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Hillary Clinton é nomeada oficialmente candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação

Em Filadélfia, Hillary Clinton fez história e pode tornar-se na primeira mulher a chegar à Casa Branca. O número de delegados necessários estava assegurado, mas Bernie Sanders quis unir o partido.

 

 

Durante perto de duas horas, no designado “roll call” [uma ronda feita por cada um dos estados], os delegados apresentaram o número de votos para cada um dos candidatos, mas cedo se percebeu que a antiga primeira-dama iria ultrapassar facilmente os 2382 delegados necessários para a nomeação.

 

Hillary Clinton é oficialmente a candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação 2

Votos somados e, perto do final, a antiga primeira-dama já contava com o número necessário quando Bernie Sanders falou à convenção, para propor que, à semelhança do que Hillary Clinton tinha feito em 2008, no confronto com Barack Obama, também agora a votação fosse feita por aclamação.

 

Hillary Clinton é oficialmente a candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação 3

“Proponho que a convenção suspenda a votação, proponho que todos os votos anunciados pelos delegados sejam refletidos na contagem oficial, e proponho que Hillary Clinton seja escolhida como a nomeada do Partido Democrata para Presidente dos Estados Unidos”, disse o senador do Vermont.

 

 

Marcia Fudge, a responsável por liderar os trabalhos, acolheu a proposta, agradeceu a Bernie Sanders a tentativa de promover a união dentro do partido e de apelar à unidade em torno da candidatura de Hillary Clinton, e procedeu à votação, que culminou na nomeação oficial da antiga secretária de Estado.

 

Hillary Clinton é oficialmente a candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação 4 Hillary Clinton é oficialmente a candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação 5

Uma decisão que, como era de esperar, não agradou a todos, com várias dezenas de apoiantes de Bernie Sanders a saírem da sala, acusando o Partido de querer silenciar todos os que se opõem à candidata, num protesto que chegou, inclusive, à sala de imprensa, no exterior do Wells Fargo Center, onde os apoiantes começaram por gritar “O povo unido jamais será vencido!”, mas onde permaneceram, munidos de cartazes e com as bocas tapadas, em silêncio, durante largos minutos.

 

 

Hillary agradece em vídeo, depois de elogios de Bill

 

 

Depois de, ao início da madrugada, Hillary Clinton ter sido nomeada candidata pelo Partido Democrata, a ex-primeira dama agradeceu aos delegados presentes na convenção através de uma mensagem de vídeo: “Obrigada a todos vocês e a todos aqueles que lutaram para que isto fosse possível”, afirmou, num vídeo no qual foram transmitidas imagens de antigos presidentes.

 

Hillary Clinton é oficialmente a candidata democrata. Sanders propôs voto por aclamação 6

Aos presentes no Wells Fargo Center, e visivelmente satisfeita com o marco histórico, Hillary disse ser uma “honra incrível”, deixando ainda uma mensagem para as jovens norte-americanas: “”Se algumas meninas ficaram acordadas até tarde para ver a nomeação, deixem-me dizer-vos que eu posso vir a ser a primeira mulher presidente, mas uma de vocês será a próxima”.

 

 

Antes, já o marido e antigo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, tinha discursado durante perto de uma hora, para deixar rasgados elogios à mulher que considera um verdadeiro “agente de mudança”, numa intervenção muito aplaudida, repleta de humor, em que defendeu que Hillary conta com um percurso praticamente imaculado e recheado de provas de que sempre foi uma “lutadora” e uma mulher “eternamente insatisfeita”.

 

 

Ao segundo dia de convenção, aconteceu o momento pelo qual todos esperavam, com Hillary Clinton a ver oficializada a nomeação para candidata democrata na eleição para presidente dos Estados Unidos.

 

 

TPT com: Washington Post//CBS//Lucas Jackson / Reuters//João Alexandre//TSF// 27 de Julho de 2016

 

 

 

 

Presidente do Comité Olímpico de Portugal apreensivo com condições da Aldeia Olímpica no Rio de Janeiro

O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, mostrou-se hoje apreensivo em relação às condições das instalações atribuídas à delegação lusa, afirmando que “para já, os problemas estão resolvidos”.

 

 

O responsável, que falava à margem da inauguração do novo tapete de judo nas instalações do Estádio Universitário de Lisboa, diz estar tudo a correr “assim, assim” e esperar que os problemas estejam resolvidos por inteiro.

 

 

“As primeiras pessoas da nossa delegação que chegaram à Aldeia Olímpica encontraram alguns problemas por resolver. Resolveram-nos. Os primeiros atletas que chegaram tinham esses problemas resolvidos. A nossa preocupação é saber se as soluções encontradas são estáveis, são duradouras. Mas essa resposta só a iremos ter quando estiver toda a delegação instalada”, afirmou.

 

 

José Manuel Constantino não acredita que a delegação portuguesa venha a abandonar a Aldeia Olímpica, à semelhança do que já aconteceu com outras delegações.

 

 

“As notícias que têm vindo do Brasil não são animadoras. Não são sinais que nos deem conforto e segurança. Para já, com a delegação portuguesa as situações estão resolvidas. Vamos ver se é definitiva ou passageira. Não acreditamos que isso venha a acontecer (sair da Aldeia Olímpica). O nosso edifício foi dos primeiros a ser construído, não estamos a passar pelos problemas com a gravidade que outras delegações estão a passar”, disse.

 

 

Apesar desta instabilidade inicial, José Manuel Constantino tem toda a confiança no desempenho dos atletas durantes os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, esperando, por isso, que estes se concentrem exclusivamente na competição.

 

 

“Pedimos aos atletas que se concentrassem nas suas condições de preparação, naquilo que os leva até ao Rio de Janeiro e que deixassem os problemas de natureza organizativa e logística para os dirigentes. Tem havido algum ‘feedback’ das condições de treino. Os atletas que já lá estão (vela) têm de trabalhar muito para montar as condições que esperavam que as autoridades brasileiras montassem”, concluiu.

 

 

Secretário de Estado do Desporto brasileiro avisa que aldeia olímpica não é ‘resort de luxo’

 

 

João Paulo Rebelo está consciente e bem informado sobre os problemas existentes na aldeia olímpica do Rio de Janeiro, mas desdramatiza a situação e confia num bom desempenho de Portugal no evento.

 

Presidente do Comité Olímpico de Portugal apreensivo com condições da Aldeia Olímpica no Rio de Janeiro 2

“Assumo com apreensão as lacunas e debilidades existentes nos Jogos do Rio de Janeiro, mas espero que, até ao início da competição, muitas coisas fiquem definitivamente resolvidas”, começou hoje por afirmar à agência Lusa o secretário de Estado da Juventude e Desporto, à margem da apresentação do Programa Nacional de Desporto para Todos.

 

 

João Paulo Rebelo, contudo, evita enfatizar a situação, pois “os atletas não podem estar à espera de encontrar um ‘resort’ de luxo” e que “vão viver durante alguns dias numa estrutura moderna criada propositadamente para os Jogos Olímpicos e é natural que possam surgir alguns problemas nas instalações”.

 

 

“Tenho expetativas elevadas em bons resultados e não falo apenas de medalhas, porque nunca colocámos qualquer fasquia em termos de pódio. Mas ficar entre os 16 ou 12 primeiros classificados nas várias disciplinas desportivas já se pode considerar bons resultados”, disse ainda João Paulo Rebelo.

 

 

Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, a modalidade com mais atletas portugueses presentes no Rio de Janeiro (24), também desvalorizou as críticas às condições oferecidas pela aldeia olímpica no Rio de Janeiro.

 

 

“Os atletas têm de se focar, essencialmente, mas condições desportivas e nas suas performances. As questões das instalações e de logística são para serem resolvidas pelos dirigentes”, sublinhou Vieira.

 

 

“Nós não somos tão exigentes como os australianos. Estamos habituados a estagiar em locais normais e sem grandes luxos. E temos um espírito de tolerância e de ‘desenrascanço’ muito maior. Claro que existem limites que não podem ser ultrapassados. Mas vamos pensar positivo”, conclui Jorge Vieira, que só viaja para o Rio de Janeiro no dia 11 de agosto para acompanhar as competições do atletismo.

 

 

Prefeito diz que problemas da Aldeia Olímpica estão ‘praticamente resolvidos’

 

 

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse hoje, na abertura oficial do ‘Media Center’ que será usado nos Jogos Olímpicos Rio2016 que os problemas na Aldeia Olímpica estão praticamente resolvidos.

 

Presidente do Comité Olímpico de Portugal apreensivo com condições da Aldeia Olímpica no Rio de Janeiro 3

“Os problemas surgiram efetivamente nos últimos três meses. O que tinha que ser feito está a ser feito. Foi uma falha de acompanhamento, mas acredito que, em cinco, seis dias, estará tudo resolvido. Esta vai ser a melhor Vila da história dos Jogos”, disse Eduardo Paes.

 

 

Eduardo Paes frisou que a prefeitura reconheceu desde o início os problemas nas instalações e justificou que houve uma pequena falha de acompanhamento da equipe de gestão.

 

 

Os problemas surgiram com a chegada das primeiras delegações de atletas. A infraestrutura da Aldeia Olímpica foi alvo de críticas por conta da sujidade e da falta de acabamentos da infraestrutura elétrica em alguns prédios.

 

 

As reclamações chegaram formalmente ao Comitê Olímpico do Rio de Janeiro das delegações da Austrália, Suécia e Argentina.

 

 

Os atletas da Austrália até deixaram a Aldeia e mudaram-se para hotéis. Esta delegação emitiu um comunicado dizendo que nos prédios que lhe haviam sido destinados havia cheiro a gás, fugas de água e problemas elétricos.

 

 

A delegação australiana voltou à Aldeia Olímpica, depois de os problemas terem sido solucionados.

 

 

60% dos brasileiros acreditam que o evento trará prejuízo

 

 

Uma sondagem divulgada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo revela que 60% dos brasileiros acredita que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro trarão mais prejuízos do que benefícios.

 

Presidente do Comité Olímpico de Portugal apreensivo com condições da Aldeia Olímpica no Rio de Janeiro 4

A consulta, realizada pelo Ibope, mostra que apenas 32% dos inquiridos confiam que o evento trará benefícios, enquanto 4% disseram que não traria nem prejuízo nem benefício e 4% não opinaram.

 

 

O governo brasileiro, por outro lado, anunciou terça-feira que o evento deve gerar receitas de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) em despesas extras geradas pelos turistas, entre este mês e setembro.

 

 

Segundo dados oficiais da organização do evento, foram gastos cerca de 40 mil milhões de reais (11 mil milhões de euros) para a realização da Rio2016.

 

 

A sondagem do Ibope também mostrou que em 2014, antes da realização do campeonato do mundo de futebol no Brasil, 51% da população considerava mais importante que o país fosse campeão do torneio e apenas 24% colocavam a organização do evento no topo das prioridades.

 

 

TPT com: AFP//Reuters//O Estado de São Paulo//Sapodesporto//Lusa// 27 de Julho de 2016

 

 

 

 

Somente os dois maiores partidos cabo-verdianos concorrem em todas as “câmaras municipais” nas eleições autárquicas

Apenas os dois maiores partidos cabo-verdianos vão concorrer em todos os 22 municípios nas próximas eleições autárquicas no país, marcadas para 4 de setembro, e cujo prazo limite para entrega formal das candidaturas terminou na terça-feira.

 

 

Segundo as informações recolhidas apenas o Movimento para a Democracia (MPD, partido no poder e que detém 14 das 22 câmaras) e o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, maior partido da oposição e com oito câmaras) vão concorrer em todos os municípios.

 

 

No MpD, de onde na capital cabo-verdiana saiu em janeiro o atual primeiro-ministro, o destaque vai para a candidatura de Óscar Santos, número dois de Ulisses Correia e Silva, líder do partido, e que assumiu a autarquia praiense quando este saiu para liderar o executivo.

 

 

O partido no poder tem como objetivo voltar a vencer as eleições autárquicas em Cabo Verde, tal como aconteceu há quatro anos.

 

 

No PAICV, que na ilha do Maio apoia um independente, destaque para a candidatura de três ex-ministros do anterior Governo: Cristina Fontes Lima (Praia), Démis Lobo Almeida (Sal) e Leonesa Fortes (Ribeira Grande de Santo Antão).

 

 

O partido liderado por Janira Hopffer Almada traçou como objetivo a conquista da maioria das câmaras municipais do arquipélago.

 

 

Uma das disputas mais renhidas e mais importantes será na Praia, onde o atual presidente, Óscar Santos, vai ter como principal concorrente a ex-ministra Cristina Fontes Lima, que pretende devolver a autarquia ao PAICV após oito anos de governação do MpD.

 

 

A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, terceiro partido no país e com três assentos no parlamento), concorre na Praia, Maio, Ribeira Grande e Paul (Santo Antão), Sal e São Vicente, onde o líder do partido, António Monteiro, será candidato pela quarta vez consecutiva.

 

 

Os partidos sem assento parlamentar apontaram limitações financeiras e apenas o Partido Popular (PP) concorre em dois municípios, com o Partido do Trabalho e da Solidariedade (PTS) e o Partido Social Democrata (PSD) a disputaram a corrida em apenas um cada.

 

 

O PP, legalizado há apenas sete meses, entra pela primeira vez na disputa autárquica e concorre na Praia e na Calheta de São Miguel, interior da ilha de Santiago, depois de entrar nas legislativas de março último.

 

 

O presidente do PP, Amândio Barbosa Vicente, disse à Lusa que o partido, que ainda está em processo de reorganização, pretende mais justiça social e reforçar a qualidade da democracia.

 

 

O PTS concorre apenas na Praia pela segunda vez seguida, depois de 2012, e o presidente, José Augusto Fernandes, será o cabeça-de-lista, prometendo continuar a defender a criação de mais empregos, não perseguição dos vendedores ambulantes, mais trabalho para os jovens e mais apoio para a integração dos imigrantes em Cabo Verde.

 

 

O líder do PSD, João Além, disse à comunicação social que o seu partido vai concorrer apenas na ilha do Sal porque foi onde apareceu um interessado, que será Paulo Jorge, que vai custear a campanha, uma vez que o partido enfrenta problemas financeiros.

 

 

Há ainda algumas candidaturas independentes, com destaque para o atual presidente em São Filipe (Fogo), Luís Pires, que avança porque o PAICV, que o apoiou há quatro anos, decidiu voltar a depositar a confiança em Eugénio Veiga, que tinha sido preterido em 2012.

 

 

Na ilha da Boavista, o deputado José Luís Santos também avançou como independente, ao afirmar que conquistou 40 por cento das intenções de voto numa sondagem realizada pelo MpD, e ainda assim foi preterido para o atual presidente, José Pinto Almeida.

 

 

Há ainda uma candidatura independente do emigrante Pedro Centeio nos Mosteiros (Fogo), com o movimento Avançar Mosteiros Independente (AMI).

 

 

TPT com: AFP//NCV//Ana Freitas//Lusa// 27 de Julho de 2016

 

 

 

 

Maria das Neves classifica como farsa as eleições em São Tomé e Príncipe

Maria das Neves, terceira candidata mais votada na primeira volta das presidenciais em São Tomé e Príncipe, realizada dia 17, ameaçou esta quarta-feira recorrer a “outras ações” caso o escrutínio não seja anulado.

 

 

“Os vícios são notórios e a única solução é a anulação de todo esse processo sob pena de nós comprometermos a nossa democracia, sob pena de comprometermos a imagem deste país”, disse a candidata em conferência de imprensa.

 

 

“Estamos a apelar a todas as instituições da República que assumam as suas responsabilidades sob pena de nós entrarmos com outras ações”, acrescentou.

 

 

Maria das Neves voltou a classificar como “farsa” o processo eleitoral e acusou o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, José Bandeira, de “ter vendido a face” ao poder.

 

 

“Quero confessar que fiquei surpreendida com a atuação do senhor presidente do Supremo Tribunal de Justiça que vendeu completamente a face. Não parece ser um presidente do Supremo Tribunal de Justiça que devia ser isento neste processo, tomou parte e lamento muito que as instituições na nossa República estejam tão envolvidas, perdendo a face num ato como este”, criticou Maria das Neves.

 

 

Quanto ao presidente da Comissão Eleitoral Nacional, a candidata acusou-o de “flagrante contradição”, acrescentando que Alberto Pereira “veio a público reconhecer que houve falhas gravíssimas”.

 

 

“É necessário assumir-se as responsabilidades”, salientou Maria das Neves, exigindo uma vez mais a “anulação de todo” o processo eleitoral porque, considera, “está todo viciado”.

 

 

“Quiseram que o candidato do poder ganhasse as eleições custe o que custasse, mas falharam na estratégia que utilizaram”, defendeu.

 

 

“Estou convicta que para além das irregularidades constatadas e reconhecidas pelo senhor presidente da Comissão Eleitoral Nacional, haverá muitas outras que certamente comprometerão todo o processo”, frisou a candidata.

 

 

Os resultados oficiais do apuramento geral da primeira volta divulgados segunda-feira afirmam Evaristo de Carvalho, candidato apoiado pelo partido no poder, Ação Democrática Independente com 34.522 votos, o que corresponde a 49,88% dos votos expressos, seguido de Manuel Pinto da Costa com 17.188 votos (24,83%) e Maria das Neves com 16.828 (24,31%).

 

 

Num universo de 111.222 votantes, foram às urnas 71.524, que corresponde a 64,31% de afluência, havendo 35,69% de abstenções, equivalente a 39.698 não votantes.

 

 

Relativamente aos outros dois candidatos, Manuel do Rosário obteve 478 votos (0,69%) e Hélder Barros 194 (0,28%).

 

Foram ainda apurados 641 votos em branco (0,90%) e 1.673 nulos (2,34%).

 

 

O candidato presidencial Pinto da Costa recusa ir à segunda volta

 

 

O candidato presidencial são-tomense Manuel Pinto da Costa anunciou vai recusar entrar na segunda volta das eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe, considerando que “participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo”.

 

 

Inicialmente, a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) considerou que o candidato apoiado pelo governo, Evaristo Carvalho, ganhou com mais de 50 por cento dos votos, uma decisão que foi depois revertida com novas contagens dos boletins, que indicaram uma segunda volta com Pinto da Costa, atual Presidente da República e recandidato ao cargo.

 

 

Numa declaração hoje lida no Palácio do Morro da Trindade, Pinto da Costa considera que, mantendo-se a atual CEN e as estruturas de fiscalização, novas eleições “não serão livres nem transparentes e muito menos justas”.

 

 

“Assim sendo, continuar a participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo”, acrescentou o governante, sublinhando: “Não o faço como candidato e muito menos como Presidente da República”.

 

 

Governo afirma a diplomatas que eleições foram transparentes

 

 

O Governo são-tomense chamou esta quarta-feira os representantes das missões diplomáticas no arquipélago para informar que a primeira volta das eleições presidenciais foi “pacífica, ordeira e transparente”, pedindo aos diplomatas para transmitirem isso mesmo aos seus “respetivos estados e governos”.

 

 

“O Governo reitera a sua profunda convicção de que a primeira volta da eleição presidencial realizada no domingo, 17 de julho, foi ordeira, pacífica e transparente e, em consequência tomou todas as disposições necessárias para a realização da segunda volta”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidade (MNEC), Salvador dos Ramos.

 

 

“Ficou demonstrado que não houve quaisquer ilícitos no processo suscetíveis de pôr em causa o resultado da eleição, não se constataram quaisquer protestos depositados nas mesas de voto reclamando o que quer que seja”, acrescentou o governante, durante um encontro no MNEC de pouco menos de 20 minutos, em que participaram os embaixadores de Portugal, Brasil e Taiwan, seis encarregados de negócios e o representante do sistema das Nações Unidas.

 

 

O executivo são-tomense agradeceu também “aos estados, governos, organizações internacionais e toda a comunidade internacional” por todo o apoio e colaboração no processo eleitoral.

 

 

O Governo apelou ainda ao povo são-tomense a “manter a calma e a tranquilidade que sempre caracterizaram os são-tomenses em ocasiões semelhantes e reitera a sua convicção de que no dia 7 de agosto o país elegerá o seu novo Presidente da República que, como previsto na lei, tomará posse no dia 3 de setembro”.

 

 

O Tribunal Constitucional decidiu que Evaristo Carvalho, candidato apoiado pelo partido no Governo, a Ação Democrática Independente (ADI), concorrerá sozinho à segunda volta das presidenciais, depois de o atual Presidente, Manuel Pinto da Costa, que ficou em segundo lugar na primeira volta, ter desistido.

 

 

Pinto da Costa considerou que “participar num processo eleitoral tão viciado seria caucioná-lo”.

 

 

TPT com: AFP//Observador//Paulo Agostinho//Lourenço da Silva//Lusa// 27 de Julho de 2016

 

 

 

 

 

Direita vai a Belém acusar Governo de fazer mal à economia

Os partidos da direita aproveitaram os encontros desta segunda-feira com o Presidente da República para expressarem a sua preocupação com o panorama económico no país, atirando responsabilidades ao atual Governo. No CDS, Assunção Cristas disse que a solução das esquerda não está a “fazer nada de bem à economia”, enquanto o PSD diz que “os resultados são contrários” aos que o Executivo tinha prometido, mas sem ver sinais de crise política no horizonte.

 

 

A garantia deixada em Belém, perante os jornalistas, pela vice-presidente do PSD Sofia Galvão soou a pressão sobre a esquerda: “Não vemos nenhum cenário de crise política no horizonte. Quando há maiorias no Parlamento não há razões para se pensar em crises políticas”. Aliás, o PSD sublinha que a posição vale para tudo, incluindo para o Orçamento do Estado para o próximo ano: “Há uma solução de Governo que tem suporte na Assembleia da República e é essa maioria que tem de apresentar o próximo Orçamento e explicar ao país como tenciona executá-lo”.

 

 

O que “preocupa” o PSD nesta fase é que “o crescimento não arranca” e “sem a banca a funcionar em condições de financiar a economia, não há capacidade de ter o desempenho de que Portugal precisa”.

 

 

“Nesta altura já é possível perceber que os resultados da política económica são contrários aos que o governo tinha prometido”, afirmou Sofia Galvão.

 

 

O alerta do CDS vai no mesmo sentido. Assunção Cristas foi manifestar a mesma preocupação ao Presidente da República: “Estas políticas com esta solução das esquerdas unidas não nos parece estar a fazer nada bem à economia e à vida dos portugueses no médio e longo prazo”. A líder do CDS fintou questões sobre a solidez da solução governativa e também as que insistiam sobre uma abertura do CDS para fazer parte de uma solução governativa com o PS. “Não vou estar a comentar nenhum cenário que não está em cima da mesa”.

 

 

Cristas quis antes centrar o discurso na falta de “condições de confiança para atrair investimento” para o país, acusando também o Governo de estar “a empurrar com a barriga despesa que se vai transformar em dívidas” — e aqui apontou para a execução orçamental deste ano, sobre a qual questiona se existe “um corte efetivo e sustentável na despesa pública”.

 

 

PCP sai de Belém sem dar garantias no OE. BE diz que PR não tem motivos para “intranquilidade”

 

 

Na ronda de audições dos partidos políticos, numa espécie de balanço de fim de sessão legislativa, Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os comunistas mas sem receber qualquer garantia sobre a aprovação do próximo Orçamento do Estado. Jerónimo de Sousa saiu da reunião com o Presidente da República a alertar para “a centralidade excessiva [dada] à questão do défice”, e a afirmar que o Orçamento do Estado é “uma prova importante”. Mas não garante, no entanto, mais do que uma “contribuição” para o OE. Pelo menos até conhecer a proposta do Governo. Já o BE, coloca-se como parte da solução e diz que Marcelo “não tem motivo para qualquer intranquilidade”.

 

Direita vai a Belém acusar Governo de fazer mal à economia 2

Por agora, o PCP só avança que “está disponível para esse exame que é preciso fazer” e que “o que é importante é responder às grandes questões do crescimento do desenvolvimento e da política de devolução de direitos e de rendimentos aguardados por muitos setores”. O secretário-geral comunista não saiu do registo: “Tudo o que seja este caminho, o PCP estará presente”. Jerónimo de Sousa voltou a sublinhar que inviabilizava qualquer retrocesso político: “Compreenderão que qualquer inversão, voltar para trás como o PSD propõe, naturalmente não estaremos de acordo”. O líder comunista acredita que “é possível avançar neste ritmo de reposição de rendimentos”, mas também avisa que “a prova tem de ser feita”.

 

 

“O PCP estará disponível para examinar os seus conteúdos [do Orçamento do Estado para 2017], não se pronunciando nem sim nem não sobre uma coisa que não conhece. Mas daremos a nossa contribuição.”

 

 

Bloco diz que PR pode estar tranquilo

 

 

No Bloco de Esquerda, Catarina Martins garante empenho no caminho feito até aqui. “Existem condições em Portugal para se continuar a fazer este caminho e é nisso que estamos empenhados e a trabalhar todos os dias”. O “caminho” a que se referiu a líder do BE, depois de sair da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa é o de travar “O empobrecimento e recuperar os rendimentos”: “Esperamos continuar o percurso que tem vindo a ser feito no próximo Orçamento”.

 

 

Catarina Martins foi recebida depois da delegação comunista e as suas declarações foram mais claras nas garantias sobre a negociação que se segue entre os parceiros de esquerda, assumindo que da parte do BE, o “Presidente da República não tem qualquer motivo para intranquilidade. O BE nunca lhe deu motivos para isso”. Catarina Martins disse mesmo que o Bloco de Esquerda “será a garantia da determinação” para um Orçamento que defenda “a reposição de rendimentos do trabalho, as pensões a proteção social e os desempregados”. A linha vermelha bloquista resume-se a um ponto: “Nunca pactuará com medidas de austeridade, não queremos voltar atrás, o nosso caminho é outro”. Mas também se mostra tranquila com o Governo que, garante, “até agora não deu qualquer indicação de não querer respeitar o acordo feito” com o BE.

 

 

O conforto comunista parece mais difícil de conseguir, com o secretário-geral do PCP — que foi acompanhado pelo líder parlamentar João Oliveira — a expressar a “preocupação” com um ponto específico: “Está a ser dada centralidade excessiva à questão do défice e fala-se menos da linha de reposição de direitos e rendimentos. Há setores que não encontraram resposta para os seus problemas” e avançou como exemplo os pensionistas. “Em vez desta centralidade e se encolher perante chantagens e pressões atuais da União Europeia, o importante é responder às grandes questões do crescimento e do desenvolvimento económico”.

 

 

Perante as pressões externas, a posição do Bloco de Esquerda passa por ser “aliado do Governo no combate a sanções” e Catarina Martins diz que “do ponto de vista interno, a melhor forma de combater as chantagem é prepararmos um Orçamento que é fiel ao acordo que fizemos, para a reposição dos rendimentos do trabalho, que proteja o Estado social e que pense em primeiro lugar nas pessoas deste país”.

 

 

Entre os objetivos que os comunistas levam para a negociação da próxima proposta de Orçamento do Estado, está o aumento salarial, com Jerónimo de Sousa a avisar, por um lado, que “seria mau caminho voltar a cortar salários ou congelá-los” e, por outro, que tudo fará “para que os aumentos se verifiquem não só na administração pública como no setor privado”.

 

 

Já sobre a solidez da posição conjunta, firmada com o PS (e repetida pelo BE e Verdes), Jerónimo de Sousa diz que no que toca ao partido “no essencial foi concretizada nos objetivos que se conhecem”, para logo de seguida acrescentar que o Orçamento para 2016 “tinha muitas matérias que podem ser transportadas para o Orçamento de 2017”.

 

 

Já Os Verdes expressaram, à saída da reunião em Belém, que esta sessão legislativa foi “muito produtiva” e descreveram a posição conjunta assinada como PS como “uma segunda Constituição”. O deputado José Luís Ferreira não adiantou (tal como os outros partidos) como votará o próximo OE, mas foi claro sobre a vontade de continuar o caminho ao lado do PS: “OS Verdes estão disponíveis para continuar esta caminhada que está a traduzir-se na devolução de rendimentos e recuperação de direitos dos portugueses”.

 

 

No partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), o deputado André Silva falou no “desafio acrescido na aprovação do Oe que terá como cenário algumas dificuldades que possam ser acometidas pela UE, ou necessidades de reforço de capital no setor bancário. E logo de seguida apelou à “responsabilidade por parte dos partidos que fizeram esta solução governativa e dos principais partidos da oposição”.

 

 

TPT com: DD//José Sena Goulão//Pedro Nunes//Lusa/Rita Tavares//Observador//26 de Julho de 2016

 

 

 

 

 

Hillary Clinton vai ser uma candidata escolhida por convenção em estado de guerra

Apoiantes de Bernie Sanders contestam elites e presidente demissionária do partido. Referem que teor das mensagens confirma as denúncias feitas ao longo das primárias.

 

 

Era para ser a convenção perfeita, a reunião dos democratas que se iniciou ontem à noite no Centro Wells, em Filadélfia.

 

 

Hillary Clinton vai ser a primeira mulher nomeada como candidata à Casa Branca por um dos grandes partidos nos Estados Unidos, o que sucede após uma renhida batalha eleitoral com Bernie Sanders, mas sem a guerrilha de baixo nível e escândalos vários que marcaram as primárias republicanas.

 

 

A atmosfera que se antecipava para a convenção, que decorre na “cidade do amor fraternal”, era em tudo o oposto do verificado na reunião de Cleveland, em que Donald Trump emergiu como candidato republicano às presidenciais de novembro. Ao caos, intervenções virulentas, insultos e declarações desabusadas de vários intervenientes e do próprio Trump, o encontro de Filadélfia seria pontuado por um registo unânime de elogios à candidata – que fará o discurso de aceitação na noite de quinta-feira – e por intervenções proferidas num registo distinto do comum na convenção republicana.

 

 

Isto até serem divulgadas mais de 19 mil mensagens eletrónicas da direção nacional do Partido Democrático, presidida por Debbie Wasserman Schultz, a demonstrarem que este órgão e a sua dirigente atuaram, de forma deliberada e direta, para minarem a campanha de Sanders. Senador pelo estado de Vermont, Sanders, que se define como “democrata socialista”, veio a revelar-se a grande surpresa das primárias democráticas, demonstrando que Hillary Clinton não é consensual nem no seu próprio partido.

 

 

As mensagens, reveladas através do sítio da WikiLeaks, mostram que Schultz e outros membros do partido procuraram encontrar argumentos que reduzissem a aceitação de Sanders entre os democratas e, deste modo, reforçando o voto em Hillary. Schultz, que nunca escondeu o apoio à ex-secretária de Estado, anunciou que abandonava funções, mas só no final da convenção. O que irritou ainda mais os apoiantes de Sanders, que domingo à noite andaram pelas ruas de Filadélfia com máscaras de Schultz e Hillary, empunhando forquilhas para evidenciarem o seu caráter dúplice e traiçoeiro. A campanha de Sanders, que ao longo das primárias exigiu o afastamento de Schultz, reagiu à divulgação das mensagens, martelando a ideia de que “isto vem provar o que sempre dissemos: o processo estava viciado desde o início”. Ontem, The Washington Post revelava que apoiantes de Sanders e outros críticos preparavam uma série de ações de “crítica” e “contestação” às elites do partido e queriam uma votação nominal para Hillary e o seu vice, o senador Tim Kaine com o objetivo de “evidenciar o seu grau de descontentamento”.

 

 

Além de Michelle Obama e da senadora Elizabeth Warren, cujo nome foi mencionado como possível para vice, estava previsto que Sanders usasse da palavra, especulando-se que o poderia fazer num tom distinto do previsto. A campanha de Hillary admitiu ao início da noite não conhecer o teor da intervenção do senador do Vermont.

 

 

O FBI anunciou que está a investigar o caso das mensagens, que está a ser atribuído a piratas informáticos ao serviço da Rússia.

 

 

Comité democrata pede “sinceras desculpas” a Bernie Sanders

 

 

O Comité Nacional Democrático pediu hoje desculpas públicas a Bernie Sanders pelos “indesculpáveis comentários” feitos por e-mail acerca do senador candidato à corrida à Casa Branca trazidos a público numa fuga de informação decorrente de um ataque informático.

 

Hillary Clinton será escolhida por convenção em estado de guerra 2

Em comunicado assinado pelos membros da organização da convenção democrata, que arrancou esta segunda-feira, o comité (DNC na sigla inglesa) pede “sinceras desculpas ao senador Sanders, aos seus apoiantes e a todo o Partido Democrata” pelos referidos e-mails.

 

 

“Estes comentários não refletem os valores do DNC e o nosso compromisso de neutralidade durante o processo de nomeação” do candidato à Casa Branca, lê-se no documento. “O DNC não tolera – nem tolerará – linguagem desrespeitosa acerca dos nossos candidatos. Funcionários individuais também já se desculparam pelos seus comentários e o DNC está a tomar medidas para garantir que tal não volta a acontecer”.

 

 

O portal da Internet WikiLeaks publicou no fim de semana quase 20.000 mensagens eletrónicas trocadas entre janeiro de 2015 e maio de 2016, adquiridos por piratas eletrónicos que alegadamente invadiram as contas de sete líderes do Comité Nacional Democrático.

 

 

Essas mensagens revelam que líderes do partido tentaram prejudicar a campanha de Bernie Sanders, concorrente à nomeação do partido para as presidenciais de novembro.

 

 

O escândalo levou a presidente do Comité Nacional Democrático, Debbie Wasserman Schultz, a anunciar no domingo que se demitirá do cargo no final da convenção.

 

 

A convenção democrata que começou esta segunda-feira deverá nomear Hillary Clinton como candidata do partido às eleições presidenciais norte-americanas.

 

 

Críticas de Sanders ameaçam convenção da unidade

 

 

Depois de uma semana dominada por Donald Trump e o show da convenção republicana, ontem foi a hora de os democratas subirem ao palco na convenção que vai confirmar Hillary Clinton como a primeira mulher candidata à Casa Branca por um dos principais partidos. Pelo Wells Fargo Center de Filadélfia vão passar desde o presidente Barack Obama ao ex-rival de Hillary Bernie Sanders, da atriz Eva Longoria ao antigo presidente Bill Clinton. Na quinta-feira será Chelsea Clinton a apresentar a mãe, cujo discurso de nomeação se espera acabar com as divisões com os apoiantes de Sanders e unir o partido para a batalha contra o republicano Trump nas eleições de novembro.

 

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O objetivo principal da candidata democrata é claro: evitar que a convenção democrata repita os momentos de tensão e divisão da sua homóloga republicana. Uma hipótese que não parece assim tão remota. Afinal, Bernie Sanders não só criticou a escolha da ex-rival para vice-presidente como exigiu a demissão da presidente do partido, Debbie Wasserman. Numa aparição no programa This Week da ABC News, o senador do Vermont confessou que teria preferido ver Elizabeth Warren, senador do Massachusetts e feroz crítica de Wall Street, no ticket democrata, em vez de Kaine. “Conheço o Tim há muitos anos. É ótima pessoa. Mas é mais conservador do que eu. Teria preferido que a secretária Clinton escolhesse alguém como Elizabeth Warren? Sim, teria”, explicou Sanders, um autodenominado “socialista democrático” cujo discurso antissistema conquistou os jovens e a classe média nas primárias.

 

 

Quanto a Wasserman, o senador disse não estar “chocado, mas sim desiludido” depois de uma fuga de mais de 19 mil emails, divulgados pela Wikileaks, parecer vir confirmar que a Comissão Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) favoreceu a candidatura de Hillary durante as primárias – situação que a equipa de Sanders já denunciara. Wasserman anunciou que se vai demitir e não irá presidir à convenção de Filadélfia.

 

 

Perante um início de convenção menos pacífico e conciliador do que a ex-primeira dama gostaria, a campanha de Hillary Clinton denunciou o que diz ser o envolvimento da Rússia na divulgação dos emails pela Wikileaks. “Há provas de que pessoas ligadas ao Estado russo entraram na Comissão Nacional Democrata, roubaram estes emails e temos peritos a dizer que estão a divulgar estes emails para ajudar Donald Trump”, garantiu à CNN o gestor de campanha, Robby Mook. A equipa de Trump reagiu em comunicado enviado ao Washington Post, classificando estas declarações como “uma piada”.

 

 

Em junho, hackers russos terão entrado nos computadores da DNC, um ataque informático que a campanha de Hillary agora relacionado com a fuga dos emails. Quanto ao envolvimento de Moscovo, surge depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter vindo manifestar a sua admiração por Trump e de o candidato republicano ter retribuído os elogios.

 

 

Sondagens, protestos e um apoio

 

 

A perder terreno nas sondagens nacionais – a última, da Gravis, mostra mesmo Donald Trump à frente, com 51% das intenções de voto, contra 49% para a rival democrata -, Hillary sabe que não basta atacar o candidato republicano para ganhar em novembro. Apesar de toda a sua experiência – foi primeira dama, senadora e secretária de Estado -, a candidata democrata continua impopular. E se conta com Tim Kaine para conquistar o voto dos homens brancos e dos independentes, precisa ainda das mulheres. Apesar de o FBI ter concluído que não fez nada de ilegal quando, como chefe da diplomacia (2009-2013) usou o email pessoal, uma sondagem recente para a CBS e o New York Times mostra que 67% dos inquiridos dizem não confiar nela.

 

 

Outro dos desafios de Hillary são os protestos. Apesar da preocupação das forças de segurança, a convenção republicana decorreu na semana passada sem incidentes de relevo. Para estes dias em Filadélfia são esperados mais de 50 mil manifestantes que se deverão concentrar no FDR Park, em frente ao Wells Fargo Center onde se reúnem os delegados democratas. E a larga maioria dos que irão participar nos protestos deverão ser apoiantes de Sanders. Mas também estão previstas manifestações de grupos anti-gays ou pela paz mundial. A organização Black Lives Matter, que tem organizado protestos contra as mortes de jovens negros por polícias, ainda não esclareceu se irá manifestar-se durante a convenção. Na zona em torno da convenção estão proibidas mochilas, balões, paus de selfie, armas e explosivos.

 

 

A poucas horas do início da convenção, Hillary recebeu ontem uma boa notícia: entre os oradores estará Michael Bloomberg. O ex-mayor de Nova Iorque, que chegou a ponderar uma candidatura a estas presidenciais, irá dar o seu apoio à ex-primeira dama.

 

 

Uma Hillary mais avó, um partido mais à esquerda e um país mais dividido

 

 

Há oito anos, Hillary Clinton tinha tudo para ganhar: um apelido de peso, uma máquina partidária bem oleada, uma vasta experiência como primeira dama e depois senadora e até um ex-presidente como marido. Mas perdeu. Perdeu a nomeação democrata para um jovem e pouco conhecido Barack Obama, cuja mensagem de mudança conquistou o partido e depois o país, fazendo dele o primeiro presidente negro dos EUA ao vencer as presidenciais de 2008.

 

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Passados oito anos, Hillary Clinton sabe que esta é a sua última oportunidade de cumprir o sonho de se tornar na primeira mulher presidente dos EUA. Afinal tem 69 anos e uma nova candidatura em 2020, com uma nova derrota pelo meio, é quase impensável. Para garantir a nomeação democrata, a mulher que pelo meio juntou a chefia da diplomacia ao currículo, soube mudar de estratégia: mais próxima do eleitor, sem medo de jogar com o facto de ser mulher e avó (a filha Chelsea acaba de lhe dar o segundo neto) ao mesmo tempo que sublinha uma experiência sem igual entre os candidatos. Hoje, após meses de luta contra Bernie Sanders pela nomeação democrata, Hillary vê começar a convenção que a vai confirmar como candidata democrata. Resta saber se esta estratégia chega para derrotar Donald Trump em novembro e tornar o sonho da presidência realidade.

 

 

Uma viragem à esquerda para ficar na Casa Branca?

 

 

Em 2008, eram uns Estados Unidos cansados de oito anos de Administração do republicano George W. Bush que iam a votos. Oito anos de “guerra ao terror” depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001, de guerras no Afeganistão e no Iraque, de uma economia ainda em choque com o que viria a ser uma crise financeira global para a qual o mundo despertara com a falência do banco Lehman Brothers.Neste cenário, não espanta pois que a América tenha aderido à mudança prometida por Obama, ao Yes We Can (Sim, podemos!) que se tornou seu slogan. Passados oito anos, a Al-Qaeda deu lugar ao Estado Islâmico como maior ameaça à segurança mundial e a pior da crise financeira parece estar para trás – mesmo se o brexit veio criar um novo desafio aos aliados europeus dos EUA. Mas quem esperava que esta corrida à nomeação fosse um passeio para Hillary não contava com o aparecimento de Bernie Sanders. O senador do Vermont, com o seus 74 anos e um discurso antissistema fez o impensável: conquistou os jovens e classe média, venceu caucus e primárias e deu luta até ao fim. Acabou por declarar o apoio a Hillary. Mas os seus apoiantes – e são muitos – esperam ver no programa da candidata democrata pelo menos algumas das ideias de Sanders, um autodenominado “socialista democrático”. E os votos desta ala mais à esquerda, a ala que desconfia das ligações de Hillary a Wall Street e denuncia as décadas que esta passou na mais alta esfera do poder, serão essenciais para derrotar Donald Trump em novembro.

 

 

Uma América dividida e um rival incendiário

 

 

Nas últimas semanas foram várias as mortes de jovens afro-americanos por polícias brancos. E vários também os consequentes ataques contra agentes por parte de atiradores negros que se queriam vingar por o que consideram ser a violência policial excessiva sobre a sua comunidade. Este episódios violentos vieram revelar profundas tensões raciais na América e tornaram-se assunto da campanha para as presidenciais. Apressando-se a culpar os democratas – de Obama a Hillary – pela atual situação, Donald Trump decidiu apresentar-se na convenção republicana como o candidato da “lei e da ordem”. O milionário garante ser o único capaz de repor a segurança nos Estados Unidos. Para isso tem várias propostas, desde construir um muro na fronteira com o México para travar a entrada de imigrantes ilegais (traficantes e violadores”, segundo o candidato republicano) até “derrotar os bárbaros do Estado Islâmico”, passando por banir os muçulmanos de entrarem nos EUA. Diante da retórica beligerante do adversário republicano, Hillary apresenta-se como a candidata do equilíbrio e da sensatez. Até a sua escolha para candidato a vice, o senador Tim Kaine da Virgínia, um homem experiente que gosta mesmo de se definir como “aborrecido”, reforça a tentativa de apresentar o ticket democrata como o anti-Trump. Mas num país tão dividido como são os EUA neste momento, resta saber se a sensatez prevalece sobre a mensagem incendiária.

 

 

TPT com: The Washington Post//CNN//Tracie Vanauken//EPA //Debbie Wasserman Schultz//Reuters//Gary Cameron//Reuters// Abel Coelho de Morais//Helena Tecedeiro//DN//26 de Julho de 2016

 

 

 

 

 

Vinho Madeira ‘brinda’ em Newark Independência dos EUA

Numa iniciativa da Embaixada de Portugal em Washington e do Consulado Geral de Portugal em Newark, New Jersey,  Bethlehem e Pennsylvania, mais de uma centena de convidados comemoraram com um brinde de “generoso” Vinho Madeira, os 240 anos da Independência dos Estados Unidos da América.

 

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A recepção que decorreu nos jardins do Museu da cidade de Newark, foi muito apreciada pela comunidade americana e luso-descendente de New Jersey, devido ao significado da celebração e da oportunidade das pessoas desfrutarem das maravilhas do ar livre, naquele que é um dos mais emblemáticos espaços da cidade de Newark.

 

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Entre os convidadas, estavam várias figuras públicas americanas e luso-americanas ligadas à política, ao empresariado, ao associativismo e à cultura das cidades de Newark e Elizabeth, no estado de New Jersey, com destaque para o Dr. Alberto Santos, mayor de Kearny, Steven Kern, Director do Museu de Newark, Lígia De Freitas, assessora do mayor da cidade de Newark, Ras Baraka, Glenn Motten, directora de arte e cultura de Newark, Elizabeth Silva, directora do Departamento Económico do East Ward, de Newark, Sérgio Granados,  Freeholder do Condado de Union, Stephanie Oliveira Gonçalves, Membro do Conselho de Educação da cidade de Elizabeth, José Carlos Adão, Instituto Camões, Joe Rendeiro, professor, Fernando da Silva, pintor e ceramista, João Martins, poeta e escritor, o conceituado advogado luso-americano  Júbilo Afonso, José Carlos Brito, Presidente do Clube Português de Elizabeth (PISC), Joaquim Martins, Relações Públicas do PISC, Jack Costa, Presidente do Sport Clube Português de Newark(SCP), Glória de Melo, Coordenadora da Seccção Cultural do SCP e ainda os empresários José Mário Gomes, Luís Nogueira, Ricardo Brochado,  Al Silva, Mário Seca, Carlos Couto e muitos outros.

 

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Esta recepção que foi presidida pelo Cônsul Geral de Portugal, Dr. Pedro Soares de Oliveira e sua esposa Cristina Pucarinho (à esquerda na foto), aqui acompanhados pelo Director do Museu de Newark, Steven Kern, e sua esposa Josephine Nieuwenhuis, proporcionou um espectacular encontro convívio entre portugueses e americanos, com o bom tempo que se fazia sentir a ajudar à confraternização.

 

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Destas celebrações do 4 de Julho no Museu de Newark, faziam parte vários eventos culturais, com destaque para a prova de vinhos da Madeira, petiscos do Valênça Restaurante, da cidade de Elizabeth, concerto musical pelo pianista Júlio Resendes, que para além do seu tradicional concerto, acompanhou ao piano o jovem fadista comunitário Pedro Botas,  e ainda uma interessante exposição de bordados da Ilha da Madeira.

 

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No espaço Bordado Madeira, estava presente a imponente toalha “A Venturosa” (na foto), uma autêntica obra de arte, desenhada pelo artista Leandro Jardim, aquando da Expo/98, que, como sabem, decorreu em Lisboa.

 

 

A toalha “A Venturosa”, é uma representação única do Bordado Madeira, na qual está patente uma homenagem aos Descobrimentos Portugueses.

 

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Paula Cabaço,  presidente do Instituto de Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), que também esteve presente no Museu de Newark, destacou a  importância que estas iniciativas têm na divulgação dos nossos melhores produtos.

 

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A engenheira Paula Cabaço, para além dos preciosos vinhos Madeira e dos bordados que trouxe, atribuiu também vários prémios aos vencedores de uma rifa que decorreu no local, sendo o 1º Prémio uma estadia de oito dias, num dos hotéis da Ilha da Madeira.

 

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O tempo de espera para os discursos e para o concerto musical era excelente e beneficiava o convívio geral enquanto se bebericava um copo de vinho e se degustava por exemplo uma tábua de queijos, ou um prato de cogumelos recheados.

 

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Habituados(as) ao corre-corre do stress do quotidiano, as pessoas acabam muitas vezes por não terem tempo para usufruirem de espaços verdes, ou da sombra de uma árvore no fim de tarde.

 

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Mas aqui, no 4 de Julho, todos pararam desse stress  para desfrutar de um copo de vinho Madeira e de uns petiscos, saboreando o momento e deixando-se descontrair numa sensação de conforto e comunhão com a natureza, brindando em conjunto à Independência dos Estados Unidos da América.

 

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Segundo alguns dos convidados presentes com quem o The Portugal Times falou (na foto, esq./dir., Lígia De Freitas, assessora do mayor da cidade de Newark, Ras Baraka, Glenn Motten, directora de arte e cultura de Newark, e Elizabeth Silva, directora do Departamento Económico do East Ward, de Newark,) “o Cônsul Geral, Pedro Soares de Oliveira, tem vindo através de iniciativas próprias e parcerias de relevo, a posicionar-se como agente dinamizador da cultura, aplicada ao tecido empresarial, nas mais diversas áreas de negócio.

 

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“Esta projecção vai ao encontro da estratégia do Governo em dinamizar a captação de eventos de animação que projectem a imagem de um Portugal moderno, culto, hospitaleiro e empreendedor”, disse ao The Portugal Times o Cônsul Geral, Dr. Pedro Soares de Oliveira (na foto à direita, acompanhado por sua esposa Cristina Pucarinho e pelo pianista Júlio Resende).

 

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Antes do concerto de Júlio Resende, Luís Pires que foi “mestre de cerimónias”, dicertou sobre o momento e fez as apresentações “da praxe”. Após Steven Kern, Director do Museu de Newark, dar as boas vindas e elogiar esta iniciativa das autoridades representativas do Governo Português neste país, foi a vez do Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira (na foto), incentivar todos os convidados ao tradicional brinde de celebração da Independência dos Estados Unidos que este ano comemora os 240 anos da sua independência.

 

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Após o brinde, o Dr. Pedro Soares de Oliveira fez questão de referir com orgulho, que a celebração da independência dos Estados Unidos, no dia 4 de julho de 1776, foi comemorada com um brinde de vinho Madeira.

 

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Pedro Soares de Oliveira, após os tradicionais cumprimentos, recordou durante a sua alocução a memória do português Peter Francisco, herói da Guerra da Independência, e a quem George Washington considerava “um soldado excepcional” e o seu “Gigante da Virgínia”, sem esquecer de referir que “muitas foram as personalidades, estadistas e personagens míticas, que se deixaram deslumbrar por este vinho, de que são emblemáticos exemplos George Washington, Thomas Jefferson e Winston Churchil”, sem esquecer as referências ao vinho Madeira em obras literárias, tais como as de Shakespeare, Tolstoi e Dostoievski, assim como a paragem de Napoleão a caminho do exilio para levar um tonel para a ilha de Santa Helena.

 

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Perante uma plateia atenta, o Dr. Pedro Soares de Oliveira sublinhou também que “Portugal foi o terceiro país a reconhecer a independência americana”, e realçou as fortes ligações históricas e culturais estabelecidas entre o Vinho Madeira e a Nação Norte Americana, replicando assim o brinde efetuado há 240 anos aquando da Declaração da Independência dos Estados Unidos.

 

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Seguiu-se depois a actuação do pianista Júlio Resende, cujos sons proporcionaram um espectacular encontro convívio entre portugueses e americanos, nos jardins do Museu de Newark, com o bom tempo que se fazia sentir a ajudar à confraternização.

 

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Ao longo do seu percurso musical, Júlio Resende vai desenvolvendo parcerias onde celebra a paixão pela liberdade musical que o define. Do Jazz ao Fado, conta com várias colaborações de sucesso com grandes nomes da música portuguesa: Maria João, Aldina Duarte, Elisa Rodrigues, Hélder Moutinho, António Zambujo, Ana Moura, Cristina Branco, Cuca Roseta, Marco Rodrigues.

 

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No panorama do jazz internacional destacam-se as colaborações com Matt Penman, reconhecido contrabaixista nova-iorquino, Perico Sambeat, um dos melhores saxofonistas espanhóis de todos os tempos, John Hebert, Carlos Bica, Ole Morten Vogan, Will Vinson, entre outros.

 

 

Neste concerto em Newark, Júlio Resende pegou em alguns dos temas de Amália, adaptados por si ao piano, e fez-nos voltar a apaixonar destes temas e a senti-los de um modo diferente. Afinal, se o objectivo de Júlio Resende era fazer-nos recordar Amália Rodrigues através do seu piano, o objectivo foi conseguido. O público gostou e aplaudiu fortemente.

 

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Júlio Resende que também acompanhou ao piano o jovem fadista comunitário Pedro Botas, fez questão de lembrar a todos os presentes “que gravou o seu primeiro disco em 2007, “Da Alma”, para a prestigiada editora de Jazz – Clean Feed -, editora de nomes como Mário Laginha, Bernardo Sassetti, João Paulo Esteves da Silva, Gerry Hemmingway, Tony Malaby, tornando-se no mais jovem músico nacional a editar um disco para e sta editora enquanto líder”. Disco, esse, que foi considerado um dos melhores discos do ano pela revista “Jazz.pt”, e que tem recebido excelentes distinções, quer pela imprensa nacional, quer pela imprensa estrangeira.

 

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O concerto que teve início ainda de dia, entrou pela noite dentro, com os sons do piano de Júlio Resende a cativar a atenção de todas as pessoas.

 

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No final do concerto e já noite cerrada, foram muitos os convidados que procuraram de Júlio Resende o tão desejado autógrafo.

 

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Porém, para quem não conhecia o Museu teve, neste dia, uma boa oportunidade para o visitar, ouvir explicações e histórias, bem como colocar questões sobre as mais importantes exposições de arte que já passaram e vão passar pelo Museu de Newark nos próximos tempos.

 

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O Cônsul Geral de Portugal, Dr. Pedro Soares de Oliveira, aqui acompanhado pelo mayor do município de Kearny, Dr. Alberto Santos, disse ao The Portugal Times que “esta comemoração reveste-se de uma considerável relevância histórica pois a associação do Vinho da Madeira à América do Norte é bastante estreita e antiga”.

 

 

Os primeiros dados da presença do Vinho Madeira nos Estados Unidos recuam a 1640, quando chegou a New England, espalhando-se depois para Boston e outras cidades. Mas só em meados do século XVIII é que passa a ser muito procurado pelos americanos. Desde aí, o Vinho Madeira começou a marcar presença nos portos de Boston, Charleston, Nova Iorque e Fiiladélfia, Baltimore, Virginia, estados fundadores desta Nação, sendo usado como produto de troca por farinha ou madeira para pipas.

 

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O Director do Museu de Newark, Steven Kern (na foto à direita), acompanhado pelo casal Pedro Soares de Oliveira e Cristina Pucarinho, reconhece que “as relações comerciais de Portugal com os EUA revestem-se de um significado histórico e comercial muito profundo, “quer para a ilha da Madeira e seu desenvolvimento, quer na própria história dos EUA onde o Vinho da Madeira manteve um papel importante, integrando hábitos e costumes dos seus habitantes e fazendo parte de acontecimentos históricos relevantes para a História americana”, disse.

 

 

As primeiras vinhas da Ilha da Madeira foram cultivadas por João Gonçalves Zarco, entre 1420 e 1425, aquando da sua fixação no pequeno porto natural existente.  O Vinho Madeira, que viajou pelas cortes europeias e fez parte das rotas da India e das Américas, o preferido de governantes e estadistas, amado por poetas, apreciado por exploradores e aventureiros e fonte de inspiração de artistas, marcou a sua história no Mundo e ainda hoje é relevante nos momentos históricos internacionais, bem como o será também no futuro.

 

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Sobre a arte de bordar, esta também faz parte da cultura e da história da Madeira e foi originalmente introduzida pela família inglesa Phelps que se instalou na ilha em 1784.

 

 

Estes bordados inicialmente eram vendidos de forma privada a amigos da família e só mais tarde se expandiu a venda a turistas. Devido à sua qualidade e beleza, os bordados tornaram-se populares e muito procurados na Ilha da Madeira.

 

 

Hoje em dia o mais fino e delicado Bordado Madeira é um “souvenir” muito procurado pelos turistas que visitam a ilha, que muito admiram a sua beleza e perfeição; um tesouro para durar várias gerações.

 

 

Sobre a história das comemorações da Independência dos Estados Unidos da América o Cônsul Geral de Portugal em Newark, Dr. Pedro Soares de Oliveira  disse que “esta já foi contada muitas vezes, mas merece ser sempre repetida”!.

 

 

JM//The Portugal Times// 6 de Julho de 2016

 

 

 

 

Declarações de Trump alarmam NATO e fazem indignar Washington

A administração norte-americana reagiu aos comentários polémicos de Donald Trump sobre a NATO, garantindo que o país vai manter os seus compromissos com a Aliança Atlântica, “como todos os executivos republicanos e democratas desde 1949”.

 

 

A declaração do secretário de Estado norte-americano John Kerry, surge depois do candidato presidencial republicano ter admitido a possibilidade do país não intervir em caso de ataque contra um país aliado.

 

 

“Quero que que os nossos aliados da NATO saibam que a nossa posição é clara. Esta administração, como todas administrações, republicanas ou democratas desde 1949, mantém-se inteiramente comprometida com a NATO e os compromissos para com os países aliados”, garantiu Kerry.

 

 

Entrevistado pelo New York Times, Donald Trump, tinha declarado que esta intervenção, em especial em caso de agressão russa nos balcãs, vai estar condicionada à contribuição financeira dos aliados.

 

 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou estar, “alarmado”, com as declarações de Trump, sublinhando, “não vou interferir na campanha eleitoral norte-americana”.

 

 

“A solidariedade entre aliados é uma valor fundamental para a NATO”, afirmou Stoltenberg num comunicado, sublinhando, “Isto é bom para a segurança da Europa e dos EUA. Nós defendemo-nos mutuamente, como vimos no Afeganistão, onde dezenas de milhares de europeus, canadianos e militares de países aliados combateram ombro a ombro com os soldados norte-americanos”.

 

 

A presidente da Lituânia, país na linha da frente da mobilização da NATO no leste da Europa, reagiu igualmente esta quinta-feira:

 

“Quero enviar esta mensagem de volta aos EUA. Nós confiamos na América, independentemente do seu presidente. A América sempre defendeu as nações sob ataque e vai continuar a fazê-lo”, afirmou Dalia Grybauskaite.

 

 

Trump voltou a defender uma política externa menos internacionalista e “dispendiosa”, garantindo que, “necessitamos de aliados mas não vamos dar lições aos outros do que têm que fazer dentro das suas fronteiras”.

 

 

O artigo 5 do Tratado da NATO prevê a intervenção automática de todos os aliados em caso de ataque sobre um país membro da Aliança.

 

Uma disposição utilizada apenas uma vez na história da NATO, pelos EUA após os atentados de 11 de Setembro de 2001.

 

 

Candidato da “lei e da ordem” acusa Clinton de ter tornado a América “menos segura”

 

 

Donald Trump não muda de discurso após ser investido como candidato republicano às presidenciais de Novembro.

 

Declarações de Trump alarmam NATO e indignam Washington 2

O milionário apresentou-se como, “a voz dos mais fracos”, prometendo “restaurar a lei e a ordem” no país, contra a insegurança, a imigração ilegal e o terrorismo, frente à convenção republicana reunida pelo quarto e último dia em Cleveland, no Ohio.

 

 

“Vamos construir um grande muro fronteiriço para travar a imigração ilegal, os gangues e a violência e para travar a entrada de drogas nas nossas comunidades”, afirmou Trump.

 

 

Durante mais de uma hora de discurso, o candidato prometeu fazer com que os aliados dos EUA “paguem a devida quota” pela sua segurança e garantiu que vai proibir a entrada de imigrantes de países, “comprometidos pelo terrorismo”, como a Síria.

 

 

O milionário criticou igualmente o legado de Obama e Clinton, acusando a ex-secretária de Estado de ser responsável por uma política externa de, “mortes, destruição e fragilidade”, no Médio Oriente.

 

 

“A América está muito menos segura e o mundo está menos estável desde que Obama decidiu encarregar Clinton da política externa norte-americana. Em 2009, antes da chegada de Clinton, o Estado Islâmico não estava ainda no mapa”.

 

 

Com um discurso mais centrado nas questões da segurança e da luta contra o terrorismo, o magnata do imobiliário resumiu o seu programa económico com a defesa do protecionismo – com “uma política comercial justa” – e uma redução de impostos, segundo ele, “inédita”, para a classe média.

 

 

Um discurso que condensa as promessas avançadas até hoje pelo candidato que, evitou, no entanto, citar a religião muçulmana, a NATO ou o México que tinham inflamado a polémica nas últimas semanas, assim como as críticas à sua alegada incapacidade para assumir a chefia da nação.

 

 

Discurso de Ted Cruz inflama Convenção do Partido Republicano

 

 

As palavras de Ted Cruz incendiaram a Convenção do Partido Republicano em Cleveland, no Estado do Ohio.

 

Declarações de Trump alarmam NATO e indignam Washington 3

O principal adversário de Donald Trump nas primárias republicanas felicitou o magnata pela nomeação, mas negou um apoio direto à candidatura do multimilionário na Corrida à Casa Branca.

 

 

“Se amam o vosso país e amam os vossos filhos tanto como eu, levantem-se, falem e votem segundo a vossa consciência. Votem num candidato em quem confiem para defender a nossa liberdade e que seja fiel à nossa Constituição” afirma Ted Cruz.

 

 

Os republicanos responderam desta forma. Donald Trump também já reagiu às palavras de Cruz. O magnata diz que as declarações denunciam falta de lealdade para com o partido.

 

 

O ex-presidente da Câmara dos Representantes tentou serenar os ânimos dos republicanos com um discurso para clarificar o que foi dito e aquilo que o orador terá querido dizer.

 

 

“Penso que não compreenderam um dos parágrafos do discurso de Ted Cruz, que é um excelente orador. E quero chamar atenção para isto. Cruz disse para votarem segundo a vossa consciência em alguém que respeite a Constituição. Nestas eleições, só há um candidato capaz de o fazer” refere Newt Gingrich.

 

 

Ao lado de Trump está Mike Pence, o nome escolhido para a vice-presidência. O governador do estado norte-americano do Indiana já aceitou a nomeação do Partido Republicano. Um exemplo que o aspirante à sucessão de Barack Obama se prepara para seguir quinta-feira, no discurso de encerramento da convenção.

 

As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão agendadas para 08 de novembro.

 

 

TPT com: AFP//Euronews//Reuters// 22 de Julho de 2016

 

 

 

 

Trump é oficialmente o “tão esperado” candidato do Partido Republicano

Esta terça-feira, o milionário foi eleito pelos delegados na Convenção Nacional do partido, que decorre em Cleveland. Foi a confirmação que já quase todo o mundo esperava.

 

 

À hora de publicação desta notícia, Trump já reunira 1655 votos (precisa apenas de 1237 para assegurar a nomeação). Apesar de se ter afastado da corrida e ter suspendido a campanha eleitoral, Ted Cruz conseguiu recolher cerca de 500 votos.

 

Depois de o primeiro dia ter sido marcado pelo discurso da mulher de Trump, a Convenção do Partido Republicano vai dar hoje o palco a filhos do magnata. Mas também falam alguns dos seus críticos.

 

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E é assim que chegamos ao fim de mais um dia na Convenção do Partido Republicano. O dia foi marcado pelos discursos de Donald Trump Jr., o filho mais velho de Donald Trump, e pelo reforçar das críticas a Hillary Clinton. Outro facto a retirar é que mesmo as personalidades críticas de Trump que hoje falaram — Paul Ryan e Mitch McConnell — escolheram atacar a candidata do Partido Republicano em vez de se desfazerem em elogios a Trump. Enquanto isso, o tema de hoje era o trabalho e a economia — mas, sobre isso, pouco se ouviu. O Partido Republicano parece estar mesmo focado em atacar Hillary Clinton a cada oportunidade que surge.

 

 

Tudo isto no dia em que, claro, Donald Trump foi finalmente confirmado de forma oficial como o candidato republicano às presidenciais de novembro, depois de ter sido feito uma contagem de delegados.

 

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Hoje, será o terceiro e penúltimo dia da Convenção do Partido Republicano. Começará mais tarde do que o costume: às 00h20 de Lisboa. É tarde, bem sabemos, mas a expetativa é grande. Afinal de contas, vão falar dois dos grandes derrotados destas primárias: Ted Cruz e Marco Rubio. Cruz estará presente na convenção e Rubio fará uma comunicação num vídeo previamente gravado. Além deles, vai falar Newt Gingrich, uma cara antiga da faceta mais populista do Partido Republicano e um dos nomes que chegou a figurar na shortlist para vice-Presidente de Trump. E o verdadeiro vice-Presidente de Trump, Mike Pence, vai também falar, naquele que será um dos discursos mais aguardados da noite. Pelo meio, Eric Trump, outro filho do candidato republicano, terá o palco ao seu dispor.

 

Sajid Tarar: “Consigo cheirar o sucesso no ar!”

E agora para algo completamente diferente: um muçulmano que apoia Trump. Mais propriamente, Sajid Tarar, presidente do grupo “Muslims for Trump”. Isto é, Muçulmanos por Trump. Assim que subiu ao palco, disse: “Consigo cheirar o sucesso no ar!”.

 

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Numa curta intervenção que acabou por ser a última da noite, quando a Quicken Loans Arena já esvaziava a um ritmo rápido, Sajid Tarar começou por apelar aos presentes para rezar em conjunto. “Vamos rezar por uma América forte e por uma América segura e vamos pedir a Deus para nos ajudar a lutar contra o terrorismo em todo o mundo”, disse. Depois, seguiram-se algumas frases avulsas num discurso algo atabalhoado, como da vez em que se referiu ao profeta Maomé, causando estranheza nalguns dos presentes. “O profeta Maomé, que esteja em paz, disse uma vez que se tivermos um pedaço de carne má no corpo… Se o pedaço de carne for bom, o resto do corpo está bom. Se não estiver, então o corpo inteiro está estragado. A partir daqui, podemos inferir o papel de um líder enquanto representante de um povo.”

 

Por fim, Sajid Tarar saiu do palco, dizendo “vamos rezar para ter o nosso país de volta”.

 

 

E, agora, quase a fechar, um pequeno flashback para os dias em que praticamente todos os comícios de Donald Trump eram interrompidos por manifestantes anti-Trump. O mesmo acaba de acontecer, com uma mulher a erguer um lençol onde se lê “Não ao racismo, não ao ódio”. Prontamente, alguns militantes republicanos que estavam perto dessa manifestante instaram-na a parar o seu protesto. Alguns chegaram a empurrá-la; outros, ergueram uma bandeira dos EUA à sua frente.

 

 

Donald Trump Jr.: “Para o meu pai, o impossível é apenas o princípio”

 

 

E aqui está aquele que ficará certamente como um dos discursos desta Convenção do Partido Republicano. Donald Trump Jr. falou durante cerca de 15 minutos naquele que foi até agora o melhor discurso de um membro da família Trump, aproveitando a ocasião para evocar episódios pessoais relacionados com o seu pai ao mesmo tempo que defendia as ideias e propostas que ele apresenta enquanto candidato.

 

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Trump Jr. falou de como para o seu pai o conceito de “impossível” é algo estranho. “Eu sei que quando as pessoas lhe dizem que algo não pode ser feito, ele garante que isso mesmo vai ser feito”, disse. Exemplo? Aquilo a que assistimos agora: a Convenção do Partido Republicano que coroa Donald Trump como candidato às eleições presidenciais de 8 de novembro. “Já vi, vezes sem conta, aquele olhar dele quando alguém lhe diz que algo não pode ser feito. Eu vi esse olhar há cerca de um ano, quando lhe disseram que era impossível ele ter sucesso na política. Hmm… Mas teve-o. Para o meu pai, o impossível é apenas o princípio.”

 

 

Durante a sua intervenção, Trump Jr. reforçou uma das ideias em que a campanha do seu pai se tem apoiado: a de que é verdadeiramente próxima do “comum americano”. Tanto que referiu como o seu pai, enquanto empresário no ramo da construção, “não se escondia atrás de uma secretária num escritório, ele passou a sua carreira ao lado de americanos comuns, dava-se com os homens das obras (…), ouvindo o que eles têm para dizer, muitas vezes mais do que os tipos de Harvard ou Warton que se escondiam em escritórios longe do trabalho a sério”.

 

 

Sobre a educação que recebeu do pai, e no seio da sua empresa, Trump Jr. falou de como o seu pai meteu os filhos a aprender com os funcionários da empresa em vez de estudarem em universidade de elite. “Nós não aprendemos com gente que têm um MBA, aprendemos com gente que tem doutoramentos em senso comum”, disse, para depois acrescentar: “É por isso que somos os únicos filhos de um multi-milionário que estão tão confortáveis numa escavadora como nos seus próprios carros”.

 

 

Depois, seguiu-se a parte mais política do discurso. Nesta, Trump Jr. nunca falou do Partido Democrata, mas sim do “outro partido”. “Eles não dizem que foram as políticas deles que causaram os problemas do país”, acusou. “Foi o outro partido que nos deu o pior sistema de imigração no mundo, que promove a imobilidade e que beneficia imigrantes ilegais em detrimento de quem segue as regras.”

“O outro partido é um partido de riscos”, disse.

 

 

Sobre Hillary Clinton, disse que ela “seria a primeira Presidente a não conseguir passar um simples background check“.

 

Por fim, falou a favor de uma reforma do sistema de saúde; defendeu que os americanos devem ser postos “em primeiro lugar” e falou pela adoção de leis “que farão o nosso país grandioso de novo”. E de um Presidente “que não permitirá que uma cultura do politicamente correto ponha em perigo a segurança das nossas crianças e daqueles que mais amamos” e que “não se verga a interesses e que financiou a sua própria campanha só para prová-lo”.

 

 

E terminou: “Esse presidente só pode ser o meu mentor, o meu melhor amigo, o meu pai. E quando o elegermos, vamos ter isso. Vamos tornar a América grande de novo. Maior do que alguma vez foi!”. E, assim, Donald Trump Jr. abandonou o palco.

 

 

A TENTATIVA DE REBELIÃO

 

 

Para tentar travar a candidatura do magnata populista, um grupo de estados tentou forçar uma votação estado-a-estado sobre as regras da convenção, uma tentativa de rebelião que parece ter apanhado a campanha de Trump de surpresa mas que, apesar disso, foi travada.

 

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A tentativa de golpe contra o candidato com mais delegados angariados durante as primárias (que está sozinho na disputa pela nomeação republicana desde maio) demonstra, acima de tudo, que o senador Ted Cruz não está disposto a desistir das suas aspirações presidenciais. Se não nestas, nas eleições de 2020, nota a CNN, sobretudo pelo facto de terem sido os representantes daquele estado, pelo qual o evangélico é senador, a mobilizar outros para a barricada anti-Trump.

 

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Perante a recusa dos organizadores do evento e dos membros da campanha de Trump em atenderem às exigências do grupo de delegados, a Convenção ficou dominada por uma barafunda e zaragatas quase inéditas num encontro partidário de preparação das eleições.

 

 

Tiros disparados perto da convenção do Partido Republicano

 

Tiros foram disparados perto do local da convenção do Partido Republicano e também de uma carrinha que transportava polícias. Não há feridos e o chefe da polícia local desvaloriza a ocorrência.

 

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Aproximadamente cinco horas antes de o segundo dia da convenção do Partido Republicano ter início, foram ouvidos tiros nas imediações daquele evento, em Cleveland, no Ohio. Os tiros terão sido disparados perto de um veículo que transportava agentes da polícia. De acordo com a Reuters, que cita fontes da polícia, não há registo de quaisquer feridos.

 

 

Segundo a Reuters, esta não foi a primeira vez que foram ouvidos disparos em Cleveland desde que começou a ser montada a convenção do Partido Republicano, que começou na segunda-feira e terminará na quinta-feira, dia 21.

 

 

Perante esta ocorrência, o chefe da polícia de Cleveland, Calvin Williams, preferiu desvalorizá-la. “Numa área urbana densa [como Cleveland] recebem-se alertas de coisas como esta esta”, referiu aos jornalistas no local.

 

 

TPT com: MARK KAUZLARICH/ REUTERS// João de Almeida Dias//Observador//Chip Somodevilla// Spencer Platt//Reuters//20 de Julho de 2016

 

 

 

 

 

Sanções, terror e Brexit na mesa de Hollande, Marcelo e Costa

O atentado em Nice, que matou 84 pessoas, obrigou o presidente de França, Fançois Hollande, a cancelar a digressão europeia que tinha previsto para debater a saída do Reino Unido da União Europeia. No entanto, o Palácio do Eliseu manteve a visita a Portugal e à Irlanda

 

 

Para esta terça-feira, estavam previstos vários eventos festivos que foram cancelados. Na agenda de Hollande mantém-se, porém, o almoço com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, António Costa em Belém. E os temas a debate, deixaram de estar centrados no Brexit e nas eventuais sanções a Portugal por défice excessivo aplicadas pela Comissão Europeia. O terrorismo e a resposta da Europa aos problemas de segurança que enfrenta vão ser temas centrais das conversas entre os responsáveis políticos de Portugal e França.

 

 

A boa relação entre os dois países ficou patente durante as celebrações do 10 de Junho, Dia de Portugal, em Paris. Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal e França convergiam “na visão sobre questões como a parte orçamental, como os refugiados, como as migrações”. Na altura, Hollande não escondeu o seu apoio ao Governo português na questão das sanções. “As escolhas que vocês fizeram são escolhas que estão conforme as regras europeias e que são igualmente convergentes com as escolhas que nós fizemos em França. Devemos respeitar as regras, mas deve haver flexibilidade, para que Portugal, como a França, possam criar mais emprego e criar medidas de progresso social, ao mesmo tempo que saneiam as contas públicas, como vocês estão a fazer”, disse o presidente francês a António Costa. Ao primeiro-ministro português, Hollande garantiu ainda que Portugal “não tem simplesmente um parceiro no conselho Europeu, mas um amigo, que é a França”.

 

 

A 18 de Junho, António Costa voltou a Paris para ver a Selecção Nacional no euro 2016 e encontrou-se com o homólogo francês, Manuel Valls. “Não pode haver uma Europa punitiva. Portugal fez muitos esforços que o povo português suportou. É preciso respeitar estes compromissos e ao mesmo tempo ter em conta os compromissos tomados pelo Governo de António Costa diante do povo. Por isso, evidentemente que apoiamos muito o Governo português”, afirmou Valls.

 

 

Outro claro apoio francês a Portugal chegou através do comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, para quem eventuais sanções a Lisboa terão que ser aplicadas “com inteligência” e considerando a “situação económica desses países”.

 

 

Na semana passada, os ministros das Finanças da União Europeia confirmaram o desencadeamento de processos de sanções a Portugal e Espanha por defice excessivos nos prazos estipulados. A presença de Hollande em Portugal pode tornar-se um trunfo importante para Portugal, numa altura em que o Governo procura conseguir “sanções zero”.

 

 

François Hollande afirma que proteger os europeus “é a nossa obrigação”

 

 

O chefe de Estado francês, François Hollande, foi recebido esta terça-feira em Lisboa por Marcelo Rebelo de Sousa cinco dias após o atentado em Nice, que vitimou mais de 80 pessoas.

 

Sanções, terror e Brexit na mesa de Hollande, Marcelo e Costa 2

O Presidente da República português começou por manifestar, em nome de todos os portugueses, a dor pelo ataque terrorista: “Queria exprimir-lhe uma vez mais como Portugal e todos os portugueses partilharam e partilham a dor pelo bárbaro atentado de Nice e acompanham os momentos vividos por uma pátria que é amiga de Portugal e com a qual temos relações fraternas muito antigas”. E enumerou o que “durante séculos” uniu os dois países. “Os mesmos valores da liberdade e da democracia do estado de direito”, além das “visões comuns sobre a União Europeia, a Aliança Atlântica, a construção da paz no mundo, o desenvolvimento económico e social, o crescimento e o emprego e a solidariedade no quadro europeu”, destacou.

 

 
Para concluir, o Presidente da República português dirigiu-se a Hollande para deixar uma mensagem de reconhecimento: “Isto para dizer, senhor Presidente, que aquilo que nos aproxima é tão forte, tão intenso que tê-lo aqui entre nós é um motivo de júbilo e de gratidão que eu queria exprimir em nome do povo português”.

 

O chefe de Estado francês, recebido no Palácio de Belém com honras militares, começou por dizer que “se havia um país que deveria visitar para receber apoio, solidariedade e amizade era justamente Portugal”. “Sei bem o quanto a população portuguesa e os portugueses que vivem em França foram afectados, feridos e sem sentem chocados com o que aconteceu”, referindo-se ao que apelidou de “atentado ignóbil”, de 14 de Julho.

 

Hollande aproveitou ainda a pequena conferência em Portugal para falar sobre a segurança e a protecção das fronteiras na Europa. “No quadro do novo impulso que pretendemos dar à construção europeia, a primeira prioridade é a protecção, a defesa a segurança das nossas fronteiras”, declarou. “É meu dever proteger os franceses”, sublinhou ainda o chefe de Estado francês, no final do encontro no Palácio de Belém, e dirigindo-se a Marcelo Rebelo de Sousa alertou: “Proteger os europeus é a nossa obrigação”.

 

Após as declarações, o presidente francês seguiu para São Bento para se reunir com o primeiro-ministro português, António Costa.

 

 

Costa agradece apoio a Hollande

 

 

António Costa sublinhou que Portugal fará um “grande esforço” para respeitar as regras da moeda única. O primeiro-ministro esteve reunido com o presidente francês François Hollande em Lisboa, durante a visita do chefe de Estado de França.

 

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Os dois políticos discutiram o atentado em Nice e a situação da União Europeia durante cerca de 45 minutos no Palácio de São Bento. De seguida, Costa agradeceu a França “todo o apoio dado” a Portugal “na análise serena do esforço feito” pelo país ao longo dos últimos anos no sentido de “reduzir o seu défice e cumprir as regras comuns do euro”, indica a agência Lusa.

 

 

“Não há moeda única sem regras comuns e Portugal quer cumprir as regras comuns. Ao longo destes anos fizemos um grande esforço, continuamos a fazer um grande esforço e continuaremos a fazer um grande esforço”, afirmou Costa, que relembrou a redução do défice de 8,6% para 3,2% entre 2010 e 2015.

 

 

“Por isso, é injusto que seja aplicada uma sanção e, além do mais, é contraproducente, quando estamos no primeiro ano em que a própria Comissão Europeia reconhece que Portugal vai cumprir um défice abaixo dos 3%. Todas as informações que temos da nossa execução orçamental confirmam que este ano iremos alcançar um bom resultado”, adicionou o primeiro-ministro.

 

 

António Costa pediu ainda um esforço para revitalizar a economia europeia. “É sobretudo fundamental que nos mobilizemos todos para que a Europa seja cada vez mais competitiva nesta economia global, que é muito exigente para todos nós, mas onde há enormes desafios, desde a união energética à união digital. É preciso que a Europa seja de novo uma grande potência económica liderante em todo o mundo”, concluiu, citado pela agência Lusa.

 

 

Governo aprova quinta-feira regulamento da Unidade de Combate Antiterrorista

 

 

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que o Governo aprovará na quinta-feira o regulamento final da Unidade de Combate Antiterrorista e que até ao final do ano funcionará o ponto de contacto único entre polícias e instituições europeias.

 

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Estes dois passos do executivo português no domínio da segurança foram referidos por António Costa após ter recebido em São Bento o Presidente da República de França, François Hollande, com quem depois saiu no mesmo carro para participar numa breve cerimónia particular na embaixada francesa em Lisboa.

 

 

Numa curta declaração aos jornalistas nos jardins de São Bento, com o chefe de Estado francês ao seu lado, as primeiras palavras de António Costa destinaram-se a condenar o recente atentado ocorrido em Nice, ato que classificou como “horrível”.

 

 

Depois de salientar a “solidariedade” de Portugal em relação a França no combate ao terrorismo, o primeiro-ministro defendeu que a segurança “é um esforço que se exige a todos os países europeus”.

 

 

António Costa disse então que o Conselho de Ministros de quinta-feira “aprovará o regulamento final da Unidade de Combate Antiterrorista”.

 

 

“E até ao final deste ano teremos em funcionamento o ponto de contacto único entre as policiais e as instituições europeias, porque é essencial reforçar a cooperação policial transnacional, a troca e a partilha de informações. E esta é para nós também uma prioridade”, salientou o líder do executivo nacional.

 

 

António Costa destacou mesmo a França como “um bom exemplo” em matéria das prioridades políticas que devem ser seguidas pela União Europeia.

 

 

“A Europa tem de se concentrar naquilo que é fundamental: A segurança das pessoas, a criação de emprego, o crescimento económico e dar esperança ao futuro da juventude”, especificou o primeiro-ministro.

 

 

Comissão Europeia marca reunião para debater sanções a Portugal

 

 

A Comissão Europeia começa a debater o processo de sanções por défice excessivo aberto contra Portugal e Espanha esta quarta-feira, mas a decisão poderá não ser conjunta visto que a defesa de Madrid chegou mais cedo e já está a ser analisada.

 

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“O Colégio de Comissários manterá um primeiro debate sobre a proposta remetida pela Comissão ao Conselho [da União Europeia] sobre Portugal e Espanha, mas sem que haja qualquer decisão”, revelou o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, na habitual conferência de imprensa diária.

 

 

As alegações do Governo português foram recebidas por Bruxelas na segunda-feira. A carta assinada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, considera que a adopção de sanções seria injusta, porque Portugal está “no caminho certo para eliminar o défice excessivo”, e teria “um impacto altamente negativo” no apoio do povo português ao projecto europeu.

 
Na missiva, o Governo português diz-se ainda “totalmente comprometido” com a saída do Procedimento por Défice Excessivo em 2016 e, com esse objectivo, “está pronto para adoptar medidas orçamentais este ano para corrigir algum eventual desvio na execução orçamental”.

 

 

No seguimento da carta, o primeiro-ministro, António Costa, viu-se obrigado a assegurar que não existe qualquer alteração ao Programa de Estabilidade e que “não há qualquer tipo de medidas adicionais” nem para 2016, nem para 2017.

 
À agência Lusa, o chefe do Governo pretendeu desfazer as “confusões” criadas pela referência na carta de Centeno a um ajustamento estrutural do país de 0,6 pontos percentuais e não, como consta do Programa de Estabilidade, de 0,4 pontos percentuais do PIB. “O ajustamento compatível com os 0,6% referidos [na carta] resulta da conjugação do ajustamento de 0,4% previsto no Programa de Estabilidade com os 0,2% de margem de flexibilidade para financiar as reformas apresentadas no Programa Nacional de Reformas”, explicou o Governo.

 

 

A Comissão Europeia tem um prazo de 20 dias desde que o Conselho Ecofin tomou posição, a 12 de Julho passado, para tomar uma posição sobre o processo aplicado a Portugal e Espanha. As sanções podem ir até 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) – cerca de 360 milhões de euros -, levando ainda a uma suspensão dos fundos comunitários a partir de Janeiro de 2017. No entanto, ainda está em aberto um cenário de “sanções zero”, o grande objectivo do Governo já assumido pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

 

 

TPT com: Andre Kosters//EPA//Alexandra Pedro//Bruno Simão/Jornal de Negócios//Leonor Riso// Pedro Nunes// REUTERS//Cátia Andrea Costa//Julien Warnand//APA// 20 de Julho de 2016