho que o Liberty Hall foi um importante centro da política e da cultura americanas da era da revolução.

 

Construído em 1760 pelo primeiro governador de New Jersey, William Livingston, a mansão e os terrenos, no Kean’s Liberty Hall Campus, no Condado de Union, servem actualmente como um museu de história americano e um centro de pesquisa histórica.

No final do espectáculo, John Kean, elogiou esta iniciativa do Cônsul Geral de Portugal Dr. Pedro Soares de Oliveira e convidou a comunidade portuguesa a fazer uma visita ao Liberty Hall Museum.

 

Sobre a história das comemorações da Independência dos Estados Unidos da América o Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira  disse que “esta já foi contada muitas vezes, mas merece ser sempre repetida”!.

 

 

JM//The Portugal Times// 8 de Julho de 2017

 

 

 

 

 

 

Comunidade portuguesa do estado de New York comemorou Portugal na vila de Mineola mostrando aos americanos a nossa “diversidade cultural”

A exemplo de outras cidades, espalhadas pelos Estados Unidos da América, também a comunidade portuguesa e luso-americana do estado de New York, celebrou o Dia de Portugal na presença de autoridades políticas, empresariais, associativas e culturais, dos dois países.

 

 

Nestas comemorações do Dia de Portugal New York 2017, foi realçado o poderoso e significativo papel desenvolvido pelas Comunidades Portuguesas e luso-descendentes neste país de acolhimento onde, criando positivas referências nos mais variados campos de actividade, geram particulares possibilidades de intercâmbio, que dignificam e fortalecem Portugal, na sua natural apetência de ponto de encontro, civilizacional.

 

 

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, deste ano, no estado de New York, foram organizadas pela New York Portuguese American Leadership Conference (NYPALC). Começaram no dia 5 de Maio com a celebração do Dia Mundial da Língua Portuguesa que decorreu nas Nações Unidas em New York e terminaram no dia 18 de Junho, na cidade de Hartsdale, com a celebração do Portuguese American Heritage, uma iniciativa que contou com o apoio das autoridades políticas do Condado de Westchester e com o apoio da “Igreja de Nossa Senhora de Fátima (Yonkers), “Daughters of Portugal “(Mineola) e o “Mineola Portuguese Soccer Club “.

Uma iniciativa que visa transformar-se numa referência importante da expressão cultural das gentes lusitanas que residem no estado de New York.

 

Outro dos pontos altos destas comemorações foi a Festa de Gala do Dia de Portugal que decorreu dia 6 de Maio no salão nobre do Portuguese-American Center of Suffolk, localizado na cidade de Farmingville e onde foram distinguidas várias personalidades, entre elas Robert A. Sherman, que foi embaixador dos EUA em Portugal entre 2014 e 2017.

 

 

Durante o Campeonato Europeu de Futebol de 2016 (Euro 2016), o embaixador norte-americano ganhou notoriedade junto da opinião pública portuguesa, ao ter divulgado vários vídeos de apoio à seleção nacional.

 

 

Mas para além do reconhecimento de personalidades portuguesas e americanas nestas comemorações o programa elaborado também foi vasto em recriatividade!

 

No dia 11 de Junho, foi a vez da cidade de Mineola receber a alegria e a diversidade do desfile etnográfico, em homenagem a Portugal, a Camões e às Comunidades Portuguesas, que decorreu na avenida principal desta cidade, até ao Wilson Park.

 

Fizeram o trajeto várias personalidades portuguesas e americanas, com destaque para os senadores estatais Jack Martins e Elaine Phillips, o mayor de Mineola Scott Strauss e o Deputy Mayor and Trustee de Mineola, Professor Paul Pereira, bem como o Conselheiro das Comunidades Portuguesas Dr. Gabriel Marques, e ainda os legislador Rich Nicolello, e o Nassau County Clerk, Maureen O’Connell.

A recepção não podia ser melhor!.

 

Em toda a cidade, bandeiras portuguesas e americanas desfraldavam na agradável brisa de uma tarde cheia de sol, dando as boas vindas aos milhares de pessoas que aqui quiseram celebrar Portugal.

Orgulhosos de um passado de corajosas e arrojadas aventuras em que epicamente os portugueses souberam dar novos mundos ao mundo, os membros da New York Portuguese American Leadership Conference também acreditam que os portugueses são hoje respeitados pela dignidade e grandeza da nossa verdadeira dimensão cultural e humana, que não se confina, porque ultrapassa largamente o tamanho daquele belo recanto que ocupamos a ocidente da Europa.

 

Neste contexto, cabe aqui realçar o poderoso e significativo papel desenvolvido pelas Comunidades Portuguesas nos Estados Unidos onde, segundo alguns membros da organização,criam positivas referências nos mais variados campos de actividade, gerando particulares possibilidades de intercâmbio “que dignificam e fortalecem Portugal na sua natural apetência de ponto de encontro civilizacional”.

 

E não é por acaso que estas comemorações se revestem de uma importância acrescida para as comunidades portuguesas que residem no estado de New York.

 

Trata-se de uma oportunidade para a sociedade americana e não só, saber e lembrar um momento ímpar, da história portuguesa.

 

E é caso para dizer: no décimo sétimo ano do século XXI, os portugueses e luso-americanos que residem no estado de New York, celebram com orgulho o facto de Portugal ter contribuido para uma nova atitude da cultura universal.

 

E ao fazê-lo, sabem bem do simbolismo e importância que estas comemorações têm, especialmente para os que estão fora de Portugal.

 

E hoje aqui…, também é Portugal!…

Os organizadores destas comemorações, para além de fomentarem o gosto pela actividade cultural e recreativa na cidade, colocam a sua generosa disposição ao serviço da realização de mais uma edição do Dia de Portugal neste estado norte-americano.

Uma iniciativa que tem vindo a agregar diversos agentes e população local, registando o agrado e grande adesão por parte de jovens, adultos e idosos, onde todos participam e dão o seu contributo.

 

E chegou a hora de, sem demagogias, render justiça aos portugueses e luso-americanos que no estado de New York, dignificaram e dignificam o nome de Portugal e que com o seu trabalho contribuiram e contribuem para a paz, para o progresso e prosperidade, deste país de acolhimento de seus pais e avós.

Um dos momentos mais esperados deste dia de comemorações foi o desfile etnográfico que este ano envolveu cerca de meia centenas de representações (35), que não esquecem as suas raízes, e mostram saber compartilhar algumas das suas maiores riquezas: a comunicabilidade e a alegria de viver.

 

E enquanto nos passeios da avenida se esperava que o desfile passasse, na tribuna de honra a organização procedia aos previstos actos protocolares e dava as boas-vindas a todos os presentes, apresentava os convidados e procedia-se aos tradicionais discursos, que mais uma vez enalteceram a pátria portuguesa e os portugueses.

 

O luso-americano  Deputy Mayor and Trustee de Mineola, professor Paul Pereira, referiu ao The Portugal Times.com que “como vê, a comunidade portuguesa e luso-descendente que reside no estado de New York continua a ajudar a manter um indiscutível e profundo significado de afirmação e identidade neste estado que, com dinamismo, tem sabido manter e preservar as suas características neste país de acolhimento”. Paul Pereira fez ainda questão de elogiar o trabalho desenvolvido pela comissão organizadora do Dia de Portugal New York 2017 e desejou felicidades para “a equipa” que vai assumir a realização das comemorações em 2018.

 

Para Scott Strauss, mayor da cidade de Mineola, este é também um dia muito especial para o município que administra.  “Os portugueses têm sido a expressão do espírito empreendedor em Mineola e o exemplo do esforço e da ambição de ir mais além. Por isso, é com alegria que me associo a estas importantes celebrações”, disse o mayor Strauss ao The Portugal Times.com.

 

Mas a “estrela” do desfile etnográfico foi sem dúvida o senador estatal Jack Martins, aqui acompanhado pela também senadora do estado de New York, Elaine Phillips, que gostou do que viu, ouviu e sentiu.

 

O senador Jack Martins que espera frequentar o Capitólio como Congressista, recebeu muitos cumprimentos dos portugueses, americanos e luso-americanos que se encontravam a assistir a este desfile do Dia de Portugal e que quiseram exprimir-lhe publicamente os seus sentimentos, o seu apreço, a sua gratidão, a sua amizade e o seu respeito.

 

Jack Martins é um jovem advogado filho de emigrantes portugueses naturais de Alheiras (Barcelos), e tem uma carreira política fulgurante. Foi vereador e é o único “mayor” e senador de origem portuguesa em todo o estado de Nova Iorque. Um estado onde, apesar da sua antiguidade, a comunidade portuguesa não tem tradições na política.

Mas, como diz o velho ditado do povo; “nunca é tarde para começar”!!…

 

 

Aqui, os portugueses e luso-americanos que residem no estado de New York, sabem bem que comemorar tem que ter um sentido, tem que fazer sentido. Para o Conselheiro das Comunidades Portuguesas Gabriel Marques, “a cultura e a história portuguesas enchem a todos de orgulho. Um orgulho que temos o dever de transmitir aos mais novos, lembrando-lhes no entanto que é preciso comemorar não só o passado, como igualmente o presente, lançando pontes para o futuro”.

 

E quase num abrir e fechar de olhos a avenida principal de Mineola encheu-se de uma multidão entusiasta transformada num painel de cor, sorrisos, alegria e fraternidade.

 

E quem percorreu e assistiu ao desfile acabou por ver também um desfile paralelo nos passeios da avenida.

 

Eram adultos e jovens que demonstravam a sua paixão por Portugal, com pinturas nos rostos e camisolas da selecção nacional.

A decoração dos carros alegórios denotam trabalho e carinho e a solidariedade dos portugueses é uma vez mais posta à prova, em relação àqueles que trabalham em prol da comunidade.

 

Os bombeiros de Mineola também desfilaram nesta parada em homenagem a Portugal e aos portugueses que aqui residem, lembrando, ao mesmo tempo, que ninguém pode negar a importância de um Corpo de Bombeiros, para qualquer cidade. Nos lugares, onde ele não existe, a apreensão da população é grande.

 

Porém, a missão dos bombeiros é  actualmente reconhecida pela sociedade, hoje mais informada sobre as duríssimas condições de trabalho com que estes homens e mulheres se deparam no terreno, velando pelo bem-estar das populações que servem com dedicação, empenhamento e sacrifício pessoal.

 

Neste desfile, registamos também a presença de representações de várias escolas de aprendizagem da língua e cultura portuguesas destinadas os jovens luso-descendentes do estado de New York.

 

Vieram aqui lembrar o trabalho meritório exercido na formação dos seus alunos que têm alcançado muitos méritos, através das experiências educacionais que aí aprendem.

Em casa, a família faz o resto!…

 

E como festa portuguesa sem folclore não é festa, deve este o sucesso do seu crescimento e continuidade, ao facto de alguns dos dançarinos, após casarem, levarem os seus filhos para os ensaios ajudando os responsáveis destes projectos a darem continuidade a este sonho.

 

Um sonho onde adultos e jovens cantam e dançam, este legado histórico, de hábitos e vivências do Alto Minho, e que despertam nas pessoas a consciência viva do valor das ancestrais “melodias” minhotas, e as vivências que deram, e dão, um sentido sádio às suas vidas.

 

Como se pode compreender, não é fácil manter em actividade grupos unidos e zelozos das suas responsabilidades. Porém, graças à boa vontade dos seus dirigentes, este facto tem sabido manter-se, pelo elevado espírito de sacrifício que têm demonstrado possuir ao longo de toda a sua existência.

 

E é precisamente este legado cultural que os mais velhos pretendem transmitir aos mais novos, que se mostram interessados em ocupar de uma forma diferente os seus tempos livres, depois do horário escolar americano, e muitos deles, também, após as aulas de português.

 

Aqui, como em outras cidades, pais, filhos e netos, vivem o folclore com alegria, conscientes da importância do seu papel na aprendizagem, preservação e divulgação, dos usos e costumes da região, dos seus ancestrais.

 

Em suma, um mundo de actividades geradoras de riquecimento cultural e humano, graças à dádiva da cidadania, e ao exemplo bairrista, dos seus integrantes.

 

Porém e para que este espírito bairrista continue ninguém pode ignorar a importância que existe em manter viva a chama do movimento associativo, que aqui em Mineola também disse; “presente”!

 

Para os responsáveis das associações presentes, o importante é que as verdadeiras soluções implicam uma ideia de futuro, sem a qual não há sentido para o caminho que se quer percorrer.

 

Encontrá-las, implica trabalho, e sobretudo força de vontade. Mas como diz o poeta; sem trabalho nada se faz.”.

 

A comunidade transmontana e altoduriense que reside no estado de New York também se fez representar com um carro alegórico mostrando alguns dos trechos culturais desta região do norte de Portugal, com destaque para os trabalhos relacionados com a cultura do linho.

Entre as inúmeras associações presentes neste desfile etnográfico estava também o Mineola Portuguese Lions Club.

 

O esforço colectivo do Mineola Portuguese Lions Club continua a reforçar a tese de que além do objectivo financeiro com que ajudam quem precisa, tem esta associação também sabido manter um espírito raro de coesão entre os seus membros, cujos laços de amizade mútua alicerçada em anos de convívio, são a mola real que sustenta esta colectividade onde se estimam e respeitam os seus membros desde longa data.

Mas houve mais clubes e associações portuguesas que desfilaram.

 

A Academia do Bacalhau de Long Island, New York, para além do objectivo financeiro, com que ajudam quem precisa, continua a manter um espírito de coesão entre os seus membros e muitas amizades ao mais alto nível, em países e locais, onde esta organização está implantada.

 

 

Mas, para além, dos jantares agradáveis e divertidos, os “compadres” e “comadres” da Academia do Bacalhau de Long Island, contribuem, também, para apoiar acções que visam beneficiar jovens portugueses e luso-descendentes.

 

Outra das comunidades aqui representadas foi a comunidade da vila de Murtosa.

 

Os murtoseiros mostraram na sua etnografia as tradições da sua região ligadas à vida no mar e lembraram a arte de pescar, cuja profissão ainda hoje sustenta um grande número de famílias da costa mais ocidental da Europa.

 

Mas, na vila de Mineola, a importância que o desporto tem na vida de jovens e adultos que residem no estado de New York também não foi esquecida.

 

O desporto continua a responder aos anseios dos respectivos sectores da população local, representado através das instituições, colectividades, escolas e grupos de cidadãos.

E por falar em desporto, o futebol, é também por estes lados um desporto mediático que suscita paixões.

 

Mostrando alegria e orgulho, centenas de adeptos do futebol, desfilaram nesta parada dando asas à sua alegria, que mostraram ser imensa.

 

Os membros da Casa do Futebol Clube do Porto, de Long Island, fizeram questão de agradecer a presença de todas as pessoas que estiveram nesta festa comemorativa do Dia de Portugal e enalteceram a vitalidade e o trabalho desenvolvido pela sua equipa directiva, em prol da Filial 119 do F.C. do Porto.

 

Para além dos portistas, e já que a associação benfiquista não se fez representar, outra das claques que deu nas vistas nesta parada foi a claque sportinguista.

 

Segundo reza a história, a Juventude Leonina é, actualmente, o mais antigo grupo organizado de adeptos em Portugal. Foi fundada em 1976 pelos filhos do então presidente do Sporting, João Rocha. Um grupo de jovens que entre si partilhavam afinidades clubísticas e de amizade.

Afinidades clubísticas e de amizade que ultrapassaram fronteiras…

 

Outro dos grupos fortemente aplaudidos nesta parada foi o “Portuguese American Riders” da cidade de Farmingville, estado de New York.

Para os membros deste grupo motorizado, “ser motarde, não escolhe idade, profissão, ou classe. Nesta modalidade, encontram-se polícias, médicos, engenheiros, professores, artistas plásticos, trolhas, pintores, empresários, funcionários públicos, enfim, todo o tipo de pessoas, e idades. Todos eles têm, um denominador comum: a paixão pelas motos.

 

Para outros, ser motarde é ser livre, aventureiro, e solidário.

 

Pelos sentimentos e atitudes que este desfile de motos despertou, esta foi mais uma demonstração clara de que este grupo, para além de ser amante de motos, encara o humanismo como um auxiliar à construção de sonhos, cujo caminho passa pelo respeito, entre as pessoas.

 

E após o desfile comemorativo do Dia de Portugal no estado de New York 2017, seguiram-se as tradicionais fotos para mais tarde recordar.

 

Aqui nesta foto, o mayor de Mineola, Scott Strauss, acompanhado por três misses eleitas nas correspondentes comunidades portuguesas que residem no estado de New York.

 

Para o Deputy Mayor and Trustee luso americano de Mineola, Paul Pereira (aqui acompanhado pela senadora de New York , Elaine Phillips), “esta iniciativa é uma ocasião única para a afirmação da nossa cultura (nos mais ricos e variados aspectos que a caracterizam) e para colocar em relevo os aspectos mais significativos da nossa História milenar”.

 

Todos sabemos que não é de hoje a aventura portuguesa no mundo. Mas, e segundo alguns dos membros do New York Portuguese American Leadership Conference (NYPALC), se os Portugueses que partiram da sua pátria têm uma história feita de determinação e de engenho, “têm também um presente e terão, certamente, um futuro que importa valorizar”, dizem.

 

A riqueza destas comemorações reside na possibilidade que hoje existe em comparar o olhar com que vimos os outros, com o olhar com que os outros nos viram, e de compreender que este novo mundo que ajudamos a dar ao Mundo tem também uma memória desse encontro de civilizações.

 

E para homenagear Portugal, pela sua contribuição na cultura universal, também aqui em Mineola estiveram representadas a música, a dança, a etnografia e a gastronomia de ontem, e de agora, neste anfiteatro ao ar livre, que deixa ver novos horizontes.

 

Chegados ao Wilson Park, em Mineola, notamos que o parque tinha sido tomado pela alegria da juventude.

 

Segundo algumas famílias, a exemplo da família de Rosa Martins (aqui na foto), “esta festa ajudou também a promover a integração entre os participantes, proporcionando um dia de muita diversão e alegria”.

Mas para além do parque de diversões, as pessoas que foram até ao  Wilson Park, verificaram que, como manda a tradição portuguesa em dias de festa, lá estavam os apetitosos comes e bebes para aconchegar o estómago das pessoas.

 

E enquanto uns degustavam os petiscos à sombra das tendas improvisadas, outros mantinham-se no seu posto de trabalho em frente aos assadores e sob o calor de um dia de sol abrasador, para que as febras, o churrasco, as sardinhas e as malassadas fossem para as mesas dos convivas nas melhores condições.

 

O nobre trabalho associativo que estas pessoas desenvolvem muitas vezes discreto, mas persistente, merece de todos o maior respeito, não só pelas causas que defendem, mas também pelos resultados que expressam neste esforço a favor da comunidade.

 

E foi talvez para prestigiar este esforço a favor da comunidade que os bombeiros de Mineola, após o desfile marcaram presença no Wilson Park, para saborearem os petiscos à moda portuguesa, contribuindo desta forma para facilitar a partilha de bons momentos entre os festivaleiros, com muitos deles(as) a ficarem a saber um pouco mais sobre a História de Portugal e as tradições gastronómicas portuguesas.

 

Isabelle Coelho Marques, presidente da New York Portuguese American Leadership Conference (NYPALC), (na foto à esquerda, acompanhada pela senadora de New York, Elaine Phillips), disse ao “The Portugal Times.com” que está consciente da importante missão que é necessário realizar, para dar continuidade ao trabalho já desenvolvido, e cujas lembranças são também  um crescente abraço à juventude, “para que esta possa continuar a preservar e a divulgar as nossas tradições e estimulada, tenha uma maior intervenção na comunidade em que se insere”.

 

A animação do arraial de encerramento destas comemorações esteve a cargo do conjunto “Sem Dúvida”, de Mineola.

 

 

E foi desta forma que a comunidade portuguesa do estado de New York, ajudou a cumprir mais uma edição das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em terras norte americanas, onde continuam a criar positivas referências nos mais variados campos de actividade, que também dignificam e fortalecem Portugal dentro e fora das suas fronteiras.

 

 

 

JM//CMM//The Portugal Times// 20 de Junho de 2017

 

 

 

 

 

Santuário Mariano de Washington, no estado de New Jersey, recebe por ano milhares de fiéis que aí vão rezar à Rainha da Paz

Na tranquilidade do paradisíaco Santuário Mariano de Washington, New Jersey, cerca de duas mil pessoas portuguesas e não só, rezaram rcentemente a Nossa Senhora de Fátima, num apelo à “Penitência, Oração e Conversão”, mostrando  muitos deles, mais uma vez, o seu espírito missionário nesta terra longínqua do país onde nasceram.

 

Foi em 1947 que no local onde hoje se encontra o Santuário Mariano de Washington, N.J., se fundou o chamado “Blue Army”, o Movimento do Apostolado de Fátima.

 

O santuário que possui um clima especial de acolhimento, tem uma réplica da Capelinha das Aparições existente na Cova da Iria, entre 1921 e 1981, e é também a sede mundial do “Exercito Azul” de Nossa Senhora.

 

O Exército Azul foi criado nos Estados Unidos no tempo da “guerra fria” e concebido como uma estrutura militar equipada com armas espirituais.

 

Segundo um coordenador do Exército Azul nos Estados Unidos, “são mais de 5 mihões de nomes de pessoas que já se comprometeram a aderir à mensagem que Nossa Senhora levou à Cova de Iria”.

 

Ainda hoje, os seus núcleos são considerados “divisões” e estão colocadas em pelo menos 66 dioceses e arquidioceses norte-americanas e na maior parte dos países católicos”.

 

Foram fundadores do movimento “Blue Army”,  John M. Haffert, membro de uma família rica, e o padre Horold Colgan, sacerdote da cidade de Plainfield, New Jersey.

 

 

Reza a história que estando o padre Horold Colgan internado no hospital, bastante doente do coração e prestes a morrer, prometeu a Nossa Senhora que se o curasse, lhe faria algo de especial.

 

 

O certo é que saiu do hospital curado. Voltou à sua paróquia e promoveu uma novena às terças-feiras à noite, com a finalidade de falar sobre a mensagem de Fátima. No fim da novena pediu aos assistentes que no Domingo seguinte, quando fossem para a missa, usassem alguma coisa azul, como gravata azul, laço azul, chapéu, etc., para mostrar que estavam a fazer algo recomendado por Nossa Senhora de Fátima, tendo afirmado a propósito: – “Nós seremos o “Exército Azul” de Nossa Senhora para combater o “Exército Vermelho” do Comunismo”.

 

Este ano e mais uma vez no dia em que se comemora neste país o feriado do “Memorial Day”, cerca de uma dezena de padres e cerca de duas mil pessoas, participaram na missa anual em honra de Nossa Senhora de Fátima, que foi presidida pelo Bispo Emérito de Leiria e Fátima D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, que exortou os católicos a “depositarem” as suas esperanças em Nossa Senhora, “Rainha da Paz”, face aos tempos conturbados que se vivem.

 

D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, lembrou ainda que “este mundo, apesar de retalhado pelo mal dos homens, continua a ser amado e guiado pelo espírito de Deus” e destacou também o papel da juventude, como garante da continuidade da fé.

 

Do programa das actividades religiosas levadas a efeito no Santuário Mariano de Washington, em New Jersey, constou ainda a recitação do terço, e a realização da Missa Solene e Procissão.

 

Conscientes da importância que a realização desta manifestação de fé tem para todos os católicos que residem nos EUA, centenas de peregrinos caminharam durante três dias para chegar ao Santuário agradecendo decerto a Nossa Senhora as graças concedidas e pedindo ao Espírito Santo luz e fortaleza, e rezando, também, a fim de que todos os homens e mulheres se reconciliem, cada um consigo mesmo e com os outros, na diferença e na pluralidade de grupos e nações.

 

 

Cansados, mas orgulhósos por terem cumprido a promessa feita a Nossa Senhora, ei-los que chegam ao recinto do Santuário Mariano de Washinton, no estado de New Jersey.

 

 

Alguns deles, esgotados pelo cansaço, demonstraram cheios de fé, que as peregrinações que os católicos fazem a este santuário são uma expressão rica da liberdade humana, e que corresponde bem à consciência que temos como portugueses, de sermos viajantes e peregrinos.

 

Com algum esforço físico e psíquico, superando dificuldades e as fortes chuvadas que teimosamente caíam, os peregrinos aproximaram-se do lugar almejado e confirmaram a nossa dimensão universalista, que passa também pela afirmação dos valores de Portugal através da referência à doutrina social que a igreja defende, na formação ética e cívica das pessoas e o seu contributo para a criação de um mundo melhor.

 

Após a homilia, jovens e adultos seguram as bandeiras das paróquias aqui representadas e abrem alas para o andor de Nossa Senhora de Fátima seguir em procissão em volta do santuário, carregado aos ombros de pessoas inspiradas no sentimento de devoção e crença em Nossa Senhora.

 

E enquanto a procissão prosseguia os peregrinos presentes agarraram em lenços brancos, acenando à sua passagem, e, por momentos, todos se sentiram ainda mais próximos de Fátima, “Altar do Mundo”. Uma cerimónia especialmente marcada por muita fé e emoção.

 

O programa das várias actividades religiosas levadas a efeito no Santuário Mariano de Washington, New Jersey, que está a cargo do Portuguese Pilgrimage Committee, foi o seguinte: – Das 10 às 11 horas da manhã: Confissões. Às 10.30 am, teve lugar a realização do Terço, em Procissão que saiu da “Capelinha das Aparições”. Às 11.00 horas, teve lugar a realização da Missa Solene, com Benção do Santíssimo, e cerimónia do Adeus à Virgem, na qual participaram cerca de dois mil peregrinos, muitos deles vindos expressamente das paróquias de Nossa Senhora de Fátima de Elizabeth, Nossa Senhora de Fátima de Newark, paróquia da Epifania de Newark, paróquia de Santa Cecília, Kearny, paróquia de Holy Cross, Harrison, paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima de Perth Amboy, Comunidade de Corpus Christ, South River, paróquia de S. Francisco de Sales Lodi, paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima de Yonkers, NY, paróquia de Nossa Senhora de S. João Baptista, Long Branch, paróquia de S. Francisco Xavier, North Newark, paróquia de Nossa Senhora de Lourdes Queens Village, NY, e ainda a paróquia de S. Pius Quinto, Jamaica, NY.

 

Após a procissão, seguiu-se a tradicional exposição do Santíssimo Sacramento e foi dada a bênção final. A despedida foi feita com os tradicionais cânticos alusivos à Virgem Maria, que faziam transbordar o coração de uma emoção indiscritível.  Para quem faz parte da organização deste evento religioso, “esta peregrinação serviu também para demonstrar a capacidade solidária da comunidade portuguesa na formação ética e cívica das pessoas, e o seu contributo para a criação de um mundo melhor”.

 

 

Segundo o padre António Ferreira, pároco da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Newark, que pede e espera ter no próximo ano melhor colaboração das autoridades policiais para com os integrantes da peregrinação ao Santuário Mariano de Washington, referiu ao nosso jornal a importância que esta manifestação de fé tem a fim de que as pessoas se encontrem consigo próprias, com Cristo e com os irmãos, procurando desta forma descobrir os seus “dons”, vocacionados para o ensino da valorização dos valores da família que são os pilares, de toda a sociedade.

 

 

Para o padre António Ferreira, tradicionalmente, este acto religioso, “serve ainda de ponto de encontro de todos aqueles que, de forma abnegada, procuram mitigar as carências que na sua solidão, miséria, e falta de justiça, encontrando na Oração o “porto de abrigo”, que os ajuda a resolver os problemas”, concluiu.

 

 

Na análise feita pela nossa equipa de reportagem, as expressões de fé que os peregrinos apresentavam fizeram recordar-nos que cada um de nós, traz nas mais marcantes recordações a presença materna, quer seja através da ternura de um gesto, nas lágrimas de apreensões juntas com as nossas, no aconchego do seu colo abrigando-nos dos medos, na segurança da sua mão aparando-nos os passos, no perfume dos manjares preparados muitas vezes mais com amor do que com os ingredientes necessários, no beijo de boa noite após as orações, muitas e tantas vezes mostrando-nos sorrisos através das mágoas.

 

 

TPT com: JM//CMM//The Portugal Times// Junho de 2017